Antônio
Rapaz, acho que nunca transei tanto na minha vida como nesse fim de semana. Rubens e eu passamos o fim de semana inteiro grudados um no outro, só saímos do quarto para comer e ver o pôr do sol. A ideia inicial era ir embora ontem — domingo, no caso —, mas não teve como, esse lugar é tão massa que decidimos ficar mais um dia. Acordei primeiro só para ter o prazer de despertar meu namorado, enchendo-o de beijos.
— Acorda, dorminhoco.
— Que horas são? — Sua voz é de sono.
— Quatro e meia, você quem falou para a gente acordar a essa hora para dar tempo de chegar em casa e trabalhar — ainda cheguei a sugerir que pegássemos folga na segunda, porém ele disse que não poderia; agora não pode reclamar por ter que acordar cedo.
— Me carrega até o carro — Rubens é muito lindo e fofo quando está relaxado, nem parece aquele cara sério que conheci.
— Tem certeza? Sabe que eu posso fazer isso, né?
— Tudo bem, já estou levantando — Rubens é muito envergonhado e ele já sabe que não ligo para a opinião de ninguém, ele ia morrer de vergonha se eu o levasse até o carro nos meus braços.
Tivemos que comer no caminho mesmo se não, não daria tempo de tomar café com ele. Deixei o Rubens em casa e já sai para o trabalho, estou feliz de verdade e é louco pensar que o motivo dessa alegria toda seja um cara, mas agora voltando para minha realidade, preciso falar com a Luana, até para que ela não pense que cheguei a traí-la com meu primo.
Meu namoro com Rubens foi muito recente, tipo terminei e uma semana depois já estou com ele, entendo o quanto isso pode ser complicado de entender, mas acontece que acabou rolando. Por mais que eu tente não consigo expressar o quão natural foi nossa aproximação. Rubens tem muita coisa em comum comigo, sem contar na química evidente que temos. Ainda sim só passando a ter qualquer tipo de envolvimento para além da amizade quando fiquei solteiro.
Espero que Luana entenda e isso não me dê uma dor de cabeça maior. Assim que chegou na clínica vejo uma mensagem do Alex, ele ouviu algumas colegas de profissão falando sobre o dia em que fiquei sozinho na ong e agora está me cobrando satisfação a respeito disso.
— Alex, eu não falei nada pra ninguém, ainda estou tentando entender como a história surgiu — envio minha resposta.
— Gessika falou que não foi ela e você agora está dizendo que também não foi você, então quem foi que andou espalhando isso?
— Não sei, mano, a gente acha que pode ter sido um dos estagiários — compartilho com ele minha suspeita, só que a partir daqui as coisas começam a sair um pouco de controle.
— Não acredito, vou perguntar agora mesmo! Se tiver sido um deles, vão aprender a não fazer mais fofoca — mesmo por mensagem, é como se eu pudesse ouvir seus gritos de raiva.
— Calma Alex, não é pra tanto cara, foi um boato maldoso, mas não devemos nada para quem está falando.
— Como não foi nada Antônio, estão me chamado de irresponsável, colocaram na internet mano que nossa clínica não tem profissionalismo e tem até foto da recepção lotada e nas legendas falando que estou usando o dinheiro da ong para outras coisas — pode realmente parece que ele está exagerando, mas acontece que a ong já sofreu ataques antes por fornecer as mesmas coisas que as clínicas particulares só que de graça.
— Cara eu tenho que trabalhar agora, não faz nada de cabeça quente, vamos resolver isso juntos — espero mesmo que ele não tome nenhuma decisão precipitada, mas mesmo com minha mensagem ele não respondeu mais.
Queria ir até a ong e tentar resolver essa situação logo, só que preciso trabalhar agora, só espero que o Alex me escute e não procure mais problemas. Com sua raiva não vai conseguir fazer muita coisa certa e assim como das outras vezes que falaram mal da ONG e dele tudo vai acabar bem.
Gessika está com ele, pode ser que ajude a acalmá-lo, porém estou com um mau pressentimento dessa história desde que ouvi pela primeira vez a uns dias, por isso esperava que Alex não ficasse sabendo. É uma merda que estejam atacando a legitimidade do trabalho que fazemos na ong, mas hoje em especial nem isso é capaz de abalar meu bom humor. Basta fechar os olhos que me vem à mente a lembrança do Rubens, esse foi o melhor fim de semana da minha vida e me pergunto se ele se sente igual a mim.
Estou pensando em lugar para o Rubens e explicar que preciso ir na ong na hora do almoço, bem na hora em que Gessika me liga, como estou sem paciente consigo atendê-la sem problemas.
— Oi Antônio.
— Oi Gessika, como o Alex está, olha eu acho que tem mais alguma coisa estressando ele, mas enfim sobre o outro assunto, Alex demitiu o nosso estagiário.
— Como assim, pedi para ele me esperar — não creio que ele se antecipou e não me ouviu.
— Por que ele fez isso, o cara confessou?
— Não, pelo contrário até chorou negando, mas acontece que a Cíntia viu ele fazendo isso e o entregou, segundo ela estava com medo de não acreditarmos, por isso não falou antes — essa história está estranha e tenho a sensação de que Gessika também não engoliu essa desculpa.
Isso não está certo, Alex está agindo estranho, amanhã vou conversar com a Gessika pessoalmente na Ong e vou entender bem direitinho o que está rolando por lá e o que ela acha dessa atitude extrema do Alex. Eu o conheço há muito tempo e ele realmente não é de agir assim, tem mais coisas rolando do que ele me contou, quer dizer, sabia que ele ficaria puto, mas não tanto assim.
Almocei com Rubens e a tia, depois voltei para clínica onde fico até o final da tarde, desde cedo tento falar com Luana, mas ela não retornou nem por mensagem. Devo ser a última pessoa do mundo com quem ela quer conversar e não tenho outra escolha a não ser respeitar seu espaço, não vou forçar nada.
Estou tão ansioso para ver o Rubens que nem perco tempo, quando saio da clínica vou direto para casa, quero cozinhar para ele hoje então não estou levando nosso jantar como de costume, resolvi fazer uma Carbonara pra gente — peguei a receita na internet, não parece tão difícil. Quando chego vou até o escritório onde Rubens está trabalhando em frente ao computador.
— Boa noite meu lindão — abraço meu namorado e lhe dou um beijo no pescoço.
— Boa noite, como foi agora a tarde? — ele vira o rosto para me beijar e depois volta sua atenção para a tela.
— Foi tranquilo, mas melhorou muito mais agora e o seu como foi?
— Você sabe, mil reuniões, passei mais tempo falando com meus chefes do que programando, eles querem expandir e provavelmente eu vá receber uma promoção — ele diz como se não fosse grande coisa.
— O que, sério, isso é incrível Rubens, parabéns cara.
— Obrigado, mas não sei se estou pronto para isso, é muito mais responsabilidade sabe.
— Ei olha pra mim, não tem nada que você não consiga fazer, olha só pra mim, você me fez ficar de quatro por ti e eu nunca nem pensei em ficar com outro homem na vida — Rubens abre um sorriso lindo e tímido no rosto.
— Você é quem me deixou de quatro.
— E vou deixar de novo mais tarde — beijo sua boca entre lançando nossas línguas, tô viciado no beijo dele.
— Você é muito safado — ele diz entre um beijo e outro.
— Não me culpe, você quem me viciou em sexo — fico de joelhos entre suas penas, Rubens me beija com tanta paixão que me faz querer mergulhar ainda mais em seu corpo.
— O que você está fazendo? — Ele pergunta enquanto minhas mãos tiram seu pau de dentro da bermuda moletom.
— Quero tentar uma coisa.
— Agora?
— Só curte o momento — tenho seu membro duro em minhas mãos, minha respiração está ofegante, sinto uma eletricidade percorrer meu corpo todo, sem pensar muito para não desistir, coloco ele na boca.
Rubens geme baixinho, a sensação de ter um pau na boca é diferente de tudo que já fiz ou imaginei, sexo oral sempre foi uma coisa que amei fazer e já tem um tempo que estava curioso para saber como era. Ele me dá muito prazer quando está me chupando, então quero retribuir e também provar essa pica também.
— Cuidado com o dente — ele diz em meio ao seu transe de prazer.
— Desculpa.
— Tudo bem, isso tá incrível.
— Você gosta assim — estou usando bastante a língua e tentando fazer do jeito que ele faz em mim.
— Ta perfeito — Rubens mal consegue respirar.
Não consigo por todo na boca, mas vou até onde consigo, quando passo a me concentrar na cabeça usando a língua enquanto minha mão o masturba. Ele é salgado, mas de um jeito bom, no início foi estranho, mas com o tempo o tesão vai tomando conta de mim e seu pau passa a ser a coisa mais gostosa do mundo.
— Para, se não vou gozar na sua boca.
— Onde você quer gozar? — Estou segurando seu pau com firmeza e olhando nos seus olhos onde ele pedir vou acatar.
— No seu peito — passo minha língua nele uma última vez, então começo a masturbalo em frente ao meu peito.
— Assim, vou gozar.
— Goza pra mim primo — amo quando ele me chama lembrar que somos primos quando estamos em nossos momentos quentes.
Ele solta um gemido gostoso e então gozou sujando meu peito todo, que delícia. Rubens urrando de tanto prazer é tão sexy e irresistível, porra eu quero meter nele agora mesmo e então tiro sua bermuda e apoio suas pernas nos meus ombros, ele nem sequer protesta apenas obedece silenciosamente. Usando sua próprio porra pra lubrificar meu pau desligo ele para dentro do seu ânus apertadinho e quente.
— Ah, isso é incrível — digo metendo meu pau por inteiro.
Depois do fim de semana que tivemos meu pau entra e sai de dentro dele sem a menor resistência, ele parece feito pra mim receber, meto com tanta força e seus gemidos até saem tremidos, Rubens fecha os olhos e me aperta todas as vezes em que estou fundo, isso é surreal de bom. Pra mim agora existia o sexo antes do Rubens e depois do Rubens, não tem como comparar a nada que eu já tenha feito antes.
— Aí primo, mete mais forte — fico maluco quando ele me chama assim.
— Eu quero te foder até a gente ficar velhinho Rubens, não quero foder mais ninguém só você — as palavras saem da minha boca sem o menor controle ou filtro.
— Também só quero sua pica primo, ela é perfeita para mim, não tem outra no meu do que eu ame mais — caralho não tava esperando por isso.
Nossa posição está um pouco desconfortável, então mudamos para ele de quatro apoiado em cima da cadeira de trabalho dele, minhas mãos segurando sua cintura com força enquanto volto meter, meu pau encontra o caminho sozinho sem precisar de ajuda, nossos corpos ter um encaixe muito certeiro, apenas faço o movimento e a magia acontece.
— Cê tá gostando primo? — Pergunto no seu ouvido, uma de suas mãos segura meu cabelo me puxando para um beijo.
Beijar e meter é uma combinação muito perigosa pra mim, pois quero gozar na hora em que ele chupa meus lábios. Não dá pra segurar, vou o mais fundo que posso e despejo meu prazer todo dentro dele — no nosso fim de semana romântico Rubens me falou que era o lugar em que ele mais gosta quando gozo é dentro dele.
— Puta que pariu, passei o dia querendo isso — saio de dentro dele com cuidado para não machucar.
— Eu também, nossa Antônio, você fica cada vez melhor nisso.
— Quero te dar prazer, eu adoro quando você fica feliz — meu coração fala por mim, cada vez mais quero bem ao Rubens, sua felicidade está se tornando uma prioridade pra mim.
— E eu quero realizar todas as suas fantasias e desejos.
— Melhor eu ir cuidar no nosso jantar, se não vou querer fazer amor com você a noite toda aqui até amanhã de manhã.
— Melhor você ir, se não vou montar em você e não sai mais de cima — Rubens me abraça e me beija me provocando com sua sensualidade.
Vou direto pro chuveiro tomar um banho, ele banhou no quarto dele mesmo, sabendo que se ficamos juntos não vai ter jantar. Rubens ainda precisa trabalhar, então combino com ele que enquanto faço nossa carbonara ele pode trabalhar, mas depois ele tem que ser meu.
Enquanto estou cozinhando meu telefone toca e para minha surpresa é o Ben, ele está me ligando, normalmente trocamos mensagens então deve ser sério, ou no mínimo ele precisa desabafar.
— Oi Ben, tudo bem?
— Fala Antônio, você tá ocupado? — Pela voz já sei que ele não está muito bem.
— Não, tô fazendo jantar aqui, mas pode falar mano.
— Cara, acho que vou terminar com a Vanessa, desta vez é sério mesmo.
— Caralho mano, mais o que aconteceu? Quer falar sobre? — Ele realmente não aparenta estar bem.
— Cara a gente só briga tá ligado, desde a história do bebê ela tá puta comigo e ontem foi difícil — ele respira fundo antes de continuar — fomos jantar na minha mãe e você conhece a vovó né, ela começou a falar que queria bisnetos antes de morrer, o mesmo discurso de sempre da mãe.
— Nossa, cara deve ter sido um climão da porra né? — Nem imagino como deve ter sido estressante, afinal eles já vinham de brigas por causa desse tópico.
— E nem te conto, tu não sabe o que a dona Teresa fez, ela simplesmente jogou a culpa na Vanessa porque ela já deveria ter engravidado, ela falou nas entrelinhas mas pro bom entendedor né?
— Caralho mano e aí?
— E aí que a Vanessa ficou puta e pior que ela nem errada tá, só que ela jogou na mesa que eu é que não queria ter filhos com ela e pronto o caos se instaurou, sobrou até pro Rubens — quando ele sair o Rubens sinto uma leve pontada.
— O que tem o Rubens?
— Ah mano, minha mãe começou com os mal dizeres dela né, que a Júlia é da vida e que nenhum homem leva ela a sério para construir uma família e que o Rubens era como eu, uma pessoa que não quer ter uma família.
Isso não pode ser mais equívoco, como Rubens pode não querer uma família quando chegou a ser noivo, o problema é que o babaca do ex dele não soube enxergar o cara incrível que tinha nas mãos. Quem me dera ser aquele que vão curar o coração do Rubens, eu sei que tô chapando, mas acho que diria sim se ele me pedisse em casamento. Poder transar com o Rubens pro resto da vida não seria nenhum sacrifício pra mim.
— Cara que vacilo falar do seu irmão sem ele nem poder está aí pra se defender.
— Rubens nunca foi de namorar, acho que ele é dessa pessoas que gosta de ficar sozinho no final das contas, de qualquer forma concordo com você não tinham que ter metido ele na conversa, só que aí ia era tarde.
— E a Vanessa, jogou a lenha da fogueira e saiu depois né, sei que a mãe não tá falando comigo, a vovó falou que a razão para não querer ter filhos é que a Vanessa não é a mulher certa pra mim, já que nem casados no papel nós somos, bicho foi um caos.
— A Vanessa quer tanto assim ser mãe? — Isso é algo sério de se resolver, quando um casal não concorda sobre filhos isso mexe com todo o futuro da relação.
— Cara ela quer e de uns tempos pra cá começou a pressionar falando que a nossa união estável não serve mais pra ela, cismou que quer casar na igreja — pelo até conheço do meu amigo, casar oficialmente nunca esteve em seus planos.
— Não quero me casar velho, meu pai teve três esposas e uma porrada de amante espalhada por aí, não sei como até hoje não apareceu mais nenhum irmão perdido reclamando uma herança — ele está cansado, dá pra perceber só pelo tom de voz — cara eu não quero me casar, nossa relação está bem do jeito que está, meu pai teve oito filhos e três casamentos, se casar fosse tão bom assim ele teria ficar só com uma das três famílias que ele formou.
— Isso é um pouco complexo irmão.
— Vai dizer três você quer casar Antônio? — Nesse momento da conversa Rubens entra na cozinha e escuta minha resposta.
— Se a pessoa que eu estou me quiser eu caso sim, e tenho filhos e tudo mais que tiver que ter pra continuarmos juntos e felizes irmão.
— Espera, você voltou com a Luana?
— Não, a Luana e eu queremos coisas diferentes, eu estou conhecendo outra pessoa na verdade — Rubens se senta à mesa em completo silêncio.
— Você terminou e já achou outra pessoa?
— Mais ou menos isso, mas não trai a Luana, já tinha terminado quando comecei a me relacionar com essa pessoa.
— Caralho, e você está fisgado mesmo pelo jeito, né? — Ben está surpreso, como meu melhor amigo ele sabe que não sou de me relacionar com alguém sem ter algum tipo de sentimento pela pessoa, não iria está falando sobre namoro com qualquer pessoa.
— Cara pode se dizer que sim, tem sido uma experiência nova e bem reveladora. Mas olha pensa bem, conversa bastante, pois esse caminho aí não tem volta, mesmo que tente depois o que vocês tem já vai ter se destruído.
— Não sei velho, acho que é como você disse, ela e eu querendo coisas diferentes e também. Fiquei pudo dela ter envolvido minha família em um assunto que era nosso.
— Sinto muito Ben, se você precisar de mim vou esta aqui.
— Valeu mano e cadê meu irmão tá bem,tá cuidando dele? — Ah meu amigo você nem imagina o quanto estou cuidando do Rubens.
— Rubens está bem, trabalhando muito e até que consigo tirá-lo de casa de vez em quando — me sinto um pouco mal por não contar para o Ben que estou namorando seu irmão, mas prometo ao meu namorado que não contaria então sigo em silêncio.
— Valeu mano, pelo menos fico menos preocupado com ele.
— Ben, por que não fala com ele, da mesma forma que você conversa comigo? — olho nos olhos do Rubens.
— Macho eu amo o Rubens, ele é meu irmãozinho, mas desde que ele se distanciou de mim sem motivo algum eu sei lá sinto que ele não gosta tanto assim de mim ou que só não confia em mim, não sei, não quero forçar se liga — Rubens baixa a cabeça olhando pra mesa como se tivesse ouvido o que sei irmão acabou de dizer.
— Benjamin, o Rubens ama todos os irmãos dele, ele mesmo já me disse isso, mas aqui entre nós, não deixa sua irmão saber disso, mas ele ama mais você do que qualquer um, vai ver ele só não sabe mais como chegar até você.
— Não sei, mas mano obrigado por me ouvir, acho que Vanessa e eu não tem mais nada que possamos fazer pra manter nosso casamento de mentira que nem dia ela mesma.
— Fica bem Benjamin, e tô te falando que estou aqui pro que você precisar.
— Valeu mano e boa sorte aí com essa mulher misteriosa, espero que dê certo.
— Boa noite Ben.
— Boa noite Antônio, valeu por me ouvir.
— Sempre irmão — depois disso encerrou chamada.
Rubens me pega de surpresa dando a volta na mesa e sentando no meu colo, ele segura meu rosto com ternura e então beija minha vida. Seu beijo é doce e muito apaixonado, existem tantos sentimentos nos seus olhos que não consigo saber se estou acordado ou isso é só um sonho bom.
— Benjamin está precisando de você, Rubens.
— Ele é um irmão foda, mas não vai entender.
— Não subestime seu irmão, ele pode ser um cara bem mais mente aberta do que você imagina.
— Podemos mudar de assunto, por favor — Rubens pede meio desconfortável.
— Tá claro, me diga uma coisa, você quer ter filhos? — Depois da minha pergunta, já me preparei para me defender da sua resposta.
— Casar, ter filhos, um cachorro, ou seja quero o kit completo, mas perdi minha chance agora só me resta fantasiar.
— Rubens, não diga isso por favor, você ainda é novo e tem grandes chances de encontrar o amor — estou me sentindo romântico hoje.
— Você quer ter filhos, Antônio?
— E uma casa com quintal para as crianças poderem correr e brincar com o cachorro — ele sorri com minha resposta.
— Crianças? Quantos filhos você quer ter?
— Quero uma família grande, meu sonho é que meus filhos possam ter tudo que eu não tive — respondo com o coração e Rubens fica pensativo.
— E se a gente não puder ter filhos? — Meu coração bate acelerado com a possibilidade de ficar com Rubens para sempre, de ultrapassar os nossos períodos juntos, mesmo que isso seja pouco pro cabelo acontecer, afinal ele tem sua vida lá e a minha é aqui, mesmo assim a ideia de ficarmos juntos me aquece o peito.
— Para ser pai, basta cuidar, vamos amar incondicionalmente e independente de qualquer coisa.
— Você vai ser um ótimo pai — Rubens me encara tão profundamente que isso mexe comigo.
— Você também, Rubens.
Ele se aproxima e me beija, depois me ajuda a terminar e preparar nosso jantar, nesse momento parecendo um casal apaixonado cozinhando juntos, Rubens mexeu comigo, mãos do que ele mesmo tem ciência, algo em mim mudou depois que nós beijamos, coisas que nunca tinham passado pela minha cabeça agora são coisas que desejo desesperadamente que aconteça. A verdade é que estou apaixonado pelo meu primo, mas ele vai embora daqui a dois meses.
Acredito que esse prazo de validade é o que me faz querer viver o amor de uma vida em poucos dias. Nem eu entendi esse sentimento todo ainda, mas cada vez que fico nu com ele acabamos nos conectando ainda mais. Não sei se ele se sente igual, porém sinto até quando estamos juntos ele me deseja tanto quando o desejo. Cada vez mais quero me perder em seus beijos, Rubens é doce e quente, ele é tudo que sempre quis, mas que nunca soube que precisava ter.
— Uma moeda por seus pensamento? — Rubens me abraça por trás comigo mexendo nas panelas.
— Estou pensando que esse é o melhor namoro que já tive.
— Engraçado, porque estou pegando a mesma coisa — meu peito arde só de ouvi-lo dizer isso.
— Rubens nunca pensei que eu namoraria um cara, ainda mais que esse cara seria tão difícil de resistir.
— E tu acha que passou pela minha cabeça que eu iria me apaixonar pelo meu primo na serra.
— Espera, você tá apaixonado por mim — a eletricidade percorreu meu corpo inteiro, estou experimentando uma nova forma de felicidade dentro de mim.
— Acho que estou sim.
— Quer saber eu também me apaixonei pelo meu primo da cidade grande — envolvi sua cintura com meus braços e ele entrelaça suas mãos na minha nuca me abraçando também.
— Antônio tenho dois meses aqui, mas eu quero que esses dois meses sejam os melhores da minha vida, e eu sei que vão ser, porque vou esta com você — sua declaração é o sulfite para acender uma chamada intensa dentro de mim, tudo que quero é beijar sua boca e ter o Rubens para mim, quero amar ele e quero foder com ele usando toda a minha paixão.
— Eu te quero Rubens, aqui e agora.
— Também te quero primo, me pega pra você.
Nem foi preciso dizer duas vezes, apago o fogo do fogão e teco Rubens pro quarto, onde tiro sua roupa e faço amor com ele até ficar completamente esgotado, quando mais gozo com ele, mas tenho necessidade de seu corpo e sinto uma reciprocidade vindo dele que é totalmente reconfortante.
— Rubens — acabamos de gozar pela segunda vez e ele está deitado sobre meu corpo — esvazie a segunda gaveta da cômoda pra você, podemos dividir o resto delas também.
— Você tá me convidando pra mudar de quarto? — Um sorriso lindo se forma em seu rosto.
— Se temos pouco tempo, não quero perder nem um segundo.
— Depois do jantar você me ajuda com a mudança?
— Vou ficar imensamente feliz em ajudar.