Onde o sol se esconde - Capítulo 13

Um conto erótico de Teo e samuel
Categoria: Gay
Contém 463 palavras
Data: 04/05/2025 22:00:40

Onde o Sol se Esconde (Capítulo 13)

A chuva desabava pesada, apagando rastros e misturando sangue à terra.

Mas Pedro, mesmo ferido e cambaleando, encontrou forças.

Enquanto Samuel e Teo protegiam Guto, Pedro se ergueu e, com um último esforço, guiou-os pelo matagal atrás da lavanderia.

Ali, escondido na escuridão, um caminhão velho os esperava.

Dois homens, rostos sérios e olhos determinados, ajudaram os meninos a subir.

— Rápido! — gritou um deles. — Não temos tempo!

Pedro desabou no banco da frente, pálido, mas sorrindo pela primeira vez.

Eles estavam fora.

Vivos.

**

Enquanto o caminhão arrancava pela estrada enlameada, um plano final se colocava em ação.

Pedro não havia vindo sozinho.

Ele sabia que não bastava salvar apenas três garotos.

Ele queria acabar com aquilo de uma vez.

**

Horas depois, ainda sob a noite tempestuosa, os amigos de Pedro — ex-internos do mesmo orfanato, hoje homens fortes, marcados por cicatrizes invisíveis — voltaram.

Vestidos de preto, armados com coragem e fúria, pularam os muros e invadiram o orfanato.

Era hora de ajustar as contas.

**

Padre Buzzi foi o primeiro a ouvir o barulho.

Quando saiu apressado da capela, foi recebido por um dos homens que o empurrou brutalmente contra a parede.

Padre Maurício tentou fugir, mas foi capturado antes que pudesse chegar aos fundos.

Não havia mais esconderijos.

Não havia mais desculpas.

A justiça — a verdadeira justiça — havia chegado, nas sombras da noite.

**

Os internos, assustados, acordaram com a confusão.

Mas bastou verem aqueles homens — ex-meninos como eles — para entenderem: era o começo da liberdade.

Alguns choraram.

Alguns riram, em choque.

Mas todos, sem exceção, sentiram o peso das correntes começar a se partir.

**

**

Enquanto isso, no caminhão, Guto dormia encolhido no colo de Samuel, exausto.

Teo, ainda tremendo, segurava a mão de Samuel como se fosse sua âncora.

Pedro, mesmo sangrando, olhava para eles pelo retrovisor.

— Vocês estão salvos agora — disse, a voz rouca. — Prometo.

**

O caminhão seguia para uma casa segura nas montanhas, onde os amigos de Pedro tinham preparado um esconderijo.

Lá, finalmente, poderiam respirar.

E planejar o que viria depois.

**

Teo encostou a cabeça no ombro de Samuel.

Samuel passou o braço ao redor dele.

Não importava para onde estavam indo.

O importante era estarem juntos.

E estarem livres.

Pela primeira vez, Teo sentiu algo novo crescer dentro dele — algo pequeno, frágil, mas inquebrável.

Esperança.

E o amor que sentia por Samuel — puro, feroz e verdadeiro — seria a força que o guiaria no que ainda estava por vir.

**

Mas sabiam que o passado não desistiria tão fácil.

A igreja era poderosa.

E o inimigo, embora ferido, ainda era perigoso.

A verdadeira luta ainda estava apenas começando.

Mas agora, eles não estavam mais sozinhos.

E tinham algo que ninguém podia destruir:

O amor.

A amizade.

E a coragem de lutar por um futuro melhor.

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