Antes de chegar nessa missão de acompanhar um bêbado até em casa, acho necessário informar melhor quem é esse bêbado: Júlio, e para isso preciso voltar uns três anos na história.
Não me recordo como conheci Júlio, mas nos aproximamos quando começamos a frequentar os mesmos ambientes por conta dos amigos em comum. E ele é um poço de simpatia, não tem como não se apaixonar pela pessoa. Fisicamente? Nada demais. Temos a mesma faixa etária, ele tem um estilo meio “rústico”, um pouco distante do modelo de beleza idealizado, corpo magro, um cara comum, mas ele tem um negócio que não sei explicar. Não sei se dá pra dizer que é um charme ou um encanto, não sei. Mas tem algo ali que me atrai.
E pra ajudar (ou piorar) duas atitudes dele alimentam ainda mais essa atração que sinto: Ele abraça de verdade, apertado, com contato físico mesmo, demorado, com vontade de abraçar e ele realmente beija no rosto, não é só o encostar de bochechas, ou um toque rápido dos lábios. Por vezes ele até segura no queixo da gente pra virar o rosto e beijar, dá pra sentir a temperatura dos lábios dele e quando termina, ainda olha pra gente sorrindo. Não tem como desconsiderar isso.
Nem preciso dizer que fiquei arriado por ele. Tinha o afeto ali, alimentando a vontade, mas também tinha o tesão inexplicável que sentia por ele. Por nunca tê-lo visto com outros caras, ainda não havia confirmado se ele era Bi ou Hetero. Na minha cabeça não restava dúvidas de que Júlio curtia, mas podia ser só esperança da pessoa carente atraída por ele, resolvi perguntar para alguns amigos em comum, e fomos unânimes em achar que ele era Bi, mas sem fatos para comprovar.
Já tinha se passado mais de ano que a gente se conhecia e cada vez ficávamos mais próximos e eu mais convencido que poderia rolar algo ali, apesar de já ter passado a síndrome do “ter encontrado meu futuro príncipe encantado”, o tesão nele persistia. Na época eu ainda bebia, e me aproveitei que já estávamos embriagados pelas ruas do Centro Histórico e resolvi falar que era afim dele, poderia colocar a culpa na bebida depois, caso a resposta não fosse positiva... e não foi: “Poxa Yu, nessas horas eu queria muito ser Bi, mas eu não sou”.
Eu adorava quando ele me chamava de “Yu”, mas pela primeira vez foi dolorido. Continuamos curtindo o pagode, como se nada tivesse acontecido. Ele não mudou em absolutamente nada o comportamento comigo após isso, continuou com os abraços apertados, os beijos na bochecha, os sorrisos sinceros e a me chamar de “Yu” quando estávamos só nós. Levei um tempinho para acostumar, mas segui o fluxo, até semana passada.
Estávamos na mesma fatídica rua, curtindo o pagode, mas neste dia estava rolando uma programação no Centro Histórico desde a parte da manhã, e como ele mora por ali, tinha começado a curtir cedo. Eu tinha chegado no meio da tarde, mas já tinha parado de beber fazia alguns meses, estava curtindo no “zero álcool”. Ao contrário dele, que já apresentava um sorriso fixo, passos cambaleantes e uma fala embolada.
Passava das 20h, mas ainda tinha programação para o restante na noite e início da madrugada pelas ruas do Centro Histórico. Nosso grupo de amigos estava todo reunido e decidindo se ficaríamos ali ou iriamos para outro ponto, quando ele interrompe:
“Preciso ir em casa, tomar um banho e me recuperar 30 minutinhos, depois encontro vocês.”
Até então, nada anormal, não fosse por uma amiga perguntar se ele estava bem para ir sozinho. Ele se agarrando no meu braço:
“O Yury vai comigo!”
Confesso que a única coisa que passou pela minha cabeça naquela hora, é que perderia o evento pra cuidar de uma pessoa bêbada que já tinha aproveitado bastante do evento. Mas nem tinha como deixa-lo ir sozinho naquele estado. Ele não estava precisando ser carregado, mas a coordenação motora já estava meio comprometida e em alguns momentos precisei ajuda-lo a desviar das pessoas e obstáculos no caminho até sua casa, pelo menos o caminho ele lembrava bem, por nunca ter ido lá, não seria de muito ajuda caso não lembrasse.
Era relativamente perto de onde estávamos, após o portão, subimos um lance de escadas e chegamos à casa dele. Fomos direto para o quanto e ele me falou para sentar na cama que iria tomar banho. Eu ainda estava preocupado com o evento que acontecia e sem saber quando voltaria para lá, até ele sair do banheiro, foi quando desisti completamente de voltar para a rua e só queria aproveitar ao máximo naquele quarto.
Ainda meio molhado, Júlio me chega com uma samba canção pra cima do meio da coxa, o peito e abdome peludos e várias tatuagens a mostra, o pau visivelmente balançando ritmado enquanto caminhava até a cômoda. Não tinha como ele não perceber o quanto encarei ele e eu não tinha intenção de disfarçar também.
O banho o fez muito bem, já estava com outro astral e eu cheio de outras intenções, mas, já havia recebido um fora do amigo hetero, não tomaria a iniciativa nesta situação. Fiquei atento a qualquer abertura porque também não queria perder esta oportunidade.
Ele tirou um short da cômoda e me entregou:
“Preciso de um cochilo rápido, me chamas antes 22h? Troca essa calça se não vai ficar toda amarrotada.”
A última coisa que eu me preocupava naquele momento era amarrotar minha calça de linho, mas não perderia a oportunidade de deitar naquela cama com ele de jeito nenhum. Mesmo que ele fizesse a linha “hetero bêbado curioso”, pouco me importaria. Eu só precisava roçar nele “sem querer” pra ver qual seria a reação. Tirei a camisa ali mesmo e logo depois a calça, olhei para conferir se ele me encarava e foi nítido que seu olhar pairava sobre minha cueca branca. Antes que conseguisse dizer algo, ele deitou na cama se virando para o lado oposto onde eu estava.
Fiquei sem reação, só fiz olhar o celular para ver que horas era e deitar ao lado dele na cama. Fiquei um tempo encarando o teto inconformado, depois virei para o lado oposto que ele estava e acabei cochilando. Acordei com ele se mexendo na cama e para a minha surpresa me abraçou de conchinha. Parece que senti todos os pelos do corpo dele roçando nas minhas costas enquanto ele se acomodava, fiquei duro na hora.
Ele não se apressou para se ajeitar, levou um tempo passando o peito nas minhas costas, posicionando o braço por baixo do meu travesseiro, encostando as pernas por trás das minhas, que já estavam dobradas, e por fim me abraçou apertado aumentando ainda mais o contato dos nossos corpos.
Permaneci estático, ainda pensando como reagir a isso, mas quando senti a respiração quente dele no meu pescoço, não tinha como pensar em mais nada. Meu pau empurrava fortemente minha cueca e já era possível sentir que não era o único duro naquela cama. Estava sentindo seu membro quente e pulsante forçado conta minha bunda. O único som do ambiente era nossa respiração que ficava, aos poucos, mais ofegante.
Me prendeu ainda mais contra seu corpo usando o braço que havia passado por baixo do travesseiro e começou a esfregar a barba por fazer no meu pescoço, ficando ainda mais ofegante. Eu estava tão em transe que mal percebi que ele começara a baixar meu short e minha cueca, até a coxa com a mão livre e permanecia me prendendo em seu peito. Liberando o pau pela perna da samba canção dele, senti o contato direto, ainda mais quente e pulsante, na minha bunda.
Ele voltou a me segurar com os dois braços, mas já movimentando o quadril vagarosamente. Podia sentir os pentelhos e o saco roçando em mim, além do pau duro feito pedra. Meu corpo começou a corresponder àquela dança, se movia por instinto, os atritos dos nossos corpos aumentavam a temperatura e a cada rebolada que eu dava sentia uma tenção em seu aperto. Até que ele soltou um dos braços, levou a mão até a boca e recolheu a própria saliva em seguida passou no pau. Posicionou quase precisamente na entrada do meu cu e voltou a me segurar com os dois braços.
Senti centímetro por centímetro me adentrando, ainda com certa dificuldade, mas sendo empurrado sem pressa alguma, diferentemente da respiração em meu pescoço que acelerou ainda mais quando ouvia meus gemidos. Mesmo depois de sentir que os pentelhos dele haviam me alcançado, ele continuava tentando empurrar um pouco mais sem afrouxar seus braços.
Quando teve a certeza que estava por completo dentro de mim, me mordeu de leve o ombro e em seguida, encostou o queixo em cima de onde havia mordido e disse meio sussurrado:
“Yu, me beija.”
Ainda me prendia com os braços e não consegui mudar de posição, só fiz virar o pescoço e perceber que ele já avançava procurando meus lábios. Parecia que a intenção era me devorar com aquele beijo, ao mesmo tempo que me tencionava contra seu peito e aos poucos começava a meter em mim. Eram tantos estímulos que só fiz aproveitar com todas as partes do meu corpo.
Assim que parou de me beijar, aumentou a frequência das bombadas em minha bunda, permanecia me prendendo, mas voltou e ofegar em meu pescoço e eu gemendo na mesma proporção. Me surpreendi quando ele liberou uma das mãos ainda me prendendo firme com o outro braço, terminou de baixar a parte da frente da minha roupa, sem alterar o ritmo das socadas que já faziam aquele barulho gostoso de ouvir, segurou firme meu pau enquanto falava baixinho ao meu ouvido:
“Yu, goza comigo.”
Meio desajeitado, começou a me punhetar. Se antes disso imaginei que poderia gozar a qualquer momento, mesmo sem me tocar, agora tinha certeza que não demoraria nada para isso acontecer. Ele começou a urrar baixinho no meu ouvido, me apertava ainda mais contra seu peito, e tentou empurrar mais pra dentro de mim enquanto apertava meu pau e esporrou com vontade instantaneamente.
Senti meu corpo estremecer por completo e minhas energias se esvaindo. Barriga, peito e baços cheios de porra e ele também atingido nas mãos e braço. Ele permaneceu dentro de mim, me prendendo e segurando meu pau, que continuava duro mesmo após gozar. E adormecemos ali.
[Continua]
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