Momentos de felicidade - Cap 16

Um conto erótico de Ju
Categoria: Trans
Contém 4525 palavras
Data: 30/05/2025 19:58:03
Assuntos: Trans, Travesti

O domingo amanheceu com aquele sol suave e uma brisa gostosa de outono. Acordamos preguiçosos, mas animados. Eu e o Léo nos olhamos ainda debaixo das cobertas, sorrindo cúmplices. Era o dia do churrasco na casa dos meus pais — e, apesar de toda a história recente, eu sentia uma espécie de calor interno, uma expectativa boa, um misto de nervosismo e alegria.

Levantei e fui direto me arrumar. Escolhi um cropped justo, que realçava meus seios de forma provocante, uma mini saia jeans curtinha e justa, minha sandália de salto favorita e, claro, óculos escuros — meu charme de domingo. Prendi o cabelo num rabo de cavalo bem estiloso, com um laço preto que dava um toque sofisticado. O batom vermelho, óbvio, não podia faltar. Me olhei no espelho e pensei: "hoje eu vou brilhar".

Leonardo me esperava já pronto, com sua bermuda bege, tênis branco e a tradicional camiseta do Grêmio. Estava todo empolgado, já que o jogo era mais tarde — e, claro, ele já deixou o radinho preparado no bolso, caso demorássemos a voltar.

Passamos no mercado para comprar algumas bebidas, pães e sobremesas para levar. Andávamos pelos corredores empurrando o carrinho enquanto ríamos, fazendo brincadeiras e ouvindo comentários elogiosos de alguns clientes. Uma moça chegou até a dizer que formávamos um casal de novela. Eu sorri. Internamente me derreti. E o Léo, todo orgulhoso, só respondia: “É, eu sou mesmo um homem de sorte”.

Chegamos na casa dos meus pais por volta das onze e meia. Quando desci do carro, meu pai veio ao meu encontro com um sorriso escancarado no rosto. Me abraçou com força e falou com aquele tom emocionado e encantado que só pais sabem ter:

— “Juliana... minha filha... como tu tá linda. Incrível. Maravilhosa. Meu Deus, como eu me arrependo de não ter visto de perto o surgimento dessa deusa que tu te tornou...”

Eu fiquei completamente encabulada, o rosto corando, mas o coração pulsando de alegria. Respondi com um sorriso meio tímido, meio vaidoso:

— “Ai, pai, assim eu choro de novo...”

Enquanto isso, o Léo já estava na parte dos fundos com o avental no pescoço, ajudando meu pai com as carnes e o carvão. Os dois conversavam como velhos amigos — e era bonito de ver essa nova relação nascendo ali, no calor da churrasqueira e na simplicidade de um domingo.

Minha mãe veio até mim toda animada, me pegando pelo braço, me levando pra cozinha, me enchendo de perguntas:

— “Filha, essa blusa é de onde? E esse salto, menina? E o Léo, ele é sempre tão calmo assim contigo? Vocês brigam às vezes? Ele ronca? Como é morar com ele? Ele é bom de cama?”

A gente caiu na risada. Ela ria das minhas respostas improvisadas, enquanto me arrumava um copo de suco gelado e picava tomates para a salada. Era gostoso estar ali com ela, com aquela sensação de que, apesar de tudo, estávamos construindo algo novo.

O almoço foi servido no meio da tarde, com as carnes no ponto perfeito, saladas fresquinhas e pãozinho quentinho. A conversa fluía leve, cheia de piadinhas, histórias do passado e planos para o futuro. Comemos todos juntos à mesa, como se aquele reencontro estivesse costurando as partes soltas da nossa história.

Depois do almoço, minha mãe desapareceu na cozinha por alguns minutos e voltou com um prato coberto. Quando ela tirou o pano e revelou a sobremesa, meus olhos brilharam:

— “Torta de bolacha com creme e chocolate???” — perguntei, surpresa.

— “A tua favorita. Eu lembrei que tu sempre pedia essa. Fiz pra ti, minha linda”

Eu fiquei com os olhos marejados de novo, abracei ela forte. Aquilo não era só uma sobremesa. Era memória, era carinho, era afeto.

Enquanto isso, lá nos fundos, meu pai já tinha trazido o violão. Sentado numa cadeira de plástico ao lado do Léo, ele começou a dedilhar algumas notas. Olhei de longe e reconheci imediatamente o acorde.

— “Madrugada de amor que não vai acabar

Se estou sonhando não quero mais acordar

Minha historia linda, meu conto de amor

De amor...

Algo aqui que me diz que essa paixão não é em vão

O meu sentimento é bem mais que uma emoção

Eu espero o tempo que for

Minha fada do amor…”

Era “Fada”, de Victor & Leo. Eu ri, emocionada. Aquilo era um presente.

Léo entrou no embalo e começou a cantar junto, um pouco desafinado, mas com uma entrega apaixonada que compensava tudo. E eu, com a sobremesa na mão, me sentei ali no chão mesmo, perto deles, ouvindo aquela dupla inusitada fazendo uma serenata desajeitada, mas cheia de sentimento.

Logo em seguida, os dois largaram o violão e correram para a sala. O jogo do Grêmio ia começar. Sentaram lado a lado no sofá, cada um com sua cerveja, comentando a escalação, reclamando do juiz, rindo alto. Um mais fanático que o outro.

E eu? Eu fiquei observando. Entre um gole de refrigerante e uma colherada da torta, sentia meu coração em paz.

Era tudo o que eu sempre quis.

O fim de tarde foi preenchido com aquele clima gostoso que só uma casa cheia de amor consegue proporcionar. Depois do jogo — que o Grêmio ganhou, para a felicidade dos dois fanáticos —, minha mãe já estava ajeitando a mesa da cozinha novamente, chamando a gente com aquela voz que transbordava carinho:

— “Vem, gente... vamos tomar um cafézinho antes de vocês irem.”

A mesa estava linda. A toalha de flores miúdas, xícaras decoradas, o bule de café fumegante no centro e uma bandeja com as bolachas amanteigadas que ela mesma fazia, daquelas que derretem na boca. Mas o destaque mesmo era a cuca. Aquela cuca de farofa, com recheio de doce de leite, que só a minha mãe sabia fazer. A mesma que ela fazia quando eu era criança e que enchia a casa de um cheiro que misturava acolhimento e memória.

— “Ainda é tua favorita?” — ela perguntou com um sorriso meio sapeca.

Eu já estava com a boca cheia da primeira fatia, cuspindo farofa ao tentar responder:

— “Ainda é, mãããe...”

Leonardo deu uma risadinha e me repreendeu, rindo:

— “Amor! Que modos são esses?”

Minha mãe gargalhou junto, feliz, se sentando ao meu lado com o pratinho dela.

Tomamos o café com risadas, histórias de infância, e até confidências bobas que só se contam em família. O sol já tinha se escondido e a noite vinha chegando de mansinho quando meu pai reapareceu com o violão nas mãos.

— “Mais uma antes de vocês irem?” — perguntou.

— “Claro!” — eu e o Léo respondemos ao mesmo tempo.

Dessa vez, ele começou a tocar "Jogo da Vida", de Victor & Leo, e eu, sem conseguir conter o entusiasmo, comentei:

— “Ai, gente... eu amo Victor e Leo.”

Eles me olharam com ternura. Léo sorriu, meu pai deu uma risadinha suave, e logo começamos todos a cantar juntos:

“Ela estava linda

Em plenitude infinda

Foi a primeira vez que a vi

Era madrugada

Era quase manhã raiada

E eu ainda estava ali

Se fosse pra te deixar

Te deixaria dentro de mim

Se fosse pra te esquecer

Te esqueceria

Só pra lembrar outra vez e ficar

Assim como se nada fosse ruim

Tudo é tão bom entre você e eu

No jogo da vida

O que acontece gira

Em torno dos pontos

Que você me deu...”

Foi lindo. Simples e lindo.

Depois da música, o silêncio chegou suave. Um daqueles silêncios bons, que não incomodam, que não precisam ser preenchidos. Era como se nossos corações estivessem em comunhão.

Nos levantamos, já era hora de ir. Fomos até a porta. Me despedi da minha mãe com um abraço apertado, o tipo de abraço que traz aconchego até na alma.

Antes de sair, me virei para o meu pai. Ele já estava se aproximando do portão quando eu chamei, com a voz trêmula, mas decidida:

— “Pai…”

Ele parou, se virou devagar, os olhos atentos em mim.

— “Você aceitaria entrar comigo na cerimônia do meu casamento?”

Houve um instante de silêncio. Os olhos dele marejaram quase que imediatamente. Ele voltou alguns passos, parou diante de mim, me segurou pelas mãos.

— “Filha… seria a maior honra da minha vida.”

Eu sorri entre as lágrimas. Léo se aproximou, colocou o braço nos meus ombros, e juntos saímos dali com o coração transbordando.

Aquele domingo tinha sido mais do que um reencontro.

Tinha sido um recomeço.

O domingo terminou de forma maravilhosa. A despedida na casa dos meus pais foi leve, repleta de sorrisos e carinho. A lembrança do meu pai aceitando entrar comigo na cerimônia do casamento ecoava em minha mente como um presente precioso. Quando eu e Leonardo chegamos em casa, estávamos exaustos, mas com a alma aquecida. Dormimos abraçados, como se todo aquele amor que nos rodeou durante o dia nos embalasse até o amanhecer.

A segunda-feira, que geralmente era o dia mais arrastado da semana, surgiu diferente. O despertador tocou e eu já abri os olhos com um sorriso no rosto. Me levantei animada, coloquei uma música leve enquanto me maquiava e vesti um look elegante, mas com um toque vibrante, refletindo exatamente como eu me sentia por dentro: radiante.

Chegamos no escritório e era como se eu estivesse flutuando. Caminhava pelos corredores distribuindo simpatia, sorrindo com os olhos, soltando piadinhas, abraçando as meninas, como se estivesse celebrando a vida em cada gesto. Tudo parecia mais leve. A equipe toda notou. Inclusive, Heitor e Melissa vieram até minha sala no fim da manhã, os dois com um sorrisinho cúmplice e animado.

— “Ju, queremos convidar você e o Leonardo pra minha formatura. Vai ser sábado agora!” — disse Melissa, quase pulando de empolgação.

— “Vocês são presença obrigatória!” — completou Heitor, rindo.

Meus olhos brilharam.

— “Mas é claro que a gente vai! Melissa, eu tô tão orgulhosa de ti! Isso merece uma festa linda!”

Ela me abraçou forte, e o clima de alegria só aumentou entre todos. O restante da semana fluiu com tranquilidade. Tudo estava no ritmo certo, sem sobressaltos. A energia do escritório era outra, mais vibrante, mais colorida, como se todos sentissem o mesmo que eu: que algo bom estava no ar.

Na sexta-feira, véspera da formatura, Melissa apareceu na minha sala com um brilho nos olhos e um certo ar de mistério.

— “Ju... posso pedir uma coisa doida? Vem comigo no shopping? Quero comprar umas coisas pra festa, e ninguém melhor que você pra me ajudar a escolher...”

— “Agora?” — perguntei.

— “Sim! Vamos bater perna como duas adolescentes malucas com o cartão liberado.”

Eu ri alto.

— “Menina, você fala a língua dos meus sonhos. Vamos!”

Saímos do escritório no meio da tarde, rindo, de braços dados, comentando tudo. E lá fomos nós, rodar o shopping como se o mundo fosse nosso. Provei sapatos com ela, demos palpites nos vestidos, testamos maquiagens, escolhemos brincos, e compramos mais do que devíamos — e rimos por isso. Foi leve, divertido, íntimo. Era uma amizade intensa e cúmplice.

Ao voltarmos ao escritório no início da noite para guardar as sacolas no armário da Melissa, o escritório já estava quase vazio. Apenas algumas luzes acesas, um silêncio confortável nos envolvendo.

Guardei uma das sacolas no canto da sala e quando me virei, dei de cara com ela me olhando fixamente, com um meio sorriso no rosto.

— “Ju... obrigada por hoje.”

— “Você não precisa me agradecer, Mel. Eu amo estar contigo.”

Ela se aproximou devagar, o olhar profundo, intenso. Ficamos ali, paradas por alguns segundos, sentindo aquele clima que crescia entre nós. Aquele tipo de silêncio cheio de intenção. Meu coração batia acelerado.

Melissa tocou meu braço, com delicadeza, como se estivesse perguntando sem palavras se podia. Eu sorri levemente, a resposta estava no meu olhar. Ela se aproximou mais e nossos lábios se encontraram num beijo doce, tímido no começo, mas que foi ganhando calor.

A porta da sala estava encostada, as luzes do escritório já reduzidas, e só se ouvia o barulho distante da rua lá fora. O beijo entre mim e Melissa se aprofundava com naturalidade, como se aquele desejo estivesse ali guardado, apenas esperando o momento certo para se manifestar. Minhas mãos encontravam a cintura dela, apertando com firmeza, e as dela deslizavam pelas minhas costas com vontade, puxando meu corpo contra o dela.

— “Ju...” — ela sussurrou entre um beijo e outro, com a respiração acelerada — “Você é tão linda... tão mulher...”

Nossos olhos se encontraram por um segundo, e eu não disse nada — apenas sorri, mordendo levemente o lábio inferior dela antes de voltarmos a nos beijar com ainda mais intensidade.

A conduzi até minha mesa, afastando de leve alguns papéis e me sentando na beirada. Ela ficou entre minhas pernas e eu puxei sua blusa para cima, revelando o sutiã de renda preta. Beijei o colo dela devagar, com vontade, saboreando cada centímetro de pele exposta. Ela gemeu baixinho ao sentir minha língua deslizar entre seus seios, e suas mãos já buscavam a barra da minha saia, levantando com ousadia.

— “Ju... eu sempre sonhei com isso...” — sussurrou com olhos brilhando.

— “Então vive o teu sonho, Melissa...” — respondi, quase sem voz, puxando-a para mim com desejo ardente.

Ela se ajoelhou ali mesmo, entre minhas pernas abertas, me olhando com devoção antes de deslizar a calcinha rendada que eu usava por baixo da saia. Sua língua quente encontrou minha intimidade com delicadeza no início, e depois com mais intensidade, me arrancando gemidos baixos e incontroláveis. Me apoiei na mesa com uma mão, a outra segurava os cabelos dela com firmeza, guiando os movimentos.

Meu corpo tremia. O prazer que ela me proporcionava era intenso, molhado, completo. A sensação era de me perder e me encontrar ao mesmo tempo. Quando gozei em sua boca, joguei a cabeça para trás, arqueando o corpo, enquanto ela me segurava com força pelas coxas. Não dava mais pra voltar atrás. A tensão entre nós já não era mais apenas desejo — era uma entrega.

Quando recuperei o fôlego, desci da mesa e a puxei pela mão, levando-a até o sofá ao canto da sala. Beijei seus lábios com gosto do meu prazer ainda neles, e fui tirando suas roupas com calma, uma peça por vez. A lingerie, a calça, tudo foi se acumulando no chão. Ela ficou ali, nua, deitada no sofá, com os olhos fixos nos meus. Eu tirei meu blazer, depois minha blusa e sutiã, ficando apenas com a saia levantada e as botas.

— “Agora é minha vez...” — sussurrei, subindo sobre ela.

Beijei seus seios com carinho e volúpia, chupando os mamilos com intensidade, ouvindo seus gemidos ficarem mais altos, mais ansiosos. Desci a língua pela barriga, pelas coxas, até encontrar sua intimidade pulsante, onde comecei a brincar com os dedos e a boca. Melissa gemia meu nome entre suspiros, me segurando forte, completamente entregue.

Quando ela gozou, tremendo sob meu corpo, me puxou para cima num impulso, e nos abraçamos, suadas, ofegantes, conectadas.

Mas ainda não era o fim. Nossos olhos se encontraram e, sem palavras, nos entendemos. Melissa se deitou de bruços no sofá, empinando levemente o quadril, me oferecendo seu corpo com uma entrega absoluta. Eu fiquei de joelhos atrás dela, levantei a barra da minha saia e libertei meu pau, já completamente duro e pulsante.

Melissa arfava de expectativa. Posicionei a cabeça do meu pau entre as pernas dela e fui entrando com calma, sentindo cada reação, cada tremor. Comecei com movimentos lentos, envolventes, sentindo o corpo dela se arrepiar todo. A cada investida, nossos gemidos aumentavam, e a sala parecia emanar calor, desejo e pecado. Eu segurava firme em sua cintura, alternando intensidade e ritmo, observando o quanto ela estava completamente entregue, submissa ao momento, às sensações.

— “Ju... Ju...” — ela gemeu, entre soluços e prazer — “Você me enlouquece...”

Nossos corpos colidiam com força e sincronia, e foi ali, naquela mistura de tesão, excitação e luxúria, que gozamos juntas. Foi intenso. Foi inesquecível.

Ficamos um tempo em silêncio, nos abraçando, com o coração disparado e os corpos suados. Até que, com a voz baixa e os olhos marejados, Melissa quebrou o encanto do instante:

— “Ju... isso... isso não pode mais acontecer.”

Eu me afastei um pouco, surpresa, olhando para ela.

— “Heitor me chamou pra morar com ele... e eu aceitei. Eu... eu te amo, você sabe disso. Mas isso aqui, por mais gostoso e intenso que seja... não é o certo.”

Eu respirei fundo. Sentia um aperto no peito, mas sabia que ela estava certa.

— “Eu também te amo, Melissa... e o que a gente tem... é bonito, é forte. Mas o meu casamento tá chegando. E... por mais incrível que seja o que a gente vive aqui, não é justo com ninguém. Você está certa.”

Ela assentiu, com lágrimas nos olhos. Nos abraçamos mais uma vez. Um último beijo, terno e intenso, selou aquele amor que não podia ser vivido.

Um último toque. Um último suspiro.

E então, com um sorriso triste e olhos molhados, nos vestimos em silêncio. Guardamos nossas memórias naquele canto da minha sala — onde, por alguns minutos, existimos só uma pra outra, sem culpa, sem mundo.

E saímos dali com o coração pesado... mas em paz.

O sábado amanheceu preguiçoso, com o céu encoberto por nuvens finas e aquele ventinho leve que deixava o clima perfeito para um passeio tranquilo. Eu e o Léo decidimos começar o dia de forma romântica, aproveitando a calmaria da manhã com um passeio pela Redenção. Escolhemos roupas que refletiam bem nosso estilo: eu estava com uma saia longa de tecido leve, plissada, em tom champagne, combinada com uma blusa de alcinha em seda branca, um cinto dourado marcando a cintura, brincos delicados, óculos escuros e uma sapatilha nude — conforto e elegância caminhando de mãos dadas.

Léo, por sua vez, optou por uma calça de linho bege, camiseta branca justa que valorizava os músculos e um tênis branco bem estiloso. Nós dois estávamos radiantes, lindos e apaixonados.

Passeamos de mãos dadas, paramos para um café ali na Redenção mesmo, tiramos fotos, demos risada vendo os artistas de rua e ficamos um tempo sentados no banco observando a vida passar. Léo brincava comigo dizendo que eu era a mulher mais linda do parque — e eu só sabia sorrir, suspirando com aquele homem incrível ao meu lado.

No final da manhã, seguimos até a casa dos meus pais, para almoçarmos com eles. Era um almoço simples, mas feito com tanto carinho que tudo parecia ter mais sabor. Minha mãe preparou arroz, feijão, carne assada com batatas, uma salada linda cheia de cores, e ainda fez um suco de uva natural que era meu favorito. Almoçamos todos juntos na mesa da cozinha, como nos velhos tempos, só que agora com um clima mais leve, cheio de amor, novas histórias e olhares de orgulho e afeto. Léo se entrosava perfeitamente com os dois, e até ajudou meu pai a lavar a louça no fim do almoço, enquanto eu e minha mãe tomávamos um cafezinho e conversávamos sobre a vida.

No início da tarde, me despedi deles e fui direto ao salão. Tinha hora marcada com a minha cabeleireira de confiança — e aquele era um dia especial, então eu queria brilhar. Pedi para realçar o loiro do meu cabelo, deixando os fios ainda mais claros, vivos, com aquele brilho que fazia qualquer um virar o pescoço para me olhar. Fizemos escova, pontas levemente modeladas, e um banho de brilho que deixou tudo perfeito. As sobrancelhas foram desenhadas com todo cuidado, unhas refeitas com esmalte vermelho clássico, maquiagem preparada para durar a noite inteira — pele impecável, olhos bem marcados e batom combinando com meu estilo sedutor e elegante.

Saí do salão me sentindo uma estrela pronta para o tapete vermelho.

Quando voltei para casa, Léo já estava pronto, me esperando com aquele sorriso apaixonado. Ele estava lindo demais: terno slim azul marinho, camisa branca, sapato social impecável, cabelo alinhado com um toque de pomada. Quando ele me viu saindo do quarto, arrumada, com meu vestido preto colado ao corpo, com uma fenda lateral e decote em V que valorizava cada curva minha, ele soltou um suspiro.

— Doutora Juliana… a senhora está criminosa hoje — ele disse, me olhando de cima a baixo, e me puxando pela cintura para um beijo apaixonado antes de sairmos.

Pegamos o carro e seguimos rumo à festa da Melissa. No caminho, eu sentia meu coração batendo forte. Era o grande dia da formatura da nossa amiga, e depois de tudo o que vivemos nos últimos tempos, essa celebração seria mais do que especial.

A festa estava deslumbrante. Assim que chegamos ao salão, fomos envolvidos por luzes coloridas, músicas contagiantes e uma energia vibrante no ar. Era a celebração da Melissa, e tudo ali refletia sua personalidade: forte, elegante, feminina. O ambiente estava impecável, decorado com tons de preto e dourado, mesas belíssimas, pista de dança iluminada e um DJ que já animava o espaço com músicas dançantes.

Melissa surgiu como um furacão de beleza. Estava usando um vestido longo vinho com fenda profunda e decote ousado, que revelava a curva dos seios recém-moldados pela feminilidade que ela vinha abraçando com tanto orgulho. Os cabelos estavam ondulados, soltos, caindo sobre os ombros com naturalidade e glamour. Ela usava uma sandália dourada de salto fino, maquiagem bem feita com um batom escuro marcando ainda mais sua expressão. Era impossível não notar a mulher incrível em que ela estava se tornando. Todos olhavam, admiravam. Ela dançava, sorria, abraçava, e era como se a luz da festa estivesse nela.

Heitor não desgrudava os olhos dela. Os dois trocavam olhares apaixonados, e era evidente que havia algo muito real entre eles. Em determinado momento, vimos ele cochichar algo no ouvido dela e Melissa dar uma risadinha tímida, encabulada, antes de beijá-lo com intensidade. Aquele casal transbordava desejo e admiração um pelo outro.

Eu e o Léo entramos no clima. Dançamos juntos a noite inteira. De mãos dadas, abraçados, girando na pista como se o tempo fosse nosso. Eu usava meu vestido preto colado, com a fenda que deixava minha perna à mostra, e sempre que Léo me puxava mais para perto, eu sentia os olhares sobre nós. Ele me olhava com tanto desejo, tanto amor, que meu corpo inteiro respondia. Sorríamos, trocávamos beijos quentes ali mesmo, nos perdíamos nos braços um do outro entre uma música e outra.

A noite seguiu assim — intensa, divertida, vibrante. Cumprimentamos amigos, brindamos com espumante, tiramos fotos com Melissa e Heitor, demos risada até doer a barriga. Já passava das três da manhã quando decidimos ir embora. Nos aproximamos da Melissa para nos despedirmos. Eu a abracei apertado, sussurrei no ouvido dela:

— Você está deslumbrante. Parabéns por tudo. Você merece o mundo.

— Obrigada, Ju… você sempre foi meu espelho. — Ela disse emocionada, com os olhos brilhando.

Léo apertou a mão do Heitor e o abraçou de forma carinhosa. Trocamos mais algumas palavras doces, promessas de novos encontros, e então saímos de lá, de mãos dadas, rindo feito adolescentes apaixonados.

No carro, o clima entre nós dois já estava carregado de tensão. Bastava um toque no joelho, um olhar profundo, e o desejo se acendia. Chegamos em casa num silêncio faminto. Mal fechamos a porta do apartamento e já estávamos nos beijando, com pressa, com sede um do outro.

Ele me encostou na parede do corredor, beijando meu pescoço, enquanto minhas mãos deslizavam por dentro da camiseta dele. Tirei meu vestido num movimento só, ficando apenas com a lingerie rendada preta, e o Léo praticamente rasgou a camiseta do corpo. Levou-me até o sofá da sala, me deitou ali, e começou a me chupar com vontade, com língua quente, profunda, lenta e provocante. Eu gemia baixinho, puxando os cabelos dele, até não aguentar mais.

— Vem, amor… me fode — murmurei, sedenta, ofegante.

Ele subiu por cima de mim e me penetrou com força, com desejo. E eu gozei quase instantaneamente. Mas aquilo era só o começo. Nos reviramos, eu sentei sobre ele, cavalguei com intensidade, gemidos abafando a madrugada. Nos viramos de novo, posições diferentes, beijos molhados, mãos apertando, corpos colados. Ele me segurava com firmeza enquanto estocava com profundidade e prazer, e eu sentia meu corpo inteiro vibrar.

Gozamos juntos, intensamente, como se aquela transa fosse a celebração do nosso próprio amor. Ainda ofegantes, ele me puxou para o colo e ficamos ali abraçados, nus, suados, sorrindo.

— Eu te amo, doutora Juliana — ele sussurrou.

— Eu te amo, meu Léo.

Fomos para a cama, caímos exaustos e adormecemos abraçados, em conchinha, até o domingo se anunciar.

Acordamos já perto do meio-dia, embalados por uma preguiça gostosa e aquela sensação de corpo saciado, alma leve. O sol entrava pela fresta da cortina e acariciava nossos rostos, anunciando que o domingo já estava pela metade — e, sinceramente, não nos importamos. Ficamos alguns minutos na cama, trocando beijos suaves, carinhos despretensiosos e risadas baixinhas.

— Nem vamos fazer almoço hoje, né? — falei, esticando os braços com um sorriso sonolento.

— De jeito nenhum — respondeu Léo, me puxando para mais um beijo. — Vamos aproveitar o dia do nosso jeito.

Decidimos, então, passar a tarde na casa do Dr. Ayrton, e pai do Leonardo — meu amigo querido e meu antigo sócio,, referência de vida, de afeto, de integridade. Fazia tempo que não dávamos as caras por lá, e sabíamos que ele sentiria alegria em nos ver. E nós também sentíamos saudade da presença serena e acolhedora que ele sempre teve.

Chegamos por volta das três da tarde. Assim que abrimos o portão, ele já veio nos receber com aquele sorriso largo e caloroso, de braços abertos, pronto para acolher como sempre fez. Abraçou o Léo com firmeza, com aquele orgulho silencioso que só os bons pais conseguem demonstrar no gesto. Depois me envolveu num abraço cheio de carinho, daqueles que aquecem o peito.

— Meus filhos — disse ele, com os olhos brilhando. — Estava com saudades de vocês dois.

Conversamos por horas. Falamos sobre o casamento, o escritório, a vida. Dr. Ayrton, com sua sabedoria mansa, sempre tinha um conselho gentil, uma palavra de conforto, um olhar que dizia tudo. Ele olhava para o Léo com tanto orgulho que meu coração se enchia — era lindo de ver a relação entre os dois. Pai e filho, parceiros, admiração recíproca. Em vários momentos, Léo pegava na mão dele, dava um sorriso, e eu via que aquele vínculo era uma das coisas mais preciosas que existia.

Ficamos ali, sentados na varanda, rindo, trocando histórias, partilhando afetos. Foi um daqueles encontros que curam, que aquecem por dentro, que fazem tudo valer a pena.

Depois, decidimos esticar o domingo com um passeio ao shopping. Pegamos um cineminha gostoso, daqueles com direito a pipoca grande, refrigerante gelado e mãos dadas o tempo todo. O filme era leve, divertido, e por várias vezes trocamos olhares cúmplices, rindo baixinho como dois namorados que ainda se descobrem.

Encerramos o dia com um lanche na praça de alimentação, comentando as cenas do filme, os planos da semana e os detalhes do casamento que já se aproximava. Quando voltamos para casa, o céu já escurecia, tingido de laranja e roxo, e nossos corações estavam leves, serenos, felizes.

Era o fim perfeito para um final de semana perfeito que misturou tudo: amor, amizade, celebração, reencontros e paz. E assim, entre beijos suaves no sofá e abraços longos no silêncio do lar, nos despedimos do domingo, prontos para o que viria pela frente.

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