Uma semana havia se passado desde que conheci o namorado da minha filha. Um novo encontro estava para acontecer: Aleff iria passar o final de semana com Isadora, no Rio de Janeiro. Como de costume, mandávamos algumas coisas que ela adorava — queijos artesanais, castanhas-do-pará, biscoitos. Luana, minha esposa, iria para São Paulo a trabalho, uma audiência importante, e depois seguiria para o Rio, onde ficaria alguns dias com nossa filha.
Isso, na prática, me deixaria sozinho em casa. E com isso... liberdade demais para alguém com a cabeça tão cheia de fantasmas.
Usei a desculpa de que estava atolado de projetos e que não poderia fazer essa pequena viagem em família. Me ofereci para entregar as coisas ao Aleff, ele queria passar aqui para buscá-las, mas eu falei que deixava onde ele estivece. Ele me mandou o endereço. Dirigi até o local, um condomínio simples, bem localizado. Assim que estacionei, ele já estava me esperando na calçada, visivelmente suado — tinha acabado de sair da academia.
Sai do carro, apertei sua mão com firmeza. Nos cumprimentamos com um leve sorriso, trocando um olhar firme, direto. Eu sabia do poder do meu olhar — era algo que já ouvira muitas vezes, um olhar que dizia mais do que minha boca jamais ousaria. Mas Aleff era daquele tipo que não se abalava com isso. E isso só me atiçava mais.
Observei seus lábios com discrição, depois deixei meus olhos passearem por seu peitoral marcado sob a camiseta leve, pelos ombros largos e pela pele morena levemente úmida de suor. Me controlei.
— Depois aparece lá em casa qualquer dia — falei, com a voz tranquila. — Assistimos a um jogo, tomamos uma cerveja. É sempre bem-vindo.
Ele sorriu, assentiu com um aceno de cabeça e nos despedimos. Quando entrei no carro, espiei pelo retrovisor... e mais uma vez, fotografei com os olhos o andar dele. A forma como sua bermuda moldava a bunda perfeita. Aquilo me acelerou o coração, e me deixou de pau duro. Ali estava eu de novo, preso nesse desejo silencioso proibido e faminto.
Mais tarde, levei minha esposa ao aeroporto. Assim que voltei, fui direto ao celular. Mandei mensagem para Bruno, o garoto de programa que me conhecia como poucos.
Henrique: "Minha esposa viajou. Tá livre hoje à noite?"
Bruno: "Tô sim. Quer que vá até você?"
Henrique: "Sim. Quero passar a noite com você. Quanto fica?"
Bruno: "250 com pernoite."
Henrique: "Fechado. Às 19h te mando o endereço."
A ansiedade cresceu. Era como se meu corpo soubesse que teria alívio. Mas minha mente… ainda lutava.
Passei o restante do dia no escritório de arquitetura. Era um espaço pequeno, mas com muita personalidade. Eu e Gabriel tínhamos criado tudo do zero, desde os tempos de faculdade. Éramos sócios e amigos há anos. Ele era hétero, casado, pai. Não sabia absolutamente nada da minha vida paralela — nem sobre Bruno, nem sobre saunas, nem sobre desejos contidos.
Tínhamos três estagiários. Eduardo era o que mais me ajudava — um garoto magro, de pele clara, tatuagens discretas, ar de menino que cresceu em apartamento com vista pro mar. Eu jamais diria em voz alta, mas ele era completamente o meu tipo. Claro que eu mantinha distância. Afinal, envolvimento no ambiente de trabalho era suicídio. E eu era bom em fingir, sempre fui. Mas naquele dia... era como se meu corpo estivesse em brasa. Pensava no Aleff, e pensava nas maneiras que eu iria comer o Bruno. Trabalhei o dia todo com o meu pau ficando duro e mole, ainda pensei em socar uma punheta, mas eu queria guardar meu leito para o Bruno. As 17h, encerrei o expediente e fui direito para minha casa esperar o Bruno.
Cheguei em casa e fui direto para o banho. Queria tirar de mim o dia, o cansaço, a ansiedade. Deixei a água morna cair sobre meu corpo, deslizando pelas costas e ombros, sentindo o vapor envolver tudo como um abraço silencioso. Meu coração batia num ritmo diferente — não era só excitação, era também um desejo de esquecer, de mergulhar em algo que me fizesse esquecer o Aleff. Vesti uma bermuda folgada e uma camiseta leve. Passei um desodorante discreto, ajeitei o cabelo e liguei para Luana. Conversamos rápido, ela me contou sobre a conexão em Guarulhos e a expectativa de ver Isadora no Rio. Eu disse que aproveitaria a noite para adiantar alguns projetos, e ela desejou boa sorte.
Às 19h em ponto o interfone tocou. Era ele. Meu sorriso saiu antes mesmo que eu dissesse alô. Abri a porta e esperei. Alguns minutos depois, ouvi o som da moto estacionando bem em frente à minha casa. Bruno tirou o capacete com aquele ar displicente, o cabelo bagunçado, a jaqueta marcando bem o peitoral e os braços definidos. Ele carregava aquela aura irresistível de homem que sabe exatamente o efeito que causa.
Abri a porta e ele entrou.
— Que saudade, hein — ele disse, com um sorriso torto que me desmontava.
— Você não imagina — respondi, puxando-o pela gola da jaqueta antes que qualquer palavra se alongasse demais. Nossos lábios se encontraram com urgência, como se semanas tivessem passado. Aquele beijo... tinha gosto de coisa reprimida, de corpo que arde. Minhas mãos já estavam em sua nuca, depois desceram pelas costas firmes. O calor entre nós era instantâneo.
Bruno me encostou na parede do corredor com o corpo. A pressão do toque dele, o cheiro do perfume misturado ao da rua, tudo nele era real demais. Meu corpo reagia como se reconhecesse cada linha do seu — uma familiaridade que beirava o vício. Quando paramos o beijo, nossas testas ainda se tocavam, respirações entrelaçadas.
— Tava com saudade do seu beijo — ele disse, tirando a jaqueta devagar, deixando à mostra a camiseta justa por baixo.
— Hoje a casa é nossa até o amanhecer — sussurrei. — Me deixa esquecer de tudo, Bruno.
— Eu vou te lembrar do que você gosta — ele respondeu com um sorriso carregado de promessa.
Seguimos para a sala. As luzes estavam mais baixas, deixei só uma luminária acesa num canto, criando uma penumbra que desenhava os contornos do corpo dele enquanto ele se sentava no sofá. Sentei ao lado, mas ele me puxou por cima. Nossos corpos se encaixaram com naturalidade, e o beijo continuou, dessa vez mais lento, mas profundo. Aquelas mãos sabiam exatamente onde tocar, com que intensidade, com que intenção, e nossas roupas foram arrancadas, nossos lábios não se separaram um segundo, ele passava a lingua na minha orelha, eu chupava sua língua, apertava sua bunda e pau, estávamos entregues um ao outro, sem a necessidade de correr contra o tempo, eu falei:
– Quero te comer em todos os cantos dessa casa, seu puto safado – Falei dando um tapa na sua bunda.
– Sou todo seu senhor Henrique, pode me comer com força.
– Você tá mais gostoso a cada dia que passa – Falei olhando para seus musculos.
– Você gosta? Seu safado, sou todo seu, adoro quando você mete essa pirroca pesada no meu rabo, você sabe que você me deixa doido não sabe?
– Sei sim, não é toa que você geme igual á uma puta… Se bem que é isso que você é, uma puta safada… — Puxei sua nuca com força e enfiei minha língua na boca do Bruno.
Meu pau já estava duro feito pedra, então eu puxei sua cabeça e enfiei meu pau em sua boca, ele começou a me chupar com força e com vontade, eu gemia sem medo de ser escutado, eu admirava sua boca subindo e descendo no meu pau, e ele me alternava entre me olhar e me chupar, então eu disse:
– Vamos pro quarto, quero te comer na cama que durmo com minha mulher.
Chegamos no quarto, joguei o Bruno na minha cama, segurei meu pau junto com o dele e comecei uma punheta dupla enquanto a gente se beijava, depois puxei sua nuca e coloquei ele pra cheirar meu suvaco, enquanto eu segurava nossos paus, eu apertava o dele com bastante força, e então virei ele de costas, coloquei uma camisinha e comecei a meter de forma rápida, logo o Bruno já rebolava no meu pau e gemia feito uma cadela, eu fodia seu cú como se fosse uma britadeira, eu estava com pressa queria ter a primeira gozada da noite, seria uma noite longa, enquanto eu metia eu dava pequenos tapas na sua bunda, puxava seus cabelo e dava um beijo, e logo eu disse que iria gozar, tirei meu pau do seu rabo, tirei a camisinha e gozei na sua bunda, e então fui passando meu pau em minha porra e colocando dentro do seu rabo, e então enfiei só e cabecinha do meu pau sem capa, e depois tirei, a gente se beijou e depois deitamos exaustos. Perguntei se ele queria beber ou comer algo, entao preparei um lanche e trouxe um vinho, logo começamos a nos beijar novamente, e a cada toque, beijo, mordida leve, a tensão ia se dissolvendo. Eu fechava os olhos e me entregava. Me perdia nas mãos dele, na forma como ele murmurava baixinho no meu ouvido, palavras que não eram vulgares, mas carregadas de desejo. O tempo parecia parar — ou talvez estivesse apenas do nosso lado.
Horas se passaram entre beijos, carícias, chupadas, e metidas no rabo do Bruno com gemidos que não era nada contido. Às vezes, ficávamos apenas abraçados, o corpo dele encaixado no meu, respirando juntos como se estivéssemos nos curando de alguma coisa. E então voltávamos um ao outro, como se fosse a primeira vez. Naquela noite gozei 4x, e fiz o Bruno gozar duas.
Na manhã seguinte, depois de uma madrugada onde cada pedaço meu foi explorado, toquei o rosto de Bruno pela última vez enquanto ele ainda estava deitado, os olhos semicerrados e um sorriso tranquilo nos lábios. Levantamos juntos, fomos para o banho, e naquele cubículo de azulejos mornos, trocamos olhares e toques silenciosos. Nada precisava ser dito. O momento falava por si. Quando ele saiu, entreguei a quantia combinada e ainda dei uma gorjeta generosa. Ele sorriu, me deu um beijo demorado no canto da boca e prometeu estar disponível, caso eu quisesse repetir a dose.
— Se sentir falta... é só me chamar, Henrique — disse ele, olhando por cima do ombro antes de sair. Aquele olhar ainda ficou comigo enquanto eu terminava de me vestir.
A casa estava silenciosa. Pela primeira vez em muito tempo, eu também estava. Silencioso por dentro. Relaxado. Segui para o trabalho com a cabeça mais leve, o corpo ainda sensível, como se cada músculo meu tivesse sido acordado. Cheguei ao escritório um pouco mais tarde que o de costume. Gabriel, meu sócio e velho amigo, estava na sala dele, com um semblante preocupado.
— Henrique, você pode fazer uma viagem rápida amanhã? — ele perguntou assim que me viu.
— Claro. O que aconteceu?
— A mãe da Renata passou mal, vou precisar estar por perto, mas temos aquele cliente no interior que está reformando o restaurante. Ele pediu uma visita urgente pra alinhar a parte elétrica com o novo layout. A ideia é ir cedo, resolver tudo no dia... mas talvez precise dormir por lá se atrasar.
— Tudo bem, eu vou. Quem vai comigo?
— Eduardo. Ele já está a par do projeto, vai te ajudar com as medições e os ajustes no AutoCAD.
Assenti, tentando parecer natural, mas um pensamento estranho percorreu meu corpo como um calafrio. Eduardo.
Eduardo, o estagiário que mexia com algo dentro de mim que eu insistia em ignorar. Magro, tatuado, com aquele ar distraído e usando fones de ouvido pra escapar do mundo. Sempre com aquele sorriso tímido, e uma gentileza que contrastava com o jeito mais debochado dos outros dois estagiários. Eduardo era discreto, observador... e, de algum modo, perigoso.
Tentei não demonstrar nada, mas minha mente já estava criando possibilidades. Era
inevitável. Durante o dia, ele passou pela minha sala algumas vezes para tirar dúvidas do projeto e alinhar os materiais que levaríamos. Usava uma camiseta cinza básica e jeans escuro. Os braços finos, cheios de rabiscos em preto e branco, me distraíam enquanto ele falava.
— Tudo certo pra amanhã, Henrique. Vamos às 7h mesmo? Daqui ou de algum ponto? — perguntou ele, com aquele jeito leve e direto.
— Vamos no meu carro, podemos sair lá de casa, eu posso te pegar em algum canto. Assim já vamos conversando sobre o projeto no caminho — respondi sem pensar muito, mas ciente do que aquela sugestão podia implicar.
Ele assentiu, sorrindo.
— Beleza. Me manda sua localização mais tarde, então.
Quando ele saiu da sala, me encostei na cadeira. Respirei fundo. Eu sabia que aquela viagem poderia ser apenas profissional... ou não. E a parte mais inquietante era que, no fundo, uma parte de mim queria que não fosse.
Meu corpo ainda lembrava do toque de Bruno, da noite intensa e quente. Mas minha mente... ela já estava traçando os contornos de um novo desejo, Eduardo, o estagiário.
Tudo eu usava como desculpas para esquecer o Aleff da minha mente, e estava funcionando.