Amor de Mãe 3

Um conto erótico de Anderline
Categoria: Heterossexual
Contém 6391 palavras
Data: 04/05/2025 16:14:48

AMOR DE MÃE

PARTE 3

Helena: Meu Deus! Eles chegaram! Rápido, Cauã! Se arrume! Eu preciso ir tomar um banho!

Numa agilidade surpreendente, ela se levantou da cama e, pegando o biquíni rapidamente, correu para o banheiro, deixando-me ali, nu e atordoado, tentando processar o que acabara de acontecer e me vestir o mais rápido possível antes que meu irmão e sua amiga nos encontrassem naquela situação comprometedora. O som da água do chuveiro começou a abafar o barulho das vozes na sala.

Quando finalmente nos encontramos todos na sala, a atmosfera ainda estava um pouco carregada de uma tensão não dita, pelo menos para mim. Helena parecia ter voltado ao seu estado normal, sorrindo e conversando com Ícaro e Júlia como se nada tivesse acontecido. Eu, por outro lado, ainda sentia o calor do seu toque e o gosto dela na minha boca. Para tentar normalizar a situação e afastar qualquer possível suspeita, Ícaro sugeriu.

Ícaro: E aí, galera? Que tal pedirmos uma pizza? Tô faminto depois das compras com a Júlia.

Júlia: Ótima ideia! Que sabores vocês querem?

Helena: Por mim, pode ser uma metade portuguesa e metade calabresa. O que você acha, Cauã?

Eu: (tentando soar casual) Pra mim, qualquer uma está bom. Portuguesa e calabresa parece ótimo.

A decisão de pedir pizza trouxe um clima mais leve e descontraído para a sala, como se a normalidade estivesse sendo restaurada após um breve e intenso desvio. Enquanto esperávamos a pizza chegar, conversamos sobre a festa à fantasia, tentando manter a animação e o segredo em torno das fantasias de Ícaro e Júlia. Por dentro, eu ainda sentia o eco da "massagem" de minha mãe, um segredo quente e proibido que agora compartilhávamos sob o verniz de uma noite familiar.

Enquanto saboreávamos a pizza, o aroma delicioso pairando sobre a mesa, tentei retomar o assunto da festa, buscando uma interação normal com minha mãe, apesar do turbilhão de emoções que ainda me agitava.

Eu: Mãe, e a sua fantasia? Já teve alguma ideia do que vai usar no sábado?

Helena me olhou com um sorriso enigmático, limpando o canto da boca com um guardanapo.

Helena: Ah, meu querido, estou pensando em algo... digamos... especial. Algo que combine com o meu acompanhante, não acha?

Ela lançou um olhar rápido e significativo para mim, um brilho travesso dançando em seus olhos. Ícaro e Júlia trocaram olhares curiosos, sem perceber a segunda intenção por trás das palavras da minha mãe.

Ícaro: Sério? Vai ser alguma fantasia de casal, então? Que legal!

Júlia: Adoro fantasias de casal! Vocês vão arrasar!

Helena: (com um sorriso misterioso) Digamos que sim. Estou trabalhando em algo... que certamente chamará a atenção. Mas, assim como a fantasia de vocês, é segredo! Terão que esperar até sábado para descobrir.

Senti um arrepio percorrer minha espinha com o tom insinuante da sua voz e aquele olhar carregado de segredos. Aquele "casal" que ela mencionava tinha um significado muito mais profundo e excitante para nós dois do que para Ícaro e Júlia. A expectativa para a festa, que já era grande, agora se intensificava com a promessa silenciosa de uma cumplicidade ousada entre mim e minha mãe.

Júlia: Então, dona Helena, Cauã, a gente já comprou tudo! Sábado de manhã a gente começa a arrumar as nossas fantasias, pra ficar tudo perfeito pra noite!

Helena: (com um sorriso cúmplice para mim) Ótimo, queridos! Nós também vamos dar uma olhada nas nossas fantasias no sábado, não é, Cauã? Precisamos estar à altura, afinal!

Os dias que se seguiram transcorreram em uma felicidade tensa para mim. A imagem da minha mãe naquele biquíni e a intensidade da nossa interação permaneciam vívidas em minha mente, mas nos comportamos como se nada tivesse acontecido, esperando a chegada do sábado. Ícaro e Júlia pareciam animados com os preparativos secretos para a festa.

No sábado de manhã, Júlia chegou cedo à nossa casa, radiante de expectativa. Logo estávamos todos sentados à mesa da cozinha, tomando o café da manhã em meio a conversas animadas sobre a festa e palpites sobre as fantasias uns dos outros. A atmosfera era de pura excitação juvenil, contrastando com a corrente elétrica silenciosa que ainda existia entre mim e minha mãe.

Helena: Mas, Júlia, vocês precisam sair tão cedo assim no sábado? Já compraram tudo, não é? Por que não deixam para arrumar as fantasias mais tarde? Assim podemos aproveitar a manhã juntos.

Júlia hesitou por um instante, um leve rubor surgiu em suas bochechas enquanto procurava pelas palavras certas. Ela trocou um olhar rápido e significativo com Ícaro, que parecia tão desconfortável quanto ela.

Júlia: Ah, dona Helena... é que... a gente queria começar cedo pra ter bastante tempo... sabe como é, né? Pra não fazer tudo correndo em cima da hora.

Ela deu um sorriso forçado, evitando o olhar direto da minha mãe.

Júlia: Tem algumas... coisinhas a mais que a gente quer fazer... uns detalhes... pra fantasia ficar perfeita mesmo.

Ícaro pigarreou, tentando reforçar a explicação de Júlia sem entrar em detalhes.

Ícaro: É... tipo isso. Uns... preparativos finais. Que levam um tempinho.

O tom evasivo e o nervosismo dos dois eram evidentes, mas minha mãe pareceu aceitar a explicação sem questionar muito, embora um leve franzir de testa denunciasse uma ponta de desconfiança.

Assim que a porta da frente se fechou atrás de Ícaro e Júlia, um silêncio carregado se instalou na cozinha. O som suave do café pingando na garrafa parecia amplificar a quietude. Nossos olhares se encontraram, fixos um no outro, atravessando a mesa. Havia uma intensidade palpável naquele contato visual, um reconhecimento silencioso do que havia acontecido entre nós e da tensão que pairava no ar desde então. O clima matinal, antes apenas familiar, agora estava imbuído de uma eletricidade sutil, uma promessa não dita pairando entre nós dois.

Eu: Mãe... eu te amo.

Helena: (com um sorriso suave e um olhar carinhoso) Eu também te amo, meu filho. Muito.

Eu: (com um leve rubor nas bochechas, desviando o olhar por um instante antes de voltar a encará-la) Não... não só como um amor de mãe. Mãe... desde aquela massagem... eu... eu sinto algo mais forte por você. Algo que... que me confunde, mas ao mesmo tempo... me atrai muito.

Um choque percorreu o rosto de Helena. Seus olhos, antes suaves e carinhosos, se arregalaram ligeiramente, a surpresa estampada em cada traço. Seu sorriso se desfez lentamente, substituído por uma expressão de incredulidade e um quê de apreensão. Ela piscou algumas vezes, como se tentasse processar as palavras que acabavam de sair da minha boca. Um silêncio denso se instalou na cozinha, apenas o tic-tac do relógio na parede preenchendo o vazio. Sua respiração pareceu suspensa, e suas mãos, que repousavam sobre a mesa, ficaram imóveis. Havia uma fragilidade repentina em sua postura, como se minhas palavras tivessem abalado uma estrutura delicada. Seus lábios se entreabriram levemente, mas nenhuma palavra saiu. Ela apenas me olhava, perplexa, os olhos buscando os meus em busca de uma explicação, de uma confirmação daquela confissão inesperada e proibida.

Helena: (a voz um fio, carregada de choque e um tom quase suplicante) Cauã... nós somos mãe e filho. Isso... isso não é certo. Não pode ser.

Eu: Eu sei, mãe. Eu sei que não é o "normal", que não é o que as pessoas esperam. Mas... eu não escolhi sentir isso. Desde aquela massagem, desde a forma como nos olhamos, como nos tocamos... algo mudou dentro de mim. Aqueles momentos... não foram só uma massagem para mim. Eu senti uma conexão... uma atração... que nunca senti por outra mulher. E sei que você também sentiu algo, mãe. Eu vi nos seus olhos, senti nos seus toques...

Helena: (balançando a cabeça lentamente, a voz ainda embargada) Não, Cauã... não. Mesmo que... mesmo que tenha havido aqueles momentos... não muda o fato de que somos mãe e filho. Isso não é certo. Não pode acontecer.

Ela repetia a mesma frase, como um mantra, mas seus olhos não conseguiam se encontrar com os meus por muito tempo. Havia uma agitação nervosa em suas mãos, que agora brincavam com a borda da xícara de café. Ela evitava um confronto direto, mas a negação em suas palavras era inegável, ainda que suas ações naquela manhã... dissessem outra coisa. Era como se sua mente estivesse em conflito com as lembranças do nosso contato íntimo.

Aproximei-me da mesa, hesitante, e alcancei sua mão. Seus dedos estavam frios sob os meus. Apertei-a suavemente, buscando contato visual.

Eu: Mãe... por favor, me escuta. Eu sei que parece errado, mas o que sentimos é real. Aqueles toques, aqueles olhares... não foram apenas um erro. Eu sinto algo forte por você, algo que vai além do amor filial. E eu acredito que você sente o mesmo. Aquela tarde... a forma como você me tocou... como você me olhou depois... não era só gratidão. Por favor, não nega o que aconteceu entre nós. Não nega o que estamos sentindo.

Helena finalmente ergueu os olhos, encontrando os meus. Havia uma luta visível em sua expressão, um turbilhão de emoções conflitantes. Seus lábios tremiam levemente. Aproveitei aquele breve contato visual e, com o coração acelerado, inclinei-me e depositei um beijo suave em seus lábios. Foi um toque casto, quase um selinho, mas carregado de todo o sentimento que eu acabara de expressar. Afastei-me lentamente, observando sua reação, o silêncio na cozinha novamente denso e expectante. Seus olhos permaneceram fixos nos meus, agora marejados, a confusão e o conflito ainda estampados em seu rosto.

Seus olhos permaneceram fixos nos meus por um instante que pareceu uma eternidade, a surpresa e a indecisão ainda pairando em seu rosto. Então, lentamente, seus lábios se entreabriram e ela retribuiu o beijo. Não foi mais um selinho hesitante, mas um beijo carregado de uma intensidade reprimida, uma entrega silenciosa a um desejo que ambos sentíamos. Seus lábios encontraram os meus com uma urgência surpreendente, e o contato despertou uma onda de calor que percorreu meu corpo.

Seus braços se ergueram, hesitantes no início, antes de envolverem meu pescoço, apertando-me contra ela. O beijo se aprofundou, nossas línguas se encontrando em um reconhecimento mútuo, explorando um território proibido com uma mistura de culpa e êxtase. Era um beijo apaixonado, desesperado, como se buscássemos em cada toque a confirmação de um sentimento que desafiava todas as convenções. O mundo ao nosso redor desapareceu, restando apenas o calor dos nossos corpos e a urgência dos nossos lábios unidos.

Nossos lábios permaneceram unidos, explorando cada curva, cada textura com uma intensidade crescente. O beijo se tornou mais urgente, nossas respirações se misturando em um ritmo acelerado. Seus dedos se aprofundaram em meus cabelos, puxando-me para mais perto, enquanto minhas mãos encontraram sua cintura, apertando-a contra mim, sentindo a curva suave de seu corpo sob meus dedos.

O sabor doce da sua boca se misturava com um desejo inegável, e a cada toque, a cada suspiro trocado, a linha entre mãe e filho parecia se esmaecer, dando lugar a uma conexão puramente carnal e emocional. Era um beijo carregado de uma paixão reprimida por tanto tempo, finalmente encontrando sua explosão. Nossos corpos se roçavam levemente enquanto nos beijávamos, despertando sensações proibidas e intensas. O som suave de nossos lábios se separando brevemente para um suspiro antes de se unirem novamente era a única melodia naquele momento íntimo e carregado de eletricidade. O mundo exterior parecia ter desaparecido, nos deixando em nossa própria bolha de desejo e descoberta.

Afastando meus lábios dos seus por um breve instante, meus dedos hesitantemente deslizaram pela lateral de seu corpo, subindo lentamente até encontrar a curva macia de seus seios por baixo do tecido da blusa. Acariciei a área com a ponta dos dedos, sentindo o calor que emanava de sua pele. Ao sentir meu toque, um suspiro longo e trêmulo escapou de seus lábios entreabertos. Era um som carregado de uma mistura de prazer e uma tensão reprimida, um reconhecimento silencioso do desejo que a consumia. Seus olhos se fecharam por um momento, como se saboreasse aquela carícia proibida, e senti seu corpo se arrepiar levemente sob meu toque.

Inclinei-me e comecei a beijar seu pescoço, depositando beijos suaves e demorados na pele macia e quente. Senti um leve tremor percorrer seu corpo enquanto meus lábios exploravam a curva delicada de sua nuca, o aroma suave de sua pele invadindo meus sentidos. Ao mesmo tempo, minha mão deslizou pela sua lateral, contornando sua cintura e descendo até encontrar a firmeza arredondada de sua bunda por baixo do tecido da calça. Apertei-a suavemente, sentindo a maciez e a forma sob meus dedos. Um gemido baixo e rouco escapou de seus lábios, e ela inclinou a cabeça para trás, me dando mais acesso ao seu pescoço, em uma entrega silenciosa àquele toque proibido.

Afastando meus lábios dos seus, inclinei-me e comecei a beijar seu pescoço, depositando beijos suaves e demorados na pele macia e quente. Senti um leve tremor percorrer seu corpo enquanto meus lábios exploravam a curva delicada de sua nuca, o aroma suave de sua pele invadindo meus sentidos. Ao mesmo tempo, minha mão deslizou pela sua lateral, contornando sua cintura e descendo até encontrar a firmeza arredondada de sua bunda por baixo do tecido da calça. Apertei-a suavemente, sentindo a maciez e a forma sob meus dedos. Um gemido baixo e rouco escapou de seus lábios, e ela inclinou a cabeça para trás, me dando mais acesso ao seu pescoço, em uma entrega silenciosa àquele toque proibido.

Continuei descendo meus beijos pelo seu corpo, cada toque e cada carícia intensificando a atmosfera carregada de desejo. Beijei a curva de seus ombros, a maciez de sua barriga, a delicadeza de suas coxas, sentindo sua respiração se acelerar a cada aproximação. Cheguei à borda de sua calça de pijama, e com um olhar interrogativo, ela não ofereceu nenhuma resistência, apenas fechou os olhos com uma expressão de abandono. Deslizei o tecido para baixo, revelando sua intimidade.

Sua vulva estava completamente depilada, a pele lisa e rosada brilhando levemente. Estava visivelmente úmida, o brilho intenso denunciando sua excitação. As pétalas delicadas estavam inchadas e sensíveis, prontas para serem exploradas. O aroma doce e inebriante invadiu minhas narinas, intensificando ainda mais meu desejo.

Aproximei meus lábios, saboreando o momento. Depositei um beijo suave no centro de sua vulva, sentindo-a pulsar levemente sob meus lábios. Ela gemeu baixinho, um som que ecoou no silêncio da cozinha. Abri minha boca e envolvi seus lábios inchados, sugando-os suavemente. Sua mão agarrou meus cabelos, guiando minha boca mais perto.

Comecei a lamber com mais intensidade, explorando cada dobra, cada vinco. Minha língua deslizava por toda a extensão de sua vulva, desde o clitóris sensível até a entrada quente e úmida. Ela arfava a cada toque, seus quadris se elevando levemente da cadeira em busca de mais contato. Usei meus dedos para afastar suavemente os lábios, expondo o clitóris inchado e pulsante. Suguei-o com delicadeza, sentindo seu corpo inteiro estremecer.

Variava a pressão e o ritmo, ora lambendo suavemente, ora sugando com mais intensidade, ora usando a ponta da língua para estimular o clitóris com movimentos rápidos e circulares. Seus gemidos se tornaram mais altos e mais desesperados, misturados a sussurros ininteligíveis. Suas pernas se abriram mais, oferecendo-me um acesso ainda maior. O sabor doce e salgado de sua excitação invadiu minha boca, intensificando ainda mais o prazer proibido que compartilhávamos.

Continuei explorando sua intimidade com a boca, dedicando atenção especial ao clitóris inchado, sugando-o e lambendo-o com variações de ritmo e pressão. A cada toque, o corpo de Helena se contorcia na cadeira, seus gemidos se tornando mais altos e entrecortados. Suas mãos agarravam meus cabelos com força, guiando minha boca, enquanto seus quadris se elevavam em um movimento instintivo de busca por mais prazer.

Usei meus dedos para afastar ainda mais os lábios de sua vulva, expondo completamente o centro de seu prazer. Minha língua deslizava com volúpia pela superfície sensível, sentindo-a pulsar sob meu toque. Mergulhei minha língua em sua entrada quente e úmida, explorando a textura aveludada e sentindo seus músculos se contraírem em resposta.

O aroma inebriante de sua excitação se intensificava, preenchendo meus sentidos. O sabor doce e salgado em minha boca era um afrodisíaco poderoso, alimentando ainda mais meu desejo. Alternava entre sugar o clitóris com mais intensidade e lamber toda a extensão de sua vulva com movimentos lentos e sensuais, saboreando cada reação, cada gemido que escapava de seus lábios.

Seus suspiros se tornaram mais curtos e rápidos, quase gritos abafados. Seu corpo tremia visivelmente, e senti suas pernas tensionarem e relaxarem em ondas. Ela estava à beira do clímax, e eu intensifiquei meus esforços, concentrando-me em estimular o clitóris com movimentos rápidos e vibratórios da língua, enquanto meus dedos acariciavam a pele macia de suas coxas internas.

De repente, um grito agudo e estrangulado escapou de seus lábios. Seu corpo se enrijeceu por um instante, antes de ser tomado por espasmos intensos. Senti suas paredes vaginais se contraírem ao redor da minha língua, pulsando ritmicamente. Ela agarrou meus cabelos com ainda mais força, a cabeça jogada para trás em êxtase. Seus gemidos se tornaram um choro de puro prazer.

Continuei a estimulá-la até sentir as últimas contrações diminuírem e seu corpo relaxar gradualmente, entregue à satisfação. Um longo suspiro de contentamento escapou de seus lábios entreabertos. Lentamente, ela abriu os olhos, encontrando os meus, um brilho intenso e lascivo dançando em seu olhar.

Seus olhos brilhavam com uma intensidade admirada enquanto me fitavam. Um sorriso lento e sensual se espalhou por seus lábios, ainda úmidos.

Helena: Meu Deus, Cauã... suas mãos já eram mágicas, mas... sua boca... sua boca é divina. Eu nem imaginava que... que poderia sentir tanto prazer assim. Você me deixou completamente... sem palavras.

O som do portão da garagem se abrindo nos pegou de surpresa, quebrando a atmosfera carregada de sensualidade. Era meu pai, uma presença tão rara em casa que soou quase como um alarme. O rosto de Helena estampou uma mistura de choque e apreensão.

Helena: Meu Deus, é o seu pai! Rápido, Cauã, vista-se! Finja que estamos tomando café normalmente. Anda!

Enquanto nos apressávamos a recompor nossas roupas, o olhar de Helena caiu sobre minha ereção, ainda latejante e inegável. Um sorriso travesso e cúmplice surgiu em seus lábios, contrastando com o nervosismo da situação.

Helena: (em um sussurro rápido e carregado de promessa) Tadinho... você ficou tão... animado. Mas não se preocupe, meu querido. Hoje à noite... eu vou te recompensar direitinho. Agora, aja naturalmente!

A porta da cozinha se abriu e meu pai entrou, com sua habitual expressão cansada, mas surpreso ao nos ver ali.

Pai: Olá... que surpresa. Vocês dois juntos a essa hora. Tudo bem por aqui?

Ele nos cumprimentou com um aceno de cabeça e um meio sorriso, pegando uma xícara e se servindo de café, sentando-se à mesa conosco. O silêncio que se seguiu foi um pouco desconfortável, carregado de um segredo que queimava entre mim e minha mãe, contrastando com a felicidade forçada da situação.

Helena: (tentando soar o mais casual possível) Tudo ótimo, Ricardo. Só estávamos tomando um café da manhã tardio. E você? Veio almoçar em casa hoje?

Pai: Na verdade, surgiu um imprevisto no trabalho e precisei voltar. Mas já estou de saída novamente. Só queria tomar um café rápido. E vocês? Algum plano para hoje?

Eu: (tentando parecer despreocupado) Nada demais. Talvez encontrar uns amigos mais tarde.

Pai: Hum... e você, Helena? Algum compromisso?

Helena: (trocando um olhar rápido comigo, imperceptível para meu pai) Nada em especial. Talvez arrumar algumas coisas em casa.

Pai: Entendo. Bom, preciso ir. Tenho uma reunião importante. Até mais tarde, então.

Helena e Eu (em uníssono): Até.

Meu pai se levantou, bebeu o resto do café rapidamente, nos deu um aceno de cabeça e saiu da cozinha, deixando novamente um silêncio pesado pairar entre nós dois. A tensão da nossa intimidade recente contrastava fortemente com a frieza da interação dos meus pais.

Eu: (tentando quebrar o clima tenso que a presença do meu pai havia deixado) E então, mãe? Não vai me contar nada sobre as nossas fantasias? Já tem alguma ideia formada?

Helena: (com um sorriso misterioso) Na verdade, meu querido, já está quase tudo pronto. Mas pensei que poderíamos dar um pulinho na minha costureira depois do almoço. Ela precisa fazer uns últimos ajustes nas nossas fantasias, garantir que tudo veste perfeitamente. O que você acha? Assim já ficamos com tudo organizado para hoje à noite. Mas a minha... ah, a minha você só vai ver quando eu estiver completamente pronta. A surpresa tem que ser completa!

Eu: Mãe, que tal almoçarmos em algum restaurante hoje? Assim já saímos e depois seguimos direto para a costureira. O que você acha?

Helena: (com um sorriso divertido e um brilho nos olhos) Hummm... está me convidando para um encontro, meu filho? Que ousadia!

Eu: (com um sorriso tímido, mas determinado) Sim, mãe. Estou convidando você para um encontro. Você é a mulher mais linda que eu conheço.

Helena: (com os olhos brilhando e um sorriso que iluminava todo o seu rosto) Então, vamos nos arrumar para esse nosso... encontro. Já estou ansiosa!

Dito isso, ela se levantou rapidamente da mesa, deixou sua xícara de café vazia e, com um rebolado divertido, seguiu animadamente para o seu quarto, me deixando ali com um sorriso bobo e o coração acelerado pela expectativa do que viria.

Vesti uma calça jeans escura que realçava o corte atlético das minhas pernas e uma camiseta de algodão de um tom azul que fazia meus olhos parecerem mais claros. Nos pés, um par de tênis discretos, mas de bom gosto. Mesmo com uma roupa casual, meu porte físico naturalmente me conferia uma certa elegância. Dei uma última olhada no espelho, ajeitando o cabelo, e segui para a sala de estar, onde a luz da tarde criava um ambiente acolhedor. Sentei-me no sofá, peguei meu celular, mas a ansiedade me impedia de me concentrar em qualquer coisa. Meus pensamentos estavam fixos em Helena, imaginando qual roupa ela escolheria e a antecipação do nosso "encontro" improvisado. Aquele almoço e a ida à costureira pareciam agora muito mais do que simples compromissos do dia.

Helena surgiu na sala e, por um instante, meu queixo quase caiu. Ela estava simplesmente radiante. A calça jeans skinny de lavagem clara realçava suas pernas torneadas e finas, e a blusa de seda soltinha, em um tom vibrante de vinho, caía suavemente sobre seu corpo, insinuando suas curvas sem ser vulgar. Nos pés, sapatilhas modernas e confortáveis completavam o look jovial.

Seus cabelos estavam soltos, com ondas suaves emoldurando um rosto que parecia ter perdido anos. A maquiagem era leve, realçando seus olhos claros e a boca bem desenhada com um toque de gloss. Ela parecia ter se divertido ao se arrumar, e a energia que emanava dela era contagiante.

A diferença de idade entre nós parecia ter diminuído drasticamente. Ao lado dela, com minha barba por fazer de alguns dias, talvez até eu parecesse mais velho do que ela naquele momento. Ela irradiava uma juventude despreocupada e uma beleza natural que me deixou hipnotizado. Era como se a Helena "mãe" tivesse dado lugar a uma mulher vibrante e atraente, pronta para aproveitar um encontro inesperado.

Eu: Mãe... você está... simplesmente deslumbrante. Sério. Essa roupa te deixou ainda mais jovem... parece até que somos da mesma idade.

Estendi a mão para ela, um sorriso largo no rosto, e ela a pegou, seus dedos se entrelaçando nos meus com uma leve hesitação, logo substituída por um aperto suave e cúmplice.

Eu: (com um tom carinhoso e um brilho nos olhos) Vamos? Nosso encontro nos espera.

Saímos de casa lado a lado, nossas mãos unidas como as de um casal, caminhando em direção ao carro sob o sol da tarde. Aquele simples gesto carregava consigo todo o peso dos nossos sentimentos proibidos, transformando um almoço casual em um momento carregado de expectativa e uma ponta de ousadia.

O restaurante que escolhemos tinha uma atmosfera agradável e discreta. Durante o almoço, enquanto conversávamos animadamente sobre amenidades e tentávamos manter uma fachada de felicidade, uma jovem garçonete se aproximou para perguntar se estava tudo do nosso agrado. Ao se dirigir a nós para retirar os pratos vazios, ela sorriu calorosamente e disse:

Garçonete: Vocês formam um casal muito bonito! Que bom ver um amor assim.

O comentário, dito com a maior naturalidade e simpatia, atingiu nós dois como um choque elétrico. Nossos olhares se cruzaram instantaneamente sobre a mesa, e percebi um rubor sutil surgir nas bochechas de Helena. Um silêncio breve e carregado se instalou entre nós. Por um lado, havia um certo constrangimento pela observação da garçonete; por outro, uma ponta de um sentimento proibido sendo verbalizado por uma estranha, como se o universo estivesse nos dando uma piscadela ousada. Aquele comentário inocente pairou no ar, intensificando a tensão silenciosa e a natureza incomum do nosso "encontro".

Helena: (com um sorriso um pouco nervoso) Ah, obrigada, querida. Que gentil da sua parte.

A garçonete se afastou, e o silêncio entre nós voltou a se instalar, agora carregado de um novo significado. Olhei para minha mãe, a pergunta pairando no ar.

Eu: Você não a desmentiu, mãe?

Helena: (com um meio sorriso, evitando meu olhar por um instante antes de voltar a me encarar) E você queria que eu dissesse o quê, Cauã? "Oh, não, ele é meu filho"? No meio do restaurante? Seria um tanto... dramático, não acha? Além disso... (ela hesitou, mordendo levemente o lábio inferior) ...não soou tão mal assim, não é?

Eu: (com um sorriso esperançoso) Não, não soou nada mal. Pelo contrário... soou como... uma possibilidade. Uma que nós dois sentimos, não é?

Helena: (suspirando levemente, o olhar agora mais sério) Cauã... as coisas não são tão simples assim. O que sentimos... é complicado. Mas... (ela hesitou novamente, seus olhos buscando os meus com uma intensidade palpável) ...não vou negar que ouvir aquilo... mexeu comigo. Mexeu muito.

Eu: E mexeu comigo também, mãe. Muito. Aquela garçonete... sem saber, disse o que está aqui dentro (apontei para o meu peito). E eu sei que está aí dentro também (olhei em seus olhos com ternura). Não precisamos ter medo do que sentimos.

Helena: (com um olhar hesitante, mas com uma faísca de algo mais profundo brilhando em seus olhos) Medo, Cauã... não é bem medo. É... cautela. Responsabilidade. Somos mãe e filho... existem tantas coisas envolvidas... tantas implicações...

Ela suspirou novamente, passando a mão pelos cabelos.

Helena: Mas... (ela voltou a me olhar, um sorriso pequeno e quase imperceptível curvando seus lábios) ...ouvir você dizer isso... e sentir o que eu também sinto... torna tudo... mais difícil de ignorar.

Helena: (olhando para o relógio no pulso) Bom, acho que já está ficando tarde, meu querido. Se quisermos que a costureira faça algum ajuste, precisamos ir logo. Que tal pedirmos a conta?

Ao entrar no provador, peguei a fantasia do cabide com uma ponta de curiosidade e excitação. Assim que a vesti, o impacto no espelho foi inegável. A fantasia era de um pirata, mas não um pirata qualquer. A calça de couro preto, justa na medida certa, delineava meus músculos e terminava em botas de cano alto que me davam uma postura ainda mais imponente. A camisa branca de linho, com a gola ligeiramente aberta, revelava um pedaço do meu peito malhado, e as mangas largas terminavam em punhos elaborados.

Um colete de veludo vermelho escuro, ricamente bordado em dourado, acentuava meus ombros largos e a cintura fina. Um lenço de seda preta amarrado na cabeça, deixando alguns fios rebeldes caírem sobre a testa, completava o visual. No cinto de couro, uma réplica de um sabre antigo adicionava um toque de perigo e aventura.

O conjunto da fantasia realçava meus traços masculinos de forma inegável. A roupa abraçava meu corpo atlético, destacando cada curva e músculo trabalhado. O contraste do preto do couro com o vermelho vibrante do colete e o branco da camisa criava um efeito visual impactante. No espelho, eu via um homem confiante, com um ar misterioso e inegavelmente sexy. A fantasia não apenas me vestia, mas parecia intensificar minha presença, me transformando em um personagem sedutor e cativante.

Assim que abri a porta do provador e saí, o olhar da minha mãe pousou em mim e percorreu meu corpo de cima a baixo. Notei um brilho diferente em seus olhos, um rubor sutil que surgiu em suas bochechas, e sua respiração pareceu ficar um pouco mais rápida. Ela estava parada, com a minha fantasia em suas mãos, e por um instante pareceu até esquecer do tecido que segurava. Sua boca estava levemente entreaberta, e a expressão em seu rosto era de um misto de surpresa e... desejo. Era inegável que a visão da minha fantasia havia causado um impacto profundo nela, mexendo com algo dentro dela que ia além da relação mãe e filho.

Eu: E aí, mãe? Ficou bom? O que você achou?

Helena: (a voz um pouco rouca, ainda me observando atentamente) Bom? Cauã... ficou mais do que bom. Ficou... impressionante. Você está... irreconhecível. E incrivelmente... atraente. Essa fantasia... te veste muito bem. Realça... seus atributos.

Assim que saímos da costureira, com as fantasias devidamente ajustadas e embaladas, demos de cara com Júlia entrando na loja, acompanhada de uma outra jovem loira. As duas chamavam a atenção pela forma como estavam vestidas para uma tarde comum.

Júlia usava um vestido preto curtíssimo, colado ao corpo, com um decote generoso que valorizava seus seios. As pernas à mostra eram realçadas por saltos altíssimos e finos, e a maquiagem carregada nos olhos e na boca completava o visual femme fatale.

A loira ao seu lado não ficava atrás. Vestia um macacão justíssimo de estampa animal, que marcava cada curva de seu corpo. O decote era igualmente profundo, e os acessórios dourados e chamativos brilhavam sob a luz da rua. Seus cabelos loiros platinados estavam soltos e volumosos, e a maquiagem vibrante destacava seus traços.

Ambas exalavam uma sensualidade explícita e um certo ar de confiança, quase de desafio. Era um contraste gritante com a nossa vestimenta casual e com a atmosfera um tanto tensa e íntima que havíamos compartilhado até aquele momento.

Assim que nos viram, Júlia e a loira pararam abruptamente na entrada da loja. Seus olhares percorreram nós dois, fixando-se por um instante em nossas mãos ainda unidas. Seus sorrisos se desfizeram, dando lugar a uma expressão de surpresa, talvez até um leve choque. Ficaram paradas, imóveis por alguns segundos, como se tivessem sido pegas de surpresa por uma cena inesperada. Era palpável a tensão no ar, um silêncio constrangedor que pairou sobre nós quatro na porta da loja. Seus olhos curiosos e ligeiramente arregalados pareciam questionar a proximidade e o clima entre mim e minha mãe.

Eu: Oi, Júlia! Tudo bem? E aí, cadê o Ícaro? Achei que vocês dois tinham saído juntos hoje de manhã.

A minha pergunta pairou no ar, carregada de uma confusão que era só nossa. O silêncio se tornou ainda mais denso, e a expressão de Júlia e da "loira" se tornou ainda mais estranha. Foi então que a ficha caiu. A "loira" de cabelos platinados, com aquela roupa ousada... era o Ícaro. A maquiagem carregada, os acessórios chamativos... tudo fazia sentido agora. A tensão no ar se intensificou, misturando surpresa, um toque de constrangimento e talvez até um princípio de diversão pela nossa falta de reconhecimento. O olhar de Ícaro, por trás da maquiagem elaborada, tinha uma ponta de divertimento pela nossa reação.

Os olhos de Helena se arregalaram em um misto de choque e total descrença. Sua boca se abriu levemente, como se tentasse formular alguma pergunta, mas nenhuma palavra saiu. Ela piscou várias vezes, como se não pudesse acreditar no que seus olhos estavam vendo. Sua mão, que ainda segurava a minha, apertou-se involuntariamente. Um rubor intenso tomou conta de suas bochechas, e sua expressão, antes relaxada, agora era de completo espanto. Ela alternava o olhar entre Ícaro e Júlia, tentando processar a informação. Era visível o esforço mental para conectar a figura masculina que ela conhecia com aquela visão exuberante e feminina. Sua compostura elegante pareceu vacilar por um instante, substituída por uma genuína surpresa estampada em seu rosto. Era como se uma peça fundamental de um quebra-cabeça tivesse sido revelada de forma completamente inesperada.

Helena: (a voz quase um sussurro, carregada de incredulidade) Ícaro? Meu Deus... Ícaro, é você? Eu... eu não... nossa! Você está... completamente diferente! Eu jamais imaginaria... Que... transformação!

Ícaro: (com uma voz surpreendentemente feminina e um sorriso divertido nos lábios) Exatamente! Hoje, para a festa, podem me chamar de Ícara! E você, Helena... se por um acaso tivesse uma filha, qual nome daria para ela?

Júlia: Helena, já que o Ícaro está se sentindo tão Ícara hoje, que tal você escolher um nome de filha para ele usar essa noite? Seria divertido!

Helena: (pensativa por um instante, olhando para Ícaro com um sorriso carinhoso) Um nome para você hoje, Ícara... hum... que tal... Safira? Acho que combina com o brilho nos seus olhos e essa sua energia contagiante. O que você acha de Safira, minha "filha" de hoje?

Ícaro: Gostei

Helena abriu os braços com um sorriso acolhedor e se aproximou de Ícaro, agora Safira. Deu-lhe um abraço apertado e carinhoso.

Helena: Seja bem-vinda à família por uma noite, minha querida Safira. Você está linda!

Ao sentir o abraço inesperado e ouvir as palavras carinhosas de Helena, um calor intenso percorreu o corpo de Ícaro, agora Safira. Aquele contato físico e a aceitação, mesmo que por brincadeira, despertaram uma onda de excitação. Um arrepio percorreu sua espinha, e a fantasia de ser mulher por uma noite pareceu ganhar uma nova dimensão, muito mais sensual e palpável. A proximidade de Helena e o tom afetuoso de sua voz acenderam uma chama de desejo dentro de Safira.

Helena: E vocês só vieram agora buscar as roupas? Achei que já estivesse tudo pronto há mais tempo.

Júlia: Ah, fizemos várias provas e tal, sabe como é, coisa de menina! Mas são só uns ajustes finais mesmo, rapidinho a costureira resolve. Já estamos quase prontas para arrasar hoje à noite!

Helena: (com um sorriso divertido, olhando para Ícaro, agora Safira, de cima a baixo) Safira, você está realmente... chamativa nessa roupa. Mas lembre-se, mocinhas precisam se comportar, viu? Senão... (ela piscou para Safira com um ar cúmplice).

Safira: (com um sorriso malicioso e um brilho nos olhos) Se comportar? Mas mãe, a graça da festa não é justamente quebrar umas regrinhas? E com essa roupa... acho que vai ser bem difícil me comportar direitinho. Mas prometo tentar ser uma "boa menina"... pelo menos por um tempo!

Helena: (rindo suavemente) Ah, filha... você me lembra alguém! Mas juízo, viu? Não quero ter que te dar uns puxões de orelha na festa! Mas confesso que estou curiosa para ver essa sua "tentativa" de se comportar.

Helena: Bom, meninas, acho que já deu por aqui. Que tal irmos tomar um café? Estou precisando de um bom cappuccino e colocar o papo em dia com vocês. O que acham?

Júlia: Ótima ideia, Helena! A gente só espera rapidinho a costureira terminar os últimos ajustes e já encontramos vocês na cafeteria.

Enquanto Júlia e Safira ficaram na costureira para os ajustes finais, eu e Helena seguimos para a cafeteria mais próxima. Escolhemos uma mesa na varanda, aproveitando a brisa da tarde. Pedi um cappuccino e Helena um café gelado. O clima estava leve e descontraído, apesar do turbilhão de sentimentos daquele dia.

Poucos minutos depois, Júlia e Safira chegaram, animadas e com as sacolas das fantasias em mãos. Safira, ainda com sua maquiagem elaborada e a roupa chamativa, atraía alguns olhares curiosos, mas parecia completamente à vontade. Júlia, sempre extrovertida, já estava contando animadamente sobre os últimos detalhes da sua fantasia.

Nos sentamos à mesa, agora os quatro juntos, e o ambiente ficou ainda mais animado. Risadas, comentários sobre as fantasias e a expectativa para a festa daquela noite preenchiam a conversa. Era um momento peculiar, com a dinâmica entre nós quatro se moldando de uma forma inesperada e até um pouco surreal. Aquele café da tarde, com minha mãe, minha "irmã" por uma noite e sua amiga, era, no mínimo, inesquecível.

Com um olhar curioso e um sorriso gentil, me virei para Safira, que estava animadamente mostrando um acessório brilhante para Júlia.

Eu: E aí, Safira? Como você está se sentindo nessa sua estreia como... você mesma? Está curtindo a experiência?

Safira se virou para mim, os olhos brilhando por trás da maquiagem elaborada. Ela ajeitou uma mecha de cabelo platinado atrás da orelha e abriu um sorriso radiante.

Safira: Ah, Cauã... você nem imagina! É... libertador. Sabe aquela sensação de que uma roupa não te veste direito, que não é realmente você? Então... é o oposto disso. Pela primeira vez, essa roupa, essa maquiagem... parece que encaixam perfeitamente. É como se... essa fosse uma parte de mim que finalmente ganhou permissão para sair e respirar.

Ela fez uma pequena pausa, o sorriso se tornando um pouco mais sério.

Safira: É estranho dizer, mas... me sinto mais... eu mesma assim. Mais confiante, mais... feliz. Mesmo sabendo que é só por uma noite. Mas essa noite... essa noite eu vou aproveitar cada segundo como se fosse real. E a Helena... (ela lançou um olhar carinhoso para minha mãe) ...a aceitação dela está sendo... incrível. Significa muito pra mim.

Ela terminou com um sorriso travesso.

E você, Cauã? Curioso para ver a minha performance de "boa menina" mais tarde?

Helena arregalou os olhos ligeiramente, um sorriso divertido dançando em seus lábios enquanto olhava de Safira para mim.

Helena: Ah, "Safira"... essa sua "boa menina" me parece bem... promissora! Cauã, prepare-se! Acho que teremos uma noite bem agitada pela frente. Mas, falando sério agora, fico muito feliz em ver você se sentindo tão bem, querida. Essa é a parte mais importante. E você está realmente radiante.

Ela se inclinou um pouco e sussurrou para Safira, com um brilho cúmplice no olhar:

Helena: Mas juízo, viu? Lembre-se que o Cauã é um bom rapaz... geralmente!

Todos rimos da brincadeira, a tensão daquele dia se dissipando um pouco na atmosfera leve e animada da cafeteria. A expectativa para a festa à fantasia crescia a cada minuto, carregada de segredos, novas descobertas e a promessa de uma noite inesquecível para todos nós.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 6 estrelas.
Incentive Anderline a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil de Samas

Parabéns pela história, está excelente! Só uma observação com relaçãoa esse trecho: "E a Helena{ ACHO QUE NO LUGAR DE HELENA SERIA Sofia,NÃO? } (ela lançou um olhar carinhoso para minha mãe) ...a aceitação dela está sendo... incrível. Significa muito pra mim.

0 0