Lembranças - Cap 12

Um conto erótico de Ju
Categoria: Trans
Contém 2742 palavras
Data: 27/05/2025 22:58:37
Assuntos: Trans

Acordamos com os primeiros feixes de luz invadindo suavemente o quarto, contornando nossos corpos entrelaçados sob o edredom. Eu abri os olhos lentamente, sentindo os dedos do Léo desenhando linhas invisíveis na minha pele. Ele estava deitado de lado, me observando com aquele olhar terno, tão dele.

— Bom dia, minha mulher… — murmurou, a voz ainda rouca de sono, mas doce como um afago.

Sorri e virei de frente pra ele, meu rosto ainda meio escondido no travesseiro.

— Bom dia, meu negão… — respondi, estendendo a mão e acariciando sua barba. Como é bom acordar assim… sendo sua.

Nos beijamos devagar, sem pressa, daqueles beijos que não precisam de urgência, só de presença. Ele me apertou contra o peito, e ficamos assim por minutos, só sentindo o calor um do outro. O tempo parecia não correr quando estávamos juntos.

Mais tarde, já no carro, a caminho do escritório, o clima seguia leve e apaixonado. Ele ia com a mão sobre minha coxa enquanto eu dirigia, me observando como se nunca se cansasse de me olhar.

— Sabia que você é a mulher mais linda que eu já vi nessa vida? — disse, com aquele tom cheio de verdade.

— E você é o homem que me faz querer viver todas as manhãs… assim, do seu lado — respondi, apertando sua mão e sorrindo. Ele se aproximou e me deu um selinho rápido, desses que deixam gosto de quero mais.

No escritório, começamos a trocar bilhetinhos discretos. Eu deixava um post-it na tela do computador dele com um "Te amo" seguido de um coração desenhado com batom. Ele respondia no verso com algo como “Hoje você tá linda demais… difícil me concentrar”.

Na hora do almoço, eu pedi pra ele me esperar na recepção. Quando ele chegou, eu estava com uma sacolinha pequena na mão.

— Que isso? — perguntou, curioso.

— Um presente… — disse, estendendo pra ele. Te vi falando outro dia que seu perfume estava acabando… e bom, não resisti.

Ele abriu o embrulho ali mesmo. Era o perfume favorito dele. O sorriso que se abriu no rosto do meu Léo valeu o dia inteiro.

— Ju… você não existe. — Ele me puxou pela cintura, me beijou com intensidade, mas ao mesmo tempo com um carinho que me derretia inteira.

— Obrigado, amor. Você é o meu presente todos os dias.

Nos beijamos mais demoradamente, um beijo cheio de amor e desejo contido.

A sexta-feira corria tranquila no escritório, com aquele ritmo mais leve de fim de expediente. Os risos das meninas ecoavam pelos corredores, e o clima era de pura descontração. Pouco antes de fecharmos os computadores, Melissa e Heitor apareceram juntos na minha sala, de mãos dadas, com um sorriso meio cúmplice, meio arteiro.

— Ju… — Melissa começou, com aquela voz doce que eu conhecia tão bem — que tal uma pizza hoje à noite? Eu e o Heitor estávamos pensando em algo leve pra encerrar a semana. Você e o Léo topam?

Olhei pro Léo, que já estava encostado na porta, com os braços cruzados e aquele sorriso de canto que me fazia derreter.

— Se tem pizza e risada, a gente tá dentro — ele respondeu antes mesmo que eu pudesse dizer qualquer coisa.

Fomos os quatro juntos, e o clima era uma delícia. Risadas soltas, piadas internas, histórias do dia a dia no escritório e algumas lembranças engraçadas dos tempos de faculdade. Foi no meio de uma mordida numa fatia de calabresa que Melissa soltou:

— Ah, e outra coisa… vocês topam ir na minha banca? Vai ser na semana que vem, lá na faculdade onde vocês estudaram também. Quero muito que vocês estejam lá comigo.

— Claro que sim! — respondi na hora, apertando a mão dela sobre a mesa.

— Vai ser uma honra, Mel — disse o Léo, com aquele olhar orgulhoso.

Na semana seguinte, lá estávamos nós, chegando àquela faculdade que guardava tantas memórias. O prédio, os corredores, até o cheiro da biblioteca… tudo nos trazia de volta à nossa própria trajetória. E logo alguns professores antigos nos reconheceram e vieram nos cumprimentar, com abraços, apertos de mão e lembranças divertidas dos nossos tempos de alunos.

— Juliana, que orgulho ver você assim! Você mudou muito, está maravilhosa— disse a professora de Direito Penal, com os olhos brilhando.

— E você também, Leonardo… lembro bem das suas participações acaloradas nas aulas de Processo. Sempre inteligente e genial!

Rimos, trocamos lembranças e, enfim, seguimos para a sala onde seria a banca da Melissa. Ela já estava lá, linda e firme, com o rosto levemente nervoso, mas com os olhos brilhando de confiança. Mariana, a irmã dela, também estava presente, e quando nos viu, veio nos abraçar com lágrimas nos olhos.

— Obrigada… de verdade — disse Mariana, com a voz embargada — pelo que vocês fizeram por ela. Pela amizade, pela força, pelo amor. A minha irmã está tão viva, tão feliz, tão ela…

Eu a abracei de volta, emocionada, sentindo o peso bonito daquele reconhecimento.

A apresentação da Melissa foi impecável. O tema, “A mulher trans na advocacia: desafios e resistências na construção de um espaço profissional digno”, tocou a todos de maneira profunda. Ela falou com propriedade, com emoção, com verdade. A banca ouviu com atenção e respeito. E quando ela terminou, com os olhos levemente marejados, a sala se encheu de aplausos.

A coordenadora da banca levantou-se, sorrindo:

— Nota 10. E menção honrosa, pela profundidade, coragem e relevância do seu trabalho, Melissa. Parabéns!

Aplausos se renovaram. Léo e eu batíamos palmas com entusiasmo, Mariana chorava de emoção ao lado de Heitor, que também aplaudia com o peito inflado de orgulho. Melissa nos olhou, emocionada, e aquele olhar era o mais lindo agradecimento que ela podia nos dar.

Aquela noite não foi apenas a consagração de um trabalho acadêmico. Foi a confirmação de uma trajetória, de uma mulher que se reconstruiu, se fortaleceu e se apresentou ao mundo com coragem.

Depois da banca, ainda com o coração aquecido pela emoção, fomos todos juntos para um lugar especial. Eu sugeri, com um sorriso discreto no canto dos lábios:

— Que tal a gente ir comemorar naquele barzinho ali perto da faculdade? Tenho uma razão bem especial pra sugerir ele…

Léo entendeu na hora. Me olhou com aquele brilho nos olhos e sorriu.

— Foi ali que a mágica começou.

Melissa e Heitor toparam na hora, curiosos. Mariana também nos acompanhou. E quando chegamos, o ambiente era acolhedor como sempre, com luz baixa, mesas de madeira antiga e um clima intimista.

Entre risos e lágrimas, contamos pra Melissa e Mariana que foi ali, exatamente ali, que eu e o Léo trocamos nosso primeiro beijo. Um silêncio emocionado pairou por um segundo, até Melissa sorrir largo:

— Então é um lugar sagrado!

Léo me olhou com ternura e disse:

— Foi onde eu percebi que aquele Juliano — que já transbordava alma, beleza e elegância — ia se transformar na pessoa maravilhosa que está aqui do meu lado hoje. E eu sabia, desde o começo, que era ela quem eu queria pra sempre.

Eu senti um calor gostoso no peito e sorri, emocionada.

— E você conseguiu — murmurei, apertando a mão dele com carinho.

Chegamos na mesma mesa em que eu e Léo trocamos nosso primeiro beijo. As memórias se materializavam diante de nós como um filme. Nos sentamos rindo, ainda vibrando com a nota 10 da Mel. Mariana estava emocionada, e o clima era leve, de gratidão e celebração. Pedimos as bebidas, alguns petiscos, e, enquanto os brindes vinham, Melissa olhou pra gente com um sorriso curioso.

— Tá… agora eu quero saber: como começou essa história de vocês dois? Como foi o primeiro beijo, hein?

Olhei pro Léo e ri, deixando que ele contasse. Ele se ajeitou no banco, fingindo estalar os dedos como se fosse contar uma grande lenda.

— Foi num intervalo… a gente nem se falava ainda, nem se conheciamos. Ele ali, recatado, quietinho — ele disse, me olhando com ternura. — Camiseta do Grêmio, calça jeans… mas já tinha aquele jeito único, aquele brilho.

Melissa e Mariana riram com carinho. Heitor observava curioso.

— Eu vi ele fumando e pedi um cigarro. Ele me passou, numa boa. Quando fui devolver o isqueiro, deixei cair. E aí…

— E aí? — perguntou Mariana, já sorrindo como quem pressentia que vinha história boa.

— O Juliano se abaixou pra pegar o isqueiro. E quando fez isso, a calça desceu um tiquinho. E foi aí que eu vi…

— O quê???!!! — perguntou Melissa, arregalando os olhos.

— A calcinha preta. — Léo disse com um sorriso safado.

— LEONARDO! — exclamei, alto demais, minha voz misturada com riso e vergonha. Levei as mãos ao rosto, corada, sentindo o calor subir até as orelhas. — Meu Deus, que vergonha!

— A calcinha preta foi o estopim! — comentou Heitor, ainda rindo.

— Literalmente! — Mariana falou, limpando uma lágrima de tanto rir. — Gente, isso é melhor que qualquer comédia romântica!

Todos riram alto. Melissa gargalhava, batendo na mesa, e Mariana tentava recuperar o fôlego entre risos.

— Ué! — Léo disse, com aquele sorriso sacana. — É verdade! Era preta, com rendinha. Linda. Fiquei hipnotizado. Não consegui mais tirar da cabeça. Aquele detalhe me desmontou. E eu pensei: “Esse cara tem algo de muito especial.”

Eu ri, ainda encabulada, escondendo o rosto atrás do copo de cerveja.

Melissa levou as mãos à boca, rindo, quase gritando. Mariana deu um tapinha no ombro da irmã. Heitor gargalhou.

— Calcinha preta?! — repetiu a Melissa, me olhando chocada e encantada.

— Aham… bem delicada. Bem provocante. — Léo continuou. Fiquei quieto. Me fiz de desentendido. Mas semanas depois, quando surgiu a chance de um trabalho em dupla… eu fui direto: “quero fazer com o Juliano”. A gente fez e a gente arrasou, tiramos uma das maiores notas da turma.

— Verdade — eu disse, sorrindo com carinho. — A gente mandou muito bem fazendo aquele trabalho. Foi quando começamos a nos aproximar.

— Aí, depois da apresentação… — ele continuou — …a gente veio comemorar aqui, nesse mesmo barzinho. Lembro como se fosse ontem.

A gente riu, conversou, falou da vida… e em algum momento, acho que já meio solto, eu olhei pra ele e perguntei, do nada: “E hoje… de que cor é?”

— LEONARDO, PARA! Eu exclamei dando risada, envergonhada.

Mariana e Melissa arregalaram os olhos e caíram na risada. Eu revirei os olhos e levei as mãos ao rosto, morrendo de vergonha. Leonardo continuou:

— Ele ficou corado, embaraçado… mas eu segurei na mão dele e disse: “Não tem problema. Eu gosto. Eu entendo. Eu adoro.” E era verdade. Aquilo tudo já fazia sentido pra mim. Era natural. E o detalhe que me chamou atenção lá atrás… virou o primeiro passo pra eu me apaixonar.

Ele virou o rosto pra mim e sorriu.

— E hoje eu continuo adorando o contraste… a minha pele negra na sua pele branca. E você também ama, né, meu amor?

— Amo — respondi, sentindo o coração aquecer com aquela lembrança tão única. — Foi aqui, nesse mesmo lugar, que você me beijou pela primeira vez. Eu lembro que você me perguntou se podia fazer uma coisa. Eu inocentemente perguntei o que. Você respondeu: Isso! E segurou meu rosto e me beijou. E tudo mudou.

Depois do brinde e de tantas risadas, o clima estava leve e doce ao nosso redor. As velhas luzes do barzinho pendiam preguiçosas do teto, e a música baixa parecia sussurrar as memórias daquela noite em que tudo começou.

Léo ainda segurava minha mão por cima da mesa. Ele me olhou com aquele sorriso cheio de intenção e perguntou baixinho:

— Posso fazer uma coisa?

Eu franzi as sobrancelhas, meio rindo, entrando no clima da lembrança.

— O quê?

Ele nem respondeu com palavras. Apenas se inclinou e me deu um beijo delicioso, lento e envolvente, do tipo que para o tempo. Seus lábios encontraram os meus com tanta certeza, tanto carinho e tanta paixão que senti meu corpo inteiro vibrar.

Quando o beijo terminou, todos à mesa sorriram. Melissa deu um risinho, Mariana até bateu palminhas discretas, e Heitor fez um gesto de brindes no ar.

Depois do beijo apaixonado que o Léo me deu na mesa do bar, o clima ficou ainda mais leve e cheio de amor. Mariana enxugava uma lágrima discreta, Melissa e Heitor trocavam olhares cheios de fogo, e todos nós ríamos das histórias e lembranças.

Mas como toda boa noite, aquela também chegou ao fim. Heitor olhou o relógio e sussurrou algo no ouvido da Melissa, que assentiu com um sorriso cheio de segundas intenções. Eles se levantaram discretamente, Mariana também se despediu, abraçando a irmã e depois a mim com carinho.

— Obrigada por tudo, Ju — ela disse, com os olhos marejados. Você não tem ideia do quanto você foi importante pra Melissa.

Abracei ela de volta com força, com o coração aquecido

Logo depois, eu e Léo seguimos pra casa. Estávamos exaustos, mas ainda com aquele brilho no olhar de quem viveu uma noite inesquecível. Tomamos um banho juntos, cheio de carinho e afagos, e depois nos jogamos no sofá da sala, enrolados num cobertor, assistindo um filminho qualquer que nem prestamos muita atenção.

Durante o filme, meu celular vibrou com uma notificação. Era Melissa, me mandando mensagens:

Melissa: “Ju do céu…”

Melissa: “A gente acabou de chegar na casa do Heitor…”

Melissa: “A comemoração tá pegando fogo.

Melissa: “Eu tô me sentindo a mulher mais gostosa do mundo. Obrigada por tudo, por me fazer chegar até aqui.”

Sorri lendo, com o coração apertado de alegria e orgulho. Léo olhou curioso por cima do meu ombro.

— Melissa? — perguntou.

— A própria — respondi, rindo. — Parece que a comemoração por lá também tá… intensa.

Ele soltou uma gargalhada gostosa e me puxou mais pra perto, me envolvendo nos braços.

— A gente também tem motivos pra comemorar, né? — murmurou, roçando o nariz no meu pescoço.

Sorri, encostando meu rosto no peito dele, sentindo aquele perfume gostoso que eu mesma tinha dado de presente naquela manhã. A vida estava em festa. E eu, completamente entregue ao amor — o da amizade, o da liberdade… e, claro, o do meu negão.

A noite avançava, e o filme virava apenas trilha sonora para o nosso mundo paralelo, feito de olhares, toques e silêncios cheios de intenções. Eu me aninhei no peito do Léo, sentindo o calor do corpo dele me envolver, e com um sorriso travesso murmurei:

— Eu sou completamente viciada nesse perfume ... É viciante. Me dá vontade de fazer besteira.

Ele soltou uma risadinha baixa, do tipo que faz o corpo arrepiar, e virou o rosto pra mim, os olhos escuros brilhando.

— Que tipo de besteira, doutora Juliana?

Eu me sentei no colo dele, passando as mãos pelo peitoral definido sob a camiseta, com a respiração acelerando devagar.

— Daquelas que deixam a gente sem fôlego. Daquelas que só você sabe fazer comigo, meu negão gostoso…

Léo segurou minha cintura com firmeza, os dedos pressionando minha pele por cima da blusa, e me puxou mais pra perto. Os beijos vieram urgentes, famintos, misturando amor e desejo. Fomos nos despindo ali mesmo na sala, como se o mundo parasse.

A intensidade cresceu no quarto, com lençóis bagunçados e gemidos abafados. Entre beijos molhados e toques ousados, me ajoelhei e comecei a chupar aquela rola preta deliciosa. Chupei muito, lambi, beijei, chupei mais ainda, me esbaldei naquele pedaço de carne negra.

Depois me virei, montei sobre ele, explorando cada centímetro daquele pau. Naquela noite estava diferente. Parecia que ia me atravessar. As nossas lembranças despertaram um tesão gigantesco em nós. Eu gritava, enlouquecida:

— Arromba meu cu, meu Pantera! Me faz tua mulher, caralho!

Ele gemia meu nome entre os dentes, os olhos fixos em mim.Depois de cavalgar muito, ele me colocou de franguinho assado. Ele tirava o pau do meu cu, eu sentia um vazio imenso, e depois penetrava com força. E repetia esse processo. Ficou muitos minutos assim, quase me torturando de prazer. Eu gritava:

— Me fode, negão! Fode meu cu, meu gostoso! Me fode, vai! Me fodeee!

Eu já estava gozando, me lambuzando toda, quando ele acelerou. As batidas entre nossos corpos se intensificaram. Eu sentia que ele estava chegando. Nisso ele tirou o pau do meu cu e puxou meu rosto para perto, despejando tudo no meu rosto cara. Eu tinha porra nos cabelos, nos olhos, na boca, na cara inteira. Um verdadeiro banho de leite de macho. Do meu macho. Do meu Pantera, Do meu negão.

Eu só conseguia pensar em como aquele homem me fazia sentir viva. Completa.

— Te amo, Léo… — sussurrei, colando nossos rostos, ainda lambuzada.

— E eu sou teu, pra sempre, minha Ju. Minha doutora. Minha mulher.

Adormecemos ali, ainda colados, lambuzados, com o perfume da paixão no ar e o coração batendo no mesmo compasso.

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Comentários

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Deliciosooooooo, sensual e emocionante como sempre, mega curiosa pela continuidade, vc é uma artista Ju

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Obrigadaaaa, ja já vai sair mais um capítulo...bem intenso e surpreendente

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