Eu sempre adorei provocar meu irmão. O problema é que ele é muito tímido, o oposto de mim. Então sempre que eu tenho a oportunidade de irritá-lo, eu o faço. Uma das graças é que ele tenta fingir que não está ligando, mas não consegue esconder a irritação no rosto, por mais que se esforce para fazer uma cara neutra. Igual criança, apesar de ser um ano mais velho do que eu.
O mais divertido é que ele não gosta que encostem nele. Se você toca nele quando ele está desavisado, ele pula, como se tivesse levado um choque. É muito engraçado. Fica todo tenso.
A nossa família passa pouco tempo junta durante a semana. Só moramos eu, meu irmão e minha mãe. Como o Pedro estuda de manhã, e eu à tarde, só nos vemos na hora do almoço e no fim da tarde. A dona Juliana, minha mãe, é professora e trabalha muito, e nós só a vemos em casa de noite.
E mesmo assim, muitas vezes ela vara a madrugada corrigindo provas ou assistindo alguma coisa, “aproveitando” que sofre de insônia. Minha mãe quase nunca sai de casa quando não está no trabalho, e é meio superprotetora com a gente. Ela é do tipo que prefere deixar que a gente traga amigos para casa do que nos deixar sair.
Certa noite, uma amiga, Wanessa, que estuda na mesma sala que eu, veio aqui em casa para “fazer o dever de casa” (na verdade ela veio copiar meu dever, a folgada). Nós estávamos na sala de TV, sentadas de pernas cruzadas no tapete, com os cadernos apoiados na mesinha de centro. Ela estava bem-arrumada (é crente e iria para o culto daqui há pouco) e eu já de pijama.
Então, nós ouvimos meu irmão da cozinha tentando convencer minha mãe de ir ao cinema com os amigos. O espertinho se arrumou primeiro, antes de pedir para a mamãe, provavelmente para ela ficar com pena e deixá-lo sair.
Pelo tempo que eles estão argumentando, parece que ele está quase conseguindo. A Wanessa sempre achou graça da rigidez da minha mãe. Para diverti-la, só de sacanagem, grito da sala:
- Mãe, melhor não deixar ele ir não, você soube que teve assalto lá na avenida?
Minha amiga faz sinal para eu parar, mas está rachando o bico, cobrindo a boca com a mão.
- Você é muito “mau”! – diz ela.
Nós os escutamos falando mais uns cinco minutos, o tom de voz subindo.
Daí a pouco eles param de falar e meu irmão passa pela sala pisando duro na nossa frente. Ele me olha cheio de ódio, enquanto eu sorrio para ele, debochada. O bichinho todo arrumadinho, coitado.
Eu e minha amiga continuamos “fazendo” o dever. Uns cinco minutos depois o Pedro aparece na sala, de regata de pijama e um short de jogar bola. Nem olha na nossa cara.
- Não vai cumprimentar a Wanessa não, mal-educado? – digo para provocá-lo, piscando para a Wanessa.
Ele finge não ouvir.
- Não liga não Wanessa. Ele é bicho do mato – continuo, fazendo uma cara divertida para minha amiga sem ele perceber.
- Para, menina, deixa seu irmão – diz Wan, me dando um empurrãozinho. Ela se faz de boazinha mas morreu de rir antes.
Em seguida, ele pega o controle e liga a TV.
- Pedro! Não tá vendo que a gente está fazendo dever de casa?
- Você acha que eu não sei que ela só está copiando seu dever? – responde ele, ríspido.
Fico surpresa, porque geralmente o Pedro é tão tímido quando tem gente de fora aqui em casa que mal abre a boca. Ele deve estar tão puto que perdeu a vergonha.
- E eu só não conto pra mãe porque senão a Wanessa vai se ferrar junto – completa.
Eu dou um suspiro surpreso e depois digo para minha amiga:
- Ai, só ignora, ele tá nervosinho hoje.
Noto que a Wanessa olha de lado de vez em quando para meu irmão, enquanto copia minha tarefa. Ela começa a copiar mais rápido, como se estivesse com pressa de terminar logo. Eu tenho que ficar ali do lado dela para garantir que ela não vai copiar igual, senão nós duas vamos tirar zero.
- Acabei amiga. Muito obrigada – diz Wanessa por fim, se levantando.
- Quer fazer alguma coisa agora? Vamos pro meu quarto.
- Não, minha mãe já deve estar chegando para me buscar. O que está assistindo, Pê? – diz ela, sentando-se no sofá ao lado dele.
Pê? Que história é essa de Pê? Ela está dando em cima do meu irmão?
Contudo, parece que a raiva dele passou, pois ele volta ao modo “timidez extrema”. Sem responder, ele aponta a TV com o queixo, como se dissesse: “estou vendo isso daí”.
Nesse momento, o interfone toca. Alguns segundos depois, minha mãe aparece na sala, secando as mãos em um pano de prato e dizendo que a mãe da Wanessa chegou para buscá-la. Meu irmão nem olha para o lado da mamãe, pois ainda deve estar chateado com ela.
- Aff, acabei de me sentar, ela chegou mais cedo… Então tchau amiga. Tchau Pê! – diz ela, passando a mão no ombro dele e saindo apressada. O Pedro nem responde, só abre a boca pra falar, mas ela já tinha saído da sala. Acompanho-a até o elevador, mas não desço até a portaria por causa do pijama.
Volto para casa e me sento de lado no sofá de três lugares, enquanto meu irmão está na outra ponta. Ainda finge não me ver. Ao passar, cutuco seu braço com um sorriso sacana. Ele dá aquele “tranco” de sempre, mas mesmo assim não me olha.
Além dele estar puto agora, tinha outra razão. Na verdade, mesmo no dia a dia ele geralmente não olha para meu lado quando eu estou com roupas curtas como aquelas. E é porque várias vezes que ele me olhou assim, eu o provoquei com coisas do tipo: “O que você está olhando, safadinho?”, só para ver ele se justificar todo nervoso. Com o tempo, ele passou a já ficar tenso e nem olhar para o meu lado nessas ocasiões.
Não que eu seja uma beldade toda, só faço isso para irritá-lo. Sou magra, e gosto das minhas pernas e do meu bumbum. Meus seios são médios para grandes para minha idade.
- Maninho, você ainda está chateado comigo?
Sem resposta.
Estico o pé e cutuco o lado do corpo dele.
- É sério, Pedro! Fala!
Na terceira cutucada ele responde, daquele jeito contendo a raiva e fingindo que não está irritado:
- ESTOU, Camila.
Dou uma risada sapeca e pego meu celular.
Mando mensagem para a Wanessa, pedindo desculpa por não ter descido até a portaria com ela. E também por causa do meu irmão que nem se despediu.
- Relaxa amiga, eu “já sou de casa” praticamente, o porteiro até me conhece. E seu irmão não incomodou não, muito pelo contrário… - digita ela.
- Ué? Como assim amiga?
Ela demora alguns segundos para responder, parece que está digitando e apagando a mensagem. Deve estar no culto a essa hora.
Por fim, envia:
“Ele tem um par de coxas né?”, seguido de três emojis “suando” 🥵🥵🥵, que na verdade significam outra coisa.
Eu só respondo com três emojis de dedo do meio 🖕🖕🖕, e ela reage com emoji gargalhando 😂.
Como assim, gente? Alguém interessado no meu irmão nerd?
Fico pensando nisso, e dou uma olhadinha de rabo de olho para o meu irmão, para ver o que a Wanessa viu demais. Ele está de short de futebol, realmente com as coxas à mostra. Ele não é aquele tipo de homem com “perna de sabiá”, têm os tornozelos mais robustos. Olho só uns 5 segundos e desvio antes de pensar demais. Depois olho para a televisão, para ver o que ele está assistindo: animes.
Nessa hora lembro com sobressalto que já lançou um episódio novo do dorama que vejo. Eu tenho que ver na TV, ele que visse os animes no notebook dele, já que eu não tenho um.
Mas é fácil tirá-lo da sala, basta provocá-lo que ele sai de perto e se fecha no quarto. Primeiro eu provoco com o que ele está assistindo. Eu sei que não é pornografia, é anime de lutinha, mas nesses animes sempre tem mulheres peitudas. Quando aparece uma ruiva de biquini e uns seios imensos, eu digo, com cara de nojo:
- Que putaria é essa que você está vendo, pervertido?
Eu falo alto e de repente e ele se assusta.
- Que pu... o quê! É a personagem que é assim, mas não tem sacanagem nenhuma! – diz ele, todo atrapalhado. Insinuar qualquer coisa de sexo também o deixa todo desconcertado. É engraçado ver que ele não consegue nem falar um palavrão.
- Sei… Depravado - completo, olhando para ele de lado com cara de desgosto.
Consigo fazer ele me olhar angustiado de volta. Em seguida ele fecha a cara e volta para o anime.
Parto para a próxima etapa. Me aproximo dele e começo a roçar meus pés nos seus. Ele me olha com olhos arregalados.
- O que é isso?
- Nada ué – digo, com ar de inocência.
Logo vejo que ele está se fazendo de resistente. Volto para o meu canto e me deito no sofá, com os pés no seu colo. Ele dá um leve solavanco e sinto seu corpo inteiro ficar tenso. Mas mesmo assim ele continua olhando para o anime, com aquela tentativa cômica de fingir que nada está acontecendo.
Ele segura a pose apenas alguns segundos e empurra meus pés. Ele está com as mãos geladas, tadinho, atentei ele demais hoje. Assim, ele fica tirando minhas pernas, e eu coloco de novo.
Na quinta vez, ele explode:
- Para!
E me empurra mais forte.
- Se você não deixar, eu vou falar pra mãe que você está me batendo!
- Mas eu não estou te batendo!
- Eu sei – respondo, com um sorriso maldoso.
Ele me olha sem acreditar. Tanto eu como ele sabemos que embora nossa mãe seja igualmente rígida com ambos, quando o assunto envolve “brincadeira de mão”, ela tende para o meu lado por ser mulher, até pelo histórico dela de mãe solteira e com o bosta do meu pai.
Coloco os pés no colo dele de novo. Ele fica com os braços na frente, deixando minhas pernas quase caindo do joelho dele, mas não empurra mais.
Dá o play no anime de novo.
Hoje eu tenho que provocá-lo mais que o costume, pelo visto.
- Pedro, pausa um pouco – falo em tom amigável, alguns minutos depois.
Ele pausa e me olha sério, soltando ar pelo nariz.
- Você não me contou que estava namorando…
Ele revira os olhos e pega o controle de novo.
- Espera! Espera Pê…. Você e a Wanessa, hein Pê… - digo para ele, sorrindo com malícia.
Ele fica vermelho.
- Que foi? Não acha ela bonita não?
Ele tenta se concentrar na TV, muito vermelho.
Eu dou risada da cara dele. Um tempo depois, digo:
- Ela elogiou suas coxas, garanhão…
- O quê? – balbucia ele, olhando para as próprias coxas por um segundo, depois para mim, e para a tela.
Começo então a empurrar os braços dele, que ele colocou no colo.
- É, ela falou que você tem umas coxas… grossas, atraentes…. Você veio com esse shortinho de propósito, né safado?
Ele cai na provocação:
- Claro que não! Você sabe que eu sempre uso esse short!
- Sei… Pervertido...
Ele me olha angustiado e até tenho um pouco de dó dele, misturado com humor.
Não me dou por vencida. Senão, ia acabar estragando minha brincadeira favorita que era deixá-lo envergonhado.
Forço meus pés contra as mãos dele, mas ele não cede (eu também estou um pouco constrangida, pois querendo ou não ele é um homem também, ainda mais depois do comentário da Wanessa). Eu já estou quase entregando o jogo. Acho que ele não prestou a atenção em nada do anime dele, só está ali de raiva. É um tal de One Peace, algo assim.
- Pedro, se você não tirar esses braços agora… - ameaço, e em um tom mais elevado: - Ô mãe…
Nesse momento, ele tira os braços de uma vez. Como eu estava empurrando meus pés, eles vão parar na barriga dele. Ele se contrai de dor e eu ia pedir desculpas, quando sinto algo firme debaixo dos meus pés e solto uma interjeição de espanto.
Por um momento, eu o encaro espantada e ele me olha em pânico. Em seguida, ele empurra meus pés para fora das pernas dele e coloca uma almofada em cima do colo.
A minha expressão de espanto se transforma em riso e eu começo a apontar para ele.
- Seu pervertido! Seu pervertido! Você ficou duro na frente da sua irmã?! Hahahaha.
- Espera, você está duro por causa de mim?! – exclamo, de boca aberta. Recuo o corpo de perto dele com nojo. – Seu depravado! Meu irmão é um punheteiro tarado!
- Para! – diz ele, tentando impedir que eu puxasse a almofada, mas eu acabo conseguindo. O Pedro coloca as mãos na frente do pau. Parece que vai chorar.
Mesmo com ele tampando, dava para ver o volume. Eu olho para aquilo e paro de atacá-lo por alguns instantes. Nós dois ficamos em silêncio, só com o anime tagarelando na TV.
De dentro de mim vem um imenso impulso de ver direito o peru dele.
Parece que pela primeira vez eu me dou conta que meu irmão tem um pênis, isso nunca tinha me passado pela cabeça antes.
A essa altura, até eu estou constrangida, mas também começo a sentir uma curiosidade incontrolável.
Depois de alguns instantes, eu quebro o silêncio:
- Mano, deixa eu ver?
Me surpreendo com minha própria voz, que sai alterada e mais aguda.
Ele me olha com os olhos marejados e agora arregalados.
- Ver o quê?!
Eu aponto com a cabeça para as pernas dele.
- Tá louca? Você é minha irmã! – diz ele, e sua voz dá uma desafinada cômica, comum nos rapazes da idade dele.
- Larga de ser idiota Pê, eu só quero matar a curiosidade. Eu nunca... vi um de perto – confesso. - Mas não sou pervertida, você é que está aí duro na frente da própria irmã.
É um detalhe bobo, mas nunca chamei ele de “Pê” antes, simplesmente saiu.
Pedro não fala nada e fica me olhando, com a mesma cara espantada.
Eu engatinho em cima do sofá para perto dele e puxo suas mãos da frente. Após certa relutância, e um começo de “ô mãe” meu, ele tira as mãos.
Quando olho aquilo, minha cabeça fica em branco. Alguém já sentiu isso quando está um pouco “alterada”? Meu coração acelera e eu não sei o porquê.
O pau dele está apontado para cima dentro do short preto, uma protuberância impossível de esconder.
Não sei o que me passa pela cabeça, talvez só eco mesmo, mas eu sinto que tenho que ver direito. Não quero vê-lo totalmente de fora, é claro, só ver o formato na cueca. Na bermuda dá para perceber apenas o tamanho, mas não o formato. Em um momento de impulsividade, resolvo puxar o short dele. Ele segura minhas mãos.
- Não irmã, você está doida! - ele sussurra rouco e alarmado.
Eu ameaço com uma mão encostar no volume dele. Isso faz ele soltar minhas mãos, com medo de eu encostar. Então eu consigo abaixar seu short.
Quando faço isso, fico completamente em choque e me recosto no sofá. Pedro fica paralisado também onde está. Isso porque ele não está de cueca!
Eu estou há poucos centímetros do pau duro do meu irmão, e não consigo desviar o olhar.
- Eu falei para você parar! – diz ele com voz trêmula.
- Você não disse que estava sem cueca... – respondo com um tom meio aéreo, sem tirar os olhos da rola dele. É uma bela peça, praticamente reta, a cabeça brilhante. A primeira que eu vejo de perto na vida.
De repente, desperto do transe. Aquilo tudo deve ter durado menos de um minuto, mas pareceu muito mais.
Eu, que nunca fico envergonhada com nada, estou completamente desconcertada.
- Guarda – digo, meio em choque. Ele enfim coloca o short de novo e eu fico alguns instantes sentada ali ao lado dele, olhando para a TV mas sem ver nada.
Em seguida, levanto-me de um salto e digo sem me virar, em voz baixa:
- Vou para o meu quarto.
Fecho a porta e fico olhando para o nada na minha cama, me sentindo meio estranha.
Estou com uma sensação semelhante de quando se acorda de um cochilo de 15 minutos que dura 3h. A cabeça oca.
Me deito na cama e mexo no celular. Sem perceber já estou no TikTok. Vendo um vídeo de uns rapazes fazendo dancinha sem camisa, noto que estou esfregando o meu capô por cima do short.
Jogo o celular de lado e fecho os olhos. Começo a me masturbar ali mesmo, com a mão dentro do short. Não penso em nada nem ninguém, só fico esfregando minha vagina. Mas no fundo eu sei o que me deixou estimulada, e não foram as dancinhas do TikTok.
Desse dia em diante, eu parei de provocar meu irmão. Na verdade, ficava sem graça perto dele, coisa que nunca me aconteceu antes. Principalmente se ele estava de pijama ou short de futebol. E ele por sua vez seguiu me evitando como sempre fez.
Nós continuamos a vida fingindo que nada tinha acontecido, vendo TV juntos, comendo na mesa etc. Um dia nossa mãe até elogiou que nós dois paramos de brigar, e ambos sorrimos sem graça.
Tudo continuou assim até que um dia ele está vendo anime na sala e eu me sento no sofá na outra ponta.
Cada um fica no seu canto, eu mexendo no celular e ele vendo TV. Percebo então que ele está vendo o mesmo anime que daquele fatídico dia. Eu sei disso porque passa pela minha cabeça por um segundo zoá-lo pelas mulheres peitudas.
Em uma cena meio provocante do anime, percebo que ele está virado para mim, me olhando. Olho de volta, assustada. Ele pausa a TV.
- Irmã.
- O quê? – pergunto, meio exaltada.
- Lembra aquele dia lá?
Eu coro e olho para o meu celular sem responder. Percebo pela visão lateral que ele continua virado para mim. O encaro de novo, assustada. Então respiro fundo e falo de uma vez:
- Pedro, vamos fingir que nada aconteceu, tá bom? Foi até bom você falar porque a gente resolve isso logo. Eu admito que passei dos limites na zoeira e você também.
- Eu por quê?! – diz ele em tom indignado. Eu fico de cara com ele.
- Por quê?? Porque você ficou duro na minha frente! – sussurro com rispidez, com medo da mamãe estar por perto. (E naquele outro dia a gente estava tão louco que nem pensou que a mamãe podia ter aparecido, mas Graças a Deus não aconteceu).
- Mas a culpa foi sua! – rebate ele. - Você que ficou roçando em mim e falando da sua amiga Wanessa, se é que é verdade que foi ela mesmo quem falou das minhas... pernas.
- É verdade! Foi ela quem falou das suas coxas! (*Engulo em seco). E mesmo eu tendo roçado em você, se você fosse normal não tinha ficado duro, pois eu sou sua irmã! Esquisito! E vou te provar agora que foi ela quem falou!
Eu exagerei nas palavras, mas estou alterada e nervosa demais nesse momento.
Pego meu celular furiosa e começo a caçar a conversa com a Wanessa. Mas então lembro que as mensagens da nossa conversa estão no modo de desaparecer após 24 horas.
- Que conveniente… - diz ele baixinho.
- Escuta aqui, depravado! – começo. Mas não tenho mais o que dizer em seguida, e ele fica só olhando eu pagar mico. Por fim quebro o silêncio:
- O que você ia falar?
- Que horas?
- Ué, quando você me chamou da primeira vez e perguntou se eu lembro do dia que eu descobri que meu irmão é um pervertido nojento!
Quando eu falo isso ele me olha com raiva, mas engole e diz:
- Não é justo.
- O quê?
- Aquele dia você falou para eu mostrar o meu... Não é justo.
- O que não é justo?
Ele olha para o colo e eu acho que ele vai chorar. Mas alguns segundos depois ele solta de uma vez:
- Você viu o meu, eu também tenho direito de ver o seu!
Eu olho para ele ultrajada. Estou muito nervosa e até me tremendo.
- Seu nojentinho pervertido! Eu não vou te mostrar nada!
- Eu vi como você olhou para o meu pênis naquele dia!
Fico chocada com meu irmão se soltar desse jeito.
- Você está louco? Você acha que eu vou ficar olhando para aquela porcaria? Você é doente!
Levanto-me, vou para o meu quarto e bato a porta.
Deito-me na cama, e, sem saber o porquê, desabo em choro, abafando com o travesseiro.
Alguns minutos depois, ouço batidas na porta e sei quem é.
- Vai embora! – falo, sem querer expondo minha voz de choro. Não sei por que estou chorando e com tanta raiva dele.
Ele abre a porta devagar e entra.
Eu continuo em posição fetal na cama, abraçando um travesseiro de costas para a porta. Falo “vai embora” de novo, abafado pela almofada.
Ele se senta na cama e bota a mão em meu ombro nu. Quando sinto o seu toque, para minha vergonha, sou eu que dou aquele ‘tremelique’ que já zoei tanto no meu irmão.
- Desculpa, mana… Eu não devia ter pedido aquilo. Realmente eu devo ter sérios problemas. Essa timidez toda, e agora isso. Eu deveria ter deixado esse assunto morrer como você fez, mas fui burro e resolvi falar aquela idiotice no sofá. Me desculpa. Nunca mais falamos disso, tá bom?
Eu tiro a cabeça do travesseiro e olho para ele, ressentida e com os olhos cheios de lágrimas. Quando me vê, seus olhos ficam molhados também.
- Não chora. Desculpa. Vou para o meu quarto.
Ele se levanta e vai embora. Por um segundo (que ódioo!) meu olhar vai para a bunda dele de costas.
Depois que ele sai, fico com pena dele. Apesar de eu estar chorando, na verdade fui eu que fui escrota, que o xinguei, e o coitado que pediu desculpas. Além disso, ele tem razão eu acho, ele me mostrou o dele, então tem o direito de ver também.
Fico pensando nisso até tarde. Repassando cada diálogo, lembrando de tudo que aconteceu nesse dia e naquele outro.
Estou em uma luta interna se devo ou não “retribuir” o favor para ele.
Eu sei que tudo isso foi errado desde o início, e que o melhor seria esquecer. Mas ao mesmo tempo alguma coisa em mim me diz que eu tenho que fazer o que ele pediu. Racionalizo que isso seria o justo. E que depois disso, toda essa situação acabará. Além dele merecer, estou com pena dele ter vindo me pedir desculpas. Falei coisas cruéis para ele.
Mesmo após decidir que era justo, ainda fico mais meia hora na cama me debatendo se devo mesmo ou não. Até que resolvo acabar com isso logo. Não é nada demais. Meu coração disparado diz outra coisa, mas o ignoro.
Já são 1h da manhã. Na ponta dos pés, com meu pijaminha curto, abro a porta do meu quarto com cuidado. A porta range. Fico com medo da mãe acordar, ela tem o sono leve. Espero um segundo para ver se não vem algum som que indique que minha mãe acordou.
Com o silêncio reinante na casa, tenho a ideia de trancar a porta do meu quarto após sair, para o caso da minha mãe acordar e não me ver lá. Coloco a chave no bolso do pijama e vou.
Estou me tremendo e meu coração está disparado, nervosa e entusiasmada ao mesmo tempo.
A porta do quarto do meu irmão está entreaberta. Abro devagar, tentando fazê-la ranger o menos possível. No silêncio da casa, cada barulhinho fica muito mais alto.
Entro e, tateando a parede, acendo a luz.
Então vejo uma cena que me deixa desconcertada e nervosa.
Meu irmão deitado só de cueca, todo torto na cama. Ele tem um belo corpo. Não resisto e olho de cima a baixo. Uma de suas pernas está dobrada à frente do corpo, de forma que não dá para ver o volume. O edredom está jogado atrás dele na cama.
Fico olhando uns dez segundos e desperto dessa loucura, engolindo em seco. Resolvo desistir e dar meia volta, mas ele me chama em um sussurro.
- Ei.
Olho para trás e ele está na mesma posição, mas com os olhos abertos. Sinto um arrepio percorrer minha coluna até a nuca.
- O que é? – continua ele. - Eu também não consegui dormir depois da nossa discussão, e ouvi sua porta ranger.
Eu me aproximo pálida e me sento na cama ao lado dele, com cuidado para não encostar em seu corpo.
- Irmão, eu pensei muito, e acho que você tem razão… - é só o que consigo falar.
- Razão sobre o quê?
- Sobre não ser justo…
Ele me olha com dúvida por um segundo e depois seu rosto acende em compreensão.
- Não irmã, não precisa…
- Preciso sim. E eu fui injusta também em te falar aquelas coisas horríveis.
Antes que ele falasse mais alguma coisa, abaixo meu pijama e fico de calcinha na sua frente.
O queixo dele cai. Ele fica encarando minhas pernas, minha calcinha, com um olhar quase sedento, e aquilo me deixa nervosa. Ele está imóvel, sem desviar a atenção, como cachorro olhando frango assado na padaria. Eu também estou imóvel com a reação dele. Sinto um calor na virilha e meu primeiro instinto é fechar as pernas.
Quando faço isso, tropeço no meus short aos meus pés e caio de bunda no assoalho, com um baque surdo.
Ambos serramos os dentes e ficamos imóveis, escutando. Será que a mamãe acordou?
Após alguns segundos como duas estátuas, parece que o silêncio reina na casa, e respiramos aliviados. De repente, escutamos o som da chave destrancando rapidamente a porta do quarto da mamãe.
Nunca agi com tanta velocidade e agilidade na vida.
Eu me levanto aos tropeços e meu irmão me puxa para a cama (fico surpresa com a força dele), fazendo eu rolar por cima do seu corpo. E com a velocidade do The Flash ele nos cobre com o edredom e fica completamente imóvel fingindo dormir, assim como eu.
O edredom é de solteiro e eu tive que ficar de conchinha nele por trás para não aparecer. Sinto o sangue subir para minha face ao entrar em contato com suas costas largas contra o meu corpo, seu bumbum…
Escutamos os passos no corredor e não passa nem wi-fi. Literalmente senti a bunda do Pedro contrair quando os passos se aproximaram.
A porta se abre com um rangido. Eu estou debaixo do edredom e ele fingindo que está dormindo, com o rosto descoberto. Após alguns momentos, a mãe apaga a luz do quarto dele e vai embora.
Eu respiro um pouco mais aliviada e levanto o edredom. Me apoio contra seu braço (forte) para também olhar a porta.
E então nós escutamos a mamãe tentando abrir uma maçaneta. Meu quarto! Meu Deus. Se ela bater, não vai ter jeito, vou ter que me levantar e me manifestar. E será difícil explicar estar só de calcinha no meio da noite no quarto do meu irmão.
Escuto tensa a mamãe girar a maçaneta mais algumas vezes. Com um suspiro de alívio, ouço a mamãe desistir e ir para o quarto dela. Escutamos ela fechar a porta, sem trancar.
Quando escuto a porta do quarto dela se fechando, a tensão se desfaz tão rápido que desabo de barriga pra cima na cama ao lado dele, com metade do corpo para fora do edredom. E então me dou conta que estou seminua na cama do meu irmão.
Me levanto depressa e passo por cima do seu corpo, fazendo a cama ranger um pouco.
O encaro com um sorriso aliviado após quase sermos pegos. Me abaixo para pegar meu short, mas ele me segura pelo pulso.
- Ué? Não ia mostrar?
- Você estava certo manão, é melhor não.
- Ah, mas agora eu fiquei curioso.
Para me livrar, digo:
- Deixa para outro dia, já tivemos emoções demais por uma noite.
Já estou com o short na mão, quando meu irmão se remexe na cama, fazendo-a ranger audivelmente. Na hora nem me passou pela cabeça que ele fez aquilo de propósito.
Faço um sinal para ele ficar quieto.
Contudo era tarde demais, e escutamos a porta do quarto da mãe se abrir.
Me deito novamente naquela velocidade absurda de quando se está em apuros, ao mesmo tempo que meu irmão me encaixa à sua frente e nos cobre com o edredom.
Segundos depois, a mãe abre a porta do quarto dele de novo. Nós nem conseguimos respirar.
Dessa vez, porém, passam-se minutos, enquanto nós não ousamos nos mexer, e a mamãe ainda não fechou a porta.
Após uns dois minutos, sinto algo atrás encostar na minha calcinha, e torço para não ser o que estou imaginando que é.
Já estamos assim há uns dez minutos, está estranho.
Sussurro para o Pedro, que está de olhos fechados:
- Ela já foi?
- Não sei – responde ele, fingindo dormir.
- Abre o olho e vê.
Pedro toma coragem e abre um olho. Ele sussurra então que a mãe só deixou a porta aberta e saiu. Ela deve ter saído há muito tempo e eles ali esperando igual idiotas.
Eu já ia escapulir da cama de novo, quando ele me impede passando um braço pela minha barriga.
- Espere!
Tenho medo dele estar pensando fazer alguma besteira, mas ele indica com a cabeça disfarçadamente o espelho do seu quarto.
Olho naquela direção e vejo que pelo espelho dava para ver a mamãe na sala, vendo TV em volume baixo. O espelho reflete as costas do sofá. Enquanto eu olho, sem querer faço a cama ranger. Nesse momento, vejo pelo reflexo a mamãe virar para trás no sofá e olhar para cá.
Ela deixou a porta do Pedro aberta de propósito para saber se ele está mesmo dormindo. Nossa mãe é um pouco maluca às vezes. Mas quem sou eu para falar, de conchinha com meu irmão. Meu irmão fecha os olhos fingindo dormir e a mamãe volta para a TV.
A casa está na penumbra, mas a mamãe conseguiria ver algum movimento suspeito no quarto pelo reflexo do espelho.
- E agora? – ele sussurra.
- Agora não tem como eu sair até a mamãe dormir...
Fico ali, com meu irmão encoxado atrás de mim. Estou me sentindo muito quente, mas digo a mim mesma que é por causa do edredom e do calor dos nossos corpos colados.
Depois de um tempo, meu braço começa a ficar dormente.
Tento mudar de posição e novamente sinto algo atrás na altura da minha calcinha. Respiro fundo e resolvo enfim virar para trás. Vejo que era mesmo o que eu imaginava, um enorme volume na cueca do meu irmão. Sinto um arrepio no baixo ventre e engulo em seco.
- Você está duro? – pergunto a ele em um sussurro acusador.
Ele me olha culpado e não responde, mas está ao mesmo tempo com uma expressão de incômodo no rosto, como se algo estivesse doendo.
Presumo que o volume na cueca deve estar incomodando-o, mas não pergunto.
Depois disso, continuamos ali naquela situação, e de tempos em tempos eu remexo o corpo para me acomodar, sentindo novamente aquela coisa atrás de mim. Digo a mim mesma que me mexi por causa da posição incômoda. Olho para cima de vez em quando e a cada vez a expressão de incômodo em seu rosto parece pior, mas eu não falo nada.
De repente, já passados mais de meia hora, sinto a mão dele roçar de leve na minha bunda. Viro meu rosto para ele furiosa e ele tira a mão imediatamente e nega com a cabeça.
- Não é isso! Eu estava tentando ajeitar aqui, que está doendo...
- A culpa é sua de ficar duro!
- Mas eu não posso controlar isso! - diz ele com vergonha.
- Você é um depravado mesmo – digo, já começando a ficar nervosa, e também com um certo sadismo de torturá-lo.
Alguns minutos depois, ele diz, com certo esforço:
- Mas você também está gostando.
- Quem disse?
- Quando uma mulher está excitada, os mamilos dela ficam duros… - sussurra ele, com a voz falhada. Deve ter havido uma luta interna para ele ter coragem de falar isso.
Por um segundo fico tensa pensando se me entreguei, mas em seguida percebo que nem eu mesma sei se eles estão duros e rebato:
- E quem disse que meus mamilos estão duros?
Nesse momento, para meu choque total, ele apalpa meu seio direito e sente o mamilo, que, percebo, realmente está duro. Quando ele faz isso, solto um som agudo de surpresa com a ousadia dele. E ao mesmo tempo senti um gostosinho quando ele apalpou.
Ele fez isso por apenas um momento, tirou, e disse malandro: - Agora eu sei.
Olho para ele de queixo caído. Nunca vi meu irmão ser cínico antes. Me volto para frente de novo e balanço a cabeça, perplexa. Não tenho palavras. E não posso me exaltar e gritar com ele, por causa da mamãe.
Um silêncio ensurdecedor surge pelos próximos minutos. Nesse tempo, fico pensando se realmente estou excitada com isso. Tudo indica que sim, meu coração acelerado, uma pressão na virilha, meus mamilos traidores… Mas digo a mim mesma que não. Depois que eu sair dessa eu penso direito, porque nesse momento minha mente não consegue raciocinar normalmente, como se estivesse em branco.
Percebo que ele solta uns “ais” baixinhos de dor de minuto em minuto. E mesmo devendo estar com raiva dele, fico com pena. A gente já está ali há quase uma hora, e a “coisa dura” dele doendo por todo esse tempo.
Após mais um gemidinho dolorido, digo:
- Tá bom. Pode tirar.
- O quê?
- Tira a cueca logo antes que eu me arrependa.
Ele hesita por um momento, e então começa a tirar. Tem que ser com cuidado, pois a cama range. Ele acaba se roçando no meu corpo enquanto tenta, pedindo desculpas toda vez.
Ele dá um gemidinho aliviado quando “liberta a fera”, e depois fica se contorcendo até a cueca ficar aos seus pés. Depois que o corpo dele roçou no meu nesse processo, não consigo mais mentir para mim mesma que não estou excitada. Mas eu não deixarei nada pior acontecer e tenho que garantir que meu irmão também não faça nenhuma besteira.
Agora, sinto essa... coisa dura quase dividir minha calcinha. E me amaldiçoo por ficar úmida com isso.
- Você não vai ficar mole não? – pergunto, tentando parecer indignada.
- E seu bico não vai ficar mole não? – rebate ele, apalpando novamente meu seio por cima do pijama. Sem querer solto um gemidinho, e em seguida ele tem a cara de pau de falar “Shhh” para mim.
Ficamos mais um tempo ali naquela situação impossível, e percebo para meu alívio que parece que ele está ficando mole, graças a Deus. E a velha não vai dormir não? Toma um remédio pra dormir, cacete!
Após um par de minutos, sinto ele roçar os pés contra os meus. Sinto uma corrente elétrica subir dos tornozelos até o quadril. Os pés dele dão o dobro dos meus.
Apesar do arrepio, pergunto:
- O que você está fazendo?
- Ué você não gosta de ficar roçando o pé em mim toda hora?
Não respondo e ele continua nisso.
Daí a pouco, ele cheira meu cangote.
- Para!
- Então por que você ficou arrepiada?
Não respondo, mas percebo minha respiração involuntariamente já mais ofegante e até fecho os olhos.
Em seguida, ele morde de leve meu pescoço.
Contra minha vontade, meu corpo se contrai contra o dele em um movimento espasmódico. Quando faço isso, a cama dá um rangido alto.
Ele para de me morder e diz:
- Fica quieta ou a mamãe vai descobrir!
- Fica você! – rebato.
Eu achei que ele tinha parado de vez, mas após trinta segundos, sinto-o mordendo meu pescoço de novo. Tive que ter um enorme controle para meu corpo não se contorcer novamente. Em seguida, começa a lamber também, até atrás da minha orelha. Estou desesperada e pedindo para ele parar.
- Se você quer parar, por que está tão molhada?
- Quem disse que eu…
Comecei a responder e percebi que caí no mesmo truque de antes, porque nesse momento ele apalpa minha buceta por cima da calcinha, que está ensopada. Quando ele me encosta, não consigo segurar um gemido que, no silêncio da casa, é alto demais.
Ele coloca a mão toda lambrecada com meus próprios líquidos sobre a minha boca e fica imóvel.
Escutamos passos da mamãe no corredor. Ela bate uma vez na porta do meu quarto, pensando que o gritinho veio de lá. Meu coração quase para. Contudo, ela não bate mais, possivelmente desistindo de me acordar, e caminha até o quarto do meu irmão.
Deve ter olhado por alguns segundos (com edredom eu não vejo) e depois escuto ela voltar para a sala.
Quando ela sai, meu irmão tira a mão da minha boca e eu o sinto se remexendo atrás de mim. O que ele está fazendo?
Então entendo: ele está pegando a própria cueca aos seus pés, e coloca em seguida na minha boca para eu não gritar mais! Nunca me senti tão humilhada na vida.
E o pior é que eu simplesmente deixei e mordi a cueca. Quase desfaleci ao sentir aquele cheiro capcioso no meu rosto. Sinto minha mente “devagar quase parando” e não consigo enxergar como isso é bizarro. Normalmente sentiria nojo da cueca usada do meu irmão, mas nesse momento parece o melhor cheiro do mundo.
Após fazer isso, ele lambe minha orelha de novo. Agora com a boca abafada pela cueca, sinto liberdade de gemer um pouco mais livre. Percebendo isso, ele continua avançando. Passa as mãos no lado do meu corpo. Pesinho roçando.
Eu sempre achei que isso fosse ficção, mas meus olhos começam a entortar para cima, fui virando os olhos. Minha mão involuntariamente pousa na minha vagina, perdendo toda a vergonha de escancarar o que eu estava sentindo.
Então, percebo ele pressionar ainda mais o quadril contra o meu, e roçando o pau entre minha bunda. E para meu próprio espanto não faço nada, mesmo sabendo que aquilo estava se encaminhando para o pior.
Contudo, quando penso que está tudo perdido, sou salva pelo gongo, Graças a Deus! Ou melhor, pela minha mãe!
Isso porque logo que ele começa a fazer isso, escuto a mamãe desligando a TV e se levantando. Meu irmão para o que está fazendo e fica imóvel, fingindo que está dormindo de novo.
Debaixo do edredom nada vejo, mas escuto a mãe bocejar, caminhar até o quarto dela e fechar a porta. (Não escuto ela trancar).
Esse breve momento de tensão me faz recobrar um pouco da consciência. De repente, fico chocada do que eu e meu irmão estamos prestes a fazer.
Começo a me levantar, mas ele me impede, colocando o braço ao redor do meu ventre de novo.
- Não irmão! Me larga! – sussurro, dessa vez tentando me livrar.
Com sua força masculina, ele me joga de lado na cama, fazendo eu ficar de barriga para cima. E atira seus lábios contra os meus. Fico paralisada de espanto. Quem é esse cara e o que ele fez com meu irmão?
E mais, quem sou eu? Pois quando ele morde meus lábios de uma maneira sexy, sem perceber já estou com a boca entreaberta e arquejando.
Nisso ele já sai enfiando a língua, desajeitado. E o pior é que eu gostei dessa invasão na minha boca e retribuo de olhos fechados. Minha mente volta a virar só um borrão pulsante e encharcado.
Me deito de lado de frente para ele e fico ali beijando-o, percorrendo a mão pelo seu corpo, o cabelo espetadinho, as costas largas, como uma cadela no cio. O que foi que eu me tornei?..
E então, envolvida naquilo, demoro a perceber ele mexer na minha calcinha. De repente, como se desperta de um sonho, abro os olhos assustada e balanço a cabeça para ele, ainda sufocada dentro de sua boca (e ainda retribuindo com a língua), ao ver que ele puxou minha calcinha de lado e está encaixando o pênis ali.
Ele solta o nosso beijo com um fio de baba e sussurra quase inaudivelmente: - Só a cabecinha?
Minha cabeça demora a raciocinar a resposta, e ele entende essa pausa como um sim, me beijando enquanto encaixa a cabeça do pau dentro da minha buceta. Eu gemo descontrolada dentro da boca dele. Nesse momento, qualquer força para resistir que ainda pudesse ter restado desaparece de vez, e eu fico como uma boneca de trapos.
A ponta de esperança (literalmente) é que ele bota só a cabecinha mesmo. “Acho que está tudo bem então”, penso, mais chapada que se tivesse fumado dez baseados.
Ele me beija e começa a pegar nos meus peitos por baixo do pijama. Está tão bom que eu não tenho certeza se estou tendo um tipo agradável de orgasmo prolongado. Ele me devora como um animal, e a cabeça da sua rola faz uma pressão deliciosa na entradinha da minha caverna.
Eu tenho mais um momento de lucidez (ou quase) e pergunto alarmada sobre a porta aberta. Ele diz que se fechar vai ranger, e se a mamãe levantar de novo e ver a porta fechada, vai saber.
Eu aceito aquela resposta sem resistir e sigo no que interessa. São só uns amassos, afinal. Já estamos aqui mesmo. São algumas das desculpas que me passam pela cabeça.
Ele larga minha boca e começa a chupar o meu peito pelo lado do pijama, quase rasgando minha blusa. Nesse momento eu gozo. Está difícil de saber, porque sinto um prazer prolongado que nunca senti antes, mas dessa vez é mais forte. Tiro minha blusa, que acabou rasgando na sanha do Pedro.
Olho para baixo em seu rosto com meu bico na boca e penso: Nossa, é meu irmão. Filho dos mesmos pais. Meu irmão mais velho e tímido está chupando meus peitos. E o pior é que esse pensamento não me deixa com culpa, e sim ainda mais excitada.
Ele beija minha boca de novo. Na verdade, coloca a língua pra fora e eu, ao invés de nojo, também coloco a minha e encontro na dele, nunca dei um beijo tão safado. Pesinhos roçando.
Tateio seu corpo e encontro sua bunda. Percebo que sempre quis pegar naquela bundinha avantajada dele. Realizo um sonho, sentindo aquela bunda naturalmente musculosa que os homens têm.
Sem perceber, apalpando a bunda dele como uma vagabunda, puxo um pouco o corpo dele para frente. Quando faço isso, seu pau entra pela metade dentro de mim. Paramos tudo e nos encaramos com olhos arregalados. Após alguns segundos, ele pressiona a mão grande contra minha boca e eu não entendo nada, ainda mais com o raciocínio fraco que estava naquela hora.
Em seguida compreendo, pois ele empurra a pélvis ainda mais, ficando inteiro dentro de mim. Quando ele faz isso, dou um gemido alto encarando-o de olhos arregalados, abafado por sua mão.
E para meu próprio espanto, não paro de gemer após ele entrar. Pareço uma lunática, gemendo com ele parado dentro de mim, o encarando de olhos arregalados, sentindo o orgasmo chegando e me desmontando toda quando chega.
Eu já tive orgasmos antes, mas não sabia que se podia chegar a esse ponto.
Eu continuo sem conseguir parar de encará-lo, e percebo que devo estar parecendo uma histérica, pois ele me olha assustado.
- Te machuquei? – diz ele, preocupado.
Volto a apertar a bunda dele com força e ele descobre que está tudo bem.
Meu corpo está me humilhando, me rebaixando, me subjugando sob o corpo de uma pessoa do sexo oposto, que é meu próprio irmão.
Nesse ponto, nós dois já tínhamos perdido a cabeça, e eu jogo o edredom para o chão sem me preocupar que ele derrube algo e faça barulho. Faço isso porque quero ver melhor o corpo do Pedro.
- Irmãozão… - falo, e para minha humilhação minha voz sai completamente alterada.
Sem o edredom, noto que seu belo abdome brilha com algo viscoso. Ele deve ter gozado em algum momento que eu não percebi, e mesmo assim continuava me olhando sedento. Ambos estamos com as mãos trêmulas de excitação.
Após uma troca de olhares quase apaixonada (provavelmente apaixonada), ele pega sua cueca de novo e enfia na minha boca, com a rola dele dentro de mim. Aquele cheiro me faz tremer toda e virar os olhos novamente. Eu sei o que vem a seguir. Ele começa a lentamente tirar o pênis, sem ranger muito a cama.
Pela primeira vez ouço o Pedro gemer. Em outra situação eu o zoaria muito. Mas nesse caso, aquilo fez eu quase mijar de tanto líquido que solto. Um homão daquele gemendo assim. Coloco minha mão sobre a boca dele, enquanto a minha está arreganhada como de uma boneca inflável com a cueca atochada.
Ele começa a me comer lentamente, sem ranger muito a cama, e esse movimento é maravilhoso. Observo o quadril dele dançar na cama contra o meu.
Eu já estou quase gozando, quando escuto mais um som, vindo do quarto da mamãe. Paramos no meio, e meus olhos enchem d’água de frustração hahahaha (estou rindo agora, mas na hora foi chato).
De repente, me dou conta mais uma vez da loucura que estamos fazendo. O pau do meu irmão está dentro de mim, nossos corpos estão colados, e a porta está aberta. Além de extremamente errado, a gente pode ser pego a qualquer momento.
Ele deve ter percebido uma dúvida no meu olhar, porque nesse momento ele solta o foda-se para o barulho e volta a me estocar, agora, mais forte, deixando até a cama ranger algumas vezes.
Quando ele reinicia os movimentos, eu percebo que estou entregue, e gemo de olhos fechados com aquela cueca na boca. Só resta torcer para que a mamãe não apareça.
Olhando nos olhos dele, sou estocada fundo pelo meu irmão. Não consigo parar de gemer (já aviso que felizmente a mamãe não apareceu mais naquela noite).
Após um tempo, que não sei precisar quanto, vi na cara dele que ele ia tirar o pau para gozar.
Mas, gemendo descontrolada, o seguro pela bunda, e gozo de novo enquanto sinto meu irmão dando jatadas de leite no meu interior.
Acho que nessa hora eu cheguei a apagar por alguns segundos e voltar. Estou completamente destruída de corpo e realizada.
Meu irmão fica com um sorriso bobo no rosto, a língua um pouco pra fora, e os olhos semicerrados. Eu não posso zoá-lo, pois não devo estar muito melhor do que ele.
Estamos completamente suados e exaustos. Como um cachorro após cruzar, ele continua com o pau dentro de mim. E eu, mesmo após gozar, não quero tirar também. Minha consciência já tinha ido para o saco, e só quero sentir aquele pau ali. Sinto ele diminuindo de tamanho dentro de mim até ficar mole de vez.
Tenho que me lembrar de comprar amanhã uma pílula do dia seguinte pela primeira vez na vida. Mas nesse momento, não consigo pensar em mais nada e apago em seus braços.
***
Tudo que vem a seguir acontece no espaço de seis segundos. Com um susto, sou acordada de um sonho gostoso. Custo a abrir os olhos e a claridade me cega. Fui acordada por alguém gritando. Ainda grogue, vejo… meu irmão sem roupa? Ele tem uma expressão de terror indescritível no rosto olhando para algo atrás de mim. Eu também estou... nua? ESPERA.
Tento me virar para trás, mas algo me impede. É o pau do meu irmão que ainda está dentro de mim e completamente duro com uma ereção matinal.
- O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – escuto a voz da minha mãe atrás de nós.
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