O Terapeuta e a Policial: Ela gozou com a própria arma.

Um conto erótico de Terapeuta
Categoria: Heterossexual
Contém 698 palavras
Data: 23/05/2025 17:23:05

Meu consultório tem uma luz baixa, quase âmbar. É proposital. A penumbra suave cria um ambiente acolhedor, silencioso, onde a alma sente permissão para se despir.

Ela chegou com alguns minutos de antecedência. Vestido azul-marinho, justo o suficiente para destacar o desenho do corpo — coxas torneadas, quadril largo, cintura marcada. Nos pés, salto médio. O cabelo preso num coque improvisado, alguns fios soltos roçando o rosto. E o perfume... marcante. Amadeirado com toque floral. Algo entre o poder e a doçura. Como ela.

Quando entrou, cruzou as pernas com um movimento lento demais para ser casual. E mesmo que não quisesse provocar, provocava. Tinha aquela beleza que não pede licença. Que chega ocupando espaço. Que não pede desculpas por existir.

— Fique à vontade — eu disse, com a voz tranquila, já ajustada ao ritmo da sessão.

Ela respirou fundo. A voz dela era firme, de comando. Mas por trás da rigidez, havia uma musicalidade doce. Voz de policial e de mulher. Ao mesmo tempo.

— Eu vim porque... tenho um problema que me envergonha. Mas que não consigo mais fingir que não existe.

Assenti, e me inclinei um pouco.

— Antes de qualquer coisa, quero que saiba que aqui você tem liberdade. O meu trabalho é diferente das abordagens tradicionais. Nós acessamos diretamente áreas profundas da mente — onde estão guardadas as raízes dessas emoções. E aqui, você não vai ser julgada. Pode trazer o que quiser. E podemos começar por onde for mais difícil pra você.

Ela engoliu em seco. Depois, começou.

— Eu sou casada. Meu marido é lindo... tipo galã. Porte atlético, abdômen trincado, sorriso de propaganda, sabe? Pau grande, bem cuidado. Qualquer mulher o desejaria. Mas... eu não sinto nada. Nada.

Pausa.

— Na verdade... sinto sim. Mas não é por ele. É quando estou na rua... no meu ambiente de trabalho. E vejo... certos homens. Aqueles que fazem merda, sabe? Os bandidos, os que quebram regra, que têm raiva no olhar. Aqueles que eu prendo.

Ela mordeu o lábio.

— Quando eu coloco a algema... quando vejo eles tentando se impor... eu me molho. Literalmente. A calcinha fica úmida. E não é uma vez ou outra. É direto. Eu volto pro quartel... e às vezes... me toco no banheiro. Ainda com a arma na cintura. O colete pendurado na porta.

Ela baixou os olhos, a voz mais baixa.

— Teve uma vez... uma prisão muito intensa. Ele tinha aquele olhar de desafio. E depois de algemar, eu... fui direto pro banheiro. Tranquei a porta. Me sentei sobre a privada, o coração disparado, e... eu enfiei a arma. Eu usei a própria arma pra me masturbar. Ainda com o cheiro da rua, da adrenalina. Eu gozei forte. E depois... me olhei no espelho e senti vergonha.

O silêncio no consultório ficou denso. Quase sagrado. Ela olhou pra mim, os olhos marejados.

— E aí eu chego em casa... e vejo meu marido na cama, lendo um livro de autoajuda, todo zen, todo respeitoso... e morre tudo. O tesão desaparece. Por mais que ele seja tudo que uma mulher desejaria, eu não consigo sentir. Mas se aquele preso... aquele que gritou comigo... me dissesse “abre as pernas”... eu não sei se diria não.

Ela ficou em silêncio. Eu também. Deixei que as palavras reverberassem. Que a culpa e o desejo se enfrentassem ali, sem máscaras.

Depois, com calma, falei:

— O que você sente tem sentido. E existe uma saída. O que a sua mente faz é associar perigo com excitação. Adrenalina com desejo. A gente vai trabalhar isso. Reorganizar essas conexões, sem apagar sua essência — apenas canalizar tudo isso pra onde você realmente quer.

Ela assentiu, respirando fundo.

— Eu nem sei como estou conseguindo falar tudo isso pra você...

Sorri.

— É o ambiente. E o tom. E o nosso método. Você sente que pode confiar. E mais do que isso... você quer transformar essa história.

Ela mordeu os lábios e sussurrou:

— Eu tô excitada só de falar isso tudo...

— E essa é a prova de que estamos no caminho certo. Já estamos acessando exatamente onde está o nó. E agora... vamos soltar isso com inteligência, com técnica e com entrega.

A sessão terminou com o agendamento da próxima.

Mas, ali, algo já havia mudado.

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Comentários

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A história pelo visto promete ser muito interessante e pelo pouco ( sim o capítulo poderia ser um pouco maior apresentando os 2 personagens centrais . A Polícial e o Terapeuta) que foi mostrado nota se quem tem mais fatos por aí.

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Vou postar a segunda sessão. Vai gostar muito tenho certeza

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