Já era a hora. Eu e Janaína combinamos que nosso casamento não seria como os demais, a começar por ser às 11 da manhã. Estávamos em frente à chácara, e ela com aquele vestido cavado que deixava os peitões de fora, mas que não era de noiva. Não haveria entrada triunfal da noiva, por vários motivos: o antigo corno ainda estava vivo, eu devia dinheiro para meu futuro sogro, ela não gosta de se passar por santa, etc, etc... E de repente, Janaína me disse:
− Agora que chegou a hora, preciso te confessar algumas coisas, querido!
Quando ela dizia isso, eu sabia que era alguma coisa que ela queria fazer ou já tinha feito.
− Sou todo ouvidos, minha deusa!
− Você sabe que nunca fui santa. Desde muito pequena tinha desejos, e... alguns cheguei a realizar. Mas tinha um em especial que nunca realizei.
O suor me surgiu na testa. Olhei ao longe, e aquele jardim tomado de convidados bem vestidos. Encarei, e ela corou, como se não fosse terminar.
− Vamos fazer um acordo: − interrompi tentando deturpar o assunto − Independente do que for, vou te ajudar a realizar.
Janaína baixou a cabeça, sentindo-se culpada. Voltei a interferir no rumo da conversa:
− Você já fez, né? Então me conta! − Eu disse já animado.
Ela sabia que eu não tinha pudores, e então riu.
− Ok, lembra na semana passada? Eu disse que tinha exames pra fazer. Pois é, não eram. Desde que marcamos casamento, eu fiquei em dúvidas quanto à nossa química. Você sabe que meu padrasto se separou da mamãe, e eu e ele nunca fomos muito íntimos. Enfim... Trocamos mensagens bobas, do tipo “Como vão as paqueras?”, e...
− E o quê, meu amor?
− Ele disse que estava com dores nas costas, e eu acabei dizendo que sou boa massagista. Daí ele disse que poderíamos marcar, e...
− E o quê?
− Acabou em motel.
− Acabou em motel? Pra fazer massagem?
− Massagem e tudo mais. – Janaína virou as costas, mostrando que o vestido era de frente única, olhei para a direção dos convidados, e vi o tal padrasto na primeira fila – Mas não é do meu padrasto que quero falar.
Meu pau estava duro, e ela viu. Que diabos! Tesão em ser corno? Ela me olhou, e eu acionei um Uber. → Era dar o fora o quanto antes. Janaína pegou na minha mão, depois o aparelho e cancelou a corrida. Prosseguiu dizendo:
− No último feriado, fui levar o convite para teus colegas de trabalho, e tinha um deles que não estava no escritório. Andei por lá, e fui encontrá-lo no banheiro com o pau na mão. Era bem maior do que na foto do celular. Agachei, e minha mão não dava pra metade do comprimento.
− Era o David?
− Como sabe? Ele também te manda nudes? Só sei que abocanhei, e saiu lágrimas dos meus olhos quando alcançou a minha úvula.
Com certeza o casamento tinha melado, mas o tesão por essa puta aumentado, e ela prosseguia:
− Ele gozou na minha garganta, os outros caras entraram e...
− Foi suruba no banheiro?
− A rachadinha comeram lá, mas a DP foi no escritório.
Começamos a rir, primeiro eu e depois ela. Com o tempo, eu parei e perguntei:
− É verdade tudo isso? Eles te chantagearam?
− Não! Pelo contrário, me imploraram para não te contar.
Olhou e apontou:
− Olha os safados lá!
− Você vai repetir essa noite?
− Você quer que eu repita? Suruba na noite de núpcias, querido?
− Não! Deixa de conversa, que vai ser meteção mesmo, e no quinto dos infernos... bem longe de mim!
Aproximou-se envolvente, e começou a me beijar. → Janaína sabe me envolver. Depois do beijo, pegou a minha mão e levou para a sua barriguinha sarada:
− Estou com a porra dele aqui!
− Porra de quem? Pelo amor de Deus!
− Do teu chefe. Ele gosta que engulo a porra dele com cara de safada. Viu o lindo guarda-roupas que ele nos enviou?
Tive uma puta ereção, e Janaína me retirou o pau na hora. O pai dela é só um pouco mais velho que eu, e percebi que notou a cena, pois estava nos aguardando a poucos metros de distância. A velha dele estava do lado, e olhei envergonhado para os dois. Nós quatro sabíamos o que estava acontecendo, mas só eu estava sendo apertado nas cordas.
− Por que está me falando tudo isso?
− Quer que eu me ajoelhe e te chupe agora?
− Vamos, filha! – o velho me salvou pelo gongo.
Ela meio que se assustou. Largou o meu pau, que tratei de guardar, ainda em estado latejante. Janaína me falou:
− Ué delícia, pensei que quisesse sentir o prazer da minha boca antes de desistir.
− Você... – puxei o ar para ter coragem de perguntar – já transou com o nosso motorista? Ele é doido por você!
− Não diga! Podemos ver isso na lua-de-mel.
Dei dois passos na direção da saída, e foi logo após a piscada de Janaína ao motorista, que também já estava inquieto. Na verdade, todo o ajuntamento já nos olhava. Parei, olhei para trás, e Janaína levantava a saia do vestido ao condutor de veículos. Voltei para perto dela, e pedi:
− Posso ver também, essa tatuagem?
− Sim! – Ela disse levantando o tecido.
Era o nome dele, do motorista.
Eu não tinha forças para mais nada, a não ser obedecer ao comando do braço dela.
Entramos para o casamento.