O Uber cortava a noite pela cidade, o motor roncava baixo enquanto uma playlist anos 80 internacional, tocava no som do carro. No banco de trás, Marina e Lucas estavam grudados, o clima entre eles pegava fogo. Ela usava um vestidinho preto que marcava tudo, e ele, com uma camisa social meio desabotoada, não tirava os olhos dela. O motorista, Eduardo, tentava focar na rua, mas o retrovisor era quase um convite pra espiar o que rolava ali atrás.Marina se inclinou pro Lucas, roçando os lábios no ouvido dele. — Tá a fim de brincar? — sussurrou, com aquele sorrisinho que já dizia tudo.Lucas deu uma risada baixa, olhando rápido pro motorista. — Tu tá louca, Mari? O cara vai perceber.— E daí? — Ela piscou, deslizando a mão pela coxa dele, os dedos subindo devagar, como quem não quer nada. A calça jeans dele já começava a ficar apertada, e Lucas segurou a mão dela, mais por provocação do que pra parar.No banco da frente, Eduardo deu uma ajeitada no retrovisor, fingindo que era só pra checar o trânsito. Marina percebeu e, em vez de se segurar, resolveu botar mais lenha na fogueira. Ela se ajeitou no banco, o vestido subindo um pouco, mostrando a coxa e um pedacinho da renda preta da calcinha. Lucas não resistiu, passou a mão por baixo do tecido, sentindo a pele quente dela.— voce tá impossível hoje — ele murmurou, a voz meio rouca, enquanto os dedos exploravam mais um pouco. Marina mordeu o lábio, soltando um suspiro que não tinha como o motorista não ouvir.Eduardo disse, claramente sem graça. — Tudo bem aí atrás? — perguntou, tentando soar profissional, mas a voz saiu meio travada.Marina riu, jogando o cabelo pra trás. — Estamos de boa, e você?— retrucou, com aquele tom de quem tá adorando provocar. Ela se inclinou mais pra Lucas, dando um beijo lento, daqueles que fazem barulho de propósito. A mão dela já tava no cinto dele, desfazendo o botão com uma calma que era quase tortura.Lucas segurou o rosto dela, entrando no jogo. — você quer me ferrar, né? — sussurrou, mas já tava rendido, puxando-a mais pra perto. O couro do banco rangeu quando ela subiu no colo dele, o vestido subindo de vez. O movimento era sutil, mas o suficiente pra fazer o carro parecer pequeno demais pro calor que tava rolando.O sinal ficou vermelho, e o silêncio no carro ficou pesado. Eduardo batia os dedos no volante, tentando não olhar pelo retrovisor, mas era impossível. Marina, sentada no colo de Lucas, mexia os quadris devagar, só o suficiente pra ele soltar um “puta merda” baixinho. Ela olhou pro retrovisor e viu os olhos de Eduardo fixos nela por um segundo antes de ele desviar, vermelho até as orelhas.— Desculpa aí, motorista, a gente tá meio... empolgado — Marina disse, com uma cara de santa que ninguém comprava.— Sem problema — Eduardo respondeu, rápido, a voz quase falhando. — Só... cuidado pra não derrubar nada. — Ele tentou fazer graça, mas tava na cara que tava suando frio.Lucas riu, apertando a coxa de Marina. — Derrubar, é? — Ele deslizou a mão mais pra cima, e ela deixou escapar um gemidinho que fez o carro parecer ainda mais quente. O zíper da calça dele desceu, e o som pareceu alto demais no silêncio. Marina se inclinou, sussurrando algo no ouvido dele que fez Lucas apertar a cintura dela com força.Quando o carro parou no destino, os dois se ajeitaram rapidinho, como se nada tivesse acontecido. Marina arrumou o vestido, Lucas fechou o cinto, e eles desceram rindo, deixando uma gorjeta gorda no app. Antes de fechar a porta, Marina olhou pro Eduardo com um sorrisinho.— Valeu pela corrida, viu? Boa noite — disse, com uma piscada que era puro veneno.Eduardo só balançou a cabeça, meio atordoado, enquanto via os dois se afastarem. Ele ficou ali parado por um segundo, o coração disparado, pensando que essa corrida ia ficar na cabeça dele por um bom tempo…
Pegando fogo no Banco de Trás do Uber
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