Teste de Fidelidade da Minha Namorada - 3

Um conto erótico de Mais Um Autor
Categoria: Heterossexual
Contém 1003 palavras
Data: 26/04/2025 16:14:10

A primeira mensagem era do João.

“Seu namorado sabe que você fica curtindo story dos seus amigos na academia?”

“Ele confia em mim… e, além disso, curtir story não é crime 😌”

“Só vira crime se você tiver gostado demais do que viu… e aí, gostou?”

“🙄”

Depois daquela cortada com um simples emoji, João não respondeu, deixando minha namorada no vácuo por alguns minutos. Foi ela que retornou a conversa.

“Você treina faz tempo? Dá pra ver que leva a sério”

“Anos. Disciplina é tudo. Quer ver o progresso real?”“Manda aí, tô curiosa kkkk”

“Mas só se prometer não se apaixonar”

“👀 Besta kkk”

João mandou uma foto sem camisa, posando de lado e fazendo muque, como se fosse um “body builder”. A foto deixava claro que ele tinha passado uma boa parte da vida dentro da academia. Os músculos saltavam do ombro, do pescoço, do peito. A barriga parecia desenhada com um tanquinho bem definido.

Mas não era só isso que a foto destacava.

Ele usava um shorts preto. A peça colava no seu corpo, deixando quase nada para a imaginação. Além de alto, loiro, saradão, João também havia sido abençoado com a grandeza lá embaixo.

Tati curtiu a foto. Em seguida, mandou:

“Credo… precisava mesmo mandar tudo isso? 😳”

“Ué, você que pediu kkkk”

“Pedi o progresso… não um raio-x 😅”

“Mas tá aprovado?”

“Acho que você não tá precisando de aprovação nenhuma, né?”

“Só da sua 😏”

Ela demorou para responder, como se tivesse pensando se devia mesmo mandar a próxima mensagem.

“Esse short tá pedindo socorro 🤭”

“Quer ver sem o short?”

A conversa parava ali. E eu fiquei com vontade de vomitar. O que mais doeu não foi só o flerte. Foi ver a hora da última mensagem.

Tati já tinha me mandado um “boa noite, amor”, com um coraçãozinho no final. Disse que ia dormir cedo, que estava cansada. Eu acreditei.

Mas as mensagens com o João continuaram depois disso. Ela não foi dormir. Ela só parou de falar comigo.

Pensei em terminar tudo com a Tati naquele momento. Mas segurei.

A verdade é que eu precisava saber até onde aquilo iria. Se era só um jogo leve, sem consequência. Se, no fim do dia, ela ainda respeitaria nosso relacionamento.

Eu precisava ver a linha sendo traçada. E se ela seria capaz de cruzar.

Tentei me agarrar no que dava. Tati não tinha respondido o “quer ver sem o short?”. Pelo menos isso.

Deitei com aquilo na cabeça, forçando um otimismo. Queria acreditar que ela tinha percebido o limite e recuado. Que, por mais que tivesse brincado, ela ainda lembrava de mim.

Dormi tarde e acordei ainda mais tarde, com a cara amassada e o celular vibrando na mesa de cabeceira. João havia me enviado mais prints da minha namorada conversando com ele.

“Bom diaaa! ☀️”

“Bom dia pra quem? Me deixou no vácuo ontem…”

“Kkk desculpa! Acabei dormindo”

“Fiquei até preocupado. Achei que tinha ficado ofendida com a última mensagem”

“Claro que não 🙈 Só achei que a gente tava indo longe demais… e eu tenho namorado, lembra?”

“Vi umas fotos de vocês dois. Sendo bem honesto… difícil de acreditar.”

“Ué? Como assim?”

“Nada contra o cara, mas pra conquistar um mulherão como você, ele deve ser um santo 😅”

“Ai, para com isso… meu namorado é incrível, tá? 🙄”

“Nunca deu uma escorregada?”

“Óbvio que não! Eu não sou esse tipo de pessoa kkk”

“Sei… mas do jeito que se é… deve chover oportunidade. Nunca passou nem perto?”

“Ah… Pensar, todo mundo pensa. Mas fazer? Nunca.”

Dizem que a primeira fase do luto é a negação.

Eu lia aquelas mensagens sabendo, no fundo, que a Tati já estava me traindo. Não era só conversa boba. Ela estava dando mole para meu amigo.

Mesmo assim, arrumava desculpas para ela. Dizia que ela só gostava da atenção. Que era vaidade. Que João também era um mestre em provocar e tirar as palavras certas.

Tentava olhar para o copo meio cheio. Eu não era corno. Pelo menos, não ainda.

João continuou a conversa, mandando uma foto com a legenda:

“Não precisa passar vontade, sei que você quer ver 😉”

Não dava pra saber o que ele tinha mandado. Era uma daquelas fotos que desaparecem assim que são vistas. Mas Tati abriu a foto. E antes dela falar alguma coisa, João enviou:

“Eita… Pra quem ‘não queria’ se abriu rápido, hein? ”

“Aff, que besta! 😅 Me enganou, tinha nada de mais nessa foto”

“Ah, vou mandar o ouro de graça para você? Kkkk. Quer ver de verdade? Troco uma sem cueca por uma sua sem calcinha 😈”

“Nem pensar, não sei o que você vai fazer com essas fotos”

“Posso te mandar um vídeo mostrando como eu vou usar a foto…”

“Como você é besta… não, nude não rola”

“Tá bom... Foto de biquini então?”

“Não tenho nesse cel… e eu não vou colocar um biquíni só para tirar foto para você, né? 🤣”

“Poxa… por que não? Você negocia duro demais. Beleza, manda só uma de costas no espelho. Nada de mais. Só quero ver esse cabelo bonito aí”

Aquela era a última mensagem. Fiquei horas em silêncio, grudado no celular, esperando o pior.

Queria acreditar que ela não responderia e a ansiedade crescia. Cada notificação que chegava fazia meu estômago virar. E nenhuma delas era do João.

Abri e fechei a conversa mais vezes do que consegui contar. Tentava me acalmar, pensando que, se ela fosse mandar, já teria mandado. A demora era um bom sinal.

Mas não adiantava. Eu já estava destruído por dentro. Eu não aguentava mais.

Aquilo era uma idiotice. Não passava de um plano estúpido.

E eu amava a Tati. E não eram aquelas mensagens imbecis que mudariam meu sentimento.

Podia só eu parar aquilo tudo, voltar para minha vida normal e continuar com ela.

Peguei o celular e mandei para o João:

“Pode bloquear a Tati. Vamos encerrar o teste.”

<Continua>

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