Dias depois desde aquela noite, o calor do corpo de Tia Mariza não saía da minha pele.
Suas palavras, seus gemidos, o jeito como se entregou... tudo me assombrava de um jeito delicioso.
Então, quando ela me mandou uma mensagem simples — "Hoje quero mais. Te espero às 21h. Só venha." — eu soube que o que nos unia não era só desejo, era algo mais fundo. Mais inevitável.
Cheguei no horário exato.
A porta já estava entreaberta, a luz do corredor dando passagem para uma sala à meia-luz, com velas acesas e um perfume adocicado no ar.
Ela apareceu no alto da escada...
Uma camisola ainda mais ousada que da primeira vez — quase inexistente.
Nos pés, nada. No olhar, puro fogo.
— Hoje não quero limites — disse, descendo devagar, com os olhos cravados nos meus. — Quero explorar tudo. Sentir tudo. Te dar tudo.
Sem perder tempo, ela me puxou pela camisa, me empurrou contra a parede e me beijou com uma fome que me desmontou.
As roupas voaram pelo caminho até o quarto, mas dessa vez ela me levou para um lugar especial: o antigo ateliê dela, com espelhos pelas paredes, um tapete macio no chão, almofadas espalhadas — e no centro, uma poltrona larga de couro.
Ela me sentou ali, montou em mim com calma, olhando nos meus olhos através do espelho.
— Hoje você vai me ver inteira. Quero que veja o que te pertence.
E o que se seguiu foi um ritual de prazer.
Ela dançou sobre mim, provocou, rebolou, guiou cada movimento.
A cada giro de quadril, ela sorria, completamente no controle, completamente entregue.
Não havia pudores, só corpos se falando em silêncio, explorando todos os desejos — os ditos e os escondidos.
Ela me levou ao limite e recuou, só para me provocar.
Depois se ajoelhou, brincou comigo com a boca e a língua até me deixar implorando, e então voltou a cavalgar sobre mim como uma deusa — de frente, de costas, olhando o próprio reflexo enquanto sussurrava:
— Olha o que eu faço com você… olha o quanto você me quer.
E quando chegou o clímax, os dois juntos, intensos, quase selvagens, ela se deitou em meu peito, sorrindo, o corpo suado e satisfeito.
— Agora sim... você me conhece inteira — sussurrou. — E ainda tem tanto mais pra te mostrar.
Ainda naquela noite, depois do clímax na poltrona, ficamos ali por um tempo — ela deitada sobre meu peito, nossos corpos ainda entrelaçados, a respiração começando a se acalmar. Mas o fogo entre nós… esse não diminuía.
Ela ergueu o rosto, passou a ponta dos dedos pelo meu peito e disse com um sorriso perigoso:
— Ainda tem um lugar meu que você não explorou por completo… E hoje, eu quero que ele seja seu também.
O jeito como ela disse isso me fez arrepiar.
Não era só desejo — era confiança. Entrega. A vontade dela de viver cada fantasia sem medo, comigo.
Nos movemos devagar. Ela se posicionou de bruços, apoiando-se nas almofadas do chão, e olhou por cima do ombro, com aquele olhar que misturava nervosismo, coragem e um desejo impossível de conter.
— Devagar… mas me faz sua. Quero sentir você inteiro, até o fundo.
Preparei-a com carinho, toque por toque, beijo por beijo.
Cada suspiro dela me guiava, e a cada segundo, ela se abria mais, confiando, desejando, se moldando ao meu toque.
Quando finalmente a penetrei ali, foi com calma, com firmeza… e o gemido que escapou dos lábios dela foi quase um canto — baixo, intenso, cheio de prazer e surpresa.
O ritmo cresceu aos poucos, até nos tornarmos um só movimento, um só impulso.
Ela me chamava, me puxava, me envolvia de um jeito feroz e doce ao mesmo tempo.
E quando chegou ao clímax mais uma vez, tremendo sob meus toques, sussurrou entre gemidos:
— Agora sim… agora você me tem por completo.
Nos deixamos cair um sobre o outro, exaustos, saciados, mas já imaginando o que mais ainda poderíamos descobrir juntos.
Ainda ofegantes, nossos corpos entrelaçados sobre as almofadas, ficamos ali por longos minutos, apenas sentindo a respiração um do outro, o calor que parecia impossível de apagar.
Tia Mariza acariciava devagar as linhas do meu rosto, com aquele olhar sereno e cheio de ternura, como se estivesse desenhando minha imagem na memória.
— Você nem imagina o quanto eu esperei por isso — ela sussurrou, com a voz rouca de tanto gemer, mas cheia de emoção. — Nunca pensei que um dia alguém fosse me fazer sentir tão... viva de novo. Tão... desejada.
Beijei sua testa, seus lábios, sua pele quente, sem conseguir dizer nada de imediato — as palavras pareciam pequenas diante do que sentíamos.
Ela continuou, seu toque suave como um sussurro:
— Eu achava que esse tipo de paixão era só para os mais jovens. Para quem ainda está descobrindo o amor. Mas você me provou que o desejo não tem idade... e que eu ainda tenho tanto para dar... para sentir.
Olhou nos meus olhos, e nesse momento havia algo mais forte do que tesão — havia carinho, cumplicidade, uma fome mútua que ia além do corpo.
— Eu quero tudo com você — disse, com um sorriso que misturava malícia e ternura. — Cada fantasia, cada loucura... cada momento de carinho também. Você não foi só um amante essa noite... você foi um presente que eu nem sabia que ainda podia ter.
Beijei-a com doçura, sentindo o peito apertar de um jeito bom.
E ali, no silêncio da madrugada, com o cheiro de velas queimando, o calor dos nossos corpos ainda misturado, a certeza se instalou entre nós: aquilo que começava não era apenas uma aventura proibida.
Era o renascimento de algo intenso, verdadeiro… e talvez, inevitável.
Ela se aninhou em mim, fechando os olhos com um suspiro satisfeito:
— E agora… prepare-se, meu amor. Porque eu ainda tenho tantos desejos para realizar com você…
E eu soube, sem nenhuma dúvida, que aquela história estava apenas começando.
Alguns dias depois, ela me mandou outra mensagem, curta e cheia de promessas:
"Prepare-se. Quero você comigo o fim de semana inteiro. Só nós dois. Sem limites."