A Santa Lei da Infidelidade

Um conto erótico de Casal Tatuíra
Categoria: Heterossexual
Contém 2666 palavras
Data: 24/04/2025 08:59:32
Última revisão: 24/04/2025 09:46:35

Atenção! Conteúdo sensível. Todos os personagens deste conto são maiores de idade. Essa publicação é meramente recreativa e de entretenimento, de maneira alguma é uma recomendação de prática.

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Marco Antônio e Cris, vinte anos de um matrimônio morno, quase sepulcral. Não se odiavam, longe disso. Mas o tempo, esse ladrão de paixões, esvaziara o furor dos primeiros encontros, trocando-o pelo arrastar de chinelos e o ranger de dentes na calada da noite. Trabalho, filhos, boletos – a trindade macabra que empurra os amantes para o abismo da rotina. E lá estavam eles, à beira do cemitério dos casais, onde os suspiros viram roncos e os beijos, estalidos de fastio.

Contudo, sob a lápide da mesmice, ainda cintilava uma fagulha. Uma cumplicidade que teimava em não morrer, um desejo secreto de trespassar a cerca e cobiçar o jardim alheio. Um sorriso furtivo aqui, um olhar carregado de segundas intenções acolá. Pequenas traições da alma que os mantinham, paradoxalmente, vivos e perigosamente próximos. Como dois náufragos agarrados à mesma tábua, em meio a um oceano de tédio.

Marco era um bom sujeito, riso fácil, inteligente e boa pinta. Gostava de ficar em família, um futebolzinho esporádico, amava trabalhar. Tinha uma barriguinha, uns cabelos brancos e umas rugas, aquelas faturas que o tempo cobra de todos.

Cris... Ah, Cris! Vinte anos de casamento e a mulher parecia ter sido banhada nas águas proibidas da juventude eterna. A maturidade, em vez de murchá-la, a havia burilado como um diamante raro. O olhar, antes faiscante de paixão juvenil, agora ostentava uma serenidade enigmática, como um lago profundo que esconde segredos inconfessáveis. E o sorriso... Ah, aquele sorriso! Uma promessa sussurrada entre os lábios, um convite silencioso ao pecado e à beatitude.

Seu corpo... um poema carnal que desafiava a lógica e a moral. Seios firmes, rubros apontando para um céu que ela certamente conhecia bem, tanto o celestial quanto o incandescente. Uma bunda redonda e insolente, um desafio à magreza anêmica das moças sem história. Cris era esculpida em curvas perigosas, talhada para a perdição dos homens, para o desvio dos olhares castos.

Mas não era só a carne que atiçava os sentidos. Era a aura que a envolvia, um misto de deusa intocável e pecadora convidativa. A voz aveludada que embalava as conversas, a risada cristalina que desarmava as defesas mais sólidas, o andar felino que incendiava a imaginação. Ela chegava e o ar se carregava de um magnetismo sutil, conduzindo os olhares, hipnotizando as almas. Era a santa no altar e a cortesã nos lençóis de seda, a encarnação da dualidade que atormenta e extasia os homens desde que o mundo é mundo. Uma tentação ambulante, um mistério indecifrável que Marco Antônio conhecia tão bem e, ao mesmo tempo, sentia que jamais desvendaria por completo.

Eles cultivavam, em segredo, um jardim proibido de fantasias. Algo tão abjeto e delicioso que nem mesmo a língua solta pelo álcool nas rodas de amigos ousava nomear. Era um pacto silencioso, urdido nas sombras do quarto conjugal, um abismo de volúpia inconfessável.

A primeira vez que Marco Antônio roçou o assunto, Cris estremeceu. Um teste? Uma sordidez masculina para macular a pureza de vinte anos de vida em comum? Ela se eriçou, como uma gata acuada, mas a curiosidade, essa víbora ancestral, já havia picado sua alma. Cedeu, a contragosto, e descobriu que não havia armadilha ali, apenas a confissão crua de um desejo torto: o anseio de ser apunhalado pelas costas do amor, de sentir na própria carne a traição.

E, para sua surpresa, Cris provou do fruto proibido e o achou deliciosamente quente. Amigos incautos, colegas de trabalho de olhares lascivos, até mesmo um fantasma do passado amoroso desfilaram naquele teatro mental a dois. A cada encenação ousada, a chama entre Marco e Cris se avivava, incandescente. O desejo de Marco, antes sussurrado com pudor, ganhou contornos mais nítidos, mais urgentes. "Posso assistir, quietinho", ele implorou um dia, os olhos marejados de uma excitação perversa. Ou, em noites de insônia e lascívia reprimida: "Fico em casa... me conte depois, cada detalhe, Cris. Torture minha alma com a volúpia alheia." E assim, naquele leito outrora morno, plantavam as sementes de um prazer ambíguo, onde a dor e o êxtase se abraçavam em um espasmo inominável.

E então, como num golpe do destino, a ocasião e a lascívia se conjugaram. Alugaram um antro à beira-mar, um caldeirão de corpos semi-nus fervilhando sob o sol inclemente. Primos, primas, amigos e até desconhecidos se acotovelavam naquele cortiço de veraneio, excitados pela maresia e pela pouca vergonha dos trajes sumários.

Marco, olhos de cão farejador de pecados, já flagrara as investidas sutis de Cris. Com um biquíni que mal cobria o essencial, ela roçava sua anatomia tentadora nos parentes e amigos. A cozinha, claustrofóbica e promíscua, era o epicentro daquele balé de desejos reprimidos. Um corredor estreito entre a mesa e o armário, palco de sorrisos oblíquos e olhares que incendiavam a carne. Cris, embriagada pela atmosfera de libertinagem à beira-mar, oferecia-se, em gestos quase imperceptíveis, como um ídolo pagão a ser adorado sem pudores.

O medo castrava Marco. Temia que a máscara caísse, que a devassidão de Cris se escancarasse aos olhos de todos, e a humilhação esmagasse a delicada engrenagem da fantasia. Mas Cris, com a placidez de uma deusa antiga, acalmava seus temores. "Na praia, Marco", sussurrava com um sorriso enigmático, "tudo se dissolve na areia e no sal. Amanhã, seremos apenas sombras fugazes, sem memória da volúpia de hoje." E Marco, enfeitiçado por aquela promessa de amnésia carnal, entregava-se à correnteza dos desejos alheios, observando sua mulher florescer no jardim proibido da promiscuidade.

Os rapazes... ah, a juventude! A carne latejante, o sangue a ferver nas veias. A lascívia não era privilégio deles, mas a língua, essa sim, era mais solta, desimpedida pelos pudores hipócritas dos mais velhos. Numa noite quente, enquanto o casal compartilhava o ritual prosaico do banho, as paredes finas do apartamento balnear ecoaram sussurros que fariam corar as mais desavergonhadas damas da noite.

Vozes roucas lamentavam a má sorte: as melhores da turma já tinham seus donos, a seca era inclemente. E então, no meio daquele lamento libidinoso, surgiu a prima. "Coroa e gostosa", eles a descreveram, a língua ávida de desejo. E o obstáculo, o espectro que pairava sobre suas ereções juvenis: o marido sempre por perto, como um cão de guarda ciumento, frustrando qualquer tentativa de invasão naquele território proibido. Marco e Cris trocaram olhares cúmplices por cima da espuma, um sorriso perverso dançando em seus lábios. A engrenagem da fantasia secreta girava mais rápido, impulsionada pela lubricidade alheia, pelo desejo explícito que ecoava na noite abafada. A semente da traição, plantada em segredo, começava a germinar sob o sol inclemente daquele verão de pecados.

Mas Cris... Ah, essa mulher! Um sorriso capaz de acender a fogueira nos infernos mais profundos e, ao mesmo tempo, de fazer vacilar a fé dos querubins mais castos, revelou o impensável. Já estava tudo urdido nas sombras daquela noite quente. Dois daqueles garotos famintos, com a testosterona a lhes nublar o juízo, a encontrariam na cozinha, quando o sono pesado embriagasse os demais. Ali, naquele cubículo profano, ela saciaria os desejos mais abjetos deles e, por tabela, a fantasia mais torva do marido.

Marco Antônio sentiu o chão fugir sob seus pés. Um vazio gélido instalou-se no peito, a barriga contorceu-se em um nó de apreensão e as pernas bambearam como varas verdes. Num fio de voz, indagou sobre a coragem. Cris sequer pestanejou. Marco soube, naquele instante, que não havia retorno. A santa mulher que lhe aquecera o leito por duas décadas, a mãe dos seus filhos, a esposa exemplar que desfilava nos almoços de família, mergulharia de cabeça nos pântanos fétidos da lascívia. Seria possuída como um objeto inanimado, usada e abusada por dois jovens no auge da virilidade, e encontraria, nessa abjeta submissão, uma perversa forma de satisfação. O abismo se abria sob os pés de Marco, um precipício de excitação e horror. A esposa, a deusa do lar, prestes a se metamorfosear em escrava do desejo alheio. A tragédia, enfim, anunciava sua chegada, com a beleza ambígua de uma flor carnívora.

Cris enrolou-se na toalha como quem se veste para matar, a toalha ao mesmo tempo cobria e descobria. Seus cabelos molhados, escorrido pelo corpo, seu perfume, tudo a tomava mais bela e mais provocante, mas ela mantinha aquele olhar levado, carregado de malícia que enlouquecia qualquer um. Avisou a Marco que os garotos não sabiam dele, então ele devia se esgueirar até a sala e de lá espiar o.que acontecesse na cozinha, de preferência, atrás do sofá.

Enquanto ela desfilou até a cozinha onde os garotos a saudaram com olhos famintos, Marco foi para trás do sofá da sala, de onde teria uma visão dos três em ação.

O tecido ds toalha, de tão fino e úmido, grudou em cada curva de seu corpo, delineando-o com uma sensualidade tão pungente que a fazia parecer despida sob os olhares curiosos. Seus cabelos, ainda úmidos, eram fios de ônix a escorrer pela pele macia, e seu perfume, uma aura embriagante, pairava no ar, exalando ao mesmo tempo a pureza do frescor e a promessa de prazeres ocultos. Era um recato que convidava à mais deslavada perdição.

Ao surgir na cozinha, os rapazes a saudaram com a voracidade de lobos famintos. Seus olhos percorriam cada centímetro daquela visão estonteante, e logo suas mãos hesitantes se aproximaram, roçando seus braços, sua cintura, como se para confirmar a tangibilidade daquela deusa recém-chegada. Nesse exato instante, em meio ao turbilhão de desejo que a cercava, Cris lançou um último olhar cúmplice e um sorriso carregado de promessas a Marco, escondido nas sombras da sala. Era o prenúncio de um jogo perigoso, onde ela seria a maestrina e ele, o espectador privilegiado daquela dança de sedução.

Ah, Cris... Um nome que ecoava nos corredores da alma masculina como um dobrar de sinos lascivos. Naquele instante, ela desvelou a razão de sua divindade terrena, a força avassaladora que dobrava a cerviz dos mortais. Seus pobres acólitos não tinham a mais remota chance diante daquela aparição.

Com um olhar que incendiava a libido e acendia a chama da obediência cega, Cris ordenou a queda da toalha. E o tecido, antes mortalha pudica, escorregou como uma confissão silenciosa, revelando a arquitetura de um corpo esculpido pelos deuses do pecado. Ela própria iniciou a liturgia da carne, apalpando seus seguidores com a desenvoltura de uma sacerdotisa profana.

Beijos roubados, abraços apertados que prenunciavam a possessão, toques que despertavam a besta adormecida. Cris sentia sob seus dedos a dureza dos músculos, o aroma selvagem do mar e do sal impregnado na pele bronzeada, a promessa contida em lábios carnudos e mãos ávidas. Para Marco, ali, na sua toca de voyeur atrás do sofá carcomido, aquela Cris era uma aparição inédita. Jamais a provara naquela volúpia descarada, naquela entrega voraz ao desejo.

Mas ali estava ela, a esposa recatada transmutada em ninfomaníaca, abocanhando com sofreguidão o falo de um, enquanto sua mão, altar de deleites infinitos, já se oferecia como um laço ao membro do outro. Um capricho do destino, talvez uma lascívia cósmica, fez com que um dos rapazes lhe agarrasse os cabelos, inclinando seu rosto ruborizado para o céu do prazer. E Marco, estático em sua toca escura, pôde contemplar a máscara de êxtase e malícia da mulher que dividia seu leito, agora banqueteando-se com a carne alheia sem pudor ou remorso. Ela ensinava os segredos da volúpia e, ao mesmo tempo, aprendia novas nuances da libertinagem. Cris, a esposa, a amante, a deusa... e agora, a rameira gloriosa, parecia ter encontrado um novo éden no pecado compartilhado.

E os rapazes, numa liturgia profana, revezavam-se na posse daquele corpo incandescente. Frente e verso, tomavam Cris como se degustassem um vinho raro, cada gole uma promessa de embriaguez eterna. Ela permanecia de pé, soberana em sua lascívia, trocando bocas com a displicência de quem escolhe o morango mais apetitoso na feira do pecado. Segurava-os pela nuca, sussurrava promessas obscenas, beijava com a voracidade de uma loba e os conduzia pelos caminhos sinuosos que levavam aos recônditos proibidos de sua carne.

Cris, a deusa caída, impalava-se com volúpia naquelas estacas ávidas por invadir sua intimidade. Oferecia-se como um sacrifício voluntário no altar da luxúria, ora sentada na mesa da cozinha, as pernas abertas como um convite escancarado, ora curvada sobre ela, de costas, a silhueta pecaminosa a implorar pela profanação. Era a sacerdotisa e a vítima, a oferenda e o demônio, tudo em uma só mulher incandescente.

Ah, o destino, esse pilantra cósmico, sempre a urdir suas tramas sombrias nos bastidores da vida alheia! Naquela noite de pecados confessos, ele resolveu embaralhar ainda mais as cartas daquele baralho de paixões proibidas. A prima de Marco, mulher de beleza madura e melancólica, um contraponto à exuberância solar de Cris, jazia oculta nas sombras da varanda. Ao perceber o olhar atônito do primo, moveu-se com a mesma furtividade felina para o refúgio atrás do sofá.

Havia nela a languidez de quem carrega uma mágoa antiga, o abandono recente do marido a pairar como uma névoa sutil. Marco, confuso, não encontrava em Cris predicados que pudessem despertar inveja naquela beleza serena e sofrida. E eis que a prima se aproximou, a voz um sussurro doce e venenoso a enlaçar seus ouvidos, enquanto seus dedos roçavam seus braços em um toque carregado de consolo e malícia: "Essa não é a primeira vez, Marco... Hoje mesmo, ela se entregou ao zelador do prédio."

A surpresa estampada no rosto de Marco era a incredulidade de um homem apunhalado pelas costas da própria certeza. E o pior, uma pontada gelada no âmago lhe dizia que aquelas palavras eram a mais pura e sórdida verdade. "Todos estão comentando... Na praia, beijou um surfista, nas suas costas, é claro." A voz da prima era um bálsamo amargo, enquanto suas mãos deslizavam traiçoeiramente pela camisa de Marco, descendo com uma ousadia calculada até abrirem a bermuda, expondo a ereção vacilante do marido traído. E como um golpe de misericórdia antes do beijo que selaria a danação, ela sussurrou, os lábios roçando os dele: "Amanhã... dois surfistas vão com ela no costão." A noite, já carregada de pecado, anunciava um futuro ainda mais torvo e abjeto.

Na manhã seguinte, o sol entrava pelas frestas da janela como um dedo acusador, iluminando a face crispada de Cris. A fúria borbulhava em seus olhos, uma lava incandescente pronta para devastar Marco. O pacto, a santa lei que ele ousara transgredir, era claro como a luz do dia: apenas ela cruzaria a fronteira proibida da traição. A ele, mísero espectador, cabia apenas o papel de voyeur consentido, a alma corrompida pelo espetáculo dos seus pecados.

Como ousara ele, verme rastejante, macular a pureza de sua devassidão com aquela aventura barata com a prima? Aquele toque furtivo, aqueles sussurros peçonhentos eram uma afronta, uma declaração de guerra à sua soberania no reino da infidelidade. Cris não admitia concorrência em seus desmandos, não tolerava que ele provasse do mesmo veneno que ela destilava com tanta maestria.

E a sentença caiu como um raio em céu azul: a partida. Naquela mesma manhã, Marco seria banido daquele paraíso de perdição. E o castigo final, a humilhação suprema, seria imposta com requintes de crueldade. Cris, a rainha daquele harém improvisado, exigiu que ele os levasse embora. Os dois amantes, seus troféus de uma noite de lascívia, viajariam no carro de Marco, ostentando a vitória efêmera de seus prazeres proibidos, enquanto ele, o cornudo envergonhado, seria o condutor involuntário da própria desgraça. O carro, outrora símbolo de sua união, transformava-se no carro da vergonha, a transportar a prova viva de sua impotência e da fria crueldade de sua deusa depravada.

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Baseado em outro conto aqui do portal: Casada, corno manso observando e aprovando a safadeza da esposa,...

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Comentários

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Esse conto , apesar de ser uma versão de um já existente,ficou legal. Uma nova maneira de fazer algo tradicional

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Qual conto vocês se basearam para fazer esse ?

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