Já fazia seis meses que Renan era a sombra silenciosa dos corredores cinzentos do quartel. Chegara como todos os outros: mochila nas costas, cabelo recém-tosado, suor nervoso nas axilas e a alma apertada pela farda ainda estranha ao corpo. Mas não era mais um novato. Já aprendera o nome de todos os dormitórios, o peso do coturno, o horário do despertar e, mais do que tudo, o valor de manter a boca fechada.
Não era a primeira vez que dava. Já conhecia o cheiro do sabão militar se misturando à porra quente, o gosto amargo da rola suada após horas de treino, a pressão de um quadril empurrando seu corpo contra os azulejos do banheiro. Mas havia algo diferente em servir naquele quartel — algo brutal, ritualístico, sem espaço para negociação.
Desde o segundo mês, já era “do tenente”. Era assim que sussurravam. “Aquele ali, o grandão… virou do tenente.” A voz não subia muito. Todos viam, todos sabiam, mas ninguém falava. Renan agia como os outros, fazia os exercícios, cumpria ordens, olhava reto — mas quando caía a noite, sabia que bastava um chamado. A porta entreaberta, o vulto do superior no escuro, o comando seco:
— Fecha a porta e ajoelha.
E ele obedecia.
Renan era grande. Tinha o corpo típico do latino criado a arroz, carne e medo. Ombros largos, peito forte, costas que suavam fácil sob o sol de Cuiabá. Mas o que fazia os machos babarem, o que arrancava olhares até dos mais calados, era a bunda — um volume que a farda não conseguia esconder. Dura, carnuda, empinada. Se encaixava perfeita na palma da mão e se abria como se nascida pra isso. Não era o tipo rebolante de putinha espalhafatosa. Renan tinha trejeitos contidos, discretos, mas que escorriam pelas bordas — um jeito de cruzar a perna, de inclinar o quadril, de abaixar para pegar algo e exibir sem querer aquele rabo que parecia suplicar por comando.
O tenente era o primeiro a notar. Alto, com voz de comando até no silêncio, barba por fazer e mãos pesadas. Não demorou até convocar Renan para “tarefas especiais”. O primeiro boquete foi rápido, bruto, sem palavras — e nunca mais parou. O cu foi domado na segunda semana. Lambido, cuspido, estocado com raiva. E o garoto só arqueava as costas, mordia o fardamento e aguentava. Não chorava. Não pedia. Só abria.
A rotina virou segredo e castigo.
Mas naquela manhã, quando o sol ainda batia oblíquo nas paredes grossas do alojamento, o tenente o chamou diferente.
Não era só ele.
Havia mais olhos.
Mais fomes.
— Hoje tu vai aprender o que é servir de verdade — disse em voz baixa, enquanto a palma grande apertava a bunda do recruta por cima da calça. — Já teve seis meses só comigo. Hoje vai ser dos meus homens.
Renan sentiu o estômago revirar. O cu se contraiu. O peito apertou.
Quis dizer não. Mas não era do tipo que negava. Não com o corpo.
Foi levado para um galpão afastado. Um lugar que não fazia parte da rotina comum. Piso frio, cheiro de graxa e couro, as janelas tampadas, o mundo do lado de fora reduzido ao som abafado do vento.
O tenente estava ali. E mais vinte soldados.
Todos fardados. Todos armados. Não com fuzis. Com olhos famintos e rolas duras sob a calça.
Renan ficou parado no centro. O coração batia alto. Mas o rosto permaneceu neutro. O corpo, imóvel.
— Tira a farda — ordenou o tenente. — Devagar. Deixa eles verem o que é meu.
Renan obedeceu.
Começou pelo cinto. A fivela tilintando como metal de corrente. Depois a blusa, revelando o peito suado, os mamilos rijos de tensão. A calça caiu com peso, revelando a cueca justa colada no volume das coxas. E por fim, a cueca desceu.
O silêncio dos vinte foi mais alto que qualquer grito.
Ali estava a cadela do quartel.
Grande, suado, moreno, e com a bunda mais suculenta que qualquer um já tinha visto ao vivo.
Firme, cheia, redonda. O tipo de bunda que desafia o autocontrole de qualquer macho que se ache homem.
— Ajoelha — disse o tenente. — Começa com a boca.
Renan ajoelhou. O chão frio mordeu os joelhos. Os vinte se aproximaram.
Zíperes começaram a descer.
Cheiros de suor, desodorante vencido, carne latejante.
Estavam todos duros.
Todos prontos.
Todos sedentos.
E ele… disposto.
Porque ali, naquele quartel, Renan não era soldado. Era serviço. Era válvula de escape. Era buraco de uso.
E aquela noite seria só a primeira de muitas.
— Agora abre a boca, cadelinha — disse o tenente. — A missão vai começar.
A rola entrou quente, grossa, direto.
O gosto de mijo e porra velha invadiu a garganta.
Renan babou, gemeu, engasgou.
Mas abriu mais.
Porque era assim que servia.
Com a boca escancarada, o cu preparado, e o corpo pronto pra ser marcado por dentro.
E eles ainda nem tinham começado.
O calor do galpão parecia emanar das paredes de concreto, como se os tijolos fossem testemunhas silenciosas de tudo o que já fora consumado ali. Não havia janelas abertas, nem saída fácil — só o som grave das respirações, os estalos de cintos se desfazendo, e aquele ranger sutil de botas militares raspando no chão. O ar estava pesado demais para ser cortado, impregnado de desejo bruto, fúria contida e uma tensão sexual tão espessa que se agarrava à pele como o próprio suor.
Renan estava no centro, nu, ajoelhado, com o peito exposto e o rabo empinado como um altar de carne erguido para o sacrifício. A bunda, carnuda, firme, absolutamente indecente, tremia sutilmente com a respiração. Era o tipo de bunda que não pedia permissão pra ser olhada — ela ordenava. Grande sem ser frouxa, empinada sem esforço, desenhada com malícia pela genética, mas esculpida com disciplina. O tipo de rabo que não passava despercebido nem entre os mais enrustidos, e agora, ali, exposto, lambuzado de cuspe e tensão, era o centro de gravidade de vinte soldados em silêncio.
O primeiro jato de saliva caiu no rego ainda fechado. Um cuspe denso, quente, que escorreu devagar pela rachadura morena até tocar o cu contraído. Logo em seguida, outra boca se aproximou e cuspiu também. Era um ritual não declarado: cada um deles precisava marcar aquele rabo antes de usá-lo. Não bastava possuir — era preciso afirmar domínio com o gosto, com o toque, com o cheiro. E o cheiro já se alterava. Saía o sabão do banho apressado e entrava o odor mais primitivo de todos — o de homem excitado, de couro suado, de pica pulsando.
Renan manteve os olhos abaixados, a expressão calma, mas por dentro, o corpo vibrava. Não de medo. Não mais. Não depois de seis meses servindo calado, chupando rola no vestiário como se estivesse confessando pecados, aguentando penetração de madrugada com a cara enfiada no travesseiro, enquanto o tenente gozava fundo e dormia de pau dentro. Aquilo ali não era novidade, mas era o ápice. Era a coroação. Era o momento onde deixava de ser um segredo para se tornar uma oferenda pública.
O tenente foi o primeiro a meter.
Não por preferência, mas por hierarquia.
Como um general que precisa dar o primeiro tiro antes de deixar os soldados avançarem.
— Fica de quatro, não se mexe — ordenou com voz baixa, arrastada, o tom de quem já sabia de cor o caminho.
Renan girou lentamente, apoiou as mãos no chão, arqueou as costas com perfeição. O cu se abriu em um convite involuntário, uma fenda úmida que pulsava com cada batida do coração. O tenente aproximou-se, já com a calça pelos joelhos, o pau em riste, grosso e familiar. Colocou a cabeça da rola contra a entrada do recruta, empurrou devagar, só pra ver a reação — e sorriu quando o cu abriu sem resistência, como uma flor se oferecendo ao sol.
A penetração foi lenta, deliberada, mas profunda. O rabo de Renan engoliu a carne como se tivesse saudade, o cu se contraindo, apertando com força, exigindo ser preenchido até o limite. O tenente se apoiou nas costas largas dele, enfiando mais, gemendo baixo, a boca próxima do ouvido da cadela.
— Esse cu é meu. Mas hoje eu divido.
E então começou a foder. Socadas profundas, ritmadas, com a brutalidade de quem não fodia há semanas. As bolas batiam contra aquela bunda redonda com estalos secos. O som da carne contra carne ecoava pelo galpão como um tambor de guerra. Renan gemia com a boca fechada, a testa colada no chão, o cu latejando, pingando de excitação.
Os outros soldados se aproximaram. Um agachou na frente dele, puxou seu rosto pela mandíbula e o obrigou a abrir a boca. Não disse uma palavra — só meteu o pau direto na garganta, enfiando com brutalidade, afundando até fazer os olhos dele lacrimejarem.
Agora era isso: cu fodido por trás, garganta estuprada na frente. Uma dupla penetração de puro domínio, onde Renan não era mais recruta — era recipiente. Era bicho. Era utilidade.
— Que porra de cu é esse? — sussurrou um dos soldados, se masturbando ao lado, os olhos fixos naquele rabo empinado que já começava a ficar vermelho de tanto ser socado.
— Essa bunda foi feita pra isso — respondeu outro. — Olha como abre... olha como engole.
O tenente gozou primeiro.
Enfiou até o fim, gemeu como um animal ferido, e jorrou lá dentro.
Sem camisinha. Sem aviso. Sem dó.
— Não limpa — disse, puxando devagar e dando um tapa forte no rabo de Renan, que estalou alto, deixando a marca da mão.
O soldado que socava a garganta também gozou. Dentro. Apertando a cabeça do recruta contra a pélvis, derramando tudo direto na goela.
Renan engoliu sem protesto.
Não havia intervalo. O terceiro já se posicionava atrás, lambuzando o pau com o próprio cuspe, sentindo a porra escorrer do cu ainda aberto, antes de meter com tudo. E meteu.
Metia como se o rabo fosse dele. E naquele momento, era.
Porque todos ali sabiam: aquela noite tinha dono.
E o dono era o rabo de Renan.
Porque naquele galpão, naquele quartel, a farda era só disfarce. A real patente se media no quanto se conseguia aguentar sem desmaiar.
E Renan ainda estava consciente.
Só começando.
Renan já havia perdido a noção do tempo. Não sabia se os minutos estavam passando ou se haviam sido engolidos por aquela maratona de carne e brutalidade. Seu corpo, outrora erguido com a rigidez disciplinada de um bom recruta, agora tremia sob o peso de investidas contínuas, os joelhos marcados pelo chão áspero do galpão e os cotovelos afundando no concreto com a pressão de cada novo corpo que o dominava. A respiração, antes controlada, rítmica, agora era um sussurro entrecortado, presa entre gemidos abafados e a tentativa falha de manter alguma dignidade no meio daquela cerimônia perversa.
A boca já estava dolorida. Os lábios, avermelhados e inchados, carregavam os sabores entrelaçados do suor dos soldados, do cheiro de virilidade crua, e do gozo que havia sido despejado sem cerimônia, sem pausa, sem hesitação. Havia uma violência implícita em cada rola que ele engolia, mas também uma devoção inevitável, um ritual silencioso onde seu corpo era a oferenda e seus sentidos, o templo profanado.
Enquanto mais um soldado tomava seu lugar atrás de si, a mão pesada pousando em sua cintura como quem segura firme o equipamento antes de usá-lo até o limite, Renan fechou os olhos. Havia algo de quase transcendental naquela repetição. Cada pélvis que se chocava contra sua bunda era uma afirmação de posse, uma sentença sem julgamento, e seu rabo, outrora tão protegido pelo tecido grosso da farda, agora era um território de domínio público, exposto, usado, lambuzado de porra quente que escorria pelas coxas como uma vela derretendo sobre carne morena.
A bunda de Renan, tão admirada em silêncio nos vestiários, agora estava em seu auge profano — avermelhada, marcada por dedos, mordidas, tapas, mas ainda firme, empinada, palpitante. Era um espetáculo à parte, não apenas pelo formato indecente e convidativo, mas pela forma como reagia a cada enfiada, como se o próprio cu tivesse vontade, apertando as rolas com uma força quase voluntária, contraindo e puxando, como se suplicasse por mais. Aquele rabo não apenas aguentava: ele servia com a fome de quem nasceu pra ser fodido.
Um dos soldados mais jovens se aproximou do lado, o olhar dividido entre respeito e tesão. O pau dele estava duro e latejante, mas a hesitação ainda pairava no jeito como segurava o próprio volume. Não era medo — era deslumbramento. O tipo de silêncio que só o verdadeiro desejo impõe.
— Vai esperar o quê? — murmurou o tenente, agora de pé, com o pau murcho escorrendo gozo no chão, o olhar cravado na bunda de Renan. — A fila anda. Bota essa porra dentro logo e mostra que tu é homem.
O jovem soldado engoliu seco, se aproximou e, com as mãos trêmulas, afastou as nádegas do recruta, revelando o cu já avermelhado, alargado, mas ainda pulsando. O calor da carne ainda úmida, misturada com o sêmen dos anteriores, fez o garoto gemer só de encostar a cabeça do pau ali. E quando finalmente empurrou, o corpo inteiro tremeu. Renan nem reagiu — apenas arqueou mais as costas, abriu mais, aceitou a rola como quem aceita um destino traçado.
O novato começou com investidas tímidas, mas bastaram três estocadas para que a natureza falasse mais alto. A fúria tomou o lugar da timidez e o cu de Renan foi invadido com força, sem misericórdia, com batidas que faziam os testículos estalarem contra aquela bunda imensa e suada. As mãos do jovem fincaram nas laterais das costas, puxando com gana, e a respiração virou arfada, animalesca, um grunhido involuntário que se espalhou pelo espaço abafado do galpão.
— Porra, isso aqui não é humano — ele sussurrou entre dentes, como se confessasse um pecado. — Esse cu puxa como se tivesse vida própria.
Renan sentia cada uma das falas, não com os ouvidos, mas com a carne. Sentia os músculos sendo rasgados, o esfíncter se distendendo até o limite e, ainda assim, faminto por mais. Era como se o próprio corpo tivesse se desconectado da mente e assumido o controle, decidido a provar que era mais que um recruta — era uma máquina de servir.
Atrás do soldado mais jovem, já havia outro se preparando. A rola na mão, cuspindo no punho, esperando a vez como quem aguarda um café forte. O ritmo não diminuía. A foda era constante, infinita, uma linha de produção do prazer sádico onde Renan era o único produto — e todos os homens ali queriam um pedaço, queriam deixar sua marca.
A essa altura, o chão já estava coberto de líquidos. A porra se misturava com o cuspe, com o suor que escorria dos corpos, formando uma película escorregadia que grudava na pele e deixava o ambiente ainda mais quente, mais sujo, mais real. Renan já não se apoiava com firmeza. O corpo começava a ceder, os braços tremiam, mas a postura permanecia — cu empinado, boca entreaberta, olhos virados, peito arfando.
O próximo veio mais grosso. A rola parecia um braço. A entrada gemeu ao ser forçada, o cu tentando resistir, mas cedendo, centímetro por centímetro, até engolir tudo. O soldado gemeu alto, jogou a cabeça pra trás, cravou os dentes na omoplata de Renan e começou a socar. E foi nesse momento que o recruta gozou pela primeira vez naquela noite, sem que ninguém encostasse no pau dele.
O esperma jorrou no chão, quente, espesso, num espasmo tão violento que chegou a desequilibrá-lo. E mesmo assim, não parou.
Porque naquela noite, gozar não era fim.
Era só mais um passo.
A fileira ainda era longa.
E Renan estava só no começo.
O galpão cheirava àquilo que não se lava. Estava impregnado de carne usada, de hormônio explodido, de fluido derramado sem culpa. O ar era tão espesso que mal se respirava — cada inspiração vinha com gosto de ralho, de suor vencido, de porra ressecada no chão. A meia-luz que escapava das lâmpadas sujas deixava sombras vacilantes nas paredes, projetando silhuetas animalescas que pareciam repetir, em looping eterno, o mesmo movimento: segurar, abrir, foder, sujar.
Renan estava entre elas. Um corpo curvado, vivo, ainda que tomado. O cu pulsava vermelho, inchado, escancarado, brilhando de sêmen que não parava de escorrer. A cada nova rola enfiada, um novo jorro preenchia o que já transbordava. E mesmo assim, o rabo abria — como se aquele buraco tivesse sido feito para não negar nada a ninguém.
Já não era só gozo que escorria — era a alma. A alma dele escorria, derretia, vazava pelas coxas. Não havia mais vergonha, nem controle, nem defesa. Apenas a entrega. Total. Absoluta. Suja. Sagrada.
O soldado de agora era diferente. Mais velho. Mais grosso. A barba cerrada, o peito cabeludo, o olhar de quem já tinha visto morte e sobrevivido pra foder depois.
— Esse rabo já é meu — murmurou ao se posicionar. — Mas eu quero ser lembrado. Quero abrir tanto que nem a farda consiga esconder.
Renan nem respondeu. Não podia. Estava com a boca cheia da rola de outro. Um terceiro que gemia baixo, afundando lentamente, segurando o cabelo suado da cadela e guiando a cabeça como se fosse seu brinquedo particular.
A rola do mais velho encostou de leve no cu. O esfíncter se abriu, ainda tentando resistir à largura absurda, mas cedendo, tremendo, dilatando centímetro por centímetro.
O som da penetração foi seco, molhado, grotesco. Um estalo orgânico, como se rasgasse tecido por dentro.
— Que porra de cu é esse, meu irmão — alguém falou mais atrás. — Essa bicha tá sorvendo rola como se fosse água.
Renan arqueou as costas. O rabo tremeu. A pica entrou inteira. E o homem começou a meter.
Não era sexo. Era destruição.
A cada estocada, o corpo era arremessado pra frente, como se fosse feito de trapo.
A rola batia fundo, pressionava o ponto mais profundo, esbarrava no limite do insuportável — e ainda assim, o cu pedia mais.
Se contraía, puxava, implorava com cada fibra pra não ser poupado.
Os gritos abafados de Renan mal saíam.
A garganta estava seca. A mandíbula doía. A respiração vinha aos pedaços.
E os soldados?
Babavam. Riam. Punhetavam. Mandavam ordens.
— Segura o rabo dele com as duas mãos.
— Abre mais. Mais. Isso, isso. Quero ver a porra saindo enquanto o outro mete.
— Bota essa bicha pra gemer alto.
— Passa a rola no rosto dele, esfrega no olho. Quero ele sujo, porra.
E vinham. Um a um. Dois ao mesmo tempo. Um no rabo, outro na boca, outro batendo punheta na cara.
O corpo de Renan virou objeto de fúria, depósito de esperma.
O rabo? Uma boca sem dentes, faminta.
A boca? Um ralo.
O peito? Uma tábua de sacrífico, onde o gozo batia e escorria, onde mãos deixavam marcas, onde dentes cravavam.
A cabeça girava.
Não de enjoo — de excesso.
De tanto prazer que parecia dor. De tanta dor que parecia bênção.
Foi quando o tenente voltou. Pelado. Com o pau de novo duro.
— Ainda tá de pé, cadelinha?
Renan mal conseguiu assentir.
— Já tomou gozo de quinze. Faltam cinco. Vai aguentar?
A resposta veio com o olhar. Um olhar sujo, vermelho, transbordando.
O tenente sorriu.
— Então aguenta, porra.
Com um gesto, chamou os cinco últimos. Todos ao redor do corpo largado.
Mandou um segurar os braços. Outro, as pernas. Um ficou com a boca. Dois se posicionaram atrás.
— Vamos batizar. — ele disse. — Esse aqui vai sair de dentro com mais porra do que sangue.
E veio a sequência final. Dois paus no cu. Um empurrando, o outro abrindo. Ao mesmo tempo.
A carne forçava, esticava, resistia.
Mas cedia.
Cedia porque queria. Porque precisava. Porque tinha fome.
Renan gritava agora.
Não gemia — gritava.
O corpo se arqueava.
O cu sangrava leve, misturado com o leite de tantos machos.
A garganta era fodida com força, o pescoço pressionado, o ar roubado.
O prazer? Devastador. Um clímax de dor, suor e gozo que o fazia delirar.
O tenente foi o último.
Enfiou de novo.
Segurou com força.
Enterrou até as bolas.
E gozou.
Gozou como se selasse um pacto.
Como se dissesse: Tu nunca mais vai ser homem. Agora tu é nosso. Pra sempre.
Renan desabou.
Mas sorriu.
Porque era.
Era deles.
Inteiro. Por dentro e por fora.
E porra era sua nova farda.