Meu nome tem cinco letras - DOIS - (03/18)

Um conto erótico de Gui Real
Categoria: Gay
Contém 1188 palavras
Data: 13/05/2024 08:37:24

T– Artur

Agora somos três novamente, acho que esse é um tamanho quase perfeito, preferia quando éramos quatro. Pedro liga toda semana e nós também ligamos pra ele toda semana. Chico disse de primeira a ele tudo sobre Jaime, ele e eu, ele comemorou conosco, Tomás também. Já são meses desde que estamos juntos, os nossos pais entenderam que Jaime estava deprimido demais com a viuvez e acharam ótimo ele vir passar um tempo conosco.

Setembro chegou com a promessa de vacina e toda a bagunça que os noticiários contavam. Tomás adoeceu, não do Corona, do coração. Os pais de Chico resolveram se mudar para o apartamento que foi meu e que depois foi Jaime. Eu tive de colocar o apartamento meu e de minha ex à venda ou pagar a parte dela, nós resolvemos pagar a parte dela, eu não queria, mas Jaime pergunta o que eu era para Chico e ele, foi ali que Jaime resolveu propor algo como formalizar a união de Chico e eu, mas nós dois achamos melhor não. Isso ia colocar Jaime noutro patamar, e a nossa história era a três ou era hora de ele ir embora para a casa dos pais dele. Jaime concordou, acho que ele está em um luto envergonhado de estar feliz.

Em outubro Pedro diz que Tomás estava se recuperando. Mas não estava.

Os dias se passavam comigo no quarto dando aulas, Chico no segundo quarto dando suas consultas e Jaime em audiências ou atendendo seus clientes no laptop sobre a mesa de jantar. Mesmo com tão pouco tempo com eles eu me sentia como se tivesse nascido para viver aquele mundo. Horas em que estávamos querendo matar uns aos outros devido ao isolamento e a tudo que víamos pela televisão, mas em quase cem por cento da horas era apenas vontade de beijar Chico e Jaime, e ver os dois de love por onde quer que estivessem.

Tentamos deixar o mínimo de atividades na sexta, assim, esse é o dia de fazer mercado, faxina e de telefonar para nossas famílias. Chico conta aos pais que, por Jaime não ser filho biológico deles, não era irmão biológico de Chico, e o beija de frente à câmera, a mãe manda serem discretos a sociedade tem regras muito punitivas. O pai deles fala uma frase desconexa e quando perguntado sobre o que achava sobre a revelação ele responde que não sabia do que estavam falando. Chico e a mãe conversam, ela não queria admitir, mas o marido dela estava abandonado a consciência, Chico disse que falaria com um grande amigo, eles trabalhavam no mesmo consultório, pergunta se ela lembrava de Dário.

Sábado de manhã abrimos o dia com Dário à nossa porta, era um homem especialmente grande, um ogro, não do tipo Shrek, mas do tipo Colby Jansen, Ryan Bones, o porteiro não perguntou se Dário podia subir, ele só deixou avisado. Era um sujeito absolutamente fascinante, e eu queria jogar ele de um avião sem paraquedas. A primeira coisa que ele fez foi me chamar de veado e meu apartamento de maloca. Chico e Jaime o abraçaram, Jaime parecia até menor naquele abraço, eu via em Dário o que ele era, um concorrente, um rival.

Ele chega em meu ouvido e diz que estava naquela fase permanente da vida que sente nojo de piroca e amor por boceta, os três riem, ele então pergunta se eu sei para onde estamos indo, ele manda (isso, não pede, não sugere, não negocia – ele manda) a gente colocar bermuda, boné, camiseta e óculos de sol. Uma hora depois estou na Marina da cidade para fazer meu primeiro passeio em uma lancha. Dele e dos irmãos dele, em alto mar, Dário se apresenta formalmente a mim.

Amigo de infância e de escola de Chico, eram e continuam sendo unha e carne, disse que aprendeu a gostar de água na piscina da casa de Chico, disse que no seu primeiro divórcio Chico estava presente, no segundo também, no terceiro Chico estava se divorciando. Ele pede desculpas aos dois por não ter estado presente, diz que o último desquite foi o pior, sem filhos, o único que não lhe deixou filhos, mas ela quase lhe leva a grana, se ele não tivesse provado que ambos eram infiéis, ela teria lhe levado metade dos bens, ele ria, estávamos pescando e bebendo cerveja, ele fica puto no meio da gargalhada e diz que foi a única que amou. Xinga a ex de piranha, prostituta, vagabunda, biscate e coisas piores. Os caras o apoiam, abraços, fico na minha, ele pergunta se eu gostava dos irmãos, eu digo que os amava, que eu morreria por eles, Dário ri, diz que não acredita, eu digo que estou cansado, pergunto se posso ir embora.

Porra, que clima chato, pesado, Dário dá uma recuada, pede desculpas, pergunta se posso aceitar suas desculpas e lhe dar mais uma hora para ele parar de agir como um babaca que bia em mim o cara que o afastou de seus amigos. Jaime fala que o que os separou foi a droga de uma pandemia, o grandão ri e diz que sim, mas agora dava pra ver que nós três éramos um clã, Chico prefere que ele use a palavra família, clã é mais gente, Dário diz que se não fosse pelo sexo, adoraria fazer parte dessa família, seus filhos morando no exterior e sem planos para voltarem, os irmãos cada vez mais voltados para a construtora... Ele entorna a cerveja e diz que se não fosse obrigado a comer cu de macho ia adorar fazer parte disso que nós temos.

Caralho, olho para meus maridos e naquele deserto ensolarado e líquido sentimos a mesma vontade juntos, foder bastante já e de preferência com Dário. Puxo Chico e o beijo, seguro no pau dele e depois enfio minha mão por dentro do short de Chico, ele se encosta de costas em mim, esfrega a bunda no meu pau e eu patolando meu macho, nós dois bebendo cerveja e beijando. Dário fica interessado, Jaime diz que vai mijar, procura ver a direção do vento e coloca o cacete pra fora, pergunta a Dário se podia ir para a parte de trás do barco, Jaime pergunta isso tirando o short completamente, Chico o segue, eu coloco a mão no ombro de Dário e digo que quero segurar o pau dele enquanto ele mija, Dário estava perplexo, abobalhado e parado, seguro o braço dele e pergunto se ele ainda vai mijar, ele me olha e eu não resisto e seguro a cabeça dele por trás, ele reage, touro bravo, xucro, agitado, ele me segura afastado com uma mão no meu peito, toma o resto da latinha e diz que se Chico gosta não pode ser tão ruim, ele me puxa pela camiseta segurando o tecido num nó entre os dedos, nós nos beijados, ele passa a mão na minha bunda, eu esfrego meu cacete na virilha dele, meto minha perna entre suas coxas, o puto estava de pau duro. Jaime morde minha orelha, Chico manda eu ir até ele, me separou dos dois e vou.

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