Trident de Melancia [15] ~ Ciumes

Um conto erótico de CELO
Categoria: Gay
Contém 15017 palavras
Data: 23/05/2024 21:55:45

O carro de Nando chegou ao Hospital Geral de Goiânia as três da manhã, Luis desceu apreensivo do carro e correu em direção à recepção deixando para trás um Nando amigável e Talles que assistia tudo em silencio. Luis entrou no hospital e sem olhar para os lados foi ate o guichê da recepção.

Luis: Escuta moça, tem um Kaio Almeida internado aqui?

Recepcionista: Só um momento, por favor, que eu já lhe atendo!

Luis: Moça pelo amor de Deus eu só quero saber se o meu irmão esta realmente aqui!

Marco: Luis!

Luis: Marco, meu Deus então é verdade, o que aconteceu com o Kaio me conta rápido!

Marco: Fica calmo ele está bem, só que ele foi atropelado...

Luis: Como isso aconteceu, quando sai de casa ele já estava dormindo, como ele conseguiu ser atropelado caralho?

Vic: É culpa minha Lú!

Luis: Como assim, desde quando você veio parar aqui Victoria?

Nando: Deixa que eu explique Vic.

Nando e Talles já estavam ali ao lado ouvindo a conversa, e aquele assunto parecia render muito.

Luis: Tá na cara que isso tem o dedo seu, canalha!

Nando: Pode escutar, por favor, garoto, eu não tenho nada a ver com isso... acontece que nós viemos do interior para a festa de bodas dos nossos avós, quando estávamos chegando o seu irmão chamou o Mateus praquela festa idiota e não sei o por que aquele idiota abandonou toda a família pra ir até lá, mas agora que sei que você estava lá posso entender isso...

Luis: Cara não me importa o que teu irmão faz, eu quero saber é do meu irmão!

Nando: Aff... você é chato mesmo cara... continuando... teu irmão, o Kaio, ligou para a Vic, como sempre implorando para voltar, depois de insistir bastante, a Vic disse onde estava, e o Kaio foi bater lá no salão de festas, fez um escândalo danado, como sempre a Vic brigou com ele e disse que não queria mais nada com ele, e ai foi que tudo aconteceu, ele saiu correndo e chorando, atravessou a rua sem olhar e um táxi pegou ele... Viu esperar não te custou nada resumi tudo bem rápido.

Luis: Se você sabia disso por que não me contou antes?

Nando: (risos) sua cara de preocupado é impagável, e também a situação em que estava metido quando te encontrei-me fez esquecer por que havia ido lá, e te contar ali, só iria te deixar preocupado e sairia correndo, e eu não queria ser responsável também por mais um acidente.

Logo um médico veio e disse que Kaio estava bem, mas teria que passar a noite em observação, Marco se prontificou a ficar ali com ele, pois, Luis estava fora de questão, pois ainda demonstrava embriaguez.

Luis: Então eu vou indo, qualquer coisa me liga Marco!

Marco: Pode deixar, você veio de carro?

Luis: Não, mas eu pego um taxi!

Nando: E onde fica a hospitalidade interiorana em Luis?

Luis: Que eu saiba isso aqui é a capital!

Nando: Você é mesmo um chato, ainda bem que o Mateus se livrou de você, mas aconteceu que não temos onde ficar, e eu não tenho condições de dirigir até o interior agora, tenho que dormir um pouco sabe?

Luis: E por que não vão para a casa do seu cunhado?

Nando: E atrapalhar a noite de amor de Leo e Mateus jamais, e também eu e seu irmão já não somos mais amigos, assim como um dia fui contra você e Mateus namorarem, hoje é contra o Leo que luto.

Luis: Tanto faz, fiquem lá em casa, não me importa. Mas esqueça o seu irmão enquanto estiver lá em casa... E você Talles vem com a gente?

Talles: Não mano, vou pra casa, a gente saiu sem avisar o meu irmão e ele deve ta preocupado, mas a gente marca de sair de novo, pode ser?

Luis: Claro mano, até qualquer hora em tão!

Luis e Vic entraram no carro de Nando, ambos no banco traseiro, assim que Luis sentou-se, Vic pediu para deitar em seu colo e começou a chorar, Nando olhava pelo retrovisor, mas nada dizia, mas seu semblante mostrava a preocupação que sentia em relação à irmã.

Luis: Por que disso agora Vic?

Vic: Eu me sinto tão culpada sabe, eu amo o seu irmão, mas é tanta coisa entre a gente, não dá, eu prefiro deixá-lo do que viver assim sabe?

Luis: Conta-me o que mesmo atrapalha vocês dois, que eu saiba não há um cunhado brutamonte, um irmão sacana, e toda sorte de infortúnio e armações.

Nesse instante Nando olhava novamente pelo retrovisor com cara de reprovação e culpa, Luis sentiu uma pontinha de satisfação em ver o que causava no ex-cunhado.

Vic: Pode ser que não Luis, mas há tantas outras coisas, como por exemplo, à distância, e outra o Kaio ta vivendo uma vida diferente aqui na capital, vive cercado de gente bem diferente de mim... uma bobalhona do interior, tem medo de perde-lo para outras garotas mais interessantes do que eu!

Luis: E por isso prefere perde-lo agora? Desculpa-me, mas te acho uma grande idiota, você está perdendo a chance de ser feliz, não importa se isso vai durar um mês inteiro, uma semana, um ano ou a vida toda, você deveria é viver essa paixão e ser feliz ao lado do meu irmão... e outra se fosse pra ele te trair ou te trocar por alguma outra garota você acha que ele já não teria feito isso, pelo que eu vejo o Kaio esta naquele hospital sofrendo por causa de você.

Vic: Você tem razão, mas não penso nisso agora, só quero mesmo é descansar, quem sabe o travesseiro me ajude a pensar bem nisso tudo que você me disse.

Já em casa Luis indicou o quarto de Kaio para Vic dormir, as fotos dos dois juntos colados na parede com certeza mexeram com o emocional da garota, Luis acreditando que Nando também já dormia, saiu de seu quarto e foi até a cozinha, enquanto pegava um copo de água na geladeira e surpreendeu com Nando sentado na mesa da cozinha.

Luis: Caramba cara, o que você faz ai no escuro, quase me matou de susto!

Nando: Desculpa, não foi minha intenção, a sua conversa com a Vic no carro me fez pensar em algumas coisas, e isso não me deixa dormir...

Luis: E por que não? Falei algo errado, ou você é contra meu irmão e ela namorarem?

Nando: Não pelo contrario, hoje em dia do maior força pro namoro dos dois, mas eu nunca consigo falar com ela ou com Mateus, eles tem me deixado tão preocupado, acredito que é tudo minha culpa...

Luis: Imagina!

Nando: Por favor, me deixa terminar, talvez não tenha, mas coragem pra falar isso, eu sei que agi errado em relação ao relacionamento de vocês dois, mas tente compreender o que eu sinto sobre isso, eu sempre fui o pai do Mateus e da Vic, nossos pais sempre foram tão ausentes, e eu desde novo assumi todas as responsabilidades do lar, quando descobri que o Mateus era gay me senti incapacitado, era como se eu tivesse errado na educação dele, e tentei impor minhas vontades, acontece que tudo deu errado, todos os meus passos só feriram o Mateus e aqueles que estavam ao meu redor, e hoje eu tenho mais certeza disso, estou passando por tantos problemas em casa com os dois que já não sei mais o que fazer.

Luis: Que tipo de problemas?

Nando: Essa historia da Vic de terminar com o teu irmão na verdade é uma farsa, a Vic esta passando por sérios problemas médicos sabe, ela foi diagnosticada com bulimia, ta fazendo terapia, mas nada surte efeito entende. E o Mateus, esse é o que mais me preocupa desde que ele começou esse namoro com o Leo, ele tem faltado às aulas na faculdade, sai constantemente com ele e até sozinho, tem uns amigos nada legais que só andam com ele por que sabem que ele tem muito dinheiro. E a mais o menos uma sema descobri nas gavetas dele uma trouxa de maconha, eu até perguntei se era dele e ele me disse que estava guardando para um amigo. Antes eu tinha autoridade sobre ele, mas hoje cara eu nem o reconheço, ele simplesmente me ignora, e eu já apelei até mesmo pra agressão física, mas nada surte efeito.

Luis: Cara eu nem sei o que falar sobre isso, confesso que estou surpreso com essas notícias, não imagino o que levou os dois a este ponto...

Nando: Eu sei cara, isso tudo é culpa minha sempre me achei no direito de cobrar deles o que nossos pais deviam cobrar, eu impus sobre eles a minha vontade, proíbe os dois de viverem conforme desejavam e só acabei com o psicológico dos dois, é ate compreensível que isso acontecesse não é?

Luis: Cara se culpar não vai solucionar tudo isso, você precisa é agir, busque conversar com eles, mas sem discutir, tente ouvir o que eles tem a dizer, quem sabe a partir daí você vai ter uma ideia do que fazer.

Luis não esperava pelo que aconteceu depois, Nando levanto-se e caminhou até onde ele estava, pegou-o pela mão puxando-o para junto de si e em um abraço forte colou o corpo dos dois, as lagrimas molhavam o ombro de Luis, e por mais que isso até assustasse o rapaz, deixou-se abraçar pelo ex-cunhado e inimigo, e por mais que durasse aquele abraço era tudo que ele e Nando precisavam naquele momento, era caloroso, era lindo e mostrava a ambos que os dois ainda eram importantes.

Luis caminhou em silencio ate o seu quarto, seu coração estava acelerado, um sentimento estranho brotava em seu interior, um sentimento quente, agradável e estranho, era difícil entender o que era aquilo que Nando provocava agora, há pouco tempo um ódio irreconhecível dominava Luis por inteiro, mas agora um carinho diferente, um desejo de acalentar, de segurar o rapaz no colo e consolá-lo. Luis deitou-se e agarrado ao seu travesseiro adormeceu pensando em tudo que Nando havia dito, principalmente sobre Mateus, não conseguia ver o seu ex-atual amado envolvido com coisas tão pesadas como drogas.

Será que ele era culpado por aquilo. Seria seu irmão Leo uma pessoa tão má influencia para Mateus ou tudo aquilo não passava de armação de Nando? Não, isso era impossível aquele brutamonte jamais saberia fingir tão bem, aquelas lágrimas não eram falsas, não, Nando não era ator para bancar tamanho teatro.

A tarde corria alta quando Luis acordou com o barulho do telefone, foram dois toques e o silêncio reinou, imaginando que não havia ninguém em casa correu para ver no identificador de chamadas o numero que havia ligado, ao chegar na cozinha um aroma delicioso o dominou, fazendo recordar dos dias que passou no interior, na mesa posta, varias comidas diferentes e uma garota loira vestida com apenas uma camiseta cozinhando no fogão.

Nando: Acordou bela adormecida?

Luis: Como é, vocês ainda estão aqui?

Vic: Desculpa Luis, eu queria ter ido embora, mas o Nando preferiu esperar o Kaio sair do hospital, e também tua tia nos convidou para ficar e almoçar.

Luis: E cadê aquela velha louca?

Nando: Pois acredite tua tia deu o golpe, convidou a gente pra almoçar e sumiu no mundo, tive que cozinhar quase tudo...

Luis: Você cozinhando? Meu Deus me livre de morrer envenenado na minha própria casa!

Nando: Você esta por fora camarada eu sou um perfeito mestre cuca, e também minha maninha linda me ajudou.

Luis: Falando nisso Vic, teve noticias do meu irmão?

Vic: Tive sim, Marco acabou de ligar, dizendo que ele já recebeu alta e iria pegar um taxi pra casa.

Luis: Ótimo, então vou voltar pra cama e dormir mais um pouco...

Nando: Nem pensar meu filho, tu vai é tomar banho e arrumar essa juba louca e nos fazer companhia!

Luis: E quem tu pensa que é pra mandar em mim em meu filho!

Nando: Você vai ver quem sou eu seu moleque!

Nando correu até Luis e o pegou pela cintura, levantando-o e carregando-o para o quarto, Luis tentava se soltar a todo custo, e gritava por socorro, enquanto Vic apenas sorria da situação.

No quarto, Nando tentava tirar as roupas de Luis e este apenas ria.

Luis: Para Nando, desde quando te dei essas liberdades?

Nando: Você nunca me deu abertura nenhuma, garoto, se tivesse estaria perdido!

O sorriso malicioso de Nando junto com o olhar safado assustava Luis, mas também lhe dava um desejo incontrolável de ver até onde iria aquelas insinuações.

Luis: E se tivesse dado o que você faria Fernando?

Nando: Um dia te conto rapaz, mas hoje acho melhor você ir tomar logo esse banho antes que eu lhe dê uma surra.

Luis: Sei como são pesadas as suas mão menino, não precisava falar duas vezes!

Luis tirou a roupa na frente de Nando ficando apenas de cueca e saiu em direção a porta do banheiro, Nando estava sentado na cama do outro rapaz, Luis queria provocar Nando e ver se suas suspeitas eram verdade, mas a única coisa que conseguiu foi um tapa forte na nádega direito, assustado com tal atitude virou-se imediatamente e viu um Nando se desmanchando em risos, aquele homem ali era bem diferente do que conhecia, em nada parecia com o brutamonte preconceituoso conhecido no passado.

Quando saiu do banheiro não encontrou Nando no quarto, vestiu-se e saiu em direção a sala, Nando, Vic, Marco e Kaio estavam sentados na sala, o papo era animado entre eles, ver Kaio bem e sorrindo daquela fora era de tamanha felicidade que mal se aguentou, correu até o rapaz e o abraçou apertado, espremendo-o contra o peito.

Kaio: Porra mano, assim tu me quebra, to todo dolorido ainda fera!

Luis: Eu devia era lhe dar uma surra seu merda, você agiu muito mal ontem, como me apronta uma dessas porqueira.

Emilia chegava naquele instante e rapidamente começou a ralhar com os

rapazes.

Emilia: Deixa de ser chato garoto, pare de incomodar o teu irmão, por que não convida a todos pra almoçar e nos serve em meu calanguinho de parede desbotado?

A risada foi geral, o apelido de Luis, sempre era motivo de muita garra e gozações, e Nando foi o que mais se surpreendeu com a alcunha recebida.

Nando: Calanguinho de parede desbotado é foda em mano?

Luis: Cala a boca carrapato de touro de exposição agropecuária!

Marco: Vixe!

Vic: To vendo que a criatividade em apelidar é de família!

Após o almoço, Vic e Nando foram embora, Mateus havia ligado avisando que os esperaria em um terminal próximo a casa de Luis.

A surpresa de Mateus foi perceptível mesmo pelo telefone, Luis chegou a suspirar de alegria, ao ouvir a conversa de Nando e Mateus, e desejou muito ver a cara dele ao saber que agora Nando era seu amigo.

Kaio e Vic conversaram muito antes de se despedirem com um selinho, a garota parecia mais radiante ao abraçar Luis e agradecê-lo por ter a ajudado a se encontrar.

Aquele fim de semana passou sem grandes acontecimentos, Luis terminou sua noite assistindo Fantástico mais a família, Kaio estava feliz por que finalmente havia reconquistado sua namorada, Marco também exalava alegria, sua briga com Kaio finalmente havia acabado e Luis, este ainda tentava entender como sua vida tinha dado aquela guinada de trezentos e sessenta graus de uma hora pra outra.

Na manhã seguinte Luis estava parado em frente ao seu trabalho, criava coragem para encarar Fred, temia que Saul tivesse contado sobre a briga no estacionamento, e alem de tudo havia praticamente raptado seu irmão caçula.

Ainda receoso entrou no escritório e tudo parecia na mais perfeita ordem, Fred ainda não havia chegado, mas havia vários recados para Luis, algumas reuniões importantes aconteceriam naquele dia e cabia a Luis organizar as salas e toda a papelada.

O dia passou rápido, Fred quando chegou cumprimentou o jovem da forma mais cordial possível, e o dia todo não dirigiu palavras de inimizade a Luis, mas também não houve brincadeiras como as que ocorria antes daquela fatídica noite.

O expediente foi encerrado um pouco após o horário habitual, Luis desligava o computador quando Fred entrou na sala, fechou-a atrás de si e ali permaneceu encarando Luis, o rapaz temia pelo pior, e não ousou puxar assunto com o patrão e amigo.

Fred: Quando você ia me contar em garoto?

Luis: Co... co... contar o que Fred?

Fred: Para né Luis, eu sei o que aconteceu aquela noite lá na boate, o Talles me contou... se bem que ontem o único assunto dele ontem era você e o tal de Nando... eu preferia saber de você isso, e não ouvir fuxicos, nós somos ou não somos amigos caralho?

Luis: É claro que somos Fred, mas tenta entender isso não é uma coisa que se conta assim do nada...

Fred: Você não confia em mim não é, bem que o Leo falou...

Luis: O que aquele merda disse sobre mim?

Fred: Não importa Luis, só que se você tava passando por isso podia ter ido e me contado, achou mesmo que iria estragar minha noite me contando o que aconteceu com o seu irmão, porra eu teria ido com você, mas não tu pediu ajuda pro Talles tu conheceu ele tinha poucas horas e já tava intimo dele, cara to chateado!

Luis: Aff... era isso?!

Fred: E tem mais?

Luis: (Risos) Não fera, ta tranqüilo eu deveria ter te ligado depois que vi o Kaio bem, mas foi tantos acontecimentos que me esqueci, cara tu é meu brother mas o Talles tava lá no estacionamento e foi só por isso que chamei ele.

Fred: Sei, mas não te perdoou cara...

Luis: Pôh, faz assim não mano, me diz vai o que tenho que fazer pra você me desculpar?

Fred: (risos) Então me promete que vai aceitar um convite meu?

Luis: Me diz o que é, e eu penso se aceito!

Fred: Então não te desculpo, run!

Luis: Ta eu aceito ir, prometo que vou onde você quiser!

Fred: Beleza, então é o seguinte, tu sabes que quinta-feira é feriado aqui na cidade, então, eu e a Sanmia estamos planejando um feriadão lá na minha chácara próximo a Senador Canedo, então to convidando você e toda tua família...

Luis: Espera mano, me diz quem tu ta pensando em levar?

Fred: Uai, até agora somos eu, você, Sanmia, da tua casa são mais três certo, ainda tem o Talles, o Saul e tava pensando em chamar o teu irmão Leo e aquele amigo dele o Mateus se não me engano!

Luis: Então sinto muito mano, não dá pra ir não!

Fred: Mas por que mano?

Luis: Não consigo viver no mesmo ambiente que o meu irmão e o Mateus, se eles forem sinto muito não da pra mim!

Fred: Se for isso pode deixar que eu não os convido, a Sanmia também não gostou muito desse tal de Mateus, ele é muito estranho.

Luis: Você nem imagina o quanto!

Fred: Tem mais alguma reivindicação meu amigo?

Luis: Só mais uma, queria sua permissão pra chamar a minha cunhada Vic e o irmão dela o Nando!

Fred: Perfeito mano pode chamar sim, to a fim de conhecer esse Nando, o Talles não sabe onde coloca todas as qualidades deste rapaz!

Luis: Vic e Nando são irmãos do Mateus, eles também não gostam do Leo...

Fred: Tá certo, mas tem uma condição quando voltarmos, quero que me conte o que motiva toda essa rivalidade entre você e Leo, pode ser?

Luis: Vou pensar te prometo que vou pensar!

Luis voltou pra casa muito animado e aliviado, saber que tudo ainda permanecia bem entre ele e Fred o alegrava, e a esperança de um fim de semana tranqüilo no campo ao lado de seus amigos era com certeza a melhor idéia de felicidade.

Em casa, Luis comunicou a todos o convite de Fred, Emilia foi a primeira a negar, já havia feito compromisso com a irmã Laís e não havia como desmarcar, Marco e Kaio ficaram super animados com a idéia principalmente Kaio ai saber que o convite se estendia a Vic, queria ligar e contar o mais rápido possível, mas Luis pediu para que ele fizesse isso.

O telefone chamava e Luis, respirava buscando coragem para falar com Nando.

- Alô?

Luis: Alo o Nando esta, por favor?

- Esta sim, vou chamá-lo... escuta quem é que deseja falar com ele?

Luis: Fala que é o Luis Carlos!

- Luis! É você? O que você quer com o meu irmão?

Luis: Mateus?!

Nando: Porra Mateus, ele disse que quer falar é comigo fera, larga esse telefone!

Luis ria por dentro ouvindo Nando brigar com Mateus.

Nando: Fala mermão o que tu manda?

Luis: É o seguinte, tenho uma pergunta pra te fazer...

Nando: Faça meu amigo!

Luis: Diz ai tu ainda namora a Laila?

A risada de Nando do outro lado da linha deixou Luis mais nervoso ainda e até meio gago.

Nando: Porra, ta rápido em Luis, mas eu não to namorando aquela lá não, terminamos faz dois meses, mas diz ai por que tu ta perguntando?

Luis: Tipo assim é por que se você tivesse namorando não teria como aceitar meu convite!

Nando: Faz assim, pede ai e eu vejo se aceito!

Luis: Tipo nesse feriado eu e meus irmãos vamos pra um sitio em Senador Canedo mais um colega de trabalho e gostaria de convidar você e a Vic...

Nando: Opa pode contar com a gente, amanhã mesmo estamos ai na tua casa...

Luis: Mas não vai perguntar a Vic primeiro?

Nando: Não é preciso, ela já queria ir pra tua casa mesmo!

Luis: Então faz assim, na quarta-feira tu vem a tardinha que na quinta bem cedo a gente ta saindo!

Nando: Poh, na quarta, eu queria ir amanhã mano!

Luis: Aff... faz como quiser, mas amanhã e quarta eu ainda trabalho, e os meninos vão pra escola, tu vai ficar sozinho....

Nando: Sozinho nada fera, e a Vic é o que? E também quero aproveitar pra fazer umas comprinhas!

Luis: Ta certo, então vou deixar a chave com o porteiro e a autorização pra vocês subirem. Então até mais!

Nando: Até fera e valeu pelo convite!

Luis desligou o telefone e contou a todos sobre os amigos que viriam no dia seguinte, mesmo sem dizer nada Marco e Kaio estranhavam essa nova amizade entre Luis e Nando, mas o sorriso de Luis impedia qualquer interrogatório, fazia tanto tempo que ele não era alegre o tempo todo, que nada justificava destruir isso.

No dia seguinte, Luis levantou mais cedo, e deu carona para Marco e Kaio, Emilia fez suas malas e foi antes para a casa da mãe de Luis, iria deixar o quarto para Vic.

No trabalho Luis transmitia alegria o que fazia o tempo passar rápido, após o almoço Fred entrou na sala de Luis falando no telefone, ria muito, mas seu olhar parecia de tristeza.

Fred: Aném mano, liguei pro pela saco do Marcelo e convidei ele pra ir com a gente, tu acredita que ele disse não?

Luis: Eita mais ele é burro mesmo em?

Fred: Mas também na cidade onde ele ta morando não é feriado e o idiota não quer faltar no serviço.

Luis: Tudo bem, se é por isso, não tem como implicar com ele né?

A semana passou rápido para Luis, a presença de Vic e Nando em sua casa só lhe causa alegria, o rapaz todos os dias ao chegar do trabalho era recebido por uma família alegre e cheias de historias para contar, o namoro de Kaio ia muito bem, e Vic não demonstrava nenhum sintoma que apontasse os problemas narrados por Nando.

Finalmente era quinta-feira e a turma acordou bem cedo para ir de encontro a Fred, Nando dirigia seu carro e tinha ao seu lado Luis como passageiro, atrás Kaio e Vic estavam grudados em um beijo eterno, e Marco com um bico enorme ouvia musicas em seu ipod no ultimo volume, diante do prédio de Fred Luis avistou o amigo junto com sua noiva Sanmia, seu irmão Talles e o cunhado Saul.

Fred: Iai meu irmãozinho, preparado para um super findi comigo e o pessoal? Fred abraçou Luis e lhe deu um tapinha leve na bunda, logo atrás ainda no carro, Nando fechava a cara, logo ali ao lado Saul sacava os olhares de Nando para Luis, e começava a imaginar uma vingança contra os dois.

Luis: Opa e como... o povo feio desce do carro ai pra conhecer nossos anfitriões, parecem bichos do mato...

Nando: De certa forma, é o que somos parceiro, mas se isso te incomoda os bichos aqui voltam pro mato de onde vieram!

Fred: Pelo jeito ranzinza você é o Nando certo? Prazer sou o Fred!

Nando: Então finalmente te conheço... me parece que você tem grande influencia sobre os irmãos Almeida não é?

Fred: Como assim?!

Nando: Oras tanto Leo quando Lui te adoram e sempre te elogiam sem precedentes...

Talles: Fala ai Nando tudo beleza velho!

Talles sentiu a tensão no ar, estava na cara a raiva que Nando sentia de Fred em relação a amizade dos dois, mas de certa forma ele não era o único, Talles também sentia um certo desapontamento em ver Luis e o irmão tão próximos, nunca havia visto o irmão admirar tanto outro rapaz como agora mostrava idolatrar Luis.

Após feita as apresentações Nando na direção de um carro e Fred no outro seguiram rumo ao interior, preparados e munidos do que a de melhor para se passar um feriado prolongado como aquele.

Era por volta das dez da manhã quando a turma chegou ao sitio de Fred, era uma casa muito grande localizada ao pé de uma serra muito linda, um campo de futebol ao lado, e duas piscinas com raias olímpicas.

Fred: Bem vindos ao Sitio do Pica pau amarelo!

Kaio: Nossa que originalidade!

Fred: (risos) Fazer o que, minha avó era pouco criativa...

Sanmia: Vic vem comigo, vamos nos aprontar estou louca pra pegar um bronze você me acompanha?

Vic: To dentro!

Saul: Vou pra sauna!

Fred: O resto me segue que eu vou indicar os quartos de vocês!

Depois de instalados em seus respectivos quartos, e Talles constatou que teria que dividir o quarto com Marco e Kaio, ao contrario do que desejava que era ficar o mais próximo possível de Luis, que acabou ficando no mesmo quarto que Nando.

Fred dividiria o quarto com o cunhado mala sem alça.

Kaio: opa eu vou cair na piscina é agora, to louco por uma natação faz tempo...

Marco: Nem me fala, da uma saudade do interior, de nadar com a turma no rio...

Talles: Opa, sem querer estragar o momento nostálgico, mas aconselho vocês a serem rápidos antes que meu irmão comece a delegar funções e coloque um de vocês responsável pela churrasqueira, ou vocês acham que a Sanmia realmente precisa se bronzear?

Marco: To ligado, então é pra já vamos pra piscina!

No quarto ao lado, Nando estava deitado na cama sem camisa e usava os braços como apoio, Luis arrumava suas coisa no armário a ele designado, o silencio já havia se tornado incomodo quando ele resolveu quebrar todo aquele clima e mergulhar sobre Nando.

Luis: Banzaaaaaaaaiiiiiiii!

Nando: Porra que merda é essa!

Luis: Tu fica ai com essa cara de mula sem arreio, tinha que te fazer acordar pra vida não é?

Nando: Mula sem arreio? Porra tu é foda mesmo!

Luis: Uai então me conta o que você tem pra ficar com essa cara amarrada ai? Não foi com a cara do Fred ou da família dele?

Nando: Não é isso, mas é que...

Luis: Que?

Nando: Que... eu... tipo... não gostei... de... de... você e o Fred juntos!

Luis: (risos histéricos) Caramba mano nada a ver isso, eu e o Fred somos só amigos... mas vem cá o que você tem a ver com isso... ta com ciúmes de mim?

Nando: Não viaja meu querido, mas eu acho estranho você que vivi dizendo que ainda ama o meu irmão ficar se agarrando a qualquer um...

Luis: Faça-me o favor né Nando? Eu não te devo nenhuma explicação e outra o teu irmão me deu um pé na bunda, eu não vou ficar esperando que ele se toque e volte pra mim certo?

Nando: Tá cara, me desculpa sei que não devo te exigir nada, já que tenho culpa nesse rompimento...

Luis: Alto lá, você não é culpado em nada, foi teu irmão que quis terminar... ele aproveitou minha mudança pra capital pra poder ficar com o Leo, nem você, nem Laila tiveram culpa... a propósito, por que vocês dois terminaram?

Nando: Cara tu bem sabe que eu e ela jamais namoramos de verdade, todo o nosso lance sempre foi motivado pelo romance entre você e o Mateus, quando vocês se separaram por conta própria, não havia mais motivos para continuarmos juntos, pela Laila nós ainda tínhamos que continuar agindo, mas eu me recusei, foi ai que ela te enviou aquelas fotos do Leo com o Mateus, cara me imaginei no teu lugar, caso uma ex-namorada minha me trocasse pelo meu irmão e terminei de vez com ela, e desde então não tenho mais noticias dela.

Luis: Sei que eu errei com ela, mas estava muito puto da vida naquele dia, primeiramente por culpa do Mateus que desconfiou de mim e do meu melhor amigo, depois ainda havia você e a surra que me deu... saiba que tu tem um soco muito forte!

Nando: (risos) Cara, eu nunca me desculpei com você...

Luis: Esqueci isso meu querido, o passado fica no passado, não vamos remoer isso certo, vamos viver esse momento de paz e felicidade...

Fred: Ou vocês já terminaram de namorar... posso entrar?

Luis: Vai à merda Fred... entra ai!

Fred: Vai à merda? Quem é você e o que fez com o Lui?

Luis: E pode ir esquecendo a formalidade, não estamos no escritório e aqui mesmo sendo tua casa, não é o escritório seu fdp!

Fred: Agora sim, tamo sendo amigos de verdade... falando nisso, to precisando de alguém pra cuidar do churrasco quem se oferece?

Nando: Pode esquecer, sou convidado aqui, então meu querido tu cuida da carne!

Fred: E você meu miguxo do coração, ocê cuida da carne pro seu Fredinho?

Luis: (risos) Vai nessa mano, também sou convidado, então não me fode e cuida melhor dos seus convidados.

Fred: Aff...

Nando e Luis saíram do quarto rindo muito, deixando um Fred com uma tromba maior que a do Dumbo, na piscina Kaio, Talles e Marco se divertiam muito jogando água nas duas meninas que tentavam se bronzear.

Era finzinho de tarde, na piscina estavam apenas Luis, Nando, Talles e Saul, os outros jogavam vídeo game na sala, Luis conversava com Talles, enquanto Nando e Saul jogavam baralho em outro lado da piscina.

Talles: Me diz Lui esse Nando ai ta afim de você não é?

Luis: Sei lá mano, nem credito nisso sabe, eu e o irmão dele éramos namorados e ele sempre foi encucado com isso, agora que a gene tem uma relação mais amigável...

Talles: Sei não em, ele é muito cuidadoso com você, já vi varias demonstrações de ciúme, eu acho sim que ele ta bem afim de você!

Luis: Nada a ver ele mesmo me disse que faz isso por que deseja que eu e o irmão dele voltemos, é só preocupação ele quer é se redimir diante de tudo que ele armou contra mim no passado!

Nando olhava de longe a conversa dos dois rapazes, e estampava um cenho cerrado que demonstrava todo ódio que sentia naquele momento, Saul que assistia a tudo, não pensou duas vezes antes de destilar seu veneno sobre o brutamonte ali na sua frente.

Saul: Eita que o Talles não perde tempo mesmo, já ta caindo matando no Lui, é questão de tempo até ele conseguir o que deseja.

Nando: O que você ta querendo dizer fera, se isso for pra mim é melhor que seja claro entendeu!

Era possível sentir toda a tensão nos ombros de Nando, e o sangue que começava a ferver por seu corpo o deixava vermelho, era impossível negar agora que ele sentia ciúmes em relação a Luis, e aquilo para Saul era perfeito, iria se vingar do rival, e talvez ate conseguisse reconquistar o gato loiro que tanto desejava.

Saul: Nada velho, só que você sabe que tanto o Lui quanto o Talles são gays, e não é segredo pra ninguém que o Talles ta afim dele, e pelo que eu to vendo ali, o Lui também deseja ficar com ele...

Nando não disse nada, apenas levantou-se, saiu da piscina e seguiu andando em direção a parte de traz da casa, ao passar próximo a Luis e Talles, o olhar dirigido a Talles foi esmagador, tanto que o próprio rapaz sentiu a fúria do outro atravessar-lhe o peito.

Talles: Puttz, se ele fosse o super homem estava morto agora, que olhar foi aquele?

Luis: E eu que vou saber... não entendo esse cara!

Talles: Tá na cara que ele ta com ciúmes de você Lui, e se eu fosse você ia atrás dele e resolvia logo de uma vez.

Luis: Vou fazer isso agora...

Quando o alcançou a sua frente estava um homem que tremia de raiva, com os punhos cerrados Nando golpeava uma árvore, seus dentes rangiam pela força colocada, Luis temeu se aproximar do rapaz, já havia sentido o peso de seu punho uma vez, e senti-lo novamente seria o mesmo que assinar sentença de morte.

Luis: Nando?!

Nando: O que você quer aqui, por que não fica lá com o seu namoradinho...

Luis: Isso tudo é por causa do Talles? Faça me o favor meu querido, e depois diz que não tem ciúmes de mim...

Nando: Ta insinuando o que rapah, ta me chamado de gay? Você acha que todo mundo é bichinha assim como você?

Luis: Cara escuta o que você ta dizendo, você ta agindo exatamente como fazia antes, só que eu te digo uma coisa, eu não sou o Mateus, se fazer o mesmo que fez com ele, juro que vou pagar da mesma forma.

Nando abaixou a cabeça, e ficou em silencio, Luis estava furioso, não iria aceitar que Nando agisse assim com ele, não mesmo, já havia cansado de ser vitima de preconceito, e não permitiria que Nando uma pessoa tão perigosa lhe ferisse fisicamente ou psicologicamente novamente.

Nando: Cara me desculpa (soluços) eu meio que fiquei furioso ao te ver de conversinha com aquele escroto...

Luis: Ciúmes cara, isso se chama ciúmes!

Nando: Nada a ver cara, foi aquele merdinha do Saul que ficou me falando merda saca?

Luis: Nando eu te falo uma coisa, se for pra ficar sempre assim que me ver conversando com um homem, sinto muito a gente não tem como ser amigos, eu não consigo ser apenas teu amigo, odeio esse seu comportamento possessivo, então cara acho que você poderia ir embora pra evitar novos desentendimentos.

Nando: Claro que você acha que devo ir embora, por que se eu for, você vai poder levar aquele branquelo azedo pro nosso quarto e curtir o sexo selvagem né não? Tu vai sentar na vara dele, rebolar, quicar que nem uma puta no cio... Luis não pensou duas vezes antes de socar a cara de Nando com toda força que conseguiu reunir, o golpe foi certeiro e Nando surpreso quase caiu, o rapaz espantando com a atitude de Luis apenas chorou enquanto massageava o local golpeado.

Luis: Desculpa cara, me perdoa, eu não queria te machucar, só que você ficou falando tanta merda, que no impulso eu tive que revidar...

Nando: (choro) Eu é que tenho que te pedir perdão, você esta certo, eu não tenho direito de te ofender, e esse murro não chega nem perto de todos que já te dei, e não se preocupa amanhã cedo eu vou embora, e juro que não vou mais te incomodar...

Luis não disse mais nada a Nando, apenas virou-se e saiu dali, não queria prolongar aquela conversa, sabia que Nando não era quem ele imaginava, e sentia que toda aquela ilusão que criou no peito não daria frutos, apenas dor e mais angustia, em sua cabeça uma única certeza martelava, qualquer membro daquela família era uma decepção e uma grande angustia e seu julgamento em relação aos homens que apareciam em sua vida era a mais errada possível.

Luis: (pensamento) Como eu fui bobo em pensar que ele sendo irmão do cara que bagunçou toda a minha vida poderia ser a pessoa que me faria feliz, que eu desejaria ter ao meu lado, como eu queria poder apagar de vez essa família da minha vida.

Luis voltou para o seu quarto e entrou no chuveiro precisava esfriar a cabeça e colocar todas aquelas duvidas no lugar, era difícil se ver novamente sofrendo por um homem, por que não se apaixonar por aqueles que sentiam alguma coisa por ele, por que não ficar com Talles que era um homem lindo, educado e demonstrava interesse nele? Pelo contrario como sempre Luis se interessava por aquele que nada tinha a oferecer a ele, e Nando era mais uma decepção, era mais um que o encantará e agora o deixava sofrendo.

Ali no banheiro Luis demorou bem mais que o habitual, mas suas preocupações não sumiram junto com a água que descia pelo ralo, pelo contrario mais pensamentos ruins e dores dominavam o seu coração.

Quando desceu novamente para sala encontrou toda a turma reunida em volta da mesa jogavam Uno e bebiam cerveja, a alegria no rosto de todos contrastava com a de tristeza de Luis, mais o que o assustava era a expressão que via facilmente no rosto de Nando, para alguém que havia brigado com a possível pessoa amada.

Marco: Luis vai jogar com a gente?

Luis: Sei não mano, faz tempo que não jogo uno nem me lembro como se joga isso!

Kaio: Deixa disso mano, a gente jogava direto lá em casa, vamo entra ai, quanto mais gente melhor...

Fred: Isso vai lá parceirinho senta ai, pega uma gelada e vamos nos divertir.

Luis acabou aceitando o convite dos amigos e procurou um lugar para sentar-se, mas o único lugar desocupado era ao lado de Nando, pensou em voltar atrás e negar o convite, mas pensou melhor e viu que fugir só iria aumentar mais sua dor, o melhor mesmo era encarar esse homem de frente e superar toda aquela situação.

A noite passou rápido, entre um gole e outro os amigos se divertiam, do jogo de uno, passaram a uma disputa de vídeo game, uma mini copa do mundo no play3 de Talles, era tudo tão bem organizado, cada um dos rapazes tinha uma seleção mundial, e o jogo virou a madrugada, Sanmia e Vic após um período assistindo toda aquela brincadeira resolveram dormir, os palavrões e gritos que a turma dava era incrivelmente constrangedor.

Luis jogava com a seleção da Austrália e havia eliminado nas semifinais a seleção da Argentina de Kaio e iria enfrentar na final a seleção de Fred, a África do Sul que havia ganhado da seleção do Brasil de Saul, Nando, Marco e Talles foram eliminados devido o tão bêbados estavam.

Durante a partida Luis saiu na frente marcando um gol em Fred, os gritos foram ouvidos de longe, o álcool fazia efeito rapidamente.

Luis: Tomaaaaaaaaaaaa otário, aqui quem manda sou eu fdp, vamo mostra ai do que tu é feito!

Durante a comemoração Nando muito bêbado abraçou Luis, o que constrangeu o rapaz que mesmo bêbado não havia esquecido a briga de mais cedo, e aquele abraço poderia significar muito mais do que a felicidade em ver o gol.

Aquele abraço mexeu com Luis, e o deixou todo errado, o que culminou em dois gols seguidos de Fred.

Fred: (risos) Pronto, desafiou o deus do futebol aqui, agora aguenta vou meter bola e tudo em tu manezão!

Depois de tomar mais uns goles de cerveja Luis retomou o tino e acabou ganhando a competição por três a dois, a comemoração foi recheada de gritos e palavrões, o que incomodou Sanmia que apareceu na sala de camisola e com um rodo nas mãos.

Sanmia: É o seguinte, idiotas, eu dou dois minutos pra todos irem para seus quartos e dormirem ou eu juro que quebro esse troço na cabeça de quem desobedecer... o que tão esperando, corram!

Todo mundo saiu correndo em direção aos quartos, os risos e xingamentos eram novamente o que dominava os corredores, mas logo todo mundo já estavam em seus respectivos quartos.

Agora Luis deixa de ser o foco e iremos ao quarto do trio Kaio, Nando e Talles, onde uma aventura começa a ser escrita...

Kaio: Gente eu não sei quanto a vocês, mas eu vou dormir, nossa toda aquela cerveja me bateu forte, até agora eu não acredito que o Lui me deixou beber, se meu pai imagina isso, nossa ele mata a gente...

Kaio deitou-se ainda de tênis e mal terminou de falar e já ensaiava um ronco, enquanto isso na outra cama Talles olhava para o nada pensativo.

Talles: (pensamento) Tenho certeza disso, no estado em que estão é certeza que o Lui vai aproveitar a chance e vai cair matando em cima daquele troglodita, é incrível como ele pode sentir qualquer coisa por aquilo... aiai é muito difícil admitir mais eu sou um coitado mesmo, sempre que eu entro de cabeça em um possível relacionamento acabo me decepcionando...

Marco: Ou doido, ta viajando em que ai?

Talles acordou de toda aquela lamentação e se viu de frente de Marco, e se viu surpreendido pelo garoto que estava apenas de cueca Box, mas não foi apenas isso que surpreendeu o garoto, e sim o fato de que até naquele momento não havia notado o quanto Marco era um rapaz bonito, sua pele morena, após um dia de sol estava bronzeada, um tom madeira que o deixava irresistível, Talles balançou a cabeça tentando negar aquele sentimento, mas não foi suficiente, esta sim encantado por Marco e o pior sentia-se atraído e com tesão em relação ao corpo sarado de Marco, imaginava como seria bonito o contraste de sua pele alva com a pele morena do outro rapaz.

Marco: Ei fiote acorda ai, ta dormindo sentado é?

Talles: Não... eu estava pensando aqui... o Lui está muito bêbado e eu temo que ele tome uma atitude impensada e acabe se machucando...

Marco: Entendo você sabe dele não é?! Você não tem com o que se preocupar, o Luis é um cara safo, ele jamais faria qualquer coisa que o prejudicasse, mesmo estando bêbado, até hoje só sei de uma única atitude impensada, mas não creio que hoje isso vá acontecer, então fique tranqüilo rapá!

Talles: Eu espero que sim, eu gosto muito dele cara, não queria vê-lo sofrendo por causa daquele idiota cheio de músculos.

Marco: Me diz, você ta afinzasso dele não é?

Talles: Como assim cara eu sou hetero, não tem como me interessar por um homem...

Marco: Cara não precisa fingir, eu também sou bem parecido com você, eu também curto sair com outros caras, e outra também sou bem assim, sempre me interesso por pessoas que só me fazem sofrer...

Talles: Nossa jamais poderia adivinhar que você também era como eu... espera, se você e o Lui são gays, o Kaio também é?

Marco: Claro que não, o Kaio até onde sei é muito macho, e namora a Victoria... se bem que se ele fosse como a gente, eu confesso que gostaria...

Talles: Sabia, você é afim dele né?

Marco: Não é isso, o Kaio é como um irmão pra mim, assim como o Luis, eu gostaria que ele se parecesse mais comigo, por que assim seriamos mais cúmplices, mais amigos... eu sei que isso é mesquinhez minha, mas eu sei que seria mais feliz se pudesse contar a ele o que eu sinto, sendo hetero eu me sinto retraído em conversar com ele me abrir...

Talles: Eu sei como é isso, imagina como eu me sinto cara, eu moro com uma família muito preconceituosa, meus pais são daqueles antiquados e não aceitariam jamais um gay na família, o meu irmão é lindo, um poço de generosidade e cumplicidade, mas isso só quando é com os outros, tenho certeza que ele não me aceitaria do jeito que sou... ainda tenho que colocar ai os dois agregados, Sanmia e Saul, no que se refere a Sanmia sei que ela me aceitaria numa boa, mais também sei que ela jamais deixaria de contar isso ao meu irmão, e tem o idiota do irmão dela... o Saul cara nem sei o que falar daquele cara, sabe eu e ele já ficamos, eu sei que ele é muito mais gay do que diz, mas o preconceito dele destrói tudo o que toca, e sei que não temos futuro... você cara é um sortudo, em ter o Luis, a Vic e o Kaio te apoiando, por mais que talvez você não tenha a cumplicidade que deseja, você tem pessoas que te aceitam e te amam mesmo assim.

Talles começou a chorar, e aquilo era desesperador para Marco, em seu interior admitia que reclamava de barriga cheia, que tinha uma família que muitos adorariam ter, e que Talles era mesmo um sofrido, um coitado.

Marco se lembrava de quando tinha que se reprimir e esconder o que sentia dos pais e dos amigos, e o quanto sofreu ao se assumir perante a família, como foi obrigado a deixar tudo pra trás inclusive à pessoa que amava, e que de certa forma ainda amava. Sentia que deveria cuidar de Talles, ajudá-lo a enfrentar tudo o que viria a sua frente.

Marco: (abraçado a Talles) Meu amigo, não chore, agora você tem a mim e ao Luis, sempre que sentir necessidade de se abrir pode contar comigo, sempre que quiser sair sou teu parceiro... posso ser um adolescente ainda, mas eu tenho muita experiência para compartilhar...

Talles: Obrigado meu anjo, você não sabe o quanto me faz bem ter um amigo... Talles deitou-se no peito de Marco e o calor que sentia misturado ao cheiro de macho que exalava por seus poros o deixava animado, queria muito mais que a amizade de Marco, sentia necessidade de ser amado, de ser querido por alguém que não tivesse medo de demonstrar que curtia estar com ele. E faria de tudo para conseguir...

Talles: Marco deixa eu te perguntar uma coisa?

Marco: Claro meu anjo!

Talles: Se você me conhecesse em uma balada, digo como hipótese é claro, você ficaria comigo?

As bochechas coradas de Talles encantaram Marco que antes de responder sorriu alegremente.

Marco: Assim na hipótese de te encontrar em uma balada, e se não te conhecesse, mas percebesse que você também curtia ficar com homens, talvez não tivesse coragem de me aproximar, sei lá um cara gatinho assim talvez me deixasse com medo de receber um não, sei lá é difícil de imaginar sem realmente acontecer...

Talles: Então você me acha bonito?! E agora que você me conhece ficaria comigo?

Marco sorriu novamente, pegou o rosto de Talles pelo queixo o levantando na altura de seu rosto, o olhou nos olhos e o beijou, foi um beijo rápido, mas carregado de sentimentos e desejos que mexeram com Talles.

Marco: Isso responde a sua pergunta?

Talles: (risos) É bem mais do que eu esperava...

Talles buscou a boca de Marco novamente e selou mais um beijo com o rapaz, foi um beijo tórrido, violento, era como se ambos sentissem cede dos lábios e do gosto do outro, os braços percorriam os corpos de pelos eriçados, os mamilos intumescidos denunciavam o tesão que dominava cada um, a roupa de Talles deslizou-se por seu corpo indo cair aos seus pés, Marco de se desfez das calças que usa e apenas de cueca, abraçou-se a Talles e o ergueu para junto de si.

Talles gemia baixinho enquanto era carregado por Marcos, sentir aquela pele morena roçar na sua o excitava e proporcionava prazeres que jamais sentiu nos braços de outro homem, se quer Saul, que até aquele dia, era visto como sua alma gêmea tinha aquele poder de proporcionar tantos sentimentos.

Ainda com o loirinho nos braços, Marco caminhou até o plugue e apagou as luzes, entre gemidos e sussurros Marco pedia silencio ao seu cúmplice e amante, deviam levar em consideração a presença de Kaio no quarto, que mesmo alcoolizado poderia acordar e estragar todo o clima de romance e desejo que dominavam aquele cômodo.

Juntos Talles e Marco se deitaram na cama que mais distante se encontrava de Kaio, mesmo sobre o efeito do álcool os dois garotos sabiam que deveriam ser cautelosos, se descobertos o que poderia acontecer era algo inimaginável.

Enlaçados pelos braços dos dois, os corpos suavam e exalava a lascívia que dominava o ambiente, Marco deslizava os lábios pelo corpo branquinho de Talles, ora beijava-lhe o peitoral, ora o abdômen tanquinho. O desejo de sentir o gosto de cada centímetro daquele corpo era gigantesco, e nada o impediria de saborear aquela carne jovem e cheia de desejos, ainda sobre o loirinho, o rapaz buscava tirar a cueca box vermelha do outro, com cuidado foi liberando o objeto de desejo de muitos adolescentes gays, um grande rolo de carne branca cheia de excitação.

Marco se abaixou sobre o amante e beijou-lhe o lóbulo e disse entre dentes.

Marco: Amor me permite te levar ao prazer extremo?

Talles: Sou seu meu gato, faça tudo o que quiser, hoje somos um... Somos carne e desejo...

Marco sorriu levemente, mesmo no escuro os dentes alvos do rapaz se fizeram visíveis a Talles, que o abraçou calidamente selando novamente suas bocas em um beijo quente e delicioso, as línguas dos rapazes se digladiavam entre si, e buscavam o interior da outra boca.

Marco lentamente foi se soltando do amante loiro, e com a boca colada na pele de Talles, foi descendo por todo o seu corpo, soltando pequenos sopros quentes pelas partes mais sensíveis do rapaz, a boca quente de Marco provocavam em Talles cócegas que arrepiavam todo o corpo do jovem. O rapaz moreno se aproximava lentamente da área desejada, o membro rígido de Talles pulsava entre os dedos de Marco, que com o polegar deslizava pela veia grossa daquele pênis gigantesco, era incrível como aquele provoca tanta sede em Marco, olhar aquele enorme pedaço de carne branca que vibrava á cada toque, enchia a boca de saliva.

Com gula o rapaz abocanhou a cabeça rosada do membro de Talles e deslizava à língua entre o prepúcio e o freio sentindo um gostinho salgado misturado com o cheiro de macho que exalavam dos poucos pelos loirinhos que cercavam aquela delicia gigantesca.

Movimentos rápidos de sobe e desce colocavam mais e mais para dentro da boca de Marco o pênis de Talles, em certo momento quase todo o membro estavam em sua boca e tocava o fundo da sua garganta, o que impressionava Marco era o tamanho que ainda permanecia fora da boca do rapaz, que com a mão direita masturbava-o e com a esquerda acariciava os testículos intumescidos do loiro delicia.

Marco tocava o corpo de Talles ainda sem acreditar que aquele homem estava mesmo ali tão próximo, tão entregue a ele, fazia tanto tempo que não sentia o que era o carinho de um homem, o que era se sentir desejado, amado. Talles também sentia a mesma coisa pelo outro rapaz, a tanto tempo foi usado e abusado por Saul e outros homens que passaram em sua vida apenas interessado em seu corpo, em uma única noite de prazer, e agora ali sobre seu corpo via um belo rapaz, um homem que o desejava não apenas para sexo, mas para amar, para saciar sua sede de prazer, para lhe dar tudo o que sempre desejou encontrar nos braços de um homem.

Em um instante Marco engolia o máximo que podia do membro de Talles e no outro se via deitado com as costas na cama e com o loirinho sentado sobre sua virilha, o garoto sorria maliciosamente e às vezes contornava os lábios com a língua em sinal de desejo em saborear aquele homem por inteiro. Ao contrario de Marco, o loirinho foi rápido em abocanhar o pênis do moreno, em instantes se posicionou entre as pernas de Marco e com pouco esforço levantou-as sobre seus ombros, deixando o seu objeto de desejo ao alcance de sua boca e língua gulosa, ele enfiava a língua molhada e macia em um cu piscante e desejoso. O garoto sabia chupar um rabinho. Lambia, mordiscava e penetrava com sua língua quente, Marco começou a gemer e as linguadas de Talles iam ficando mais nervosas. Suas mãos abriram completamente as bandas da bunda, expondo o anelzinho do moreno por inteiro, Marco tremia de tesão, seu corpo estava retesado, tenso pelo desejo que percorria todo o seu corpo, em sua coluna parecia correr eletricidade pura.

Marco começou a rebolar na cara de Talles enquanto o garoto entre lambidas e mordidas dizia.

Talles: Ai que delicia, que tesão que você moreno gostoso, nossa como desejei fazer isso em alguém... Cara obrigado por me proporcionar tudo isso... Marco a cada frase de Talles levava a bunda ao encontro da língua do loiro, que aos poucos foi virando o moreno de barriga pra cima, e sentando em cima do peito de Marco, dando seu membro pra ser chupado. Talles foi se deitando sobre o rapaz e o beijou novamente, como sentiu prazer em dividir o gosto do próprio pênis na boca do moreno gostoso, aos poucos seguiu beijando o corpo trincado do rapaz até ficar de joelho e começar a chupar de novo o membro de

Marco, o qual provocava muita baba que pingava da boca do moreno e descia pelo pescoço, as vezes Talles tinha que tirar o seu gigante branco da boca de Marco que engasgava e precisava respirar um pouco.

Talles se levantou da cama e ficou de pé na borda e pediu para Marco ficar de quatro para ter total acesso ao seu objetivo, ali com o moreno totalmente exposto voltou a chupar seu anel com prazer, agora totalmente desabrochado.

Marco trazia seu membro duríssimo o que deixo o Talles ainda mais safado. Rapidamente tirou a língua do orifício do moreno e começou a esfregar a cabeça do pênis em seu rego, a cabeça do pênis se encaixava naturalmente fazendo com que Talles desse leves e pequenas estocadas. Talles cuspiu na mão e passou em seu membro e no buraco de Marco lubrificando depois pincelou com a própria rola era uma sacanagem deliciosa e carinhosa, o loiro foi ficando cada vez mais ousado nas pinceladas até fazer Marco sentir a cabeça atravessado seu anel de couro causando um pequeno desconforto afinal desde o dia em que seu pai descobriu que ele namorava Pepeu não havia mais saído com outro homem e encarar aquele monstro era uma tarefa árdua, Talles foi deslizando centímetro por centímetro pelas entranhas do moreno dilatando por completo todo o seu cu.

Talles gemia e dizia próximo ao ouvido de Marco.

Talles: Que delícia, que bunda gostosa você tem Marco... nossa como é quente, como eu desejava sentir isso com um homem de verdade.

Marco estava alucinado, empurrava a bunda com força em direção ao pênis do loirinho até sentir aquela rola todinha dentro dele, uma dorzinha dominava o seu corpo, mas o prazer em se sentir totalmente preenchido fazia valer a pena cada fisgada, cada estocada mais forte.

Talles: Tá doendo amor?

Marco: Um pouco, mas, por favor, não para!

Talles: Vou mais devagar amor, mas vou te mostrar como sempre desejei transar com um homem, você vai sentir como é bom transar com um garoto que tem tanta disposição e tesão.

Talles pegou Marco pela cintura e começou a estocar lentamente mais com vontade o rabo do rapaz, que com as mãos abria as nádegas, dando mais espaço para o membro de Talles arrombá-lo por inteiro, este tirava a rola inteira e colocava novamente, com um pouco mais de força, aos poucos Marco se acostumava com o membro do futuro namorado.

Já não agüentando mais de tesão, Marco apenas gemia com o membro do rapaz socando na bunda enquanto Talles continuava socando com muita força, até ver Marco gozar forte na cama. Lentamente Talles tirou o membro dentro do moreno e o fez se sentar na cama, de pé a sua frente o rapaz se punhetava até despejar todo o seu precioso liquido no rosto do moreno que mesmo de boca aberta não conseguiu segurar tudo e deixou grande parte escorrer por seu pescoço melando todo o seu peito.

Ainda ofegante Talles olhava para sua obra espalhada pelo corpo do moreno, mesmo com pouca luz era fácil notar o brilho de prazer nos olhos de Marco, e o cheiro de sexo dentro daquele quarto era muito forte. Kaio que dormia do outro lado do quarto começou a tossir e assustados com isso, Talles se jogou no chão próximo a cama onde Marco estava este apenas se deitou e cobriu-se com o lençol.

Kaio ainda tossiu mais duas vezes, até se levantar e caminhar para fora do quarto, Marco que tinha a cabeça escondida pelo lençol, observava o amigo sair temendo que ele tivesse visto ou ouvido toda a situação que ele e Talles haviam protagonizado.

Após alguns minutos Talles voltou ao quarto, deitou-se e quase que instantaneamente dormiu novamente, o ronco agora era perceptível mesmo do outro lado do quarto.

Talles que ainda estava no chão se levantou e abaixou-se até ficar próximo do ouvido de Marco e disse.

Talles: Meu gatinho, infelizmente parece que não vai ser hoje que vou sentir o que é um homem de verdade, vou tomar um banho rápido, e depois você faz o mesmo, ali naquele armário tem lençóis limpos, e quanto ao que te devo, terei prazer em pagar amanhã.

O rapaz loiro saiu do quarto enrolado em uma toalha e logo voltou de cabelo molhado, dando sinal para que Marco fizesse o mesmo, enquanto esperava o rapaz voltar, Talles trocou o lençol da cama e jogou aquele todo melado no sexto de roupas sujas que tinha no quarto.

Quando Marco voltou para o quarto Talles o esperava sentado na cama, quando viu o moreno vestindo apenas uma cueca preta, e com o cabelo molhado, correu até ele e o beijou na boca, aos poucos foi e soltando do rapaz e olhando-o nos olhos disse.

Talles: Nunca vou me esquecer de tudo isso que me proporcionou, se você desejar quero fazer isso mais vezes...

Marco: Cara, tipo assim eu não sou de ficar saindo sem compromisso mais de uma vez com o mesmo homem...

Talles: Como assim... por favor, não me diz que você só queria mesmo uma noitada (lagrimas se formavam nos olhos do loirinho) não me decepciona por favor!

Marco: Você não me entendeu... o que tentei dizer é que não vou ficar com você outras vezes, sem um compromisso estável entre nós...

Talles: E isso quer dizer que...

Marco: Que eu estou te pedindo em namoro rapaz!

Talles: Não acredito... eu quero muito, muito mesmo ser seu namorado.

Marco beijou novamente o rapaz e assim permaneceram abraçados por um longo tempo, até Kaio tossir novamente, e os dois se separarem rapidamente, indo cada um para sua cama.

Finalmente a felicidade parecia sorrir para os membros daquela equipe, Marco que há tanto sofria por não ter uma pessoa para amar agora sentia em Talles seu porto seguro e a pessoa que pode te proporcionar um futuro feliz.

Agora faremos uma transferência rápida para o quarto de Luis e Nando, que ainda na mesma noite também viveriam grandes experiências.

Luis e Nando entraram para o quarto, indiferentes a presença do outro, Luis tentava esquecer o rapaz que havia lhe causado toda aquela erupção de sentimentos, estava feliz por estar ali com ele, mas não esperava ou desejava que acontecesse mais do que ter sua presença, os desejos que julgava existir haviam desaparecido da mesma forma que toda a bebida que ele imprudentemente havia ingerido.

Sentir-se desgostoso, e sem chão era rotina para o seu coração, desde que conhecerá Mateus tudo o que sempre sentiu foi uma magoa, um medo de tudo acabar e ficar novamente sozinho, e agora eram iguais os sentimentos que nutria por Nando, o rapaz também lhe parecia uma andorinha que passaria por sua vida por uma única estação e depois iria embora pra não mais voltar.

Calmamente retirou sua roupa e se atirou embaixo do lençol branco que cobria a cama separada para ele, Nando do outro lado do quarto assistiu calado todo o processo realizado por Luis, e incrivelmente o achou mais bonito que o habitual, também sofria interiormente, pois era a primeira vez que sentia qualquer coisa por um homem, e ainda havia o agravante deste homem ser o ex-namorado de seu irmão, e ser ele a principal causa do rompimento entre eles.

Vasculhou então sua mochila até dali retirar seu mp3 e o amplificador de som, ligou tudo na tomada, selecionou algumas musicas que gostava e olhou para seu companheiro de quarto, que tentava fingir que dormia, mas deixava transparecer que mesmo semi cerrados seus olhos perseguiam o corpo forte de Nando.

Uma musica adorada por Nando começou a tocar bem baixinho – Silver Rider – Robert Plant, era uma musica carregada de sentimentos, melancolia e dor, aquela musica transmitia cada sentimento que Nando trazia no peito, como dizia a letra as vezes as vozes que ouvia não eram suficientes, e não eram mesmo, por mais que sua consciência e a própria sociedade disse a plenos pulmões que sentir qualquer coisa por um homem era errado, Nando já não atendia a essas ordens, pelo contrario em seu coração crescia cada vez mais a vontade de gritar para todos o que ele realmente sentia por Luis, era um desejo repudiado, mas que latejava no seu peito, era a vontade de gritar para o mundo que ele gostava de ser diferente, que entendia o que Mateus havia um dia sentido.

Lágrimas desceram rápido por seu rosto, e expressavam o quanto era duro aquela luta interior entre o que julgava certo e o que desejava sentir de verdade. Soluços foram os sintomas seguintes, auxiliados pela bebida todos os seus sentimentos antes reprimidos vinham a tona de uma única vez, era impossível controlar, seu desejo era chorar, chorar até seu peito parar de doer, ate entender o que realmente acontecia em seu interior.

Luis que fingia dormir, não podia ficar omisso aquela situação, ver um homem daquele porte ali deitado de forma fetal, agarrado a seus joelhos e chorando como uma criança que acaba de ser castigado pelos pais lhe partia o coração, mais ao mesmo tempo em que desejava correr para abraçá-lo e consolá-lo também lutava contra seus pensamentos e sentimentos que dizia que não deveria sofrer mais por um homem como aquele.

Uma musica conhecida por Luis começou a tocar, e dizia tudo o que sentia naquele momento, era uma musica que ele havia mostrado a Mateus, era a musica que havia dedicado a ele uma vez, “quem ira me ouvir – Fatale” aquela musica era poesia pura e trouxe a memória de Luis o vídeo que havia feito para Mateus pouco tempo antes de se separarem, e como desejava naquela musica mostrar a ele que sempre estaria presente, que o ajudaria sempre que necessário, que seria ele que o ouviria quando se sentisse triste e precisasse desabafar.

Naquele instante Luis via o ex-cunhado brutamonte justamente na situação que sempre desejou evitar que Mateus chegasse, e uma dor aguda percorreu seu peito não seria justo deixar que Nando sofra daquela forma.

Devagar se levantou e caminhou até aquela criança grande ali a sua frente, sentou-se na cama e trouxe a cabeça de Nando para o seu colo, enquanto afagava-lhe os cabelos chorava acompanhado pelas musicas que tocavam e cobriam o quarto.

Nando: Luis eu...

Luis levou à mão a boca do rapaz em sinal de silencio, não queria que o rapaz se esforçasse para justificar o que sentia, e o que lhe causava tanta dor, pelo contrario ele já sabia bem o que era tudo aquilo e só desejava poder arrancar toda aquela dor do peito de Nando.

Luis: Psiu! Não precisa falar nada Nando, apenas chore, chore o quanto quiser, não tenha vergonha de demonstrar o seu sentimento, não esconda o seu lado humano que deseja sair, homens também choram meu amigo, e isso só prova o quanto você cresceu e amadureceu, sinto-me lisonjeado em poder ser eu o ombro amigo que visualiza essa sua transformação pela primeira vez. Chore e deixe tudo isso sair de dentro de você, liberte toda essa dor, sem medo, sem receio de se machucar mais...

Nando ouvindo aquilo se sentia mais pra baixo ainda, como poderia aceitar ser visto assim por Luis, justo ele o rapaz que tanto sofreu em suas mãos, se ver entregue assim a ele era como ser derrotado e humilhado publicamente, era se mostrar como realmente ele era tudo que Luis dizia era o que Nando pensava naquele momento, mas não era o que desejava passar para o rapaz. Era dor demais, era se abrir por inteiro era se entregar justamente aquilo que ele tanto desprezava.

A música que tocava naquele momento era uma musica que Nando achava ridículo, mas que Victoria sempre gostou, e agora ali naquela situação parecia lhe a mais pura verdade, Banda Giom, vou me declarar. E foi aquela musica que fez Nando se levantar e olhando os olhos negros de Luis cantar acompanhando a banda.

Nando:

“Me calei, me escondi, mas resolvi me declarar

Viajei, céu e mar, só pra poder te encontrar

Terra! Terra! Estou aqui, vivendo a realidade de te conquistar

De um jeito simples ou moderno, eu invento

Vou na contra mão do vento, reinvento

Faço o que preciso for

Vou mandar pintar a rua, o seu nome desenhar

Mandar flores e torpedos, te levar pra passear

Vou mandar pintar a rua, o seu nome desenhar

Mandar flores e torpedos

Se possível, farei tudo

Pra poder me declarar”

Luis: O que quer dizer com isso Nando?!

Nando sorria olhando para o rapaz, estava feliz por finalmente poder se mostrar como realmente sentia que era, e Luis seria o primeiro a sentir e ver toda essa mudança, com as mãos no rosto de Luis continuou a cantar.

“Eu queria ser poeta, mas não sei me expressar

Só consigo ser eu mesmo, espero, assim, te conquistar, é

Falei de você, hoje, falei bem! Falei com Deus, tipo assim, oh!

Pedi, você, pra mim e espero uma resposta num sorriso seu”

Luis estava emocionado, via nos olhos do brutamonte que tudo aquilo era sincero, era de coração que dizia tudo aquilo e como resposta a tudo isso de olhos fechados sorriu, dando a resposta que Nando tanto esperava, e dando inicio ao que ele desejava como em câmera lenta, ele foi se aproximando do rosto de Luis, até colar testa com testa, sentir a respiração de Luis próximo a sua boca o deixava louco excitado de tal maneira que jamais havia sentido antes por outra pessoa.

E calmamente foi direcionando sua boca para mais perto ainda de Luis, seu coração batia acelerado, era uma emoção que não sabia precisar, que não entendia que não conseguia narrar para si mesmo, e sentir a maciez e o calor dos lábios de Luis lhe trouxe uma paz que jamais pensou sentir, sua língua invadia a boca do rapaz e buscava sentir cada pedacinho de seu interior, era tão lindo, tão puro, que causava dor em Nando, havia tanto recriminado aquele sentimento, havia impedido o irmão de ser feliz, e agora se sentia a pessoa mais baixa do mundo por agora se ver feliz nos braços da pessoa que jurou odiar, e tanto penalizou.

Os braços de Luis correram até as costas de Nando o apertando contra o seu peito, parecia temer que aquilo fosse um sonho, e que aquele corpo forte se dissolvesse em fumaça, o outro sentindo se abraçado daquela maneira, esqueceu-se de todos os seus questionamentos, de todas as suas duvidas e culpas e desejou apenas morrer ali naquele instante, pois felicidade assim nunca havia presenciado.

Os corpos dos dois foram ficando pesado para que o outro suportasse, e logo estavam estirados na cama, Nando por cima de Luis buscava com ansiedade domar todo o corpo do rapaz, sua língua vagava entre a boca, pescoço e orelha, o cheiro da pele de Luis dominava seu olfato e o inebriava, o calor de sua pele, ao encontrar com as mãos de Nando o excitava, e os gemidos de prazer de Luis o ensurdeciam, era mutuo toda a entrega ali, mas mesmo assim ainda era diferente, único. Nando se sentia verdadeiramente feliz, estava finalmente amando alguém, e sentia-se amado também, naquele instante tinha certeza que era Luis sua alma gêmea, a pessoa certa para viver por toda a vida.

Nando e Luis subiram na cama e ficaram ajoelhados um de frente para o outro, Luis vestia apenas uma cueca box preta, mas Nando ainda estava de bermuda e camiseta, Luis ardia de desejo a meses não sabia o que era uma noite de sexo intensa, e queria acabar com aquela seca ali mesmo com Nando possuindo todo o seu corpo. Ele tirou uma das mãos de Nando que estavam em sua cintura e a levou até sua bunda, Nando entendeu o que ele queria com aquilo e apertou a bundinha de Luis que era bem durinha, mesmo sendo pequena. As mãos de Nando deslizavam por toda sua bunda e coxa, e o atrito que fazia com o tecido da cueca deixava Nando em uma excitação tremenda.

Luis colocou as mãos na barra da camiseta de Nando e começou a puxa-la, Nando levantou os braços dando liberdade para tirar a peça, enquanto subia lentamente a camiseta, Luis aproveitava para beijar o peitoral definido de Nando, como era duro aquilo, mais ao mesmo tempo parecia macio ao toque de sua língua. O cheiro de suor que exalava daquele corpo era algo diferente, um cheiro de macho, de desejo de pura libido.

Os dois se abraçaram grudando os corpos que traziam os pelos eriçados. Luis mordia de leve o peito de Nando, mas o gosto daquela pele era tão inebriante que não se contentou com mordiscadas, e mordeu forte o mamilo esquerdo do rapaz, que mesmo sentindo dor, viu prazer naquele ato, Luis roçava o nariz por todo o corpo do rapaz, e ainda fez algo que nunca se imaginou fazer, o gosto salgado da pele de Nando, fazia com que os sentidos de Luis se aflorassem, e com eles um desejo incontrolável de sentir o cheiro e o gosto de sua axila, Nando trazia as axilas lisas, sem pelo e aquilo deixava Luis ainda mais fogoso, e não conseguiu evitar dar naquela área uma bela lambida, o gosto salgado e o suor em seu nariz não o enojaram, pelo contrario o fazia quer mais aquele gosto de homem em sua boca, em seu corpo.

Nando estava paralisado, creio que chocado com a audácia do rapaz, nunca alguém havia lhe tocado as axilas, mais o que o assombrava mesmo era reconhecer que sentir a língua de Luis ali, tinha lhe proporcionado prazer, em um ataque de fúria, Nando abraçou Luis, obrigando a ficar com o rosto colado ao seu, Nando posicionou seu rosto no pescoço do rapaz e lhe sugou a carne quase arrancando um pedaço, Luis tremia nos braços de Nando, seu pescoço era seu ponto fraco e aquele chupão com certeza havia deixado marca.

Luis subia a boca até a orelha, passando a língua por todo o contorno da orelha dando leves mordidas na parte mais mole, as mãos de Nando já deslizavam pelas costas de Luis, indo de encontro com a sua bunda, a qual apertava com força, Luis sentia o membro de Nando criando vida dentro da bermuda e o que mais desejava era lhe dar ar puro, libertá-la daquele invólucro de tecido que o apertava tanto.

A língua de Nando invadia a boca de Luis em um beijo lento mais intenso, um pressionava os lábios contra a boca do outro, que buscava colocar mais e mais a língua no interior da boca do outro. Nando alternava entre beijos quentes e fortes com mordidas pelo queixo e pescoço de Luis, que já não se agüentava de tesão e com os olhos fechados buscava abrir a bermuda do amante. Nando levou a mão ate onde Luis tinha a sua, segurou-a e olhando nos olhos de Luis perguntou.

Nando: Você tem certeza que quer isso?

Luis: Quero o que você quiser... Hoje sou seu...

Nando sorriu com o canto da boca e voltou a beijar a boca de Luis, depois parou se sentou na cama e tirou a bermuda ficando também apenas de cueca, era uma cueca diferente da de Luis, dessas convencionais, o diferencial é que na parte da frente estava escrito cachorrão, se não fosse o momento tão excitante, Luis teria achado graça e curtido com a cara do amante, mas ali em todo aquele contexto, achou tudo muito bonito e começou a chamar Nando de cachorrão.

Nando deitou-se na cama apenas apoiado nos cotovelos, e Luis veio e sentou-se sobre o pau de Nando, que tentava forçar a entrada de Luis que só não se abrirá devido os tecidos das cuecas. Luis deitou-se sobre o peito de Nando voltando a beijá-lo com força enquanto Nando penetrava sua mão pela cueca, sentindo a ponta de seu dedo indicador tocar o anel de Luis, que piscava de desejo.

Nando tirou a mão dali, e ajudou Luis a se livrar da peça que o atrapalhava tanto, depois levou seu dedo indicador à boca de Luis e o fez chupá-lo, com o dedo babado voltou a tentar uma abertura no anel de Luis, que a muito não sabia o que era receber uma caricia ou mesmo sentir prazer com aquela área.

Depois de um tempo, sentado sobre as pernas de Nando, Luis o ajudou a se livrar da cueca, e um membro enorme saltou dali buscando ar, era imenso e assustador, Luis que ate então só havia tocado no membro de Mateus se via agora com algo inimaginável a sua frente, sabia que Mateus era muito bem dotado, mas não imaginava que Nando fosse ate mais que ele, se quer pensava que poderia existir um homem com um pênis como aquele, como era grande e grosso, veias grossas também cobriam toda a sua extensão, era um membro quase negro, o que destacava com a pele morena clara de Nando, uma cabeça quase rocha que pingava o liquido seminal, o famoso pré-gozo, Luis segurou aquilo com a mão e teve ate certa dificuldade em ficar com ele ali, ele dava grandes contrações, lembrando um peixe que pula desesperado quando retirado da água.

A boca de Luis salivava de desejo, e sua principal ação foi levá-lo a boca e matar o desejo de sentir algo tão grande preenchê-lo, com dificuldade Luis colocou a cabeça e uma pequena parte na boca, não havia como chupar tudo aquilo, sua boca ficava muito esticada, a ponto de doer como se fosse rasgar e o pouco que colocou na boca já o fazia querer vomitar. Nando mesmo vendo a situação sentia tesão demais e levantava o quadril tentando socar mais e mais de seu membro na boca de Luis que já havia babado todo o pinto, saco e pernas de Nando.

Depois de um mal sucedido boquete, Nando apontou para o pinto, fazendo sinal a Luis de que queria vê-lo sentar ali, Luis sentiu um pouco de medo, se sua boca havia sofrido para abrigar uma pequena parte daquilo, quem garantiria que seu cu conseguiria?

Antes de se sentar Luis, deu mais uma cuspida no pau de Nando e foi se sentando devagar naquele pau, Nando segurava o membro, que pendia para os lados de tão pesado, diferente do que Luis acreditava a penetração foi fácil e logo ele segurava o cacete de Nando enquanto enterrava o resto dentro de si.

Nando estava com os braços atrás da cabeça e mantinha os olhos fechados enquanto apreciava o prazer em sentir Luis sendo rasgado por dentro, o calor do interior de Luis o excitava ainda mais, fazendo com que seu pau babasse muito, facilitando o sexo.

Luis começou a subir de descer no cacete do amante, até que viu tudo aquilo dentro de si, cansado do esforço ficou um tempo apenas piscando o ânus, pressionando o pênis de Nando, com as mãos apoiadas no peito de Nando Luis começou a cavalgar devagarzinho, sentia cada centímetro que saia e cada centímetro que entrava, estava no ápice do prazer, Nando apenas respirava fundo e sorria.

Permaneceram assim por um bom tempo, ate que Nando buscou o corpo de Luis para junto de si, fazendo-o deitar sobre seu corpo.

Juntos Nando e Luis realizavam movimentos coordenados que proporcionava prazer a ambos, Nando movendo seu quadril pra cima e pra baixo e Luis rebolando no cacete do outro.

Nando rapidamente tirou o pau de dentro de Luis e o deitou em seu lugar, a cama estava quente, molhada pelo suor dos dois, era um calor que trazia um clima de excitação, que exalava um odor salgado que inebriava os dois homens ali naquela cama. Mesmo depois de tanto sexo o rosto de Nando não parecia satisfeito, ele queria mais, e Luis desejava que ele o quisesse tanto quanto ele o queria. Nando se posicionou ajoelhado entre as pernas do rapaz e apontou aquele naco de carne para a gruta de Luis, que se abria ao máximo, para dar passagem aquele monstro.

Nando pegou as pernas de Luis e levou-as ate seus ombros, em um instante Luis chegou a pensar que Nando iria chupá-lo, mas desistiu da idéia rapidamente, sabia que já era uma vitoria, ter Nando dentro dele, esperar que o chupasse assim na primeira vez seria pedir demais.

Nando apoiou uma mão na cama e a outra segurou o pau mirando no anel de Luis e em uma única estocada seu pau entrou com tudo até o talo, a careta que Luis fazia era de dar dor, com certeza ele sentiu vontade de gritar, mas ao ver a cara de prazer que o amante fazia metendo-lhe daquela forma, anestesiou a dor lacerante fazendo o trincar os dentes para não gritar.

A dor era enorme, Luis chegou a querer parar, mas antes que tomasse qualquer atitude Nando se deitou sobre ele, impedindo Luis de qualquer movimento. Ele estava imobilizado a mercê do amante, que com um sorriso no rosto, olhou Luis nos olhos e pareceu dominá-lo somente com aquele olhar, seus olhos brilhavam, contornados pelo sorriso mais sincero e lindo que Luis já virá, era como se pedisse calma, que pedisse para Luis acreditar e confiar nele era apenas um sorriso mais naquele instante pareceu um pedido de namoro, a maior e mais sincera prova de amor que Luis sonhou receber.

Luis fechou os olhos e prestou atenção na musica que tocava naquele instante, era uma que ele adorava e que parecia ser sua historia com Mateus, “Depois – Marisa Monte” Luis sentiu uma pontada no peito naquele instante, sentiu-se traindo seu amor, sentiu-se infiel, sentiu-se amado, mas teve vergonha daquele amor, pensava como havia permitido que chegasse aquele ponto, sentir desejo era uma coisa, mais sentir se feliz por trair seu verdadeiro amor com o próprio cunhado era o fim, finalmente Luis se viu igual a Mateus, havia finalmente traído seu amor usando o amor do cunhado, e ali naquele instante apenas uma lagrima desceu de seu olho esquerdo, mas rapidamente viu-se eliminada com um balançar de cabeça, havia sido a escolha de Mateus e a ele não cabia questionar, iria viver aquele instante feliz, e quem sabe construir uma nova historia ao lado de Nando.

Ao abrir os olhos viu Nando pegar suas coxas e puxá-lo ainda mais para próximo dele, prendendo as em torna da sua cintura, Nando estava completamente dentro de Luis, não havia mais o que por pra dentro, estava completo, realizado, feliz por finalmente achar alguém que o recebesse por inteiro, sem questionar, sem desistir.

Devagarzinho ele começou a mexer o quadril lentamente pra frente e pra trás enquanto olhava procurando expressões de dor ou algo do tipo, ele tirava até a metade e voltava mais devagar ainda fazendo Luis sentir um tesão avassalador. Luis estava em êxtase, mordia os lábios, puxava o ar entre os dentes trincados e respirava ofegante, o suor já ensopava o lençol, estava completamente dominado, preenchido, se sentia entregue de corpo e alma a Nando, e constatava que jamais havia sentido aquilo com Mateus ou qualquer garota com quem havia ficado até aquele dia, estava em transe, sua visão se escurecia de lances em lances, e mal podia ver o rosto de seu amante, estava exausto, mais ainda queria mais, não iria parar antes de ver seu amado satisfeito e realizado.

Quando Luis achava que não poderia ficar melhor Nando o surpreendia colocando mais intensidade na foda, olhando o rosto de um já quase desfalecido Luis que gemia baixinho, quase sem forças. Ele metia com bastante vontade e forçava seu pau todo dentro dele como se quisesse que as bolas também entrassem. E Luis também desejava sentir mais e mais seu corpo colado ao de Nando, queria tê-lo por inteiro em seu interior e forçava a sua cintura em direção ao membro do outro enquanto ele o levava ao delírio.

Não demorou muito e Nando começou a meter mais rápido anunciando que ia gozar, Luis estava no seu limite, quase desmaiava a cada estocada de Nando, estava maravilhosa aquela transa mais acabar logo com ela, parecia ser o mais sensato, só mais umas estocadas e Luis pode sentir o pau de Nando pulsar e inundar seu interior com o seu liquido vital, era possível sentir cada jato de sêmen, e a cada pulsada que o pau de Nando dava, mais Luis sentia sua próstata massageada, foi rápido e intenso em três golfadas, Luis gozou em cima da sua própria barriga, algumas gotas pararam no abdômen de Nando que se jogou de lado, exausto ficou olhando o outro, em seu rosto um sorriso aberto, já Luis foi esmorecendo aos poucos, se entregando a fadiga e ao cansaço, fechando os olhos lentamente ainda conseguiu dizer:

Luis: Te amo, Mateus!

Na manhã do dia seguinte Luis acordou com o corpo dolorido, estava exausto, mas precisava se levantar, não queria dar margem para intrigas e fofocas por parte dos outros, olhou para a cama de Nando e não o viu ali deitado, estranhou também o fato de estar vestido, e deitado em outra cama, alguém havia limpado-o, vestido e dado uma geral na cama e no quarto, que se quer lembravam a foda que ali havia acontecido.

Era fato de que Nando havia eliminado as provas, mas tudo aquilo chegou a levantar uma duvida em Luis, será que realmente aconteceu tudo aquilo ou não passou de um sonho. Mesmo com aquela indagação que o dominava por dentro, levantou-se, tomou aquele banho e constatou que não havia como ser mentira, ou apenas sonho, em seu corpo ainda havia as marcas do amor compartilhado com Nando, em seu pescoço a marca de um chupão, e nas nádegas aquele ardor incomodo provocado pelo sabonete e água.

Definitivamente havia se entregado a Nando naquela noite, e estava muito feliz por isso, havia finalmente encontrado alguém que poderia amar e que lhe daria o prazer absoluto.

Após o banho Luis foi ate a cozinha, a casa estava silenciosa, parecia que todos ainda dormia, ali na cozinha estavam apenas Sanmia e Kaio, ambos em silencio, os dois não tinham amizade ou conhecimento sobre o outro e permaneceram calados quase que a manhã toda.

Luis: Bom dia pessoal!

Kaio: Bom dia, graças a Deus tu acordou, porra já tava começando a pensar que feriado é esse que todo mundo passa dormindo...

Sanmia: Ai Lui ainda bem mesmo que tu acordou, teu irmão é uma péssima companhia, ele não fala nada, não responde o que eu pergunto, nem parece teu irmão, tenho dó da Vic!

Kaio: Olha só, ta te achando né perua!

Luis olhou para aqueles dois e ficou com medo de que rolasse uma briga, sabia bem que Kaio era desbocado e se provocado, humilharia Sanmia verbalmente, e ela era anfitriã, merecia respeito.

Os dois olharam para Luis e se olharam em seguida, começando uma gargalhada que deixou Luis desconcertado.

Sanmia: Eita e num é que você tava certo Kaio, aném Lui tu acreditou mesmo que a gente ia brigar?

Kaio: Claro que acreditou o meu irmão é um bobão mesmo!

Luis: Vejo que vocês viram ótimos amigos, já estão ate se unindo contra mim, nossa isso é o fim e cadê a Vic e o Fred, por que não estão aqui ajudando vocês a curtirem com a minha cara, aqueles dois também adoram fazer isso.

Luis perguntava pela cunhada, mas no fundo queria mesmo era saber o paradeiro do irmão dela, seu novo amante, e quem sabe futuro namorado, o rapaz não estava no quarto e nem em outro cômodo da casa, já estava começando a temer aquilo tudo.

Sanmia: O Fred foi até Goiânia com o Saul, parece que surgiu um pequeno contratempo lá no escritório e ele teve que viajar as pressas pra solucionar isso, o meu irmão volta ainda hoje, agora o Fred nem sei, coitado ele trabalha de mais!

Luis: Compreendo mais ele bem que podia ter ligado pra outro advogado que estivesse mais próximo do escritório, pena ele perder o feriado... mas então

Kaio cadê tua namorada?

Kaio: Serio que você não sabe? Uai ela também já foi embora!

Luis: Como assim? Por quê? E cadê o Nando?

Kaio: Mas desde ontem, que os dois disseram que iriam embora hoje cedo, você mesmo que contou pra gente sobre essa decisão do Nando, não lembra?

Luis: Mais eu não entendo cara, pensei que ele tivesse superado aquilo... eu juro que não entendo...

Luis estava perdido, não conseguia entender o porquê de Nando ter ido embora como havia dito antes, se a noite havia sido tão intensa e maravilhosa, um havia se entregado ao outro, os dois haviam provado do amor, do prazer, e agora estavam separados, não podia ser verdade.

Luis: Com licença...

Luis saiu em direção ao seu quarto, mesmo com os protestos de Sanmia e Kaio, o sentimento de abandono de novo dominava o seu ser, novamente havia sido usado e abandonado por alguém daquela família, não, não era isso, havia uma explicação com certeza, acreditando nisso, pegou o celular e discou o numero de Nando, precisava ouvir de sua boca o que aconteceu para ele abandoná-lo assim após uma noite de amor tão intenso.

O telefone tocou várias vezes, e não houve respostas, o sinal encaminhado para caixa postal, foi como uma facada no peito, estava chorando quando tentou uma segunda vez e viu a ligação ser atendida.

Luis: Alo?! Nando, cara cadê você?

Vic: Lui e a Vic, escuta o Nando disse que não vai falar com você e pediu, por favor, que não volte a ligar...

Luis: Mais por que Vic, o que eu fiz com ele? Por que ele ta fazendo isso comigo?

Vic: Desculpa Lui, eu não sei, só ele pra te responder, mas ele já disse que não vai te atender...

Luis: Não pode ser, por favor, pede pra ele me explicar o que eu fiz de errado!

Nando: Cara será que você não entendeu, eu não quero nada com você... Eu não sou gay... Se você quer tanto o namorado, vai atrás do Mateus... Me deixa em paz entendeu?

E Nando encerrou a chamada, deitado naquela cama Luis pode chorar quase o dia todo, colocou pra fora todo o sentimento que pensou sentir por Nando, e naquele momento sentiu ódio, horror, raiva e desprezo por Nando, o via como um lixo, que não era capaz de amar, um monstro, sem escrúpulos, sem discernimento, uma pessoa cruel que apenas o usou para ter prazer, e que havia sido capaz até de dizer te amo.

Luis demorou a perceber, mais o MP3 de Nando ainda estava ali naquele quarto e tocava com certeza na pressa de fugir ele o havia esquecido.

Naquele instante tocava uma canção que mexeu fundo no coração de Luis,

“Gavin Degraw - We Belong Together”.

Aquele primeiro verso, na voz suave de Gavin mexia com Luis, era difícil ouvir aquilo, pois era o que havia sentido por Nando na noite anterior, sentia se como o oceano que pertencia às praias ligadas pela terra, um pertencia ao outro, um era senhor do outro, e agora nada daquilo fazia sentido, tudo havia sido apenas teatro, não acreditava que o álcool havia sido o responsável, ele havia sido sincero, demonstrou o que realmente sentia, e Nando apenas o usou e o jogou fora como se faz com um lenço de papel usado.

Luis não sabia mais como agir, não tinha animo pra continuar ali cercado pela alegria de seus amigos, desejava ir embora, mas não queria atrapalhar a diversão de todos, estava fechado, coberto de ódio e rancor, mais ainda não conseguiria ser insensível a diversão dos amigos, sabe-se lá de onde tirou coragem para continuar ali, um sorriso falso, e um olhar languido compuseram mais um personagem de sua difícil jornada, mas tudo o que havia acontecido, tinha sua parcela de culpa, ele que havia se encantado por Nando, ele que o havia convidado para ir ate ali, ele que havia se entregado a lascívia do rapaz, ele que havia dito eu te amo, ele só ele era culpado, e ali decidiu que nada poderia fazer para superar aquilo, apenas podia bloquear e impedir qualquer acontecimento parecido como aquele, era hora de seguir adiante e viver sem lamentações.

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O Luis é protagonista mais complicado que já vi, parece que els vê que algo pode dar errado e se joga de cabeça ao invés de se afastar. Ele precisa de terapia para deixar ds procurar a felicidade dele nos outros e ser auto suficiente, se amar em primeiro lugar pra só depois se permitir amar outra pessoa!

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