Vicio - Falta

Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 1156 palavras
Data: 04/04/2024 16:48:12
Assuntos: Demi, Gay

Desbloqueei João Pedro no meu insta, mas silenciei suas notificações, a cada dia aprendia a lidar melhor com esses novos sentimentos então já não stalkeava mais suas redes, estávamos nos entendendo pelo menos foi o que pensei, porém com JP as coisas nunca podem ser tão simples, na terça estava na cidade e pensei em convidá-lo para jantar, mas ele não respondeu minha mensagem, deixei pra lá afinal ele poderia está ocupado, só que os dias foram passando e nada dele dar sinal, na sexta mandei mensagem de novo e ele não me respondeu, final de semana estaria de folga, mas como não consegui falar com ele voltei para casa na minha cidade, chamei meus amigos para sair, porém Dimas estava com a namorada na casa dos sogros e Luís Paulo estava no apartamento do Dimas na outra cidade, ele até me chamou para ir para lá, só que não tava afim de viajar de volta então passei o fim de semana em família.

Durante a semana seguinte JP curtiu uns stores meus, mas não nos falamos, no meio da semana consegui uma folga mandei mensagem para gente sair, dessa vez ele até respondeu, só que falando que já tinha compromisso marcado, Dimas não estava na cidade então pedi para ficar no apartamento dele, minha surpresa foi saber que Luís Paulo já estava usando o ap, quando cheguei ele estava se arrumando para sair.

— João Miguel você parece medico, tá trabalhando demais cara. — Luís Paulo falou.

— Gosto de trabalhar e estou juntando dinheiro. — Falei.

— Hoje eu vou para uma boate gay, acredita, a minha que eu to pegando se amarra nesses rolês. — Ele fala.

— Legal para você.

— Que isso, João Miguel, vamos comigo. — Ele me chama, mas estou sem saco.

— Na próxima, hoje só quero dormir mesmo. — Luís Paulo me examina como se pudesse me ler.

— Tudo bem, vai está de folga no Sábado?

— Vou sim.

— Então está marcado, essa mina tem uns amigos que tem uma casa com piscina e vamos beber lá no sábado. — Ele fala e aceitou o convite.

Fiquei tentando inventar desculpas para não ir nesse role no sábado, mas infelizmente não me veio nada e no dia então não tive escolha, busquei o Luís Paulo em casa e depois pegamos o Dimas que tinha conseguido desmarcar com a namorada para ir com a gente, isso porque Luís Paulo garantiu que teriam umas amigas da mina que ele estava pegando que são modelos, não tem nada mais clichê, mas fazer o que meus amigos são assim, não era bem uma casa de praia, estava mais para um mansão na praia, porra que casa grande e bonita, o lugar parecia cenario de novela.

Tinha muita gente, muita mulher bonita, bebida e carne parecia que nunca iria acabar, isso é o que meus amigos e eu chamamos de festa de rico, Luís Paulo sempre teve facilidade de se misturar com gente que tem um poder aquisitivo maior que o nosso, vi o João Pedro se aproximar com suas amigas e meu coração acelerou só de vê-lo, mas fiquei com a impressão de que ele não estava esperando me ver ali, porém podia ser algo da minha cabeça, a mina do Luís Paulo nos apresentou suas outras amigas e quando uma delas veio cheia de abraços para o meu lado João Pedro a afastou e colou do meu lado.

— Baby não sabia que você viria. — Ele fala confirmando minha suspeita.

— Não vinha, mas Luís Paulo insistiu.

— O LP é assim mesmo. — Não sabia que eles já estavam nesse nível de intimidade, mas conhecendo meu amigo ele é muito expansivo mesmo.

Alguém apareceu chamando por ele que me pediu licença e foi com seus amigos, nem me deu um beijo nem nada, fiquei bolado, mas sei que não deveria então evitei de demonstrar e fui atrás de uma bebida, como Dimas e o Luís Paulo já haviam desaparecido com suas companhias fiquei ali perto da piscina tomando minha cerveja e me perguntando porque não ia simplesmente embora da lí, João Pedro devia ter outro esquema nessa festa já que não o vi de novo e não estava muito afim de ficar com ninguém, depois da terceira cerveja deixei uma mensagem para o Dimas falando que já estava indo, na saída vejo uma morena muito gata se mal dizendo para o celular.

— Algum problema?

— Só os motoristas de aplicativo dessa bosta de cidade que não aceitam. — Ela tinha um típico sotaque paulista.

— Posso te dar uma carona se quiser. — Falei.

— Ah sim, desculpa garanhão, mas não saio com estranhos. — Ela disse toda convencida.

— Se serve de alguma coisa, o estranho se chama João Miguel. — Falei e ela deixou escapar um risinho.

— Parece nome de galã de novela mexicana. — Escutei essa piada minha vida inteira.

— Bem é porque é, minha mãe adora novelas mexicanas. — Falei e ela sorriu mais ainda. — Você não é daqui né?

— Não, o que me entregou? — Ela fala claramente em tom de brincadeira.

— Sua beleza exotica. — Falei.

— Jura, tá bom espertão, mas se você tentar alguma coisa eu chamo a policia. — Ela fala indo para a porta do passageiro do meu carro.

— Ótimo, vou ter prazer em atender uma ocorrência sua. — Falei e ela me olhou confusa.

— Detetive da Terceira DP de crimes virtuais Vidal, mas pode me chamar só de João Miguel. — Ela abri um sorriso.

— Agora me sinto até mais segura, já que o Detetive Vidal vai me acompanhar, a propósito me chamo Bárbara, mas meus amigos me chamam de Barbie.

— Prazer, Barbie.

— O prazer é todo meu Detetive Vidal.

— Só vai me chamar assim agora né? — Falei abrindo um sorriso para ela e entrando no carro.

— Sim, afinal não é todo dia que ando de carro com um policial, não sem estar algemada pelo menos. — Fico na dúvida se ela está brincando ou falando a verdade.

Barbie sem dúvida nenhuma foi a pessoa mais engraçada que já conheci na vida, ela falava bastante e mesmo assim era legal ouvi-la, a casa dela ficava no meu caminho, a ideia era ir para o apartamento do Dimas, mas como não estava com a chave, afinal o plano era voltar com ele, então decidi voltar para casa, domingo estaria de folga então seria bom está em casa.

Ela morava em um condomínio de casas, dessa que só mora quem ganha mas de 15 mil por mês, no meio da conversa ela deixou escapar que sua profissão era herdeira e que ela exercia essa função divinamente bem, era difícil determinar se ela falava a verdade ou não, mas gostei do mistério, trocamos contatos e segui para casa, quando estava na saída da cidade João Pedro me manda mensagem perguntando onde eu estava, fiquei puto de ter levado mais uma hora para que ele começasse a me procurar, não respondi sua mensagem e voltei para casa, sei que não foi a atitude mais madura, porém foda-se também, não preciso ser maduro e evoluído o tempo todo.

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Comentários

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Cara, o relacionamento do Luis Paulo com o João Pedro está suspeito...será que rola algo entre os dois as escondidas? ou será algo pior?

Não gosto do JP e nem do LP.

Parabéns pelo conto!!

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Senti que o tal LP sabe de alguma coisa sobre JP, mas não quero especular muito sobre esse história, pois estou sentindo que não vou gostar das decisões do protagonista.

João Pedro não serve para ter um relacionamento do tipo que João Miguel está esperando.

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Já disse s repito, quero ver o João Miguel comendo o amigo dele lá, é Dimas né?

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Foto de perfil de Paulo Taxista MG

Na boa esse JP já deu, o cara nunca sabe o que quer, JM tem que fazer essa fila andar.

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João Pedro nem para transar contigo eĺe quer. pule fora desse barco furado.

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Foto de perfil de Jota_

Rafa, Rafa, adicionando personagens, quero só ver onde isso vai parar! Haha

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Super sensata a tua não resposta. Continue assim, detetive.

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