DOSE DUPLA

Um conto erótico de ClaudioNewgromont
Categoria: Heterossexual
Contém 1830 palavras
Data: 27/04/2024 19:41:46
Assuntos: Heterossexual

Conheci Mônica num final de tarde, numa livraria de Fortaleza, quando lá estive de férias. A partir de um comentário aleatório sobre determinado livro que eu folheava, a conversa se entabulou sobre outras obras daquele autor, e o quanto a literatura era capaz de salvar vidas e cabeças da mediocridade decretada pelas redes sociais. Essas reflexões já foram elaboradas, desenvolvidas e partilhadas num simpático barzinho, ao lado da livraria, saboreando exóticos drinques, que ela dizia serem exclusividades cearenses.

Professora universitária, divorciada, 45 anos, tinha uma filha de 19, que morava ora com o pai, ora passava uns tempos com ela – dependia do nível de estresse atingido a partir da convivência com cada um deles. Chegava de mala e cuia, sem qualquer aviso, na casa de um ou de outro, que nas duas mantinha um quarto completo. Mas era uma boa garota, com quem mantinha uma intimidade incrível, conversavam muito e diariamente, que ela era muito inteligente e linda – dei os devidos descontos à corujice de mãe.

O assunto foi por aí, caminhou pela minha obstinada solteirice aos 55 anos, a ausência de filhos (pelo menos que eu saiba, brinquei), um trabalho de revisor numa editora capixaba, que me dava prazer, me sustentava e a meus esporádicos passeios, principalmente às praias naturistas brasileiras, que eu me programara para visitar uma a uma, mas só conhecia mesmo Barra Seca, a que eu ia com a frequência que me permitia gastar as três horas de viagem de Vitória até lá...

Mônica era de uma beleza madura, bastante atraente. A pele jambo cuidada, o sorriso perfeito, o corpo bem tratado, demonstravam uma mulher de classe média alta, que fora casada com um industrial de relativo sucesso na capital do Ceará, mas que, ao se divorciarem após um casamento de quinze anos (dos quais “só dá para contar mesmo dez”, diz ela, rindo), rendeu-lhe um apartamento à beira-mar, no bairro nobre do Meireles.

Enquanto conversávamos, eu apreciava o belo rosto daquela jovem senhora, os seios que pareciam ainda rígidos, pela generosa porção exposta pelo decote. A redonda mesa de tampo de vidro me permitia observar, por entre as taças de bebidas e os pratos de deliciosos petiscos, as coxas morenas daquela mulher maravilhosa, e o paraíso que deveria se esconder no encontro triangular de suas pernas. Minhas duas cabeças conspiravam entre si: queremos comer esta maravilha! E poderia até ser que sim, uma vez que a conversa já poderia se configurar como um encontro; a foda seria uma questão de tempo.

Só não pensei que seria uma questão de tão pouco tempo. O papo foi se tornando mais íntimo, mais picante, as risadas mais frequentes, os toques mais constantes, o álcool povoando os cérebros e incitando as ousadias... quando dei por mim estávamos agarrados nas bocas um do outro, em tórridos beijos a assanhar todos os nossos hormônios. A noite já se instalara completa, e uma luxuriante lua amarela se exibia no horizonte.

Pagamos a conta – que ela fez questão absoluta de dividir – e saímos, abraçados feito consolidado casal, em direção a uma próxima praça de táxi (algo já meio estranho, nestes tempos de uber – mas de atendimento imediato, sem espera nem perigo de cancelamento), e assim chegamos ao seu prédio. No caminho, pedira licença para falar com a filha – disse que estava com saudade, mas parece que o que pretendia mesmo era partilhar com ela seu momento-conquista; acho que o álcool fê-la falar até demais – em instantes a filha estava sabendo até do meu naturismo. Mas o importante, disse-me Mônica, é que Juna está em sua temporada com o pai, e temos o apartamento todo para nós. Aí eu compreendi a razão da ligação naquele momento – assegurar-se de onde estava a filha. Essa Mônica era mesmo uma figura.

Em minutos, que me pareceram horas, vencemos as distâncias da entrada, do hall, do elevador, até o 16º andar. Nossos corpos estavam inquietos, ansiando para se devorarem; os sinais eram cada vez mais visíveis e evidentes: rola dura, seios apontados, carícias cada vez mais ousadas – o quanto nos permitia o estar em público. Mas quando a porta do ap se fechou após nossa entrada, liberamos todos os demônios de luxúria que nos consumiam e literalmente nos atracamos com uma voracidade dionisíaca-venusiana. Em segundos estávamos completamente nus e pude sentir toda a gostosura e sensualidade daquela mulher, que eu somente imaginava. Minha boca vagou, atrevida, da sua boca para os seios, a barriga, chegando à buceta alagada – ela gemia intensamente e entrecortava os gemidos com deliciosas obscenidades, que me deixavam ainda mais louco.

Conseguimos chegar na cama, aos trancos e barrancos, e nossos corpos se entrelaçaram numa foda fenomenal, iniciada com um boquete dos mais competentes que já recebi. Quando a tive embaixo de mim, eu socava sua buceta com suavidade e energia, o que a fazia requebrar todo o corpo sinuosamente, enquanto me agarrava com uma avidez incessante. Tive que fazer certo esforço para não gozar antes da hora. Em pouco tempo, ela mudou de posição e subiu em mim, descendo sobre minha rola e cavalgando belamente. Os seios tesos sob os carinhos das minhas mãos a faziam gemer, enquanto rebolava sobre mim, a cabeça para trás, os cabelos em cascata – tudo isso deveria formar um quadro digno de qualquer pintor.

Os solavancos foram ficando cada vez mais intensos, os gritos também, até atingirem o ápice, num gozo extraordinário, que a fez desabar sobre meu corpo, aos impulsos involuntários... a respiração ofegante. Minha pica, dentro de sua buceta ardente sentia-lhe o orgasmo a cada contração, a cada mordiscada, mas ainda assim se manteve firme e forte, sem explodir, para o completo prazer daquela amazona incrível...

Mônica foi relaxando em meu peito, beijando-me com ternura, até deitar ao meu lado e adormecer lindamente. Conferenciei com meu pau, duro e brilhante de lubrificação vaginal, que tivesse um pouco de paciência, que o próximo a gozar seria ele, ainda que demorasse um pouco mais, já que o cansaço da fêmea, aumentado pelo álcool e a felicidade vivida, deveria tê-la abatido e ela dormiria um pouco mais. E como ela repousava bonito, com a satisfação e o tesão espelhados em seu rosto de deusa! Admirei-a por alguns minutos, e, garganta seca, a exigir hidratação, dirigi-me à cozinha, pelado mesmo como estava, peguei um geladíssimo copo com água e o fui degustar debruçado à janela, apreciando o rastro prateado da lua sobre as águas calmas do mar, enquanto recebia em meu corpo desnudo a brisa fresca e constante que vinha de fora..

Meus olhos bebiam aquela imagem maravilhosa de lá de fora, quando ouvi um leve ruído atrás de mim. Que bom que Mônica acordou, pensei... Vamos ao segundo round de nossa foda maravilhosa. Como que teleguiado por esse pensamento, meu pau foi se armando e, com ele duríssimo, me virei, o rosto transfigurado em fogo e desejo. Recebi como um soco no estômago, senti meu coração praticamente parar e minha alma levantar voo, em busca da lua: Juna é que estava parada, à porta, com um camisão colado ao corpo pelo vento que vinha da janela, túmidos seios e lábios em relevo desenhados.

Devo ter feito a maior cara de idiota do planeta, pois nem tapar as partes íntimas eu conseguia, com o copo com água na mão. Que diabos aquela fedelha fazia ali? Ela não estava na casa do pai? Pensamento cretino – ela não avisava onde e quando apareceria... Gaguejei um “boa noite” lastimável, procurando disfarçar o vexame atrás de uma poltrona. Ela foi graciosamente cruel: “Boa noite, namorado da Mamis!” Ria mordazmente. “Por que está tentando se esconder? Não é naturista?” Ferido em meus brios ideológicos, resolvi reagir: “Um naturista fica incomodado diante de alguém vestido...”

“Não seja por isso!” Levantou os braços, e junto levou a única peça de roupa que cobria seu corpo. Uma ninfeta angelical e diabólica materializou-se a minha frente: seios pequenos e firmes, buceta depilada, coxas grossas – uma versão mais jovem de Mônica. Aproximou-se de mim (e eu nem ligava mais para a minha ereção pulsante), e, roçando seus dedos nos meus dedos, tomou-me o copo da mão: “estou com sede, preciso de água!”

Eu já não sabia mais o que pensar, o que falar, o que fazer. Resolvi depositar meu destino nas atitudes daquela garota. Ela soltou o copo vazio sobre uma mesinha e emitiu um gemido baixinho, ao fixar meu pau rígido. “Vocês me deixaram louca com seus gritos e gemidos, sabia?!” Puta que pariu, ela estava no quarto vizinho, ouviu todo o nosso alvoroço na cama! “Olha a situação em que me deixaram...” Foi falando, pegando a minha mão e a levando até sua buceta, completamente encharcada. “Alguém tem que resolver esse problema, não acha?!” Ela era manha só, um poço de dengo.

Não deu mais pra segurar. Encostei meu corpo naquela estátua viva de carne e busquei sua boca, com frenesi. Ela respondeu freneticamente, devorando minha língua, enquanto se esfregava acintosamente em mim. Empurrou-me com suavidade para a poltrona atrás da qual eu tentara me esconder e onde cai sentado, com ela por cima, e não sei como, em segundos eu estava com o cacete todo enfiado naquela jovem buceta, ardente lava a me devorar.

Movimentos frenéticos, gemidos dela abafados pela minha boca, que só largavam seus lábios para sugar voluptuosamente seus seios, enquanto ela mais e mais cavalgava, com a mesma destreza da mãe – talvez mais, porque mais elástica, elétrica e agitada. Gozou em segundos, abrindo mais e mais as pernas, para que eu a penetrasse inteiramente, e tremia as coxas em choques elétricos, a cada gozada.

Ao se satisfazer, retirou-se de mim e deslizou até o chão, abrindo as minhas pernas, enfiando-se pelo meio e catando meu pau completamente lubrificado, acariciando-o com volúpia. Sua mão deslizava no óleo que trouxera de seu gozo e que lambuzava meu pau, mas a cadência com que me punhetava era o bastante para me manter em êxtase sem gozar. Quando começou a sentir a lubrificação secando, aproximou-se e foi me engolindo, misturando a língua ao meu pau, e ajudando com a mão. Eu, recostado à cadeira, de olhos fechados experimentava sensações de outro universo.

Não deu para segurar mais nada, em segundos os raios do meu orgasmo se anunciaram, e eu a fiz ver isso, me mexendo compulsivamente, mas ela intensificou e vedou os lábios em torno de minha rola, trabalhando apenas com a língua. Explodi feito barragem que se rompe no meio da noite, e Juna engolia rapidamente cada jato, esperando o próximo e o próximo, até apenas gotas restarem sobre a cabecinha, que ela lambeu com avidez.

Abri os olhos devagar, como a temer que aquilo tivesse sido um sonho provocado pela foda sem gozo de há pouco, mas constatei ser realidade, nos olhos brilhantes, no sorriso escroto estampado naquele jovem rosto. Enquanto eu me deliciava focando o corpo que tinha agachado, entre minhas pernas, minha visão periférica pareceu ter a nítida certeza e ter notado um vulto no início do corredor, retirando-se rapidamente para o interior do apartamento...

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 15 estrelas.
Incentive ClaudioNewgromont a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Listas em que este conto está presente

Heterosexo
Encontros calientes de gêneros diferentes.