Vicio - Segunda Dose

Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 2252 palavras
Data: 15/03/2024 21:04:24
Assuntos: Demi, Gay

Já tinha três semanas que não encontrava com João Pedro e nem estávamos mais reagindo os stories um do outro, estava certo que ele não estava mais afim e começava a seguir com a vida, parei de olhar as redes dele também quando percebi que estava ficando com ciúmes de alguém que nem era nada meu, meus amigos insistiam que eu fosse atrás dele, mas resolvi só deixar quieto, na quinta peguei uma folga porque estava trabalhando direto sem parar desde a semana passada, aproveitei para pôr a casa em ordem e ajudar meu avô com uma tarefas que ele já havia me pedido faz tempo.

O ruim de folgar na semana é que meus amigos estavam todos trabalhando, com exceção do Luis Paulo eles não gostavam de sair em meio de semana, mandei mensagem para o Luis Paulo, mas justo no dia em que queria sair para beber ele não estava na cidade, o pai dele mandou ele numa viagem para resolver umas coisas de família, então fora minhas tarefas em casa seria um folga com nada de bom para fazer, depois do almoço coloquei minha roupa na máquina e fui trabalhar de casa mesmo, pois é no ápice da falta do que fazer estava trabalhando na folga.

No fim da tarde recebo uma mensagem da Adriana, ele estava na cidade com o novo namorado e com o filho, era aniversário do moleque e a família do namorado dela que morava na mesma cidade que eu se ofereceu para fazer a festa do garoto, achei estranho, minha família não faria isso nem pelos de casa quem dirá o filho da namorada de um parente, mas era justo ele ter essa sorte depois do que passou com o ex marido, enfim ela me convidou para festa, meu primeiro instinto foi dizer que não poderia, mas aí me vi numa situação em que não tinha nada para fazer que fosse mais divertido do que uma festa de criança, então disse que sim.

Adriana me passou o endereço, perto da hora marcado dei uma passada no shopping para comprar um presente e fui para lá, assim que cheguei a primeira pessoa com quem dei de cara foi o Emanuel, meu sangue ferveu na hora, ainda mais porque ele chegou com o João Pedro de carro, já tinha três semanas que eu não o via, mas foi só pôr os olhos nele que nada mais poderia disputar a minha atenção, ele estava muito lindo, com uma bermuda jeans, uma camiseta branca e uma pochete atravessando no peito, ele tinha uma estilo que me deixava encantado, tudo nele parecia certo ou melhor perfeito para mim, não conseguir encontrar um defeito naquele cara e isso me deixava muito puto, porque não conseguir ser racional quando se tratava do João Pedro, ele literalmente se tornou minha criptonita.

— Olha só quem é vivo sempre aparece. — Ele falou brincando vindo na minha direção e sorri da sua piada besta.

— Digo o mesmo. — Falei e para minha surpresa João Pedro não só me abraçou como deixou um selinho na minha boca.

— Sentiu saudades? — Ele perguntou colocando os braços em volta do meu pescoço, Emanuel entrou e nos deixou sozinho na calçada.

— Se eu dizer que sim você vai ficar convencido.

— Pois você pode ficar também. — Ele disse.

— Por que?

— Por que, tu ainda pergunta, nem imagina como queria te ver. — Ele diz e fiquei surpreso com sua resposta.

De repente parecia que as três semanas não tinham existido e o que era para ser um aniversário cheio de criança com pessoas que não conheço passou a ser uma noite muito boa, João Pedro não desgrudou de mim em momento algum, claro por ser um ambiente familiar não conseguir fazer tudo que eu queria, mas ele aproveitou todas as oportunidades que teve para me beijar, João Pedro estava me deixando nas nuvens, nem conseguia lembrar a última vez em que tinha ficado feliz assim, ele pegou comida para mim, me contou sobre a viagem — me fiz que não sabia de nada, mesmo sabendo até onde ele se hospedou nesta viagem — e me fez perguntas sobre minha semana.

— Você quer me perguntar alguma coisa. — Ele afirmou de repente me pegando totalmente de surpresa.

— Como assim, você lê mentes agora? — Falei brincando.

— Não, quer dizer só a sua. — Ele me beija levemente. — Não, ele não é meu ficante e nem nada disso.

— Mas vocês se beijam. — Soltei sem querer, a coisa da criptonita era muito real.

Ele sorrir vitorioso por ter acertado e me indignei por dentro por ter caído fácil na dele, mesmo assim ele não pareceu chateado e nem nada.

— João Miguel, eu beijo meus amigos, mas é bem diferente dos beijos que eu dou em você. — Ele disse me puxando para um corredor que ligava a entrada da casa ao quintal onde ocorria a festa e me beijou, uma desses beijos que deixa o pau duro na hora.

— Estava com saudades disso. — Entrego os pontos e confesso.

— Você não era o único bebê.

— Apelidos bregas João Pedro. — Falei tirando onda com ele.

— Acredita se eu disser que é só com você que sou brega e comportado? — Ele fala me dando mais um beijo.

— Ai é. — Falei retribuindo com outro beijo.

— Vocês podem não se comer no aniversário do meu filho? — Adriana fala rindo da nossa cara por ter nos pego no flagra.

— Com o João Miguel duro, acho muito difícil prometer Drica. — Fico tímido na hora e os dois caem na risada por causa da minha reação.

— Você não tem jeito JP. — Adriana responde.

— Já estamos indo Drica, te amo. — Ele abraça e beija a prima na bochecha.

Me despeço dela e saio com João Pedro, estou feliz que nem consigo evitar as covinhas, quero muito ficar sozinho com ele, estou sentindo muita falta do corpo dele no meu, como não posso leva-lo para casa acabamos indo para o mesmo motel que pernoitamos da última vez, como já tínhamos jantado no aniversário seguimos direto para o motel, mandei só uma mensagem para o meu avô informando que não dormiria em casa, era tão automático dar satisfações para ele, que meio que nem percebia esse hábito mais.

Foi só entrar no quarto que João Pedro se desfez de suas roupas e veio para cima de mim só de cueca, mas não era uma cueca qualquer era uma jockstrap, filho da puta, eu sabia o que era, mas nunca tinha visto uma, isso me deixou muito excitado, era como pegar uma mina usando lingerie, sei lá, puxei ele para um abraço forte e beijei sua boca com muita vontade, meus dedos foram direto para sua entrada e quando penetraram ele o filho da mãe gemeu na minha boca como uma putinha.

— Você vai me matar sabia? — Falei para ele.

— E tem jeito melhor de morrer baby?

Joguei ele na cama deitado com sua bundinha a bem levantada, ele estava com o rosto no colchão e com a bundinha toda aberta para mim, tirei minha camisa e a calça, minha cueca box preta já melado com meu pré gozo, faço algo que nunca me imaginei fazendo, abri bem suas nádegas com minhas mãos e seu cuzinho depiladinho piscando para mim fiquei louco de tesão, quando comecei o famoso beijo grego nele o safado começou a gemer de prazer, seu gosto era maravilhoso, cuspi na sua entrada para lubrificar e comecei a alternar entre minha língua e meus dedos.

— Me come, quero te sentir baby. — Filho da puta falando feito uma putinha, não tinha como resistir nem seu eu quisesse muito.

Tirei a cueca, encapei o pau, lubrifiquei com saliva mesmo e aproveitei ele naquela posição, fiquei de pé em cima da cama, me agachei e soquei dentro dele de uma vez só, ele mordeu o fronha para não gritar, porém não recuou o nem um centímetro sequer, ele queria rola e eu queria socar nele mais que tudo, como sempre nosso encaixe era coisa de louco, era a nossa primeira vez indo até o fim e tipo ele era bem mais apertado do que imaginei, soquei forte por um tempo, quando cansamos, deitei por cima dele, seu cheiro era muito bom, tudo nele me deixava completamente encantado.

— Isso baby, soca com força. — Ele dizia entre um gemido e outro.

— Você está me deixando viciado em você, João Pedro.

— Estou, baby, me fode, fode meu cuzinho.

— Caralho moleque, você é tão apertadinho. — Falei.

— É que você é o único que eu quero dá. — Quando ele disse isso, perdi completamente o controle e soquei mais fundo e com mais força.

Ele virou o rosto e beijei sua boca, ai não teve como segurar mais, gozei enchendo a camisinha com meu prazer, ficamos assim por um tempo e vi que ele ainda estava duro então sem parar para pensar muito sobre, agarrei seu pau e coloquei na boca, João Pedro fechou os olhos e jogou a cabeça para trás, era a primeira vez na minha vida que tinha um pau na minha boca, mas era bom, bom para caralho, João Pedro era tão gostoso que até seu pau tinha um gosto bom, comecei sem jeito, pegou no dente algumas vezes, porém ele não reclamou, quando fazia algo que ele gostava ele me dizia então continuava alí, seguindo as instruções dele fiz o safado gozar na minha boca e engoli a maior parte, depois ele me beijou sentindo seu gosto, ficamos deitados trocando beijos e carícias.

— Baby pensei que você iria demorar mais para me chupar. — Ele fala.

— Na real já queria ter feito isso antes, mas não tive coragem. — Falei, com ele não conseguia guardar segredos.

— João Miguel não sei o que você fez comigo. — Ele fala me beijando. — Não paro de pensar em como você é gostoso.

— Ah João Pedro não sei o que eu fiz, mas com certeza você fez comigo também. — Falei e rimos.

Tomamos banho juntos e foi incrível dividir o box com ele, queria que todos os meus banhos fossem com ele, nunca tinha me apaixonado, mas sabia que estava assim por ele naquele momento, ele me dava todos os sinais de que era recíproco, depois do banho deu fome, pedi um lanche e abri umas cervejas para gente, vesti só minha cueca ele se cobriu com o lençol, fiquei sentado escorado na cabeceira da cama e ele deitado com a cabeça nas minhas pernas, estava fazendo cafú nele e conversando.

— Você disse que só para mim que você quer dar? — Perguntei para ter certeza.

— Eu já dei antes, mas nunca gostei, pelo menos até te conhecer, quando ficamos a primeira vez eu senti uma vontade de fazer, mas resolvi esperar mais um pouco e hoje eu sabia que você ia então me preparei.

— Foi por isso que a Adriana me convidou? — Falei me dando conta de que nosso encontro tinha sido armado por ele.

— Não, ela já ia te chamar, só aproveitei a oportunidade. — Ele fala.

— Você fica com só com caras? — Perguntei.

— Não, eu sou pansexual, tipo se me sinto atraido eu fico.

— Eu sou Demi. — Era a primeira vez que dizia isso em voz alta para outra pessoa que eu conhecia, por um momento tive medo de como ele reagiria, mas seus olhos se iluminaram.

— Sério, caralho eu sabia que nossa conexão tinha sido foda. — Ele fala mais feliz do que tava antes. — Ms você não fala sobre isso, tipo quando não rola você não conta para mina ou pro cara?

— Contei para poucas pessoas, você é o primeiro amigo para quem conto, só quem sabe são mulheres com quem não saio mais e nem convivo e meio que você foi meu primeiro até agora único cara, quer dizer beijei um amigo uma vez, mas não passou disso.

— Sou seu primeiro cara e você ficou comigo assim de boas? — Ele fala surpreso.

— Nunca pensei sobre ser bi ou gay ou nada disso, mas depois que entendi que era Demi meio que comecei a me permitir viver experiências que fossem interessantes para mim.

— Então você é bixesual e Demisexual, interessante, você é mesmo uma caixinha de surpresas baby. — Ele fala me beijando.

Nosso lanche chegou e comemos, transamos mais umas duas vezes, agora já era estava completamente viciado no João Pedro, não tinha mais como negar isso, mas como tudo que é bom dura pouco no dia seguinte ele precisou voltar para cidade dele, como tinha que trabalhar ele viajou comigo de novo, acordamos tarde, então não deu tempo de tomar o café da manhã, deixei ele no apartamento dele e depois segui para a delegacia, cheguei quinze minutos atrasado, mas o delegado não falou nada, fui direto para minha mesa e fiz duas horas extras para compensar meu atraso e não gerar falação do delegado comigo depois.

Troquei umas mensagens com João Pedro e voltamos a reagir aos stories um do outro, só que infelizmente peguei um plantão em que teria que ficar na delegacia até sábado de manhã, então não poderia vê-lo nesse meio tempo e como se não bastasse o tão de Emanuel arrumou um outro trabalho para ele, o pai do Emanuel era dono de um restaurante e contratou o João Pedro pagando melhor do que ele recebia no outro trabalho e folgando no fim de semana, já que o pai do Emanuel é adventista e não abre o estabelecimento no sábado e no domingo ele só abre pro almoço, e adivinha só eles iam comemorar numa casa de praia no sábado, pelo menos dessa vez soube pelo João Pedro, não precisei stalkear ele de novo.

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Comentários

Foto de perfil de Xandão Sá

Lukas, é muito foda a maneira como tu descreve não só o sexo mas os sentimentos e as sensações e emoções das personagens

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Foto de perfil de Jota_

Será que o JP vai se firmar com o João Miguel? Eu acho que não, pelo menos agora não, senão não seria um conto do Rafa! Haha

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Foto de perfil de Paulo Taxista MG

Verdade hahaha, conhecendo nosso amigo autor, ele vai fazer o JM sofrer um pouco, até ele tomar coragem é se declarar de verdade para o JP

Pelo menos os dois foram sinceros dessa vez, assumindo de fato o que eles são.

Agora aguardar os próximos capítulos.

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