Diário de uma Escrava Sexual - Parte 4

Um conto erótico de Cecília Ramos
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 2088 palavras
Data: 01/03/2024 17:21:14

NÃO LEIA ESSE CONTO... Se você não gosta de sadismo, masoquismo, submissão, dominação e situações degradantes.

“Cecília, acorde... Vamos, por favor, abra os olhos... Me ajude aqui, Laís, ela precisa acordar...”

Abri os olhos devagar. Ainda sentia muita dor por todo meu corpo. Aline e Laís estavam ao meu lado, tentando fazer com que eu me levantasse. Com muito esforço e ajuda de ambas, consegui ficar em pé. Elas me acompanharam até a fila da inspeção, me carregando, na verdade. Me escorei na parede e elas tomaram seus lugares no exato momento em que ouvimos os passos dos funcionários chegando.

Dessa vez vieram em três. Além dos dois homens de costume, havia com eles uma mulher. Antes de qualquer coisa, ela veio até mim e me ajudou a voltar para o colchão. Os inspetores começaram a fazer o trabalho deles com as meninas da fila. Quando deitei novamente no colchão soltei uma exclamação de dor por conta dos movimentos necessários e o contato do colchão com minha pele machucada. A mulher se apresentou:

“Me chamo Silvana, sou médica. Vou examinar seus ferimentos e te dar medicações.”

Com a voz trêmula, consegui dizer apenas um simples obrigado. Silvana colocou um par de luvas de borracha e começou a examinar com atenção cada parte do meu corpo. Seu toque era delicado e cuidadoso, diferente dos inspetores.

“Você vai ficar bem, Cecília. Vou aplicar uma pomada nos machucados na pele e te darei um comprimido para dor. Você deverá ficar 5 dias em repouso. Vou deixar as orientações para que te tragam a medicação para dor no horário das inspeções.”

Acenei que sim com a cabeça. Ela passou a tal pomada em todas as minhas feridas, inclusive no ânus e na vagina. Tomei os dois comprimidos de sempre e um terceiro, como ela havia dito. Quando Silvana fez menção de se levantar, segurei se pulso e sussurrei baixinho, para não ser ouvida pelos inspetores:

“Você sabe o que acontece aqui? Pode nos ajudar?”

“Sei sim, Cecília. Mais do que você pensa. E ninguém pode sair daqui.”

Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, ela se levantou e andou até os inspetores. Disse a eles que eu não iria para as baias pelos próximos 5 dias e entregou um pequeno frasco de comprimidos. Nesse ponto, a inspeção já havia terminado e os três funcionários foram embora. Minhas colegas foram para a faxina, mas Laís e Aline correram até mim antes disso. Eu podia ver a preocupação e o sentimento de dó em seus olhares. Agradeci mais uma vez por elas terem me limpado na noite anterior e peguei no sono novamente.

Os próximos dias passaram depressa. Eu dormia a maior parte do tempo, pois deitada era o jeito que menos sentia dor. Além disso, o terceiro comprimido dava bastante sono. Nos momentos em que estava acordada e minhas colegas estavam no quarto, sempre havia uma companheira ao meu lado. Com isso acabei conhecendo melhor as minhas amigas. Além de Laís, que descobri que trabalhava como telefonista e Aline, que era massagista, estavam conosco Sophia, Laura, Manuela, Maria Fernanda, Maria Eduarda, Isadora, Amália, Raquel e Ariadne.

Laura, Raquel, Maria Fernanda e Amália eram as garotas que estavam ali há mais tempo. Trabalhavam juntas na parte administrativa de uma indústria farmacêutica e estavam voltando para casa na van da empresa quando foram sequestradas e levadas para lá, isso há mais de um ano. Sophia era diarista. Manuela trabalhava de garçonete. Maria Eduarda e Isadora eram artistas, uma dupla que ganhava a vida tocando em barzinhos. E por fim, Ariadne era corretora de imóveis.

Também foi nesse período que Laís me contou sobre o que se tratavam as pílulas. Inclusive, pude sentir na prática o efeito delas, pois continuei tomando diariamente, mesmo durante os 5 dias que não fui para as baias. Durante às noites, enquanto minhas colegas trabalhavam, eu ficava no quarto e sentia algo inexplicável. Uma vontade súbita de fazer sexo. Uma excitação provocada artificialmente, que acabou resultando em um acúmulo de tesão, visto que eu não estava tendo relações.

Esse tipo de sentimento sempre era mais forte no horário do trabalho e atribuí isso ao tempo que a medicação demorava para fazer efeito no corpo, pois tomávamos as pílulas sempre nos mesmos horários. Nos dois primeiros dias eu ainda estava muito machucada, mas com os ferimentos melhorando, na terceira noite me entreguei ao tesão e me masturbei quando minhas colegas me deixaram sozinha no quarto. Tive um orgasmo intenso e acabei pegando no sono logo em seguida.

Por mais que eu me odiasse por isso, nas duas últimas noites também precisei me aliviar. Eu fantasiava aventuras sexuais com Aline e ficava cada vez mais tentada a abrir o jogo com ela. Eu queria senti-la de verdade, mas ainda tinha muitos receios de como isso seria recebido por ela e até mesmo sobre o que nossas outras colegas poderiam pensar.

Quando acabou minha trégua, tive que voltar à rotina, como se nada tivesse acontecido. Com exceção do fato de que a minha punição tinha sido efetiva e não ousei mais discordar ou fazer qualquer coisa que pudesse ser entendida como uma afronta ou desrespeito aos inspetores e seu chefe.

Diferentemente de tudo o que eu imaginava quando cheguei ali, nas semanas que se passaram eu realmente comecei a me adaptar à minha nova vida. Passei a aceitar a submissão e não me importar com o serviço que tinha que fazer. O “mundo lá fora” deixou de existir para mim. Minha amizade com as outras garotas foi se fortalecendo, em especial com Laís e Aline, que foram as duas primeiras a me acolher. Minha paixão secreta por Aline também crescia e era comum eu me masturbar pensando nela.

Passaram-se várias semanas sem que nada novo acontecesse. Era sempre a mesma coisa, acordar, fazer faxina, foder, dormir. Até que um certo dia, algo diferente aconteceu. Silvana, a médica, apareceu junto com os outros funcionários para uma das inspeções matinais. Naquele dia a inspeção demorou muito mais do que de costume, pois além dos procedimentos tradicionais, Silvana fez um “checkup” médico. Auferiu pressão, peso e coletou amostrar de sangue de cada uma de nós, com o intuito de fazer exames de sangue. Laís me contou que aquilo acontecia com certa periodicidade, mas elas nunca recebiam retorno algum sobre os resultados.

Por conta da demora durante a inspeção, a faxina naquele dia iria se estender até bem próximo da hora de começar o trabalho. Para não tumultuar o chuveiro, combinamos entre as meninas que duas sairiam mais cedo da faxina para tomar o banho e quando acabassem, outras duas sairiam e assim por diante. Tiramos na sorte qual seria a ordem de ‘abandonar’ a faxina com antecedência. Para a minha sorte, fui a primeira selecionada para sair mais cedo e para minha alegria, quem sairia comigo seria a Aline. Senti meu coração acelerar as batidas, pois como nosso espaço era compacto e éramos muitas, aquela seria a primeira vez que eu e Aline ficaríamos verdadeiramente a sós.

Quando tocou o alarme, eu e Aline fomos até o chuveiro. Tínhamos que ser rápidas pois ainda tinham 5 pares de garotas que precisariam tomar banho e estávamos a apenas meia hora da abertura da casa. Eu não conseguia tirar os olhos de Aline enquanto ela se banhava. A visão da água do chuveiro escorrendo pelas suas curvas me deixou excitada. Num impulso, me aproximei dela e a puxei para um beijo de língua. Para minha surpresa e alívio, ela retribuiu o afeto, o que resultou em um demorado e excitante beijo, que foi interrompido pela voz de Amália, vindo da sala ao lado:

“Aline, Cê, já terminaram aí?”

Eu e Aline nos afastamos rapidamente e respondi para Amália:

“Já sim, podem vir mais duas pois estamos de saída.”

Nisso, Aline já estava saindo do chuveiro. Até que a próxima dupla terminasse o banho ficamos a sós no quarto, mas foram minutos constrangedores. Não falamos nada uma com a outra e nossos olhares não se cruzaram. O silêncio só foi quebrado quando Amália e Maria Fernanda se juntaram a nós.

Minha cabeça parecia um grande turbilhão. Além disso, eu estava com frio na barriga e com umidade na buceta. Aquele beijo tinha sido deliciosamente excitante. Não troquei mais nenhuma palavra com Aline até entrarmos cada uma em sua baia. As horas de trabalho naquele dia demoraram a passar. Eu estava com uma expectativa muito grande para rever Aline. Ao mesmo tempo, tinha receio do que poderia acontecer com a nossa amizade. Eu estava tão dividida, que nas horas que se passaram mudei de ideia pelo menos umas 5 vezes sobre me declarar para ela ou fingir que nada tinha acontecido.

Quando finalmente acabou o turno de trabalho, saí de minha baia e fui para o chuveiro. Aline também estava ali, linda e gostosa. Mas como várias outras colegas também estavam, não tivemos oportunidade de conversar sobre o ocorrido. Eu lhe dava olhares diretos, mas ela continuava desviando o olhar, timidamente. Durante a refeição, após o banho, acabamos ficando em rodas de conversa separadas. Decidi que seria a última a ir dormir naquela noite, na esperança de ficar a sós com Aline, mas para minha tristeza, ela foi uma das primeiras a se deitar.

Quando todas as colegas já estavam deitadas, aceitei que não iria acontecer mais nada naquela noite e fui me deitar. Não consegui pegar no sono. Aline dominou meus pensamentos e a euforia que eu estava sentindo me impedia de dormir.

Após um longo tempo, ainda acordada, fui surpreendida ao ver Aline se aproximar de meu colchão, silenciosamente. Pensei que era um sonho, só podia ser. Quando ela se aproximou mais, fez um gesto com as mãos, me chamando, e começou a se dirigir para a sala de trabalho. Intrigada, a segui, mas não sem antes me dar um beliscão, numa tentativa clichê de descobrir se estava sonhando. E não estava.

Quando cheguei na sala, Aline estava me encarando. Ela então me disse, em voz baixa:

“Não consegui dormir.”

Não respondi. Avancei em sua direção e a puxei para mais um beijo. Nos envolvemos em amassos e carícias. Nossos seios roçavam uns nos outros. Ficamos assim por tempo suficiente para que ambas ficássemos ofegantes. Em meio às carícias, abri o jogo e contei para Aline que há tempos eu sentia tesão por ela e frequentemente sonhava com aquele momento.

A pegação ficou mais intensa, até que a virei de costas para mim e a empurrei em direção a parede. Envolvi seu corpo com o meu e levei uma de minhas mãos até sua buceta, começando um leve movimento de masturbação. Enquanto isso, minha buceta roçava em sua bunda. Eu sussurrava em seu ouvido, dizendo o quanto ela me deixava excitada e que eu estava com muita vontade de senti-la. Intensifiquei a masturbação enquanto sussurrava em seu ouvido a narrativa completa do primeiro sonho que tive com ela e isso fez com que ela precisasse cobrir a boca com as mãos para abafar os gemidos, enquanto se estremecia toda em um delicioso e prolongado orgasmo.

Ao se recompor após a gozada, Aline me segurou por uma das mãos e me levou até uma das baias altas. Entendi o recado e entrei na baia. Ela logo se posicionou e, segurando minhas pernas para o alto, caiu de boca em minha buceta, me devorando e me chupando com vontade e tesão. Aquilo foi ainda mais gostoso do que em meus sonhos e ela me guiou para um orgasmo intenso. Há muito tempo eu não gozava daquele jeito.

Depois que gozei, ela se juntou a mim dentro da baia. O espaço havia sido pensado para uma pessoa, então nossos corpos ficaram muito próximos um do outro. Olhando em meus olhos ela me disse que adorou aquele momento íntimo e que se dependesse dela, poderíamos repetir esse tipo de encontro. Eu disse que isso era o que eu mais queria. Ficamos alguns minutos “namorando”. Aproveitamos para conversar sobre como aquilo iria repercutir entre as outras garotas e concordamos em manter o relacionamento em segredo, pelo menos por enquanto. Também tínhamos medo do que poderia acontecer se a chefia descobrisse nosso caso.

Como tudo o que é bom dura pouco, logo nos vimos obrigadas a retornar para o quarto, com medo de que alguém pudesse acordar e dar nossa falta. Dei um beijo apaixonado de despedida e voltamos em silêncio para nossas camas. Fui dormir com o sorriso de Aline em meus pensamentos. Eu estava feliz, como há muito tempo não me sentia.

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