Diário de uma Escrava Sexual - Parte 5 (final)

Um conto erótico de Cecílias Ramos
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 2358 palavras
Data: 05/03/2024 16:24:54

Acordei feliz e relaxada. O delicioso sexo com Aline na noite anterior havia revigorado minhas energias. Olhei para Aline e assim que ela percebeu que eu a observada, dei um sorriso. Ela também sorriu e logo que terminamos de arrumar as camas, fomos juntas nos posicionar para a fila da inspeção. Laís, percebendo nossa alegria repentina, resmungou, com voz de sono:

“O que aconteceu com vocês duas, hein? Estão tão sorridentes logo de manhã!”

Aline disse que não era nada demais, apenas teve um sonho bom. Acabou ficando por isso mesmo, pois os funcionários chegaram. Silvana estava novamente com os inspetores e para a minha surpresa, logo que entrou na sala ela chamou:

“Cecília, venha até aqui.”

Senti um frio na barriga. Aline me olhou, espantada. Lentamente, saí da fila de inspeção e fui até a médica.

“Notei algumas divergências nos seus exames de sangue. Você precisará refazê-los.”

Imediatamente, ofereci meu braço para coleta de sangue.

“Não, não vim coletar amostras. Será necessário que você me acompanhe até o laboratório. Iremos assim que acabar a inspeção. Não se preocupe, não trabalhará hoje.”

A perspectiva de sair daquele local pela primeira vez em muito tempo me animou, mas tudo caiu por terra quando meu olhar cruzou com os de Aline e Laís e me lembrei do que haviam me dito. Ninguém que havia deixado a sala jamais havia retornado. Senti um formigamento de nervoso pelo meu corpo e aguardei em silêncio até o fim da inspeção. Assim que acabaram o que vieram fazer, Silvana e os outros dois funcionários me guiaram até a saída, mas assim que cruzei a porta, levaram um pano até meu rosto e desmaiei logo em seguida.

Comecei a recobrar a consciência. Minha cabeça ainda girava. Senti uma leve dor nos braços, onde dois pequenos curativos indicavam que já haviam coletado meu sangue para os exames. Mas por que me tirar da sala?

Olhei em volta e fiquei ainda mais intrigada. Eu estava presa em uma pequena gaiola de metal, na qual eu mal conseguia me movimentar. Vislumbrei uma escrivaninha e me dei conta que o local era uma pequena sala, provavelmente da médica. Após alguns minutos de solidão, ouvi passos. Silvana entrou na sala e começou a falar comigo:

“Que bom que já está acordada.”

“Por que estou nessa gaiola? O que aconteceu? Tem algo errado comigo?”

“Não há nada de errado. Na verdade, você está mais saudável do que nunca. E quanto à gaiola, bem, é apenas uma precaução.”

Ela se sentou atrás da escrivaninha e começou a analisar alguns papéis que estavam em suas mãos. Depois de um curto silêncio, implorei:

“Silvana, me ajude, por favor. Me deixe usar seu celular e chamar a polícia. Seu chefe não precisa saber.”

Ela largou os papeis e olhou para mim.

“Você ainda não entendeu, não é?”

Olhei para ela, intrigada. Ela então continuou:

“Eu sou a chefe. Sou eu que mando nesse lugar!”

A notícia foi um choque, mas rapidamente o espanto se transformou em medo. Medo de que minhas falas fossem consideradas um insulto e que eu voltasse a receber uma punição. Comecei a chorar e a sussurrar pedidos de desculpa.

“Acalme-se. Vou lhe explicar tudo.”

Longos minutos se passaram enquanto Silvana me contava sobre tudo o que aquilo significava. Eu permaneci calada, guardando para mim as minhas opiniões, enquanto escutava os detalhes sobre aquela atrocidade.

“Não sou uma simples médica, sou uma cientista. Eu estou trabalhando em um projeto de desenvolvimento de um medicamento. Até certo ponto, minha pesquisa estava sendo financiada pelo governo, mas foi determinado que era algo que poderia causar muitos riscos e descontinuaram o projeto. Aquilo me desagradou profundamente, então busquei meios alternativos de concluir meu trabalho.”

“Com a ajuda de alguns colegas da minha equipe, construímos esse local. O medicamento estava pronto para entrar na fase de testes, mas precisaríamos de cobaias. É aí que você e suas amigas entram. Sabia que não encontraria voluntárias para participar dos testes, então tivemos que trazer garotas à força. Confesso que no começo eu me sentia culpada, mas entenda: É para um bem maior!”

“Além disso, para conseguirmos testar, precisaríamos de homens. Mais especificamente, homens que possuíam as doenças que pretendíamos combater. Essa foi a parte mais fácil, pois eu tinha muitos pacientes nessas condições. Ofereci a eles um tratamento caríssimo, assim, além de conseguir as cobaias masculinas que eu precisava, ainda consegui dinheiro para financiar o projeto. É claro que, considerando o que é feito aqui, também preciso mantê-los em cárcere.”

“O mais engraçado é a natureza do ser humano. Por mais absurdo que seja você ser obrigado a ter relações sexuais com estranhos, tanto os homens quanto as mulheres passaram a aceitar isso. Alguns até gostam.”

“O plano então foi colocado em prática. Vocês diariamente têm ingerido doses do meu remédio e depois tem diversas relações sexuais com homens cheios de doenças. Sim, aquela pílula que tomam toda manhã. Vocês nunca se perguntaram como nunca pegaram doenças, mesmo tendo relações sexuais com vários estranhos, sem utilizar nenhum tipo de proteção?”

“Os resultados se mostraram promissores, mas ainda haviam alguns efeitos colaterais que precisavam de ajustes. Quando o dinheiro do projeto começou a ficar escasso, descobri uma forma de levantar uma renda extra: A indústria pornográfica. A propósito, foi um lindo show, seu e da Aline.”

Dizendo isso, ela virou a tela de seu computador para que eu pudesse ver e lá estava uma gravação em alta definição da transa que eu e Alina havíamos feito na noite anterior. A imagem era captada de diversos ângulos. Fiquei com mais raiva ainda daquela mulher. Ela era completamente louca. Silvana continuou o discurso:

“Escondi câmeras por todo o recinto e comecei a vender os vídeos das suas noites de sexo. Saiba que há muita gente disposta a gastar muito dinheiro para ver mulheres serem fodidas à força”

“Em resumo, eu desenvolvi a cura para as doenças sexualmente transmissíveis. E isso só foi possível graças a vocês. Principalmente você Cecília. Pois consegui elevar minha substância a outro patamar. Seus exames de sangue indicam que seu corpo passou a produzir naturalmente os hormônios que compõem meu medicamento. Isso quer dizer que a partir de agora, você é imune a quaisquer doenças transmitidas pelo sexo, mesmo sem tomar diariamente a medicação.”

“Isso, é claro, significa que você não é mais necessária aqui.”

Tive medo de morrer. Mas ao invés disso, ela me apagou novamente, como quando fui sequestrada ou levada até aquela sala.

Despertei com uma voz que me dizia rispidamente:

“Vamos, saia daqui. Essa praça não é local para indigentes.”

Assustada, abri os olhos e me sentei. Eu estava livre. Olhei em volta, era de manhã, o sol estava forte e eu estava em uma praça, que não reconheci. Eu vestia algumas roupas velhas, rasgadas. O homem que falava comigo e me mandava sair era um policial.

“Senhor, você precisa me ajudar. Não sou indigente. Fui sequestrada.”

Ele parou para prestar atenção em mim, então comecei a contar minha história. Conforme eu contava, ele demonstrava cada vez mais expressões de incredulidade no rosto. Ele perceptivelmente achava que eu estava inventando aquela história. Até que ele me interrompeu e pediu meus documentos. Eu disse que haviam tirado tudo de mim. Documentos, celular, dinheiro.

“Chega, cansei de ouvir sua historinha. Agora saia daqui. Se eu a ver novamente terei que levar você presa.”

Eu estava totalmente perdida. Ainda que pudesse andar livremente, eu não tinha nada, não sabia em que cidade eu estava e não tinha a quem recorrer. Ninguém acreditaria em minha história. Passei a morar na rua. Pedia esmolas para conseguir alguma coisa para comer no final do dia e sempre procurava algum canto que parecesse seguro para dormir e passar a noite. Fiquei pelo menos uns dez dias nessa situação, até que em uma certa noite, fui abordada por uma prostituta:

“Ei, você não é daqui, estou certa?”

Confirmei com um movimento de cabeça.

“Me chamo Karen. Se quiser, posso te apresentar ao meu cafetão. Sei que ser puta não é o sonho de qualquer mulher, mas te garanto que é melhor que viver na rua.”

Aceitei e agradeci. Fomos andando juntas por duas quadras, até chegar em um pequeno estabelecimento. Era o puteiro em que ela trabalhava. O local se chamava “Paraíso da Luxúria” e tinha um letreiro em neon na frente. Parecia ser uma espelunca.

“Espere aqui fora. Vou falar com ele e já volto.”

Fiz conforme ela me orientou e aguardei. Alguns minutos se passaram até que Karen retornou, acompanhada de um homem, gordo e baixinho, vestindo um terno barato e um pouco surrado. Ele olhou pra mim e disse:

“Qual é o seu nome?”

Me apresentei como Silvana. Senti que meu nome real não valeria mais de nada na minha vida, então resolvi passar a usar o nome da minha carrasca, de modo que eu nunca me esquecesse de todo o mal que ela fez a mim e às minhas companheiras.

“Entre, Silvana. Tome um banho e vamos conversar.”

Karen então voltou para a rua, em busca de clientes. O cafetão, que se apresentou como Cassius, me levou até um pequeno quarto, no qual havia uma cama de casal e um banheiro com chuveiro. Sem em incomodar com a presença do homem, tirei aquelas roupas surradas e entrei no chuveiro. Tomei um banho caprichado e quando voltei ao quarto, me deparei com Cassius deitado na cama, completamente nu.

“Vamos, me mostre do que é capaz.”

Sem nenhum tipo de frescura, fui pra cima de Cassius. Comecei a beijar e lamber seu pau, ainda meia bomba, com o intuito de deixa-lo duro. Enquanto isso, eu olhava nos olhos dele, com uma expressão safada no rosto. Ele não sabia, mas trepar com estranhos tinha se tornado uma especialidade minha nos últimos tempos.

Quando senti que seu cacete já estava duro de fato, parei de chupar e fui me posicionar para cavalgar naquele homem. Ele me empurrou, dizendo que eu precisava colocar uma camisinha em seu pau antes. Não questionei, afinal de contas, se eu fosse parar para explicar que não era necessário provavelmente eu estragaria o momento.

Assim sendo, peguei o pacote de camisinha que ele me oferecia. Abri e posicionei uma delas na cabeça de seu pau. Voltei a chupá-lo, usando os movimentos da minha boca para terminar de colocar a camisinha em seu lugar. Percebi que aquilo o agradou. Dessa vez, consegui me posicionar em cima de Cassius. Encaixei seu pau em minha buceta e comecei a cavalgar com vontade. Levei suas mãos até minha bunda e mandei ele apertar forte enquanto eu quicava.

Percebi que ele estava prestes a gozar, então sai de cima dele e arranquei a camisinha. Comecei a masturba-lo, intercalando com breves chupadas e lambidas na cabecinha do seu pau. Quando ele começou a gozar, me afastei um pouco e deixei-o gozar diretamente no meu rosto, pegando com a língua toda a porra que eu conseguia e levando para a boca, para engolir tudo.

Cassius foi ao delírio com aquela trepada. Me deixou na cama e foi até o chuveiro se lavar. Quando ele saiu do banheiro, me encontrou de quatro na cama, com a bunda empinada, costas arqueadas e olhando para trás, com um olhar sensual. Enquanto ele observava, eu disse:

“Vem, come meu cu.”

Pude ver a vontade de sexo no rosto daquele homem. Ele pegou outra camisinha e colocou no pau, para logo em seguida subir na cama e enfiar sem dó em meu cu. Eu estava acostumada com pirocas maiores, então dar o cu para ele não foi problema algum. Eu soltava gemidos, incentivando-o a foder mais intensamente. Não demorou para que ele gozasse novamente.

Dessa vez, quando terminou, ele tirou a camisinha do pau e se sentou na cama. Olhou para mim e disse:

“Silvana, se você quiser, pode trabalhar para mim. Karen me disse que não tem onde morar, pode ficar aqui até achar um lugar. Fique por aqui essa noite, esse quarto está à sua disposição. Vou pedir para te trazerem uma roupa melhor que esses trapos e amanhã voltaremos a conversar, assim você me conta o que decidiu.”

Agradeci ao Cassius e fui me banhar. Eu sabia que já tinha ganhado aquele homem e decidi que era uma boa forma de eu voltar a ganhar a vida. Quando ele voltou na manhã seguinte, eu disse que aceitaria a proposta e que além de trabalhar como prostituta, iria ajuda-lo a melhorar o estabelecimento, inclusive ensinando técnicas para as outras putas, desde que a remuneração fosse adequada, é claro. Ele aceitou meus termos e passei a trabalhar para ele. Em pouco tempo, com a minha ajuda, o “Paraíso da Luxúria” se tornou um dos maiores puteiros da cidade.

Eu era boa no que fazia e não tinha pretensão de sair dali. Aquela vida que conquistei era de longe muito melhor que a antiga vida que eu levava. Nunca voltei para a minha cidade natal, tampouco para a cidade de São Paulo, onde eu morava na época do sequestro. Também nunca mais entrei em contato com a minha família. Isso me doía, mas eu tinha muita vergonha de contar o que tinha acontecido comigo e o que eu fazia para ganhar a vida, então achei melhor deixa-los acreditando que eu havia morrido ou sumido.

No entanto, os traumas causados por tudo que passei por conta do sequestro e do período de cativeiro ainda me atormentavam, todas as noites. A maior parte do dinheiro que recebo, uso para tentar conseguir provas ou evidências que possam incriminar Silvana.

Busquei na internet informações sobre médicas chamadas Silvana e remédios para DSTs, contratei detetives, mas tudo sem sucesso. Fiz diversos exames de sangue, em busca de algo que comprovasse que meu organismo possuía substâncias relacionadas ao medicamento, mas nunca encontravam nenhuma diferença. Tentei até encontrar os conteúdos pornográficos que eram feitos às nossas custas e comercializados por Silvana, mas nunca encontrei nada.

Não vou desistir. Ainda tenho esperança de colocar Silvana e sua equipe atrás das grades e de libertar as outras meninas. Ainda tenho esperança de ver novamente o sorriso de Laís. Ainda tenho esperança de sentir novamente a boca de Aline.

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