Meu nome tem cinco letras (03/15)

Um conto erótico de Gui Fonseca
Categoria: Gay
Contém 1240 palavras
Data: 03/03/2024 11:07:59

03 – Pedro

Passei o dia inteiro vendo dois caras se divertindo com todas as coisas que propus a eles fazerem comigo. Xavecamos umas garotas. Não eram gays, mas eu achei que eram, eles compartilhavam intimidades, um era corno fora do navio e o outro dentro do navio e eu nunca me casei, sempre fui de ir atrás de rabo de saia, e vendo o que eles estavam passando tive certeza: amar uma pessoa e se comprometer deve ser bom.

Sei lá... Aquele sofrimento deve ter uma contra partida, se a dor era tão grande, a parte alegre deve ser fenomenal.

Artur era bem calado e era apesar disso muito amigável, Chico era mais falador, mas parecia estar se escondendo, usando palavras para esconder quem era, mas ambos eram bem humorados e estavam abertos a se divertir. Tomei banho e marcamos de fazer uma aula de yoga antes de ir para o bar e depois jantarmos.

Yoga, bar, vinho e tábua de frios (cortesia do médico, obrigado). Falamos sobre livros, filmes, séries, viagens, mas ainda não contamos onde morávamos, sabíamos muito uns dos outros. Chico disse que não tinha amigos que ele realmente quisesse conversar como nós. Disse que depois gostaria de... de manter contato por algum tempo conosco, sabia que eu tinha um perfil público e...

Artur o interrompe, diz que o bar tinha três grupos de amigos, quatro pessoas sozinhas, seis casais além de nós, mas um cara estava nos observando, Artur pede para o acompanhar, ele pergunta quem ele era e porque cismou de ficar vigiando a gente a tarde toda e agora a noite, o cara sorri, penteia a franja para trás com os dedos e diz que a esposa de Artur deu baixa no cruzeiro e desembarcou, Artur meio que sente a perna faltar e senta quando eu lhe dou apoio.

O nome do sujeito é Fábio. De um momento para outro estamos todos naquela mesa. Fábio diz que somos seis convidados para uma noite num rodízio de sushi, eu claro que topei, Artur diz que queria saber como ele sabia sobre sua mulher, Fábio diz que é casado com Saulo, ela desembarcou depois de passar o dia com um empresário de alguns artistas sertanejos, ele diz que era um sujeito de festa, de aventura, mas que parece que o Cupido agiu sobre seu amigo e a mulher que estava dando em cima de seu marido.

Fábio se desculpa por ter apresentado a moça ao D. Juan, mas Artur havia colocado uma serpente no paraíso dele. Fábio pergunta se estávamos com fome e Chico diz que muita, e... ou corriam para trocar de roupa e corriam para o restaurante ou corriam para algum lugar onde pudesse comer. Estávamos todos de jeans e camiseta, exceto Fábio, numa camisa e calça de alfaiataria.

Fábio pergunta a Artur qual de nós dois era seu namorado, Chico ou eu, Artur diz que ambos, faço uma nota mental de dar um murro em Artur. Fábio nos leva ao restaurante, diz que estava com amigos comendo na cabine quando o marido fala da proposta de Artur, diz que o marido achou Artur lindíssimo e pede para Fábio ver Artur e ele transando. Que baixaria interessante.

Saulo senta depois de se apresentar novamente, como se eu não o tivesse reconhecido da noite anterior. Soubemos que Saulo e Fábio comeram a mulher de Artur e ela acordou tarde, conheceu o amigo deles, foderam e resolveram curtir os outros dias em um hotel na baixada santista, onde ela ia reencontrar Artur no fim da viagem, senti o peso disso dentro do peito de meu amigo, Chico e eu seguramos cada um a seu tempo a mão de Artur. Me senti meio que namorado do cara (kkkkkkkcrying).

Jantarmos civilizadamente, comemos pra caramba, coisas de alta culinária, sei que talvez nunca mais fosse comer aquelas delícias e quando não era de meu paladar, ainda assim eu tinha de reconhecer ser uma coisa sofisticada e gostosa. O casal foi embora primeiro, Artur pede para Chico para ir para a cabine dele, Chico concorda, Artur diz que não quer voltar para sua cabine, eu digo que posso buscar as coisas dele, e se Chico aceitar... Em dez minutos eu estava levando a mala dele para outro lugar, até perto e fácil de achar, escondi a carta que a ex dele deixou, eu escondi também essa informação temporariamente.

Quando Chico abre a porta vejo Artur calmo e ali no canto, ele me pede para entrar e me abraça, lamenta estar estragando minhas férias, uma bobagem digo. Pergunto se eles iam ficar pra baixo ou poderíamos ir a uma festa juntos, estava tendo uma rave, detesto, mas era o que precisávamos, luz neon, som eletrônico, gente se acotovelando e enchendo a cabeça de álcool (talvez alguém estivesse com coisas mais fortes), Chico nós dá um comprimido e diz que com o álcool íamos ver cores incríveis, era um remédio contra insônia, mas a gente estava virado nas margaritas e eles se beijaram em público, eu comemorei, Artur segura minha cabeça e me beija, caralho, nunca vi nenhuma daquelas pessoas e nunca mais tornaria a ver, liguei o foda-se, Artur era lindo? Não, mas eu também não era gay.

Eu beijei Chico, e então nós três tomamos outra rodada de drinks, e bebemos outra vez depois de dançar e o suor cheirava ao álcool, e as coras eram cintilantes e deixavam um rastro de cometa com aquela tinta poeirenta que passaram em nossos braços, laranja, verde e rosa, listrado. Eu estava alucinando e adorei a mão de Artur na minha bunda, outro cara veio até a gente, Artur disse que éramos um trisal bem fechado, não gostávamos de outras pessoas, o cara recua.

Não sei que horas eram, mas Artur me empurra de jeans mesmo no chuveiro, desperto. Estava de roupão e Chico amarra as pernas de minha calça na grade da varanda da cabine dele, é onde estou. Artur pede para eu não surtar, eu estava surtando, o efeito vai cedendo do álcool e do surto.

Artur senta do meu lado no pequeno sofá, digo que na calça havia uma carta para ele, ele vai buscar, faz uma bolinha e a joga no vento marinho, senta do meu lado e abre meu roupão, Chico nos observa, Artur o chama e ele senta no colo de Artur, eles se beijam, eles param e me olham, Artur segura firme no meu pau, chama Chico de amor e pede para ele chupar nós dois, Chico se ajoelha em nossa frente e enfia meu pau na boca, largo minha cabeça para trás, e ela cai no braço de Artur que dobra o cotovelo, ele me beija e eu gosto.

Chupei Chico e ele chupava o namorado que mamava meu cacete. Foi muito bom, foi bom chupar o cu de outro cara enquanto alguém brincava com o dedo dentro de minha bunda. Chico gozou no peito de Artur, Artur se masturbando goza na própria barriga, era minha vez, Chico manda eu despejar tudo na boca de Artur, demora uns cinco minutos e eu obedeço, eles se beijam, levantam para o banho, Artur pergunta se eu queria dormir com eles, eu estava exausto. Chico diz que não somos namorados, mas a noite podia ser divertida, apenas isso, vou esperar o primeiro sair do chuveiro, eu esfrego meu corpo no de Artur enquanto o beijo e sinto o esperma agora líquido lubrificar o abraço entre ele e eu.

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