Minhas Escolhas - parte 6

Um conto erótico de Michelle
Categoria: Crossdresser
Contém 4523 palavras
Data: 16/02/2024 02:01:09
Última revisão: 16/02/2024 16:42:45

Minhas Escolhas

Parte-6

Pessoal olha só vamos parar já com isso! Só porque rolou uns beijos não significa que estamos ficando, né!

Conversamos por mais um tempo até que o Patrick me chamou, nem preciso dizer que essa mulherada já começou com a palhaçada tipo: pronto o casalzinho já vai namorar…

Não dei bola e fui me encontrar com ele.

Estava na cozinha e me pediu um favor de fazer alguma coisa pra ele comer pois estava com fome.

Preparei alguma coisa rápida e uma salada de alface, tomate e cebola. Ele comeu e me convidou a dar uma volta na pracinha que tinha no final da rua.

Estávamos saindo quando as meninas já queriam saber onde a gente ia. O Patrick disse que íamos dar uma volta, e para evitar que elas ficassem imaginando bobagens acabou chamando elas para ir junto.

No caminho assumimos que realmente éramos um casal pra acabar de vez com esse mimimi todo. Já estava ficando chato a gente ter que se esconder pra namorar um pouco. E o que fazíamos fora do horário de trabalho não era da conta de ninguém.

Procurei a Sil e abri o jogo com ela também porque sabia que a cobra da Marta ia fazer minha cabeça com a irmã.

Seguia minha vida normalmente até que cometi um erro gravíssimo…

Quando chegamos em casa após um dia de trabalho cansativo na sexta-feira, o Tony anunciou que sábado não sairíamos para trabalhar porque o seu irmão Wellington estava vindo para Brasília, e queria fazer uma reunião com a equipe.

Como o Wellington já era esperado eu e as meninas levantamos mais cedo para preparar um café da manhã mais reforçado. Não demorou muito e escutamos uma buzina, o Tony foi abrir a garagem para seu irmão entrar com o carro.

Toda a equipe reunida para recebê-lo e tomar o café da manhã.

Já na sala Wellington nos deu os parabéns por ter pela quarta vez consecutiva ultrapassado nossa cota de vendas nos primeiros cinco meses deste ano. E que por merecimento de toda a equipe, conquistamos nosso próprio veículo de trabalho e assim não precisar mais depender do Tony ou dele mesmo para dirigir.

Foi uma alegria só, nunca tinha visto a Sil chorar tanto como naquele dia. Porém agora surgiu um novo problema…

Quem iria ser o motorista? Silvânia como era a supervisora e líder da equipe teria que ser a motorista, mas ela não tinha habilitação.

Dentre todos, a única que era habilitada sou eu, mesmo a contragosto porque se eu não vender, não ganho comissão e assim meu salário não daria nem pra pagar minhas dividas do cartão de crédito.

Ficou decidido que contratariam um motorista, mas até lá eu teria que dirigir. E para não ser prejudicada a Sil disse que a cada venda dela, uma ela passaria pra mim.

No final do dia, os dois irmãos seguiram viagem de volta para São Paulo. Nossa supervisora Silvânia pediu para o Patrick carregar a Kombi com todo o material necessário e deixar tudo pronto para segunda-feira, porém como eu estava sem fazer nada fui ajudá-lo e nisso rolou um beijo.

Eu estava subindo pelas paredes com vontade de transar com ele, já estava sem dar há muito tempo e meus hormônios estavam me enlouquecendo. Durante esses dois anos que estou trabalhando nesta empresa venho me hormonizando por conta própria e já sinto algumas mudanças significativas em meu corpo tais como: minhas pernas ficaram mais torneadas, meu bumbum ficou mais arredondado e um pouco arrebitado, meus mamilos ficaram mais sensíveis ao toque e uma leve inchada. Fora que meu humor vive oscilando demais, uma hora estou rindo, outra chorando… aff.

Contudo tive uma ideia louca e completamente sem noção, mas a necessidade me obriga a tomar certas medidas perigosas.

Fui me encontrar com a Sil e lhe pedi para conversar com ela em outro lugar, fora da casa onde é mais seguro. E contei a ela tudo que estava sentindo naquele momento e já que o Tony não está aqui agora, lhe pedi permissão para me relacionar sexualmente com o Patrick no quarto dele.

Gente que louca, né!

Mas enfim…

A reação da Sil me surpreendeu, ela me disse que me entendia e que me daria a permissão, porém uma única vez.

Eu a abracei e agradeci muito pela sua compreensão e pelo voto de confiança.

Na verdade não foi porque ela gostava muito de mim, isso eu já sabia!

Empresas como essa fazem de tudo para que os vendedores estejam bem e com sua cabeça boa para continuar vendendo, então está explicado o porquê ela me ajudou.

Corri pra falar com o Patrick e ficou acertado que a Silvânia chamaria todas as meninas para um passeio o mais afastado que puder e assim poderíamos ficar mais à vontade.

Fui tomar um banho bem demorado e fazer a chuca para ficar bem preparada pro meu boy. Passei meus cremes, um perfume bem gostoso e pra finalizar uma lingerie muito sexy.

Queria realmente impressionar o garoto mesmo não sendo eu que procurei tudo isso, mas me sinto responsável por ter me assumido para a equipe e depois disso o Patrick acabou me beijando. Poderia recusar, sim… agora eu queria? Com certeza não, né meu bem!

Assim que o pessoal saiu o Patrick foi tomar seu banho enquanto eu terminava de me preparar.

Quando o Patrick foi para o quarto dele só de toalha eu já estava lá, apenas de lingerie e quando ele me viu seu pênis já deu sinal de vida.

Ele mal trancou a porta e eu já corri a seu encontro e toquei pela primeira vez seu pinto que mesmo meia bomba não era pequeno, mas não grande como o do Marcos, era o suficiente para me satisfazer…

Suas mãos percorreram todo o meu corpo, beijava meu pescoço, mordia o lóbulo da minha orelha enquanto com uma das mãos tocava meu pequeno mas não insignificante seio. Meu mamilo estava tão sensível que soltei um suspiro, e um calor tomou conta de mim.

Ele sugava meus peitinhos com tanta vontade que cheguei a arrepiar, estava delicioso. Minha mão já acariciava seu pau que a essa hora já estava duro como pedra, o masturbava enquanto minha bunda era agarrada pelas mãos deliciosas dele.

Me ajoelhei e comecei um boquete delicioso nesse homem que em poucos minutos já suspirava profundamente…

Modéstia à parte, meus boquetes são muito bem feitos. Como ainda não queria que ele gozasse, parei e tornei a beijá-lo. Nosso beijo agora tinha um novo sabor, sabor de desejo, sabor de entrega.

Em nossos quartos não tinha cama, apenas colchões espalhados pelo chão. Patrick usava uma cadeira para colocar suas roupas que agora seria usada para o nosso prazer.

Pedi que se sentasse, me encaixei sobre seu pau e fui descendo bem devagar para poder me acostumar com seu tamanho e grossura, fui cavalgando delicadamente durante alguns minutos, queria sentir cada centímetro dessa coisa gostosa, sem pressa.

Enquanto o cavalgava o beijava docemente com ternura e com carinho…

Mudamos de posição, me coloquei de quatro sobre os colchões e o pedi para me foder, estava pronta e o queria inteiro dentro de mim.

Patrick queria ter o controle da nossa relação, mas não o deixei. Sou sim muito submissa, mas eu quero estar no comando agora, nada de pressa, nada de desespero. Não sei se vamos ter uma nova oportunidade como esta e não quero desperdiçar nada por causa da pressa masculina.

E assim ele foi me comendo bem devagar…

Para o homem não existe cumplicidade no sexo, para eles o que importa e só gozar.

Mas não para mim, se eu aprendi alguma coisa com o Marcos foi dar e receber prazer, o Marcos sabia foder uma cuceta ou uma buceta como ninguém, mesmo agindo como um animal havia sim uma cumplicidade dele com sua parceira, ele só gozava depois ou ao mesmo tempo que sua parceira.

O Patrick não era assim, se o deixasse ele queria me foder com um desesperado, em outras palavras ou ele não tinha experiência, ou só queria gozar mesmo. E foi isso mesmo que aconteceu, ele pelo medo ou desespero gozou rápido demais, e eu não, e partir desse momento não o via mais com os mesmos olhos.

Acho que ele percebeu isso e começou aos poucos a se afastar de mim. Eu disse que ter um orgasmo precocemente podia acontecer com qualquer um e talvez na próxima vez ele estaria mais tranquilo. Mas mesmo assim ele se afastou…

Sabe aquele erro gravíssimo que eu disse que cometi? Então foi mais ou menos assim:

A Sil me chamou no quarto dela para conversar. Ela me disse que as meninas ouviram gemidos vindo do quarto do Patrick e sabiam que estávamos juntos, mesmo porque nem eu e nem ele saímos com elas. Resumindo, acabaram forçando muito e ela acabou contando a verdade.

Confesso que isso me pegou de surpresa e nem parei pra pensar direito no que eu falei para ela: olha Silvânia eu pedi sua autorização, não fiz nada do que você já não soubesse, então porque você não segurou a bronca? Que supervisora é essa que não tem autoridade sobre sua equipe!

Gente, porque falei isso…

Tadinha ela não merecia ouvir isso, ainda mais de mim uma pessoa que ela ajudou tanto. Coloquei a mão na boca como arrependimento do que falei, mas já era tarde demais.

Pedi desculpas, mas ela me pediu pra sair. Assim que fechei a porta ouvi seu choro, o meu Deus o que eu fiz😞😢.

Isso não estava certo e fui tirar satisfação com as meninas, afinal de contas elas não tinham que fazer o que fizeram. Eu estava puta da vida e comecei a gritar com todas elas, disse que só porque eram mal amadas não tinham esse direito. O Patrick ouvia calado e nem parecia o mesmo cara que me cantou no salão, olhei pra ele e disse: como é Patrick não vai falar nada? Vai ficar aí apenas apoiando essas mal amadas ?

Você é um frouxo mesmo, um cara que nem sabe foder uma mulher direito.😱

Esse homem mudou da água pro vinho, assim que falei isso ele me deu um soco que acabei caindo. As meninas pediram socorro pra Silvânia porque ele ia me matar de tanto me bater.

Como só eu dirigia, fiquei lá jogada no chão cheia de dores e hematomas no rosto e corpo todo.

A Karla principalmente cuidava dos meus ferimentos, já a Silvânia como supervisora e responsável pela equipe comunicou para o Tony exatamente o que aconteceu.

Dias depois já recuperada voltei ao trabalho, mas não vendia mais como antes. Estava muito mal e deprimida, me senti usada e jogada fora como um simples objeto.

Passado algum tempo o Tony veio até Brasília e trouxe um triste recado que me pegou de jeito. Eu e o Patrick recebemos uma advertência enquanto a Silvânia foi demitida. Eu não aguentei tanta injustiça assim e disse que isso não estava certo, se alguém tivesse que ser mandada embora teria que ser eu, e não ela.

O Tony estava irredutível quanto a sua decisão e foi justamente nessa hora que contei pra Silvânia que o Tony estava traindo ela com a Marta.

Agora sim o tempo fechou e o clima ficou realmente tenso. Eles discutiram feio porque o Tony insistia em manter essa farsa dizendo que eu estava mentindo e que nunca a traiu, etc…

Tony me olhava como se quisesse me matar, mas sabia que se me encostasse a mão teria motivo de monte para ser processado e até mesmo preso por agressão. Porém naquele momento me demitiu.

No dia seguinte ele me levou até a rodoviária de Brasília sem falar ou olhar pra mim, comprou minha passagem para o primeiro ônibus para São Paulo e fiquei esperando sozinha na rodoviária por três horas até a partida.

Cheguei em São Paulo já era noite e pelo horário já não havia mais metrô nem ônibus, peguei um táxi e voltei pra casa.

Como era muito tarde, minha mãe já estava deitada e nem me viu chegar, menos mal porque com certeza ela iria querer me interrogar.

Estava exausta da viagem, não consegui dormir no ônibus só pensando em tudo que aconteceu, e assim adormeci.

Quando eu acordei pensei muito bem sobre como minha vida virou de cabeça pra baixo a partir do momento que tentei me assumir.

Perdi minha família, fui humilhada, usada como objeto sexual, e agredida fisicamente.

Não queria parecer indecisa então não disse nada a minha mãe, mas as marcas em meu rosto disseram tudo.

Não lembro bem se liguei ou se minha cunhada Daniela estava visitando minha mãe, mas doei a ela todos os meus calçados femininos, menos uma sandália que eu amava de paixão, as roupas acabei ficando com elas.

Estava triste e sem ânimo para continuar vivendo, mas como dizem o tempo cura tudo, né! No meu caso não curou, mas me ajudou a tentar seguir em frente.

Cada dia que me olhava no espelho mais eu me sentia deprimida e incompleta…

Resolvi então sair para dar uma volta e tentar pôr em ordem meus pensamentos.

Sabe quando você sai sem saber para onde ir, assim eu estava, sem rumo, sem destino.

Durante minha caminhada ouvia varios homens em uma construção mexendo comigo me chamando de bicha, viado entre outros nomes que nem vale a pena comentar. Já estava me sentindo mal antes, mas depois disso me senti no fundo do poço.

Eu andando sem destino e pensando na vida comecei a lembrar do Marcos e de como eu estava feliz e completa com ele.

Como eu fui assaltada e levaram meu celular não tinha mais seu contato, peguei o ônibus e fui até sua casa.

Mais uma vez fiquei triste porque ele não morava mais lá. Criei coragem e perguntei a um vizinho que estava limpando a frente de sua casa se sabia onde o Marcos estava morando agora, foi em vão, ele disse não saber.

Voltei pra casa e no caminho passei por um salão de beleza que tinha uma placa precisando de cabeleireira com prática.

Entrei em meio a olhares de desprezo de algumas mulheres que ali estavam.

Perguntei a uma moça que cortava o cabelo de uma mulher sobre com quem poderia falar a respeito do emprego.

Tive que aguardar um pouco pois a dona do salão estava fazendo a unha de uma cliente.

A responsável pelo salão veio me atender e já me olhou de cima a baixo, super normal né, já que sou um sapo em pele de princesa 😉.

É uma mulher morena tipo índia com um corpão de dar inveja a muitas garotas.

Oi, tudo bem? Eu sou a Cláudia dona do salão, você veio pelo emprego? Tem alguma experiência?

Aquilo já começou a me tremer toda…

Bom, na verdade eu não tenho nenhum tipo de experiência, mas tenho muita facilidade de aprender.

Ela me analisou, pensou um pouco e me falou que poderia me ensinar sim o serviço, mas somente no dia seguinte porque naquele dia o salão estaria muito movimentado. Me convidou a ficar para saber se era esse tipo de ambiente que gostaria de trabalhar.

Realmente um salão de beleza tem sua magia apesar do trabalho ser corrido e muito delicado, mas acho que posso me adaptar.

No dia seguinte retornei ao salão muito ansiosa para o meu primeiro dia de trabalho. Não sabia ao certo qual o tipo de roupa seria mais adequada, então vesti uma calça jeans de stretch, uma baby look com a estampa de uma boca e um tênis.

Cheguei no salão, mas ainda estava fechado, aguardei um pouco até que a Cláudia chegasse.

Assim que ela chegou ajudei a abrir a porta e como o salão ainda tinha marcas de um dia movimentado pelo chão, perguntei onde ficava a vassoura e comecei a varrer.

Peguei mais alguns produtos de limpeza e dei uma geral enquanto a Cláudia preparava um café na cafeteria.

Ela ficou impressionada pela minha versatilidade e rapidez em deixar o salão impecável para receber os clientes.

Não demorou muito e a funcionária de nome Marisa chegou, nos cumprimentamos e ficamos conversando assuntos aleatórios até que chegasse alguém.

Como eu já tinha me assumido como um homossexual mais feminino a Cláudia achou melhor fazer minhas unhas já que todas nós tínhamos que estar com a aparência impecável. Minhas unhas já estavam em um tamanho considerável para serem esmaltadas, então a Cláudia tirou as cutículas, lixou deixando as mais femininas e por último pintou com um esmalte rosa clarinho.

Como eu não tinha mais a peruca, não me arrisquei a fazer uma maquiagem, mas a Cláudia vendo minha decepção me fez uma make bem clarinha só para ficar um pouco mais feminina.

Fiquei nesse salão por muito tempo, eu e a Cláudia nos tornamos melhores amigas, saia com ela e seu marido para vários lugares, eu frequentava sua casa, seu filho me adorava.

Quando eu voltei pra casa fiquei puta porque não conseguia tirar a Cláudia da cabeça, a porra do meu lado machinho resolveu justo agora se manifestar.

Quanto mais eu me sentia feminina, o universo conspirava contra a minha felicidade.

No dia seguinte a Cláudia me confidenciou que seu casamento não estava dando mais certo devido às bebidas que o marido consumia, etc e tal…

Foi aqui que fiz a maior besteira de novo… Logo pela manhã do dia seguinte lá estava eu vestido de homem e com as mãos no bolso, a Cláudia se espantou ao me ver desse jeito.

Disse pra ela que estava apaixonado por ela e caso ela me aceitasse nunca mais me veria em roupas femininas.

E assim foi…

Meu irmão Marcelo me disse que em Cotia tinha uma casinha para alugar direto com o proprietário, então depois de ajeitar tudo em São Paulo partimos para Cotia.

Começamos o nosso relacionamento feliz por uns dois anos até que um dos enteados do meu irmão começou quase que diariamente frequentar a minha casa, e sempre quando eu estava trabalhando. Um dia cheguei em casa e lá estava ele perguntei pra Cláudia o porquê ele estava sempre em casa. Suas justificativas não me convenceram muito, mas deixei passar.

Quando nossa filha nasceu eu meio que perdi a libido, não foi porque deixei de amar a Cláudia, eu simplesmente não tinha prazer, na verdade eu nunca senti prazer em um relacionamento hétero.

Passados mais uns oito meses nos mudamos para outro bairro de Cotia e já podia sentir o peso do chifre. Todos os dias a Cláudia levava o filho até o local onde o ônibus escolar pegava o garoto para levá -lo à escola, e eu procurando emprego.

Voltando pra casa a pé por falta de dinheiro pra pegar um ônibus vi ela esperando o filho chegar da escola no lugar de parada do escolar. Eu disse que ficaria junto esperando, mas ela achou melhor eu ir para casa porque tinha esquecido de desligar o gás.

Sendo assim meio desconfiado fui verificar se era verdade, como eu já imaginava não tinha panela nenhuma sobre o fogão.

Para evitar uma briga desnecessária não falei nada. Desnecessária? Sim porque eu já imaginava o motivo, então pra que bater boca, né!

Eu já estava de saco cheio de Cotia e nos mudamos para Itapevi, também em São Paulo.

Foi aí que o placar ficou mais favorável entre eu e a Cláudia. Ela arrumou um trabalho em um pequeno salão de beleza na rua abaixo da nossa casa, bem em frente tinha um grande depósito de materiais de construção.

Eu e ela chegamos a fazer um acordo para evitar esse negócio de traição, ela poderia ficar com quem ela quisesse e eu também, seria um relacionamento aberto. Porém ela não aceitou alegando que ela não suportaria saber que eu estava me relacionando com uma mulher, mas com homem não havia problema.

Não acredito nisso, é sério mesmo?

Sim, é sério! Pelo menos vou ter certeza de que você não vai querer depois a separação.

Essa mulher é manipuladora, ela realmente acha que eu não sou capaz de me envolver sexualmente com um homem. Tá certo que eu nunca disse que era bissexual, que eu apenas gostava de me travestir. Nunca contei a ela sobre os meus relacionamentos homossexuais, então combinamos assim: como as crianças ainda eram pequenas eu voltaria a me montar como mulher em casa, e ela poderia ficar com quem desejasse.

Ficou tudo acertado desse jeito…

Mas uma coisa ela fez que me deixou com muita raiva. Ela acabou se envolvendo com um homem que era dono desse depósito de materiais de construção até aí sem problema, mas ela não escondia de ninguém esse relacionamento extraconjugal, ou seja, tanto a patroa quanto nossos vizinhos viam ela entre beijos e carícias na rua com esse homem.

Só fiquei sabendo disso porque um vizinho me contou ao certo achando que eu ia tomar uma providência. Ele estava certo, tomei uma providência.

As crianças nesse momento estavam na escola, então fui até o centro de Itapevi, comprei uma peruca dessas baratinhas , mas bem bonita, voltei para casa e me montei completamente.

Já que a Cláudia não se importou com a vergonha que eu passaria por todos terem a certeza agora que sou corno, também não vou me importar por ela passar vergonha.

Fui até seu trabalho e vi que ela estava conversando com esse homem do outro lado da rua, bem em frente ao depósito. Entrei no salão sem olhar para os lados e pedi para a dona que eu gostaria de fazer as unhas.

Ela sabia que eu era o marido da Cláudia e ficou super espantada em me ver daquele jeito, ela fez um sinal pra Cláudia como olha tem uma cliente…😂😂😂.

Quando ela entrou e me viu toda maquiada, de legging branca, baby look preta, peruca e sandália, ela ficou furiosa e morrendo de vergonha. Começou a gritar e a Marcilene pediu para parar porque ali não era lugar, só que todos os homens do depósito me viram, alguns fizeram comentários homofóbicos, outros só me olhavam.

Voltei pra casa super feliz pelo fato de deixá-la envergonhada. Só que, não!!

Quando a Cláudia chegou em casa começamos a brigar. Ela disse que eu não deveria ter ido daquele jeito no salão, que eu a fiz passar vergonha, etc…

Resolvi então jogar na cara dela tudo que ela fez para me envergonhar também…

Disse que nossos vizinhos e alguns amigos meus estavam me chamando de corno porque a viram aos beijos com o Roberto, etc e tal…

Você sabia que eu tenho um amante porque fez isso comigo?

Quanto a você ter um amante sem problema foi o que combinamos, mas se mostrar pra todo mundo do nosso bairro, aí já é demais. Me poupe, né!!

Passamos alguns dias sem nos falar e eu continuei cuidando da casa enquanto não conseguia trabalho. A Cláudia é uma boa pessoa, e não fez isso por mal, porém acho que deve ter bebido alguma coisa forte para se expor desse jeito.

Com o tempo fizemos as pazes e voltamos a nos falar.

Duas semanas depois eu acabei encontrando no mercado um cara que a Cláudia tinha pegado seu nome é Alberdã ele também trabalhava nesse depósito de material de construção. Mesmo não estando com roupas femininas, ele acabou me reconhecendo e disse que eu estava bem feminina com aquela roupa.

Como eu não o conhecia bem e não tinha essa liberdade com ele, eu disse que ele estava enganado porque não era eu, mesmo assim fiquei conversando com ele.

O Alberdã é um cara que tem seu charme, não é muito bonito, mas tem um corpão que me tira o fôlego. Sempre que a Cláudia saia com ele, voltava super feliz dizendo que o cara era tudo de bom, que tem pegada, e por aí vai.

Quando ela largou dele eu por curiosidade perguntei se ele era agressivo ou coisa parecida. Sua resposta foi apenas que o bofe era muito cheio de mimimi.

Confesso que essas coisas que ela falava dele me deixava com uma certa inveja dela, não que ela soubesse que sou bissexual, não é isso, mas pra me rebaixar mesmo, tipo assim: isso que é macho de verdade, não você.

Ele me perguntou se eu e a Cláudia tínhamos realmente um casamento aberto ou ela me traia mesmo…

Confirmei pra ele que sim, tínhamos um relacionamento aberto justamente para não sufocar, contei também que sou bissexual e se ele se importaria de me ajudar com uma fantasia que eu queria realizar.

Falei pra ele que a Cláudia não sabe sobre minha sexualidade e que eu tinha um desejo enorme de transar com ele na frente dela, seria uma foda surreal.

Acho que a separação dos dois deixou ele sem saber ao certo o real motivo, então depois do boy pensar um pouco ele acabou aceitando. Trocamos nossos números de telefone e falei que assim que eu acertasse o dia eu avisaria.

Eu realmente queria me vingar da Cláudia de qualquer jeito, o que eu fiz no salão de beleza foi para envergonhá-la, mas o resultado não foi como eu esperava.

Já em casa eu falei com ela se tinha vontade de me ver com outro homem na cama só para saber sua reação…

Disse se ela realmente aprovaria meu relacionamento com outro homem ou se era apenas uma brincadeira dela.

Para minha surpresa ela disse que se fosse com um homem, sim sem problema, saber que estou com um cara é mais fácil aceitar do que me ver com outra mulher.

Então combinamos que no próximo fim de semana faremos um almoço em casa e aí convidamos nossos amantes, ela queria saber quem eu convidaria, porém disse que era surpresa.

Conheço ela o suficiente pra saber que na cabecinha dela, que eu não teria coragem de levar um homem como meu amante.

Como eu tinha algumas roupas para estender no varal, aproveitei e liguei pro Alberdã pra contar quando e como seria nosso fim de semana, e os detalhes também.

Na sexta-feira peguei o carro e levei as crianças para a casa da avó da Cláudia pedindo para cuidar deles até domingo, inventei um motivo falso e voltei pra casa.

No caminho de volta ela me manda uma mensagem de áudio dizendo que não vai estar em casa, que passaria a noite com o Roberto, seu amante. Eu falei para ela não ficar com ele essa noite porque queria conversar com ela sobre como seria nosso fim de semana.

Acho que convenci ela porque me confirmou que estaria em casa para uma noite só das mulheres.

Cheguei em casa praticamente junto com ela e começamos a fazer os planos deste fim de semana que tem tudo para ser inesquecível. Pelo menos pra mim…😉😘😘.

Como a Cláudia não tem o hábito de levantar cedo, eu ainda de camisola comecei a preparar o nosso café da manhã, e já estava a adiantar o almoço.

Assim que ela acordou viu a mesa do café pronta e como me viu no fogão a curiosa queria saber o que faríamos para o almoço.

Continua...

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Comentários

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Amo essa história, ao que tudo.

Pq não assume de vez e toca a vida sendo feliz.

Beijos

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Cigana minha querida já me assumi sim.

Hoje sou uma mulher trans operada e casada a quase dois anos. Essa série Minhas Escolhas aconteceu bem antes da minha transição, foi por causa delas que sou a mulher que me tornei.

Bjs💋💋💋

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Estou adorando a história. Amo muito feminização e gosto de escrever. Adoraria conversar com a autora.

Podemos via Skype

Sissy.30@hotmail.com

Sou a emilly sissy

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Oi Sissy, boa tarde!

Tudo bem querida?

Eu sou a autora e infelizmente não tenho Skype, mas se quiser podemos manter contato via e-mail.

michelletrans2021@gmail.com

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