Amor, desejo, infidelidade e mistério - Parte 3

Um conto erótico de Arnold Stallone
Categoria: Heterossexual
Contém 2197 palavras
Data: 09/02/2024 22:43:34
Última revisão: 09/02/2024 22:56:12

O enterro de Helena foi envolto em um véu de pesar e desolação. Amigos e familiares se reuniram em um silêncio solene, seus rostos marcados pela dor e pela perplexidade diante da perda trágica e prematura. O céu cinzento parecia refletir o luto daqueles que ali estavam presentes, enquanto a terra engolia o corpo de Helena, levando consigo sonhos não realizados e perguntas sem resposta. O som dos soluços abafados ecoava pelo ar, reverberando a angústia que consumia os corações dos enlutados. E assim, sob a sombra da morte, Helena foi finalmente colocada para descansar, deixando para trás um vazio profundo e uma sensação de perda irreparável.

À medida que a polícia avançava na investigação da morte de Helena, cada detalhe revelado parecia aumentar o mistério em torno do caso. Durante uma busca minuciosa na casa da vítima, os investigadores descobriram uma quantidade significativa de medicamentos tarja preta prescritos para o tratamento da depressão.

A descoberta dos medicamentos levantou novas questões sobre o estado emocional de Helena e sua possível relação com sua morte. Os investigadores começaram a considerar a possibilidade de que sua morte não fosse um suicídio direto, mas talvez um resultado de sua luta contra a depressão e outros problemas de saúde mental.

Enquanto examinavam mais de perto o histórico médico e psicológico de Helena, os investigadores entrevistaram amigos, familiares e colegas em busca de compreensão sobre seu estado emocional nos dias que antecederam sua morte. Alguns relataram ter notado sinais de que ela estava passando por um período difícil, enquanto outros expressaram surpresa e incredulidade diante da tragédia.

Paralelamente, a equipe forense continuava a analisar as evidências físicas encontradas na cena do crime, buscando quaisquer indícios que pudessem corroborar ou contradizer a teoria inicial de suicídio. Cada nova descoberta levantava mais perguntas, ampliando o escopo da investigação e aumentando a pressão sobre os detetives encarregados do caso.

Enquanto isso, Júlia, ainda abalada pela morte de sua amiga, acompanhava de perto os desdobramentos da investigação, ansiosa por respostas que pudessem trazer algum tipo de entendimento e alívio para sua dor.

O mistério em torno da morte de Helena se aprofundava a cada revelação, transformando o que parecia ser um caso claro em uma intrincada rede de suspeitas, segredos e possíveis motivações ocultas. A verdade, envolta em sombras, aguardava pacientemente para ser revelada pelos incansáveis esforços dos investigadores determinados a desvendar o enigma por trás da tragédia que havia assolado suas vidas.

Passaram-se alguns dias desde o funeral de Helena, e Júlia finalmente decidiu retornar ao trabalho na faculdade, ela estava de licença. Enquanto caminhava pelos corredores familiares, uma sensação de ansiedade crescia dentro dela, misturada com o peso do segredo que carregava.

Ao entrar na sala de aula, Júlia sentiu o olhar de todos os alunos sobre ela, mas um em particular a fez congelar no lugar. Lá estava ele, Heitor, o homem com quem compartilhara um momento de fraqueza e traição. Seus olhos se encontraram brevemente, e Júlia pôde sentir a tensão no ar.

Um silêncio pesado pairou sobre a sala, interrompido apenas pelo som abafado dos corações batendo acelerados. Júlia sentiu-se como se estivesse diante de um precipício, prestes a cair a qualquer momento.

Heitor permaneceu impassível, mas havia uma chama de reconhecimento em seus olhos, uma lembrança do que compartilharam em segredo. Júlia lutou para manter a compostura, em sua mente uma turbulência de emoções conflitantes.

Ela tentou concentrar-se na tarefa em mãos, forçando-se a ignorar a tensão palpável entre eles. Cada palavra que saía de sua boca parecia carregada de significado oculto, um eco do que permanecia não dito entre ela e Heitor.

À medida que a aula avançava, o clima de tensão persistia, pairando sobre eles como uma nuvem escura. Júlia mal conseguia respirar, seu corpo tenso e sua mente girando em círculos.

Finalmente, o sino anunciou o fim da aula, quebrando o feitiço momentâneo. Júlia recolheu seus pertences rapidamente, evitando o olhar de Heitor enquanto se apressava para sair da sala.

O encontro tenso deixou Júlia com um nó na garganta, consciente de que o segredo que compartilhava com Heitor os tornava prisioneiros de sua própria culpa e desonra. Enquanto ela deixava para trás a sala de aula, sabia que o peso do que acontecera entre eles ainda estava longe de desaparecer.

Heitor conseguiu alcançar Júlia, criando uma atmosfera carregada de tensão. Ele tocou levemente no braço dela, fazendo-a parar abruptamente.

"Heitor... O que você quer?" Júlia perguntou, sua voz trêmula com uma mistura de ansiedade e desconforto.

"Hum... então, ainda se lembra do meu nome, né? Eu preciso falar com você", respondeu Heitor, seus olhos buscando os dela com intensidade. "Sobre aquela noite..."

Júlia desviou o olhar, incapaz de suportar a intensidade do contato visual. "Não há nada para falar, Heitor. Foi um erro, um momento de fraqueza..."

Heitor suspirou, sua expressão contorcida por uma mistura de remorso e determinação. "Eu sei que foi um erro, Júlia, mas não podemos simplesmente ignorar o que aconteceu. Isso está nos afetando, nos consumindo por dentro."

Júlia sentiu um nó se formar em sua garganta, lutando para conter as emoções tumultuadas que a invadiam. "Eu não sei o que fazer, Heitor. Estou tentando seguir em frente, mas parece que estou presa em um labirinto sem saída."

Heitor colocou uma mão gentil em seu rosto, buscando confortá-la. "Nós vamos encontrar uma maneira de superar isso juntos, Júlia. Se precisar conversar, desabafar... Eu estarei aqui para você."

Júlia sentiu um calafrio percorrer sua espinha ao ouvir as palavras de Heitor. Sua mente começou a girar em um turbilhão de pensamentos, enquanto ela tentava processar a revelação surpreendente.

"Esqueça-me, Heitor", Júlia respondeu com firmeza, sua voz vacilando ligeiramente. "Não podemos nos envolver dessa maneira, especialmente aqui na faculdade."

Heitor inclinou a cabeça levemente, um sorriso sutil brincando em seus lábios. "Você acha mesmo que é uma coincidência eu estar aqui? Talvez o destino tenha seus próprios planos para nós."

Júlia sentiu um arrepio de apreensão percorrer seu corpo. "O que você quer dizer com isso?"

Heitor deu de ombros casualmente. "Digamos apenas que eu tenho um interesse especial em direito... e em você."

O coração de Júlia disparou com uma sensação de inquietação crescente. Ela começou a se afastar lentamente, os olhos fixos nos dele. "Eu não sei do que você está falando, Heitor. Mas eu sugiro que você se mantenha afastado de mim e dos meus assuntos."

Heitor observou-a se afastar com um olhar penetrante, deixando no ar uma aura de mistério e intriga. Júlia podia sentir a presença dele ainda pairando sobre ela, como uma sombra sinistra que ameaçava envolvê-la em seu abraço implacável.

Enquanto ela se afastava, Júlia não conseguia deixar de se perguntar sobre os verdadeiros motivos de Heitor e o que ele realmente representava. Uma sensação de mal-estar a acompanhou enquanto ela se afastava, ciente de que o encontro com Heitor tinha desencadeado uma série de eventos que poderiam mudar sua vida para sempre.

Naquela noite, Júlia decidiu que era hora de reavivar a chama do seu casamento com Miguel. Ela estava determinada a surpreendê-lo e fazer com que se lembrasse do motivo pelo qual se apaixonara por ela. Com esse pensamento em mente, Júlia escolheu uma camisola especialmente sedutora, curta e provocante, que realçava suas curvas de forma irresistível.

Enquanto preparava o jantar, Júlia criou todo o ambiente romântico possível. Velas perfumadas iluminavam a sala de jantar, enchendo o ar com uma fragrância suave e sensual. A mesa estava decorada com elegância, cada detalhe cuidadosamente arranjado para criar uma atmosfera de intimidade e romance.

Quando Miguel finalmente chegou em casa, Júlia foi recebê-lo com um beijo caloroso e apaixonado. Seus lábios se encontraram em um abraço fervoroso, uma faísca de desejo se acendendo entre eles.

"Amor, querido", começou Júlia, seu tom de voz suave e sedutor. "Estava ansiosa por este momento. Sinto sua falta, sabia?"

Miguel sorriu, seus olhos encontrando os dela com ternura. "Eu também sinto sua falta, amor. É bom estar em casa com você."

Júlia o conduziu até a mesa, onde os pratos cuidadosamente preparados aguardavam. Ela sorriu, deslizando uma mão sobre a mesa com um gesto gracioso. "Espero que goste do jantar. Eu preparei tudo com muito carinho, especialmente para nós."

Miguel olhou para ela com admiração, impressionado com o esforço e a dedicação que ela demonstrava. "Você é incrível, amor. Sempre se superando."

Enquanto desfrutavam da refeição deliciosa, Júlia sentia a tensão elétrica no ar, alimentada pela antecipação do que estava por vir. Ela sabia que era hora de colocar seu plano em ação, de seduzir Miguel e reacender a paixão que os unia.

Quando o jantar chegou ao fim, Júlia levantou-se graciosamente da mesa, seu olhar fixo nos de Miguel. "Venha comigo", ela sussurrou, sua voz carregada de promessas.

E assim, guiada pela vontade de reconstruir o amor que compartilhavam, Júlia levou Miguel para o quarto, onde os espera uma noite de paixão e renovação.

Na cama, Júlia e Miguel se entregaram um ao outro com uma paixão renovada, seus corpos se movendo em perfeita sintonia. Sob a luz suave das velas, cada toque era como uma carícia ardente, inflamando o desejo que ardia entre eles.

Júlia deslizou lentamente a camisola sedutora, revelando sua pele macia e convidativa à luz do luar que se filtrava pelas cortinas. Seus olhos encontraram os de Miguel, cheios de promessas e desejo, enquanto ela se aproximava dele com uma graça felina.

Miguel sentiu seu coração acelerar à medida que Júlia se aproximava, sua presença enchendo o quarto com uma eletricidade palpável. Ele a puxou para seus braços, seus lábios se encontrando em um beijo apaixonado, explorando cada centímetro um do outro com uma intensidade avassaladora.

As mãos de Júlia traçaram um caminho de fogo pelo corpo de Miguel, explorando cada curva e contorno com uma reverência devota. Ela sussurrou palavras de desejo em seu ouvido, alimentando a chama que ardia entre eles.

Miguel respondeu com uma ardência igualmente intensa, suas mãos ágeis explorando cada centímetro da pele macia de Júlia, traçando linhas de prazer que a deixavam arrepiada de desejo.

Entre sussurros de paixão e gemidos de prazer, Júlia e Miguel se perderam um no outro, entregando-se ao êxtase da união carnal. Cada movimento era uma sinfonia de prazer, cada suspiro uma expressão de amor incondicional.

E assim, sob o manto da noite, Júlia e Miguel se fundiram em um abraço apaixonado, seus corações batendo como um só, suas almas entrelaçadas em um amor eterno e inabalável.

Após o êxtase do sexo apaixonado, Júlia e Miguel encontraram conforto nos braços um do outro, deixando-se levar pelo calor reconfortante do abraço. Seus corpos entrelaçados, ainda pulsando com a energia do amor compartilhado, encontraram paz na serenidade do sono.

Juntos, eles se entregaram ao sono reparador, suas respirações tranquilas e sincronizadas ecoando suavemente no silêncio da noite. Sob o brilho suave da lua que espiava pela janela entreaberta, eles se aconchegaram ainda mais, buscando calor e segurança nos braços um do outro.

Enquanto dormiam, sonhos doces e serenos os envolviam, transportando-os para um reino de tranquilidade e felicidade. Ali, no calor do amor compartilhado, não havia espaço para preocupações ou temores, apenas a certeza reconfortante de que estavam juntos, unidos pelo laço indissolúvel do amor verdadeiro.

E assim, sob o manto protetor da noite, Júlia e Miguel entregaram-se ao doce abraço do sono, permitindo que o amor que os unia os guiasse suavemente através das horas da noite, até que o despertar os trouxesse de volta à realidade, renovados e fortalecidos pelo amor que compartilhavam.

No dia seguinte, encontramos Júlia e Miguel desfrutando de um momento íntimo no banho, onde Júlia, carinhosa e atenciosa, estava mamando a rola do seu marido. Fazendo-o gemer de tanto prazer. Miguel, envolto na sensação deliciosa do boquete da esposa, derretia-se de prazer sob suas carícias habilidosas.

No entanto, o momento de intimidade foi abruptamente interrompido pelo som estridente do celular de Miguel. Ele se afastou repentinamente, seu semblante mudando de êxtase para preocupação em questão de segundos. Correndo para atender o celular, Miguel demonstrou a habitual ansiedade que o acompanhava sempre que seu celular tocava, uma mania que Júlia notava com certa irritação. Miguel tinha o hábito de levar seu celular para onde quer que ele fosse.

O olhar de Júlia se endureceu quando Miguel revelou que a chamada era de Beatriz, a secretária. Enquanto Miguel atendia à ligação e saía apressadamente do banheiro, uma onda de emoções contraditórias varreu o interior de Júlia. A felicidade que havia experimentado após a noite apaixonada com seu marido foi substituída por uma sensação de desconforto e incerteza.

Com o coração pesado, Júlia se perguntou o que poderia estar acontecendo para que Miguel se afastasse dela tão repentinamente. Uma sombra de dúvida se insinuou em sua mente, deixando-a inquieta e perturbada com a possibilidade de que algo estivesse errado em seu casamento.

Enquanto Júlia continuava no banho, sua mente vagava em busca de respostas, ansiosa por esclarecimentos sobre o comportamento misterioso de Miguel e o papel de Beatriz em suas vidas. A incerteza pairava no ar, obscurecendo o brilho do amor que haviam compartilhado na noite anterior e lançando uma sombra sobre o futuro de sua relação.

A parte 4, será lançada em breve.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 51 estrelas.
Incentive Arnold Stallone a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil de rbsm

Excelente 👍 adorei a trama

0 0
Foto de perfil genérica

Muito bom! Muito bem escrito, pra mim muito melhor que a série. Parabéns!

0 0
Foto de perfil genérica

Cara... Que incrível! Parabéns!

0 0
Foto de perfil genérica

Vc deveria fazer um livro físico, porque vc escreve muito bem. E a história é nota 10. Parabéns! Belíssimo trabalho! Estou lendo e criando minhas teorias. Só sei que Heitor, está na minha lista de suspeitos. Helena foi assassinada. Bom, estou ansiosa pelo próximo capítulo.

0 0
Foto de perfil genérica

Muito bom estilo Will safado, esse cara que comentou ai em baixo, leia os contos dele e você vai entender o elogio que eu estou fazendo a você.

Você escreve muito bem, seu conto tem substância e denso é vibrante, estou amando.

Parabéns

Beijinhos 😘😘😘😘😘😘

0 0
Foto de perfil de Will Safado

Até aqui, perfeito, cara. 3 estrelas. Eu já tinha escrito metade da minha versão sobre essa série. Ela teria uns 16 capítulos, eu acho. Mas agora que você está escrevendo-a, vou parar, kkk. Vou acompanhar a sua versão.

2 0
Foto de perfil de Arnold Stallone

Desculpa aí, cara. Mas fico feliz por você estar gostando.

0 0
Foto de perfil de Will Safado

Relaxa, você não tinha como saber disso, kkk. Eu comentei sobre fazer a minha versão da série, nos comentários de uma das minhas histórias. Falei isso com a Jú (Whisper) uma excelente autora aqui do site.

1 0
Foto de perfil genérica

Eu indentifiquei uma semelhança no estilo literário seu e dele, pra mim o seu estilo é fascinante, acredite n tinha lido seu comentário porque não leio comentários antes de dar minha opinião pra não ser influenciada

Você é muito generoso.

Beijinhos 😘😘😘😘😘😘😘

0 0

Listas em que este conto está presente