Quando Ingrid apareceu no casarão depois de um bom tempo longe, sua barriga enorme chamou a atenção dos vizinhos que não sabiam da novidade. Ela já estava grávida havia 6 meses e tinha aparecido ainda menos nos últimos tempos. Ela e o marido andavam muito ocupados, o que era perfeitamente compreensível. Tanto ela quanto Yolanda e Benário ficaram intimamente se questionando sobre aquela gravidez, mas nenhum dos três teve a iniciativa de falar sobre o assunto.
A verdade era que no período em que ficou grávida, Ingrid frequentava bem menos o casarão, mas ainda assim, nas poucas vezes em que aparecia, por lá ela inda tinha o hábito de se deitar com o companheiro da mãe. Por isso, mesmo que de maneira não clara, havia a dúvida se Jader era mesmo o pai.
Os três escolheram ignorar esse pensamento, mesmo sem terem dito qualquer palavra diretamente. Logo quando descobriu que estava grávida, Ingrid e o marido que já estavam ocupados com os arranjos de casa e do trabalho, passaram a ter menos tempo, ainda para as visitas ao casarão. Mas estranhamente nas últimas semanas, Ela aparecia com mais frequência e raramente vinha acompanhada de Jader, que tinha arrumado um segundo emprego, por causa dos gastos com a vinda do futuro, bebe.
Pelo menos, era isso que Benário e Yolanda, imaginavam, mas Ingrid apareceu um dia, dizendo que pretendia passar uma semana no casarão, se não houvesse problema.
Yolanda e Benário demonstraram muita satisfação em receberem a jovem gestante no casarão. Benário um pouco mais, embora a sua habitual discrição não deixasse esse sentimento muito à mostra. Depois dos primeiros momentos, os três conversaram sobre amenidades e assuntos em geral, até que sem ninguém perceber direito, a conversa, começou a girar em torno da vida do casal.
Tanto Benário quanto Yolanda tinham longa experiência em casamento e desejavam ajudar sinceramente. Eles desconfiavam que havia alguma coisa fora do normal com o casamento de Ingrid, apenas não queriam se intrometer, mas logo perceberam que aquela precaução era desnecessária, pois a jovem grávida não relutou em falar.
-Eu e o Jader estamos bem, ele continua sendo amoroso e muito atencioso comigo...
-Mas... Yolanda falou, incentivando a filha.
-Mas de uns tempos pra cá, ele perdeu o interesse em mim. Na cama, quero dizer.
Benário coçou a cabeça e ficou em silêncio.
-Isso é normal, Acontece com alguns homens quando as esposas ficam grávidas. Concluiu Yolanda, afagando o cabelo da filha. Ingrid sorriu conformada
-Assim que tiver o bebê, o interesse dele voltará, você vai ver
-Mas é que eu estou com tanta vontade.
Os três subiram pro quarto. Ingrid levantou o vestido e abriu as pernas. Ela estava sem calcinha.
Benário não hesitou um instante sequer. Havia um bom tempo que ele desejava aquilo. Tinha chegado a cogitar a ideia de que Ingrid não tinha mais qualquer interesse nele, o que seria normal e aceitável. Ainda mais depois da gravidez. Mas aquela visão inesperada tirava definitivamente qualquer receio.
O corpo de Ingrid estava mudado. Ela estava um pouco mais robusta, mais parecida fisicamente com sua mãe e seu corpo quente e macio deixava o velho artesão ainda mais atraído, mesmo que ele não tivesse pensado nisso antes. Ingrid se ajeitou da maneira mais confortável possível com o travesseiro e ficou de lado, enquanto Benário carinhosamente ergueu sua perna e a penetrou sem demora, mas ainda assim com suavidade.
Ingrid o recebeu de olhos fechados, como quem relembra momentos passados. O velho que normalmente era comedido e lento, agora a penetrava com ansiedade e empurrava tudo o que tinha, fazendo a moça gemer deliciosamente.
-Ohhhh... Como eu estava precisando disso.
Yolanda acompanhava tudo atentamente e com uma certa satisfação no rosto, ao ver a excitação da filha e do companheiro. Muito tempo havia se passado desde a primeira vez, mas ao invés de diminuir, o tempo fez a libido aumentar. Logo nas primeiras estocadas Benário gozou. E gozou dentro, o que não era habitual. Yolanda mordeu os lábios.
Ingrid estranhou um pouco e sorriu da voracidade do velho. Mesmo depois de ejacular, ele continuou duro e penetrando com a mesma intensidade. Era evidente que, sabendo que estava fazendo sexo com uma mulher já grávida, ele não se restringia mais em segurar a ejaculação, como sempre fez. Ao contrario, ele agora entrava e saia livremente e Ingrid, que há muito estava querendo se sentir desejada na cama outra vez, estava agora recebendo uma dose além das expectativas.
Yolanda se afastou um pouco e deixou que os dois matassem a vontade. Aquilo não era problema para ela. Tinha aprendido a gostar. Eram duas pessoas a quem ela adorava e ao vê-los juntos assim, sentia também prazer e excitação. E dar o que isso seria completamente, estranho para a maioria das pessoas, mas ela não dava importância. Ela desceu por alguns instantes e ligou para Juliana, avisando que não precisaria aparecer na semana seguinte.
Juliana apenas disse que estava tudo bem e não fez perguntas. Exatamente como deveria ser. Ao voltar para o quarto, Yolanda ouviu Ingrid gozando sonoramente durante um orgasmo. O tipo de gemido que alguém solta quando goza depois de muito tempo. Benário, que estava por baixo, acompanhou Ingrid, gozou pela segunda vez e, como anteriormente, gozou dentro, empurrando tudo o que tinha, ate que começasse a escorrer de volta, se espalhando pelas suas pernas e barriga.
Ingrid estremecia e convulsionava com prazer, prolongando o orgasmo. Yolanda se aproximou delicadamente dos dois e fez afagos no cabelo da filha.
-Agora, vamos descer e tomar um lanche. Que tal? Devem estar cansados.
Benário pegou Yolanda pela mão e sorriu para a companheira discretamente, ainda arfando pelo esforço.
-Vocês duas são as mulheres da minha vida. Não sei por quanto tempo ainda vou conseguir aproveitar disso, mas não quero perder mais nenhum momento.
Ele estava mesmo exausto e quase no fim das suas forças. Mas apenas, quase. Depois de algum tempo, conseguiu ter outra ereção e Yolanda imediatamente se abriu. Já que o velho se mostrava tão disposto não seria ela quem o desencorajaria, Foram tantos anos de abstinência que dava a impressão de que Benário tinha munição estocada. Se não fosse isso, era o que dava a entender. Ele ergueu a perna robusta de Yolanda e a penetrou com vontade, sentindo a diferença entre os corpos de mãe e filha, Ingrid se posicionou de modo que a mãe repousasse a cabeça em seu colo, enquanto o garanhão velho não economizava em seus esforços.
Ele já estava todo dolorido, suado e esgotado, mas uma força maior o impulsionava. As duas primeiras ejaculações com Ingrid vieram facilmente, mas agora sentiu que precisaria se esforçar para repetir o feito. Yolanda ganhou com isso, tempo suficiente para ter todo o prazer que estava, desejando, até que depois de algum tempo, gozou com o companheiro.
Benário, tão discreto e fechado para as outras pessoas, estava se mostrando por inteiro para suas duas mulheres e desejava que aquele momento durasse para sempre. Ele sabia que não seria possível, mas estava pronto para as adaptações. Não havia muita conversa durante o ato. Era pura ginástica e entendimento apenas. Eles se entendiam com os olhares. E assim, pela terceira vez naquele dia, o velho Benário gozou, para espanto das duas mulheres
E assim, o senhor Benário se viu diante de uma vida que não esperava. Depois de tantos anos, ele formou outra família e o casarão passou a ser menos silencioso. Ingrid e o marido finalmente se entenderam após a chegada do filho, que trazia ainda mais vida para o ambiente durante as visitas, que mesmo não sendo muito frequentes, passaram a ser mais regulares.
O velho artesão descobriu que gostava de criança, mesmo sem saber se era seu neto ou seu filho, mas gostava das duas possibilidades. Com o tempo. Ingrid definitivamente deixou de visitar a cama do bom senhor Benário, conforme seu marido a enchia de atenção e cuidado, embora sempre ficasse no ar a possibilidade de um dia acontecer de novo. Quem sabe? Apenas pra matar a saudade.
De qualquer maneira, Juliana estava sempre por perto, quando Yolanda achava necessário. E em paz consigo mesmo, o luthier se trancava em seu estúdio quando a casa estava barulhenta demais. Mas ele não reclamava. Suas madeiras, colas, serras e pincéis eram as únicas coisas que não tinham mudado, naquela casa. E o velho rádio, que trazia de volta as lembranças de outros tempos.
FIM
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