O Médico [06] ~ Comendo o Rick!

Um conto erótico de BENJAMIM
Categoria: Gay
Contém 5676 palavras
Data: 15/01/2024 06:05:40
Assuntos: Foda, Gay, Primeiro amor, Sexo

Tomei banho; estava precisando né? Me vesti, comi e fui dormir.

Lá pelas duas da madrugada o meu celular toca. Era ele, claro.

- Só conferindo pra ver se tá dormindo mesmo ou tá na rua, zonzando!

- Sei. Estou na cama sim, Rique.

- Tá bom, B.

- Olha só, disse pra minha mãe que amanhã cedinho eu vou sair pra revisar a matéria da prova de amanhã. A gente pode se ver...

- Beleza! Te pego às cinco?

- Você não acha que está cedo, não?

- Uai! Quanto mais cedo, melhor; mais uma hora pra gente; além do mais,

eu saio às três daqui, aí eu só espero mais duas horas até te ver. Duas longas e intermináveis horas.

- Até de longe você me deixa vermelho, lindo!

- Vou desligar porque ainda estou trabalhando, tá?

- Tá bom... Ei, dá uma conferida no Vagner pra mim.

- Vou fingir que você não me pediu isso!

- Por que, Rique?

- Você sabe porque! Eu não gosto de você preocupado com ele; você não sabe disso?

- Eita, Rique; ele é meu amigo, você também sabe disso.

- Mas você não veio aqui hoje? Não viu que ele está bem? Não sabe que ele vai ter alta amanhã? Então?

- Tá bom, tá bom... depois você diz que quem faz mil perguntas sou eu, né?Rique, tá zangado?

- Não, estou não... eu sei que é só amigo, não desconfio de você, mas você tá exagerando né, B!

- É que eu me sinto culpado ainda, amor; fico com medo de acontecer alguma coisa.

- Você não tem culpa, B; acho que até ele já te disse isso.

- Mil vezes, haha; mas mesmo assim, ele só veio pra cidade por minha causa.

- Tá bom, tá bom; chega de Vagner, né? Vou trabalhar agora, te pego na esquina da sua casa?

- Hum... tá bom, meu lindo; beijo, até mais.

- Até.

Percebendo o que está acontecendo...

Eu decidi que nunca ia me envolver com homem algum, mantenho a minha virgindade até mesmo sem pressa de perdê-la.

Do nada, aparece um homem e que é mais velho que eu, que me rouba os pensamentos e me faz tremer sempre que sei que ele está por perto.

Conheço ele e durante um período de só três dias, transo com ele quatro vezes e ainda começo a namorar!

Três movimentados dias!

Eu estava com medo de tudo, medo de ser pego no flagra, medo de alguém descobrir, medo de perder o controle que eu já tinha percebido que não tinha tanto...

Ele ligou e eu pulei da cama, pus os tênis e saí.

Corri pra esquina e entrei no carro dele. No impulso, ele foi me beijar, mas eu naquele medo mortal de ser visto, o afastei.

- Não Rique, aqui não.

- Eita amor... você e esse medo de perseguição, né? Tá bom, desculpa!

Eu fico P da vida quando ele fala assim, porque parece que eu estou fazendo doce e eu não sou assim; na verdade eu sou a pessoa mais fácil de se lidar. Tenho amigos de todos os tipos e sou muito flexível a qualquer situação, mas eu sei que ele não dizia isso por mal, nem pra me dar bronca, mas eu sentia como se o tivesse afastando de mim.

Ele arrancou com o carro e fomos em direção ao apê dele.

No caminho a gente foi ouvindo bossa nova. Ele adora e eu também. Parece que a gente tinha combinado.

Quando ele aumentou o som:

- Eita, adoro bossa!

- Hum, eu também, B. Parece que a gente combina, hein?

- Rique, a gente namora há dois dias e se conhece há três.

- Nossa! É mesmo, que engraçado!

- Você não acha que isso é suficiente?

- Você acha que está faltando alguma coisa? A gente se gosta!

- Tá, mas... a gente nem se conhece direito.

- Ok; o que você quer saber?

- Tudo.

- Tudo o quê?

- Ah, sei lá... me diz como você é... como é a sua família...

- Bem, eu me descobri gay aos doze mais ou menos e eu sempre fui muito carente. Mesmo meus pais sendo muito presentes e carinhosos, mesmo assim eu sempre fui manhoso. Mas mimado, nunca! Sempre fui independente.

O carinho que eu queria era outro e eu até conseguia ter, mas era sempre escondido e como era escondido, demorava muito pra eu ter carinho de novo! Aí aos quinze, decidi contar para os meus pais.

No início eles achavam que era só uma fase, que se eu transasse com uma garota isso passava, mas eu já tinha transado e nada dessa virose passar. Aí, como para mim eu já tinha revelado pra eles e vi que eles nem se assustaram; mas eu não sabia o porquê; comecei a levar meus

namorados pra casa... e foi aí que tudo começou de verdade.

Aí eles me chamaram pra conversar e eu disse tudo de novo, só que agora eles levaram a conversa a sério e me deram um monte de recomendações. Disseram que era perigoso revelar isso pro mundo porque a nossa sociedade não entende e blá blá blá; principalmente a gente, ele quis dizer nossa família, que é conhecida na nossa cidade e tal. - a família dele vez ou outra aparece nas colunas sociais dos jornais da

cidade. - Então já deu pra perceber como os meus pais são: eles me amam

muito e só me querem bem e como eu já sou assumido há muito tempo, sem problemas, é tudo normal com os meus; imagine que eu sou hétero. Pronto! Não muda nada o relacionamento dos meus pais para com os meus rolos!

- Que sorte, Rique!

- Você nunca pensou em assumir?

- Claro que já! – eu falei. - Mas fica difícil executar isso quando esse pensamento vem seguido de outro que imagina a minha mãe me expulsando de casa, o povo rindo e apontando pra minha cara, o meu pai me renegando e o meu mundo caindo! Eu odeio mudanças drásticas.

- Você odeia mudar porque você gosta de manter o controle da situação em que você se encontra! Já percebi isso.

- Pois é, falou e disse.

- Mas será que eles agiriam dessa forma mesmo?

- É, tem razão. Esqueci de dizer que nos meus pensamentos eu vejo a minha mãe me expulsando de casa, praguejando e me dando vassouradas.

- Você é super engraçadinho, mas é sério isso, Benjamim.

- Eu mais do que você, sei que é sério e é por isso que eu brinco, porque eu já decidi que não vou assumir nunca; depois de repensar muito Rique... você acha que é justo eu, você mesmo disse que eu gosto de manter o controle, você acha que eu nunca pensei nisso? É justamente porque eu sempre pensei nisso; desde criança que eu sou assim; eu amadureci mais rápido que todos os meus amiguinhos da escola porque eu já vivia com esse estigma. Meu amadurecimento é fruto dessa reflexão!

- Tá; ok. Acho cedo pra gente discutir isso. Quando a coisa ficar bem séria na nossa relação, você vai ver que vai ter que assumir.

- Não, Henrique... eu não vou assumir nada pra ninguém! E que história é essa de quando a coisa ficar séria?

- Uai, Você quer terminar comigo um dia?

- Não.

- Então, a coisa vai ficar séria porque isso de você dizer à sua mãe que vai

pra faculdade estudar, não vai colar mais! Vai chegar um momento que você vai estar se formando, trabalhando e sua mãe vai perguntar: Cadê a

namorada? Cadê a noiva? Cadê a sua esposa? E o que você vai responder?

- Eu sempre quis me mudar... eu sei, logo eu que odeio mudanças, né? Mas é necessário, aí eu invento uma namorada, depois uma noiva e depois uma esposa.

- Jura que você está me falando isso? Nossa! A coisa é mais séria do que eu pensei. E seus pais nunca vão pra cidade onde você mora, pra visitá-lo? Eles não vão pra sua festa de noivado? Quem vai te levar no altar no dia do casamento? Eles nunca vão ver essa esposa misteriosa?

- Me caso em Las Vegas, digo que foi casamento rápido.

- Para de brincar, B; eu estou falando sério!

- Eu sei, Rique, mas eu não vou assumir e ponto!

- Tá tão bom Tom Jobim, né?

Ele mudou de assunto rapidamente. Viu que nesse assunto eu era irredutível.

Mas achei naquele momento que ele estava certo. Se eu nunca pensei nisso antes? É claro que já! Mas, sei lá, assumir era a pior coisa pra mim, portanto já dá pra imaginar como era tensa as vezes que eu estava com ele em público.

Chegamos no apê dele, entramos pela garagem e subimos pelo elevador.

Ele veio me abraçando e eu o afastei de novo porque pensei que a qualquer momento alguém poderia entrar.

- Viu? Ninguém entrou.

- Mas poderia ter entrado.

- Isso não é vida. A sua vida é concebida pelo desejo e boa vontade dos outros. Você acha isso certo?

- Você é rico, pode falar e fazer o que quiser. Você não deve explicações a

ninguém. Vai dizer isso a um pobre coitado e que não tem onde cair morto.

- Você nem é pobre assim e isso não tem nada a ver.

- Sabe o que não tem a ver? A gente discutindo isso agora.

- Hum, tem razão.

Ele foi fechando a porta do apê e foi logo me abraçando, me beijando

intensamente e me levando pro sofá.

A gente nem estava com tanta disposição, afinal a gente tinha acabado de transar no carro dele há algumas horas, mas a vontade de ficar junto era grande... a gente sabia que seriam raras as vezes que íamos estar juntos, comparada com a nossa vontade de se encontrar.

Nos abraçamos muito no sofá e os beijos eram fortes e lentos, depois que deitamos. Nem tínhamos vontade de tirar a roupa... só de ficar ali abraçadinhos, sentir a pele um do outro...

Mas esse namorico não dura muito, né?

Fomos pro quarto e ficamos de cueca e nos enroscamos nos lençóis. A gente ficava abraçadinho, brincando um com o outro, se tocando... isso a tarde toda!

- Hum... meu lindo, me abraça um pouquinho!

- Você hein! Não sei como tem disposição! Já está aí ativo de novo.

- Você que me deixa assim; quer que eu broxe? Eu broxo se você quiser.

- Haha... não, assim tá bom, enroscando em mim.

- Você também tá aí acordado.

- Mas eu nem fiz esforço.

- É... você é totalmente passivo?

- Acho que sim... não sei. Minha primeira transa foi há dois dias, como é que você quer que eu saiba?

- E se...?

- Se o quê?

- Vai lá no meu guarda-roupas, na gaveta de cima, pega uma camisinha.

- O que você está tramando, hein?

- Deixa de perguntar e pega logo, mô.

Eu levantei, fui na gaveta e peguei. Voltei e ele estava com um sorriso lindo no rosto; eu não entendia nada.

Deitei e dei pra ele .

- É pra você por.

- Hã?

- Põe.

- E você?

- Eu fico na posição que você quiser.

- Mas... eu ponho e você faz o quê?

- O mesmo que você!

- Você tá dizendo que... Jura?

- Haha.. por que essa cara?

- Eu nunca me imaginei fazendo isso.

- Agora você faz. Não quer?

- Acho que sim!

Eu estava tenso. Eu nunca me imaginei como ativo.

Por que tudo estava acontecendo tão rápido?

Eu peguei a embalagem e fui abrindo bem devagar. Ele estava mais tenso que eu e tomou a camisinha da minha mão.

- É assim que abre.

- Haha... eu sabia!

- Eu estou mais nervoso que você; eu nunca transei como passivo.

- Então porque isso agora?

- Ah, sei lá; acho que estou com vontade! Mas se você não quiser...

- Acho que posso tentar.

Todo sem jeito, peguei a camisinha. Era a primeira vez que eu punha uma e fui desenrolando todo troncho.

Ele percebeu minha desenvoltura e me puxou pela cintura, pegou a camisinha e desenrolou no meu pau.

Sei lá porque, mas achei tão romântico!

Me agarrei no pescoço dele e dei um super beijo, do jeito e ele dava em mim. Ele não entendeu aquilo.

- Por que o beijo?

- Achei isso tão fofo!

- Eu botar a camisinha em você?

- Sim.

- Vou fazer isso mais vezes.

Ele foi deitando na cama, de costas. Abriu as pernas e disse vem.

Eu fui subindo na cama, de quatro e fui deitando em cima dele e começamos um beijo longo. Enquanto nos beijávamos, ele pegou meu pau e começou a enfiar nele. Claro que meu pau não era do mesmo

tamanho que o dele, mas é bem grossinho o meu. Como era a primeira vez que ele fazia passivamente, ele sentiu dor, mas ele, diferente de mim, não teve receio de demonstrar isso. Começou a gritar e fazer caras e bocas.

- Ai Benjamim, tá doendo!

- O meu também doeu muito.

- Assim, desse jeito?

- Acho que pior, o seu pau é maior que o meu e eu sou mais miúdo.

- Pior? E por que não pediu pra eu parar?

- Vontade não faltou, mas eu tive medo.

- Oh, meu amor, não precisa ter medo!

- Mas no fim, eu gostei.

- Vou mais devagar com você, agora que você me disse isso.

- Mas agora é tarde! Haha... quer que eu continue?

- Você se importa se eu?

- Não! Mas depois fica gostoso, quer dizer, eu não sei se eu vou conseguir fazer você achar prazer nisso, mas...

- Quer saber? Vai; eu tenho que fazer isso um dia.

- Tem certeza?

- Vai.

Ele pegou meu pau e eu deixei que ele enfiasse nele do jeito que ele queria. Ele foi bem de leve e estava gostando muito, porque ele ficava apertando e roçando na entrada do cu dele e eu estava me excitando muito. Ele foi enfiando de leve e teve um momento que a mão dele não podia mais segurar porque estava quase todo lá dentro do rabo dele.

Meu pau é totalmente reto, branco e quase não tem pelos. É com a pele bem lisa, sem aquelas veias que nem o dele. E é bem mais fino que o dele e tem uns quinze de tamanho, por aí.

Meu pinto é bonito sim e estava mais duro que um cabo de vassoura.

- Posso começar?

- Devagar, por favor!

Gente... imaginem um homenzarrão, enorme, forte, lindo, loiro de olhos azuis pedindo pra você meter devagar, com cara de choro! Imaginaram aí? Não dá vontade de agarrá-lo e não soltar mais?

Haha... Eu atendi o pedido dele, comecei devagar e aí eu disse:

- Você não acha melhor por lubrificante?

- Esqueci dele! Deve ser porque eu nunca usei desse jeito.

- Onde tá pra eu ir pegar pra você?

- No banheiro, armário debaixo da pia, na primeira porta.

Fui lá, peguei o potinho e fui pra cama.

Eu ia dando pra ele quando:

- Passa em mim. - ele pediu.

- Hã?

- É, passa em mim. É mais gostosinho.

Eu, com a mão tremendo, espremi o pote na minha mão e fui passando ao redor do cu dele.

- Enfia, amor!

- Mas...

Eu todo sem jeito fui enfiando de leve e lubrificando o cu dele por dentro.

Ele é super depilado e tem uma bundinha linda, empinadinha.

Depois disso eu comecei a enfiar. Ele voltou a sentir dor, então ele pegou o meu pau e foi enfiando.

Quando não deu mais pra segurar, ele soltou e eu entrei todinho nele.

- Tá doendo?

- Bem grossinho o seu brinquedo, hein?

- Nem é... Posso começar?

- Vai.

Eu comecei no vai e vem. Nossos corpos estavam muito grudados, nossos

peitos se esfregavam mutuamente e eu sentia a respiração dele muito

próxima, mais próxima do que nunca.

Ele estava dando gemidos de dor. Eu quis parar, mas aí ele disse que se eu podia, ele também pode.

Eu continuei e estava muito bom; nem eu sabia que podia sentir tanto prazer sendo o ativo.

Mas eu não podia me empolgar porque ele estava sentindo dor ainda. Mas a vontade de bombar dentro dele era enorme. Fiquei de leve. Foi aí que aconteceu algo que eu não previa: ele colocou as duas mãos na testa, tipo como se tivesse se queixando da dor. Eu pensei em parar na hora, mas vi as axilas dele e como eu já disse aqui, sou louco por elas.

Ele estava tão cheirosinho e a gente nem tinha suado ainda. Eu não sei porque, mas enfiei a minha boca lá e me meti a chupar. Parecia que era a boca dele e que eu estava dando um beijo de língua.

Ele ficou me olhando, super surpreso!

Eu não parei, continuei sugando, chupando, babando; trocava de axila e fazia a mesma coisa que eu tinha feito na outra.

Numa dessas trocas, ele lambeu meu rosto com a língua e me beijou. Quando ele largou minha boca...

- Nossa! Amei isso... Ninguém nunca tinha feito isso em mim! Continua.

Eu continuei e com mais força. Comecei a lamber o bíceps e voltava pra

axila. Trocava de axila e ia para o tríceps. Chupava o pescoço e voltava pra outra axila.

E nesse tempo eu enterrava a vara no cu dele. Já estava metendo muito fundo e nem tinha percebido isso ali.

Até eu que gosto de gemer, nunca gemi do jeito que ele estava gemendo!

Foi aí que eu vi que ele estava sentindo prazer em ser passivo e aí eu pude começar a fazer com mais vontade e mais forte ainda.

Ele implorava pra eu não tirar a boca da axila dele. Ele implorava mesmo. E gemia mais alto, mais alto, mais alto! Ofegava, tomava fôlego e voltava a gemer.

Eu comecei a ir mais depressa e estava muito excitado em ouvi-lo. Agora eu sabia porque ele me pedia tanto pra gemer.

Era como ele... eu gemia muito e eu percebia que ele acelerava e se empolgava mais. O mesmo estava acontecendo comigo ali. A cada impulso dele, a cada gemido, a cada urro, eu enlouquecia. Chupava com mais vontade a axila dele e acelerava lá em baixo, enfiando a vara.

Teve uma hora que ele gemia de segundo a segundo.

Eu estava muito rápido, rápido mesmo, e ele não mais gemia nem

urrava. Ele gritava mesmo!

- AI BENJAMIM, NÃO PARA!

Eu não falava nada, não gemia nem nada, só chupava a axila dele. E metia com força.

Eu gozei e gemi muito forte na cara dele. Ele gostou disso e puxou agressivamente o meu pescoço pra me beijar. Tanto é que o meu dente cortou o lábio dele.

Eu senti o gosto de sangue e não parei; ele também não. Eu soltei a boca dele e vi.

- Desculpa!

- Pelo o quê? Ter me dado a melhor gozada da minha vida?

Quando eu olhei pra minha barriga, ela estava toda molhada de porra.

Olhei pra ele e ri um sorriso de menino feliz.

Sei lá, me empolguei muito com a gozada dele.

Ele riu pra mim e disse:

- Nossa, que sorriso lindo! Tudo isso é porque me viu gozar?

- É... fiquei feliz! Não sei por quê.

- Oh meu garoto, vem cá, me abraça forte! Me diz que me ama?

- Eu te amo! - disse isso abraçando ele. Eu ainda estava com o pau dentro dele.

Quando eu estava voltando pra cama:

- Hum... quero mais!

- Mais?

- Você pode me dar?

- Você quer me pegar agora?

- Não; quero repetir o que fizemos agora.

- Não sei se consigo. Satisfazer um homem do seu tamanho é duro!

- Haha... tá bom, meu garoto. Então vem pra eu te fazer carinho.

Eu fui correndo para os braços dele.

Eu não sou magricela gente. Mas pra vocês terem ideia de como ele é grandão, um só braço dele me ocupa todo, tipo, dá a volta em toda a minha cintura.

Fui para os braços abertos do Henrique e cochilei; acho que ele também, mas não sei. Só sei que eu acordei e ele disse:

- Hora da prova.

- Nossa! Estou atrasado?

- Não; só que já está na hora de você começar a se arrumar.

- Ah, tá bom.

Fomos para o banheiro e começamos a nos beijar e abraçar. Ele levantou os braços e pediu pra chupar as axilas dele de novo... acho que ele viciou.

Mas não demorei no banho. Corri pra pegar a toalha, me enxugar e vestir a roupa. Ele ficou no banho ainda e bem calmo. Eu fiquei vendo ele tomar

banho: ele passava o xampu, o sabonete, esfregava o corpo com gosto e o

fato dele ser de pele bem clara, deixava uns vermelhões na pele. Mas ele é macho, ele aguentava. Ele não é cheiroso à toa, pelo visto.

Quando ele me viu, deu um sorrisão e continuou a esfregação.

- Tá com pressa, amor?

- Não; só esperando você.

- Ok. - disse, desligando o chuveiro - Já acabei! Vamos?

Ele se vestiu rápido e começou a colocar a cueca, - acho que ele só tem sleep branca. Vestiu um jeans um pouco justo, foi pondo as meias e os

tênis; passou por mim, me deu um beijinho na boca e seguiu pro guarda-roupas. Pegou uma blusa verde, não muito justa, mas ele é grandão, então os mamilos dele sempre ficavam piscando e ficava justa nas costas.

Enquanto ele se vestia, eu ficava imaginando as meninas da sala dele, como deveriam ficar ao vir aquele homem todo dia, daquele jeito todo arrumado e cheiroso, dando um "boa tarde" e um sorriso...

- As meninas da tua turma devem ficar doidas quando veem você chegar.

- Não sei delas, só sei de você.

- Pode deixar que não é ciúmes, é simplesmente uma reflexão... eu mesmo ficaria doido!

- Bom, já que você disse que não tem ciúmes... algumas dão em cima. Durante quase cinco anos eu via as mesmas meninas tentando ficar comigo.

- Convencido o senhor, hein?

- É prepotência; é o que realmente acontece!

- Eu não duvido.

- Tá com ciúmes?

- Não - e não estava mesmo.

- Ok, você tá com ciúmes, relaxa!

- Não... não estou com ciúmes!

- Tá bom; vou fingir que acredito. - aí eu vi que ele estava gostando do fato de eu sentir ciúmes e então eu disse:

- Tá bom; eu estou com ciúmes! Satisfeito?

- Haha... eu amo ser de uma pessoa só, lembra?

- Lembro.

- E essa pessoa é você, meu garoto!

Beijo longo e ardente depois dessa declaração... como não poderia deixar de ser!

A gente foi descendo depressa e ele foi na frente. Foi direto pra cozinha e eu me perdi naquela cobertura.

- Onde você está?

- Na cozinha.

- E onde fica?

Ele voltou.

- Você se perdeu?

- É.

- Não lembra da primeira vez que você esteve aqui? Eu fui pra cozinha, lembra?

- Lembra que era noite, estava escuro e eu estava nervoso?

- Haha... ok, ok; é por aqui, garotinho. Vem...

Me puxou pelo braço como um menininho e me sentou na mesa. Aí ele trouxe um saco de papel cheio de pães. Trouxe a faca, geleia e manteiga e foi fazer café na cafeteira.

- Desculpa, só tenho isso... é porque como você já sabe, eu só usava esse apê pras festinhas. Mas fazia tempo que eu não vinha e eu não trazia muita coisa pra cá. Mas agora que você vai vir sempre, eu vou tomar vergonha e comprar algumas coisas pra cá, tipo comida, papel higiênico... - interrompi.

- Camisinhas...

- Camisinhas?

- Está acabando seu estoque.

- É... esse estoque é antigo; acho que tem camisinhas da época que eu transei pela primeira vez.

- Nossa! Você não disse que tinha começado cedo? - com treze - Seus pais te deram esse apê nessa idade?

- Não, bobo! Esse apê era pras putarias do meu irmão; só que ele se formou em arquitetura e se mandou pra Londres. Ele mora lá com a esposa e filhos. Aí, quando eu tinha dezessete, ele decidiu me dar a chave e eu trouxe tudo que era pessoal meu do meu quarto pra cá, incluindo a minha caixinha de camisinhas. Só que tem camisinhas da época que eu ainda me masturbava com as embalagens de cuecas. Sabe aqueles caras sarados que ilustram as embalagens de cuecas?

- Haha... você não perdoa, hein?

Tomamos café como dois meninos.

Brincávamos o tempo todo. Ele estava cumprindo a promessa de me fazer feliz!

Descemos pelo elevador e como eu estava de bom humor, a gente foi se beijando até lá em baixo.

A porta abriu e a gente ia se beijando. Quando eu percebi, dei um pulo e larguei ele. Ele sorriu e me chamou pra ir para o carro.

Fomos cantando até a universidade. Ele parou no prédio de Engenharia e eu não entendi o porquê.

- Rique, aqui é longe do meu prédio.

- Eu sei; eu só quero fazer isso ó:

Ele me agarrou, me deu um beijo forte, mas rápido e me disse:

- Boa sorte na prova, meu amor! Vai dar tudo certo, viu?

- Ôh, meu lindo, vai dar sim, boa aula pra você também!

Aí ele seguiu pra perto do meu bloco, parou só um pouco longe e eu desci.

Dei uma piscadinha de olho e me mandei feliz da vida. Ele seguiu o caminho dele.

Segui para o meu prédio, encontrei os colegas de turma e me deparei com a tensão que os rondava.

Era engraçado, porque eu também estava inseguro em relação à prova; já estava achando que não ia nem passar.

Mas se você chegasse perto de mim naquele momento e me perguntasse: "E aí Benjamim, acha que passa nessa prova?", eu diria com cara de bobo e um sorriso enorme nos lábios: "Não, hehe".

Resumindo, estava nem aí para o mundo naquela hora. Eu estava muito feliz... nunca tinha me sentido tão bem. Meu corpo estava leve, eu estava me sentindo novo... difícil explicar.

Assim como a dor, a alegria quando é contagiante se manifesta fisicamente também.

Era isso o que me acontecia.

Eu estava feliz!

O professor chegou e eu estava sorrindo. Todos outros estavam tensos.

Entramos na sala, o professor sentou e explicou a prova. Eu estava sorrindo e todos os outros estavam silenciosos e tensos.

O professor foi ditando as perguntas e eu estava sorrindo ainda! Sorte, ou azar, depende do ponto de vista.

O Vagner estava no hospital, mas se ele me visse nesse estado, saberia quase que exatamente o que estava me acontecendo. Tenho certeza de que ele saberia que eu fiz amor de novo.

A prova estava difícil, mas saí da sala achando que tinha me saído bem.

Depois da aula, fomos pra biblioteca, como sempre fazíamos.

Minha turma é muito animada, mas mesmo assim íamos sempre pra lá ler alguma coisa depois da aula e fazer outras coisinhas também: namorar - quem tinha namoro, ficar - quem tinha ficante - paquerar - quem não tinha ninguém - ou simplesmente bater perna.

Eu adorava esses momentos com eles.

O Vagner fazia muita falta, mas tudo bem. Liguei pra ele pra saber se ele tinha acabado a prova e se tinha ido bem.

- Você ainda tinha alguma dúvida de que eu ia me dar bem?

- Claro que não, mas tinha que confirmar, bobão!

- E você foi bem?

- Acho que sim... acho que errei a segunda questão, mas tudo bem.

- Aquela sobre filosofia?

- É.

- Ah, fácil...

A gente ficou horas no celular falando da prova. Ele ficava explicando

cada questão e eu escutava atenciosamente e depois passava o que ele tinha dito para os outros colegas na mesa, que também queriam saber se tinham ido bem.

Depois que o papo prova acabou, ficamos papeando como se ele estivesse presente.

De repente, a turminha de medicina, que a gente ficava sacaneando, chegou, com a cara emburrada de sempre, porque sabiam que a gente ia rir deles.

Agora, para mim, isso era uma das coisas mais engraçadas para se fazer, afinal era a turma do Henrique.

Foi assim, zoando a turma dele, que ele se interessou por mim, quis saber quem era o palhaço e acabou se apaixonando.

Ele estava junto dessa turma e como a entrada deles é sempre notada por todos, fiquei olhando a passagem deles e o Henrique não tirava os olhos de mim.

Eles sentaram e a gente começou.

Parecíamos criancinhas bobas.

Apontávamos e ríamos.

Eles ficavam P da vida.

Alguns deles já tinham vindo tirar satisfações com a gente, mas além dessa farrinha, alguns desses futuros médicos já tinham ficado com o pessoal da minha turma.

Eita povinho rápido, hein? Se amam, mas se odeiam.

O único que não estava com cara de bravo era o Henrique. Ele ria de tudo e pedia para os amigos e amigas deixarem os "malucos" pra lá.

Ele agora apaziguava e eu achava isso divertido.

Sempre que podia ele mandava um sorriso, passava por mim, pegava um livro numa estante perto da nossa mesa, esbarrava em mim e pedia desculpas, pondo a mão no meu ombro.

Teve uma vez que ele passou com um livro, deixou cair perto dos meus pés e quando foi pegar, passou a mão na minha perna.

Jogos de sedução!

Eu não dava o braço a torcer. Fingia que não estava nem aí.

Quando eu fazia isso, ele dava um toque no meu celular. Aí eu olhava e depois fingia que me distraía com algum livro ou amigo na mesa.

- Como tem gatos nessa turminha! - falou a Vanessa, uma amiga que estava sempre com a gente ali.

- Ôh... nem me fale! – Respondeu a Jane.

- Minha gente, se deem ao respeito! Haha! - eu falei.

- Inimigos mortais sim, mas eu me fazia toda com aquele moreno ali – apontava.

- E você, Carlinhos, pegava quem?

- Eu pegava aquela gostosa ali, cara! Essas meninas de calça branca deixam aparecer a calcinha, fico louco!

- Haha... tarado!

- E você, Benjamim; pegava quem?

O que eu ia dizer agora?

Eu estava feliz, totalmente sem neurose.

Olhei um pouco o cardápio e vi uma loirinha bem bonita. Alta, magra, enfim... bela. Bela como o Henrique. Aí pensei mais um pouco e:

- Pegava aquela loirinha ali - apontava e tremia a mão de propósito, deixava o meu dedo passar em frente ao Henrique, só por diversão. Ele

ficou confuso, fez uma cara de quem não estava entendendo o meu gesto.

- Éh... muito gostosa!

Depois de dar aquele tempinho básico, saímos. Fomos pro ponto de ônibus e eu era o único da turma que pegava sozinho. Todos pegavam em duplas ou trios os mesmos ônibus.

Quando estava chegando em casa, o celular toca... era ele.

Eu estava descendo do ônibus e atendi como se não soubesse quem era:

- Alô?

- Olá, estranho!

- Quem fala?

- Não reconhece mais a minha voz?

- Não... Ah, Henrique?

- Nossa! Esqueceu da minha voz?

- Não bobo! Estou brincando!

- Sei... Sua turma, hein? Não deixa a gente em paz mesmo.

- Haha... vocês são ótimos pra tirar sarro, talvez se vocês não levassem tão a sério a gente já teria parado, afinal, a graça é ver a cara feia de vocês, quer dizer, tem umas caras lindas, mas cheias de careta.

- E você comanda a folia, né?

- Eu? - fazendo charminho.

- Te conheço, garoto!

- Se me conhecesse bem, saberia que eu nem sou disso. Haha...

- Hum, sei... mas sabe que hoje eu gostei! Sei lá, achei engraçado.

- Pois é, eu também. Você pedindo calma foi muito engraçado.

- Haha... fiz por você!

- Seus amigos não gostam da gente, mas bem que eles ficam com algumas meninas da minha turma, né?

- É que eles preferem outros cursos, porque se eles pegarem na nossa turma e der confusão, fica chato depois, porque eles vão ter que se ver por anos... Mas as suas amiguinhas bem que gostam, né?

- Pois é, mas essa é a graça! Eu não faria isso no lugar delas, mas...

- Haha... não faria, né?

- Hum... não, acho muito sem-criatividade pegar um estudante de medicina.

- Hã? Explica!

- Vocês nem sabem brincar de outra coisa, só de médico; é chato isso! Monótono.

- Haha... bem; alguns brincam de ginecologista...

- Hehe... como a gente é besta falando isso.

- Então me fala, que dedo foi aquele apontando pra mim?

- É que a gente sempre pergunta um para o outro, quem a gente pegaria da sua turma, eu sempre dizia que pegava a menina tal. Hoje não foi diferente, só que a menina para quem eu apontei tem barba e uma terceira perna.

- Hum, que lindo! Haha... a gente vai se ver hoje?

- Eu fui bem na prova, obrigado!

- Eita, desculpa: como foi a prova?

- Foi boa.

- Viu? Eu disse... a gente vai se ver?

- Não sei como... me ajuda com uma desculpa pra minha mãe?

- Ah... sei lá; fala que tem um trabalho gigantesco e que você precisa madrugar pra fazer na casa de um colega e que vai um monte de gente pra lá. Fala também que você só passou em casa pra avisar e pegar uma roupa e escova de dente.

- Nossa, como você arrumou essa desculpa depressa! Não sei por que, mas estou achando que essa desculpa já foi usada por você!

- O que é isso, B? É que a minha cabeça funciona rápido quando penso em você.

- Sei...

- Ok, ok, você venceu; eu já usei essa desculpa; está satisfeito?

- Que horas eu vou pra lá?

- Eu te busco na esquina e vamos juntos.

- Ok. Beijo.

- Beijo, meu amor! – ele falou.

Cheguei em casa com uma cara amarrada pra dar veracidade à mentira.

Contei pra minha mãe a desculpa que o Henrique tinha me emprestado. Ela aceitou na boa, só pediu cuidado porque já estava tarde e a noite sempre é perigosa.

Minha mãe sempre deixava eu sair quando o assunto era faculdade, então não me surpreendi quando ela permitiu. Mas fiquei mais feliz que o normal, é claro.

Quando dobrei a porta do meu quarto, dei um sorrisinho malicioso de alegria e fui pegar duas mudas de roupa: uma pra vestir agora, depois do banho e outra pra vestir pra ir pra faculdade no dia seguinte.

Tomei banho rápido, mas bem tomado. Vesti logo a roupa e coloquei a outra na mochila. Me despedi da minha mãe e saí.

O Henrique já estava na esquina e eu entrei. Ele saiu voando para o apê dele.

Todo esse esquema já estava virando rotina. A única coisa que mudava era o ponto onde ele me buscava e me largava. Nunca repetíamos a esquina ou o ponto de referência, pra não dar bandeira e às vezes ele pegava outro carro.

Tudo isso foi a pedido meu, pois eu morria de medo de ser descoberto. Ele acatava tudo porque, afinal, valia a pena.

Entrávamos pelo estacionamento do prédio, subíamos pelo elevador, nos pegávamos um pouco e depois era só curtir o momento.

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