IDAS E VOLTAS [48] ~ Seguindo em frente!

Um conto erótico de Sandro
Categoria: Gay
Contém 3139 palavras
Data: 07/01/2024 08:46:01

Tudo o que falei antes foram palavras ao vento. A verdade é que eu gostava dele e mesmo com meu orgulho ferido por vê-lo no jardim com Augusto, queria muito falar com ele, mas foi Juliano que tomou a iniciativa de me cumprimentar.

- Oi!

- Tudo bem com você?

- Estou bem e você?

- Estudando, trabalhando, levando a vida como dá.

- Também estou estudando bastante.

- Que bom!

- Eu tenho que ir agora.

- Você vai ao casamento do meu irmão?

- Não sei se seria uma boa, você poderia não gostar na minha presença.

- É... O Tiago vai ficar contente se você for.

- Já conversei com ele e fiquei de pensar.

Juliano foi saindo e quando já estava quase perto da porta lembrei que não tinha razão pra ele desistir da academia por minha causa.

- Volte pra academia... Você gostava. – ele virou e ficou me olhando.

- Estou pensando nisso!

Depois que ele saiu, eu me arrependi da burrada que fiz, meus olhos ficaram marejados. Em seguida Diego apareceu e me deu um abraço sem se importar que alguém fosse entrar e me fez companhia até eu me acalmar.

- Vamos naquela balada?

- Não é tarde demais?

- Falta muito para o dia amanhecer, vamos?

- Quer saber? Fodam-se todos, vamos aproveitar a noite.

Fomos pra balada, dançamos muito. Extravasei na pista tudo que estava entalado em minha garganta e só saímos quando a música parou.

Diego e eu saímos rumo ao estacionamento, ele não tinha bebido, pois estava dirigindo e eu dessa vez me controlei, bebi, mas nada em excesso, estava sóbrio.

- Gostou da boate?

- Valeu pela noite, mesmo não estando nas melhores condições eu me diverti.

- Vamos lá pra casa?

- Acho que não, seus pais podem não gostarem.

- Nem pense nisso, quem manda na minha vida sou eu e levo pra minha casa quem eu quiser.

- Não quero te dar problemas.

- Está decidido, vamos lá pra casa e a tarde vamos andar de bicicleta na lagoa.

- Eu nem tenho bicicleta?

- Isso é o de menos, eu te arranjo uma.

Não adiantou colocar desculpas, ele não aceitou e acabei terminando a noite na casa dele, mas antes mandei uma mensagem para o Rafael avisando que estava com Diego.

Ficamos no mesmo quarto como dois bons amigos, mas era estranho, pois já estivemos tão intimamente ligados, porém agora a situação era outra.

Tão logo coloquei minha cabeça no travesseiro, as lembranças da noite me tiraram a paz, a conversa do Juliano com Augusto no jardim me dava repulsa. Fechei os olhos tentando dormir, mas o sono não vinha, maldita ideia que eu tive de ir atrás dele no banheiro.

- Burro!

- O que foi? – Diego falou baixinho já devia estar pegando no sono.

- Não é nada, estou pensando umas coisas aqui.

- Está difícil de dormir?

- Estava tentando entender às atitudes do Juliano, ele mudou bastante, não é mais o cara que se aproximou de mim no meu aniversário e que aos poucos foi mudando a maneira de eu ver as coisas.

- Com o tempo as pessoas se transformam, exemplo disso foi o Mauricio.

- Desculpe, eu não queria que você pensasse nele.

- E você acha que esqueci aquele imbecil?

- É difícil esquecer, mas Diego me diz uma coisa, você acha que eu agi errado com Roger e Juliano?

- Todos nós cometemos erros, mas você não deve se culpar por não ter dado certo com os dois.

- Eu não dou certo com ninguém.

- Não é bem assim.

- É sim, o Roger me traiu com minha irmã, quer coisa mais nojenta que isso?

- Foi jogo baixo mesmo, ele poderia ter se envolvido com outra mulher, teria sido menos cretino da parte dele.

- Você acha que faria diferença?

- Eu acho que sim, ele acabou jogando um irmão contra o outro.

- Depois do que aconteceu com Adriana, já nem sei se Aline me considera alguma coisa.

- Esquece Aline e toque sua vida em frente, ela ainda vai se arrepender das próprias palavras.

- Eu acho que ela e o Roger ainda vão voltar.

- Você está preocupado com isso?

- Se fosse há uns seis meses, diria que sim, hoje pra mim já não faz muita diferença.

- Posso ser sincero com você?

- Claro.

- Eu acho que ele nunca vai ter coragem de se arriscar.

- Também já senti isso. Sabe que ele me fez uma proposta dia desses pra voltar?

- Não brinca? – Diego sorriu.

- É sério, ele me levou até a academia e me propôs voltar, aí eu disse que voltaria, mas ele teria que se assumir pra família e me apresentar como namorado.

- Se eu bem conheço o Roger, duvido que ele faça isso.

- Deixei pra ele pensar no que fazer.

- E ele já se decidiu?

- Com certeza, assim que virei às costas.

- Como é bom ver você falando nele com naturalidade, o tempo é o melhor remédio pra curar esse tipo de ferida.

Em compensação os acontecimentos da noite passada ainda estão entalados em minha garganta.

- É difícil entender essa volta do Juliano com o ex.

- Não vejo dificuldade nenhuma, eles estavam separados e se acertaram.

- A lógica é essa, mas o Juliano não é esse tipo de pessoa.

- Se é ou não, eles voltaram e o Juliano me deu um chute no traseiro, mas isso é bom pra eu aprender a ser idiota.

- Você já parou pra pensar que ele pode estar com Augusto pra te chamar atenção?

- Duvido.

- Pois eu pensei nisso e vamos ser sinceros, quando vocês se aproximaram você não dava a mínima pro Juliano.

- Não foi tanto assim.

- Foi sim, você era louco pelo Roger.

- Até pode ser, mas ele não ia brincar com os sentimentos do Augusto ou ia?

- Acho que não.

- Diego, eu posso te fazer uma pergunta, é sobre você.

- Sobre o Mauricio?

- Não e sim ao mesmo tempo, você está indo embora em definitivo, não é mesmo?

- Acho que sim.

- Arranja uma vaga pra mim, também quero ir embora daqui.

- Você está de cabeça quente e um passo desses não pode ser decidido de uma hora para outra.

- Não tenho nada a fazer aqui.

- Tiago e seu João te amam, pense nisso.

- Sua mãe também te ama e você está indo.

- Ela me ama, mas não me aceita. Tenho certeza que longe viveremos melhor que perto.

- É complicado.

- Aposto que quando ela me encontrar a saudade vai ser maior que as cobranças e as críticas.

- Você tem razão, vamos dormir, acabei te alugando.

Acordamos por volta do meio dia quando a mãe dele bateu na porta do quarto e o chamou, fiquei nervoso e com vontade de ir embora, mas o Diego não deixou, ele era teimoso.

Chegamos à mesa e ela ficou me encarando, não sei se não se lembrava de mim, mas pelo menos não me ofendeu. Paulo foi quem falou.

- Você é filho do João?

- Sou o filho mais novo.

- Eu me lembro do seu aniversário e você já esteve aqui?

- Já me hospedei uma vez em sua casa e outra vez eu vim num aniversário do Diego.

- Você está morando em Belo Horizonte?

- Moro numa republica de estudantes.

- Estudar é bom e porque você não foi pra casa?

- Pai, por favor, respeite o Sandro, é meu convidado.

- Não estou falando nada demais meu filho, ou você acha que nessas republicas não existem regras a serem cumpridas.

- A nossa tem regras sim e somos livres pra sair, mas temos que avisar.

- Teve um período que morei em republica e sei bem como é, cresci muito como ser humano e aprendi a valorizar muitas coisas. Aproveite essa oportunidade que você tem tudo pra se dar bem.

- Eu lhe agradeço as palavras de incentivo e queria me desculpar por tirar a paz de vocês.

- Quando eu morava em republica nunca dormia fora de casa, tive vários convites de amigos, mas sempre cumpria as regras.

- O Sandro é meu convidado e vamos encerrar esse assunto.

- Ontem nós saímos do aniversário da minha tia e o Diego acabou me trazendo direto pra cá.

- A Joana nos convidou para o aniversário, mas tínhamos outro compromisso, faz tempo que você mora na cidade?

- Pai, por favor, para com esse interrogatório.

- Não perguntei nada demais, não é mesmo, Sandro?

- Deixe seu pai Diego, ele está certo. Eu vim morar aqui no início do ano.

- Acho que vou almoçar num restaurante, vamos Sandro?

- Não tem necessidade meu filho, se o problema eram minhas perguntas, já acabei e podemos almoçar.

- Não vamos esperar pelo Roger, disse a mãe do Diego e eu gelei não queria encontrá-lo ali.

- Ele tem que aprender a ter horários, serve o almoço.

Essa foi à parte ruim de ter ido à casa do Diego, tinha a sensação que pisava em ovos, o pai dele era muito esperto e durante o almoço me encheu de perguntas mesmo sob os protestos do Diego e por sorte, Roger não apareceu.

À tarde fomos andar de bicicleta conforme Diego havia planejado, ele conseguiu uma emprestada com o vizinho e fomos. Foi muito divertido fazia tempos que eu não pedalava, foi maravilhoso sentir a brisa do vento da lagoa em meu rosto e por alguns momentos me senti livre com a sensação de paz muito grande.

Andamos bastante e paramos num determinado ponto para descansar. Aproveitamos e sentamos na grama enquanto bebíamos água.

- Obrigado por salvar meu fim de semana.

- Você também salvou o meu.

- Se você não tivesse me convidado pra sair com certeza agora estaria em casa dormindo sem ter nada pra fazer.

- E aquele monte de homem que mora com você? – disse rindo.

- Cada um tem sua vida, namoradas, família, mas eu não os culpo porque também não os convido pra nada.

- Sabe o que a gente pode fazer depois que sair daqui?

- Não me diga que está pensando em esticar mais ainda o domingo?

- Vamos ao cinema no shopping e depois comemos uma pizza, que tal?

- É uma boa, mas eu tenho que passar em casa, tomar um banho e trocar de roupa.

- Eu também vou trocar de roupa, tenho que ficar ao seu nível.

Lembrei-me do pai dele que só faltou me dizer claramente que não me queria na casa dele.

- Primeiro você poderia me deixar em casa?

- Nada disso. Eu sei por que você quer ir pra casa por causa do meu pai, não é?

- Ah Diego, eu me senti num interrogatório, desconfio que ele saiba alguma coisa sobre Roger e eu.

- Ele não sabe de nada, tira isso da cabeça.

- Então porque aquele monte de perguntas?

- Provavelmente pensou que temos um caso.

- Faz sentido.

- Sandro, deixa meus pais que eu me entendo com eles.

- Você tem tranquilidade pra lidar com essas coisas, eu não consigo, fico nervoso, atrapalhado. Na hora do almoço enquanto ele conversava comigo parecia que estava escrito na minha testa, “me relacionei com seus dois filhos”. – Diego caiu na risada.

- Vamos embora, não podemos nos atrasar para o cinema.

- Vamos para o covil do lobo.

- Dr. Paulo vai te devorar. – disse ele fazendo careta imitando um lobo bravo e depois caiu na risada.

Fomos até a casa dele, não tinha ninguém em casa, agradeci a Deus. Deixamos as bicicletas, Diego tomou banho, trocou de roupa e saímos rumo à república.

assistindo tv. Deixei ele conversando com Diego e fui me arrumar para sair.

Fomos ao BH Shopping e não gostei muito, pois notei que Diego me levou no mesmo que Juliano sempre me levava, ficava perto do apartamento dele e o que eu menos queria naquele momento era ter a infelicidade de encontrá-lo novamente.

- Você me sacaneou, não queria vir nesse shopping.

- Porque, você não gosta do BH?

- Eu gosto, mas me trás lembranças de um período que eu quero esquecer, o Juliano sempre me trouxe aqui.

- Que bobagem, Sandro.

- Depois de ontem não quero encontrar com ele tão cedo.

- Vamos curtir o cinema e esquece o Juliano.

O Diego tinha razão, o filme estava ótimo. Na fila do cinema encontramos alguns amigos dele que se juntaram a nós. Assistimos ao filme juntos e depois da sessão fomos à pizzaria, porém, ao nos aproximar da praça de alimentação encontro João Pedro. Ele estava com alguns amigos que não os conhecia e provavelmente seriam da turma barra pesada em que estava envolvido.

Passamos por eles e ele me viu, mas não me cumprimentou, fiquei chocado com a atitude dele. Cuidei pra ver onde estava indo antes de virarem o corredor, ele olhou pra trás e me encarou, porém seguiu seu caminho.

Surpreendentemente meia hora depois, eu recebo uma mensagem no celular.

- Tem muita gente nessa mesa, vem me fazer companhia.

Fiquei sem reação, olhei e não o avistei em lugar nenhum, então mandei outra mensagem.

- Onde você está?

- Atrás de você na última mesa perto da parede.

Olhei pra trás e avistei-o sentado, estava sozinho, então respondi.

- Não posso, estou com meu amigo.

- E essas pessoas?

- São amigos do Diego.

- O que ele é seu?

- Meu amigo.

- Vem me fazer companhia.

- Não posso fazer isso com Diego.

- Dispensei meus amigos pra ficar com você, vai me dispensar?

- Não complica.

- Vem pra cá, senão vou sentar com vocês.

- Você não teria coragem?

- Não duvida de mim.

- Espera um pouco.

Fiquei em dúvida no que fazer. Pensei e resolvi ir até a mesa dele, chamei o Diego e falei baixinho no ouvido dele.

- Diego, você se importa se eu sair antes da pizza?

- Porque, não está gostando?

- Não é nada disso.

- Desculpa Sandro, acabei te deixando de lado.

- Nem esquenta, você ficou comigo o dia todo e me ajudou muito.

- Você quer voltar pra casa?

- Não, vou sair com um amigo que está me esperando.

- Quem é seu doido, porque não me apresentou?

- Para, que você nem vai gostar.

- João Pedro.

- Ele mesmo.

- Não tem problema eu entendo, mas vai com calma.

- Depois eu te ligo.

Despedi-me do Diego e fui até a mesa do João e sentei com ele.

- Eu tinha certeza que você vinha.

- Eu não era pra ter vindo, você me ignorou perto dos seus amigos.

- Eles não servem pra serem seus amigos.

-Ah é, e por quê?

- Não interessa, divide uma pizza comigo?

- Hum! Vou pensar, não sei se vale a pena.

- Na verdade, estou sem nenhum aqui, será que você pode pagar e depois eu te pago?

- Como você me convida para dividir uma pizza e não tem dinheiro?

- Não precisa então, vamos dar uma volta?

- Eu pago a pizza.

Percebi que João estava mentindo ou me enganando, a mãe dele não o deixaria sair sem dinheiro. Existiam duas possibilidades, ou usou pra comprar droga ou entregou para os caras que estavam com ele e provavelmente pra pagamento de divida de droga. Não falei nada pra ele, mas eu ia descobrir.

- Aquele cara que você conversava na outra mesa é o Diego?

- Sim.

- Ele é bonitão, é seu namorado?

- É meu amigo.

- Eu queria ser seu amigo, mas tenho raiva de você.

- Engraçado, também queria ter raiva de você e, no entanto, eu gosto.

- Eu sempre te trato mal e mesmo assim você gosta de mim?

- Gosto, mas porque você não gosta de mim?

- Não é que eu não goste. É que você representa tudo àquilo que não gosto.

- Então você gosta de mim?

- Gosto, mais eu odeio gostar de você.

- Eu sempre pensei que você me detestasse?

- E detesto, mas o que o Diego é seu?

- Eu já disse, é meu amigo.

- Amigo? Eu sei bem quem são seus amigos.

- Sabe, e como eles são?

- Tudo viado esculachado.

- É bom saber, pois você faz parte desse grupinho.

- Você acha que eu sou viado?

- Você gosta do mesmo que eu gosto, então é, mas como eu respeito o reino animal, digo que somos homossexuais.

- Eu não sou nada disso, não dou meu cu pra ninguém.

- Quem come é tão “viado” quanto quem dá.

- Se você falar isso de mim pra alguém eu te arrebento.

- Quanta valentia, porque tudo isso?

- Porque eu sou homem e pego quem eu quiser.

- Beleza, se você é tão bom assim, porque veio atrás de mim?

- Vamos mudar de assunto, não quero brigar com você.

- Você quer se esconder na velha máscara de sempre.

- Já deu pra perceber que você é igual a todos e não quer ser meu amigo.

- Eu quero ser seu amigo, mas não quero ser seu boneco de estimação.

- Você é muito complicado, não sei por que ainda insisto em ouvir minha mãe.

- Então, você só se aproximou de mim por causa da sua mãe?

- É claro que não, mas ela gosta de você.

A pizza chegou e começamos a comer. Depois do que ele me disse ficou um clima chato e resolvi dar um gelo nele. O João se achava muito prepotente e tinha que aprender a respeitar as pessoas.

- Não vai falar comigo?

- O que você vê em mim?

- Não sei. Talvez eu quisesse ser como você, mas sem a viadagem.

- Vamos voltar a esse mesmo assunto?

- Meu pai diz que isso é coisa de vagabundo, então prometi a ele que ia mudar e me afastei de tudo que me ligasse a outro cara, até que surgiu você no colégio.

- E, daí?

- No primeiro dia de aula, desconfiei que você gostasse e tratei em me afastar, por isso te provoquei.

- Quando você teve a primeira experiência?

- Não quero falar sobre isso.

- Por quê?

- Porque foi horrível, não gosto de lembrar isso.

- Tudo bem, quando você confiar em mim de verdade pode contar. Agora somos amigos, mesmo eu sentindo que nossa aproximação é mais para atender um pedido de sua mãe.

Depois disso ele se calou, notei que era algo que lhe fazia mal e lembrei-me da conversa de Adriana sobre o estupro da garota.

- Posso te fazer mais uma pergunta?

- Se é sobre o assunto anterior? Esquece!

- Tem a ver, mas não é.

- Pergunta logo e para de me encher com esse assunto.

- Você é sempre bruto quando se relaciona com alguém ou só quando está sob o efeito de drogas?

- Não foi bom transar comigo?

- Foi legal, mas teve momentos que você me machucou e parecia não se importar com o que eu estava sentindo.

- Que papo bravo, hein Sandro?

- Eu sei que você não gostou da minha pergunta, mas isso ficou claro quando nos relacionamos e nunca eu tive uma experiência assim.

- Foi horrível né? Eu sou horrível.

- Não, você é muito legal e eu quero muito te ajudar.

- Não preciso que ninguém tenha pena de mim.

- Eu gosto de você de verdade como um grande amigo.

- Você tem pena de mim.

- Não é isso, eu gosto de outra pessoa e não quero te machucar.

- É o Diego, eu vi vocês na maior intimidade.

- Não interessa quem é. Eu não quero te machucar, você me entendeu?

- Entendi que você é como todos os outros.

Ele levantou da mesa e saiu sem terminar a pizza, fui atrás dele, mas não o encontrei mais. Depois disso fui pra casa, com a sensação que embora sendo honesto, fiz uma grande besteira.

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