Troca de Filhas – T 02 – Parte 02

Um conto erótico de Nassau
Categoria: Grupal
Contém 5855 palavras
Data: 30/01/2024 18:21:37

A Viagem das Filhas

A viagem entre Porto Alegre e São Paulo ocorreu sem nenhuma turbulência, nem no que se refere às condições climáticas externas e tampouco no comportamento das duas garotas que, diante do curto período do voo, pouco mais de uma hora, antes que se dessem conta o A-320 da Latam já estava aterrissando no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Como é o costume no Brasil, as formalidades referentes a vistos, autorização para deixar o País e verificação de alfândega é são efetuadas no aeroporto onde se dá o início da viagem, mesmo que exista a obrigatoriedade de fazer a conexão em outro local.

Foi exatamente isso que aconteceu com Lalana e Thyra. Elas cumpriram todas essas formalidades ainda em Porto Alegre e, ao desembarcarem em Guarulhos, foram encaminhadas diretamente à sala de embarque da Air France onde esperaram pelo anúncio de embarque por mais de quatro horas, um longo tempo para se aguardar quando se está acostumado ou sofre de ansiedade e muito curto para quem está curtindo sua primeira viagem. No caso das duas, ocorriam as duas situações, pois enquanto Thyra curtia com alegria cada minuto de espera, Lalana tremia de ansiedade e não via a hora de finalmente entrar na aeronave e saber que já está se deslocando em direção ao seu destino.

Foi exatamente nessa viagem que começou a ficarem em evidência as diferenças que existiam entre as duas garotas que, embora fossem mais unidas do que muitas irmãs, possuíam cada uma delas suas próprias características que até então eram camufladas pela ausência de situações como a que enfrentavam pela primeira vez.

As discussões já começaram na hora de escolherem seus assentos. Thyra, alegando que a parte de trás dos aviões costuma ser mais animada forçava para que a escolha recaísse sobre essas poltronas enquanto Lalana dizia que na região central dos mesmos os efeitos causados por eventuais turbulências eram menores. Thyra, demonstrando ter lido os folhetos explicativos sobre a rota do voo que fariam disse:

– Isso é bobagem sua Lana. Esses aviões atingem uma altitude maior que dez mil metros e com isso não passam por turbulências.

– Pode até ser, – respondeu Lalana e explicou: – mas tem a parte da decolagem e aterrisagem que o avião vai estar em baixa atitude e aí tem nuvens e turbulências.

– E se estiver um dia de céu limpo? – Argumentou Thyra.

Em vez de responder, Lalana pegou na mão da amiga e a arrastou até o local de onde se tinha uma visão, através de vidros, de toda a pista do aeroporto e apontou para um céu coberto por nuvens. Só então falou:

– Olha lá. Não tem nenhum céu limpo hoje.

Continuaram discutindo com cada uma arrumando argumentos que, depois de esgotarem as poucas informações que tinham, passaram a conjecturas sem nenhuma sustentação lógica, porém, a discussão acabou quando Thyra usou um argumento que ela tinha ouvido falar em algum lugar que ela nem se lembrava de qual era:

– Você sabia que, no caso de acidentes, o número de sobreviventes é bem maior para aqueles que ocupam os assentos traseiros?

Lalana nunca tinha ouvido falar nisso, porém, foi o suficiente para que ela cedesse e assim foram escolher seus lugares apenas para descobrir que toda aquela discussão anterior foi inútil. Seus pais tinham comprado passagens na Classe Executiva que fica exatamente na parte da frente do avião e, para piorar, a disposição das mesmas é de uma poltrona de cada lado da aeronave que permitia a visão pelas janelas e duas ao centro. Só restaram as duas optarem por dois lugares ao centro para poderem ficar juntas, embora não economizassem em críticas ao país. Elas não tinham a noção da diferença em conforto que existe entre a classe executiva e as econômicas, já que no Boeing 787-9 que seria utilizada para aquele voo existem duas classes econômicas, a Premium e a Comum e elas jamais saberiam qual era a diferença entre uma e outra, porém, se um dia descobrissem isso, iram ficar agradecidas aos seus pais, pois a diferença em conforto entre a Executiva e as outras duas é enorme.

Depois de escolherem o lugar a ser ocupado, as duas se sentaram em poltronas confortáveis para aguardar. Thyra, talvez por falta de assunto, comentou:

– Agora vamos esperar por esse tal treinador. Espero que não seja um velho chato e intragável que vai ficar enchendo meu saco o tempo todo.

A partir desse momento a diversão das duas passou a ser um jogo de adivinhação. Todo homem que aparentava contar com mais de quarenta anos que entrava na sala de embarque passava pelo crivo das duas que tentavam adivinhar se seria ele o técnico contratado para acompanhar Thyra nos torneios. Elas descartavam os obesos e aqueles com aparência nada atlética, porém, o tempo passava e nenhum entre os que entraram ali se aproximou delas ou pelo menos passava a impressão de estar procurando por alguém naquela sala.

Quando faltava menos de meia hora para o voo e já havia tido a primeira chamada para o embarque, com Thyra nervosa pelo fato do tal técnico não aparecer, a porta da sala de embarque se abriu e por ela passaram cinco pessoas. Os dois primeiro eram um casal de adolescentes que, pela semelhança, só podiam ser irmãos e atrás deles uma senhora que agia como uma mãe zelosa. O quarto era um senhor de óculos que, apesar dos cabelos grisalhos, tinha um porte de atleta e, pelo fato de ficar olhando para os lados como se procurasse por alguém, foi indicado por Thyra como sendo o técnico e ela falou:

– Só pode ser aquele. É meio velhinho, eu acho, mas até que é bem bonito.

Entretanto, Lalana não estava olhando para o homem apontado por Thyra. Com os olhos arregalados e a boca entreaberta ela olhava sem piscar para a quinta pessoa que entrara naquela sala e se caminhava diretamente em direção a elas. Thyra, ao olhar para a direção que sua amiga, parecendo estar hipnotizada mirava, não conseguiu evitar um suspiro de admiração.

Em direção a elas vinha um homem que aparentava pouco mais de vinte anos e era, na definição que Thyra deu depois, um verdadeiro deus grego. Com mais de um metro e oitenta, porte de atleta, ombros largos e um rosto perfeito caminhava para elas exibindo um sorriso maravilhoso e as fitava com seu olhar castanho esverdeado que, de tão claro, parecia ser transparente. Moreno, com os cabelos arrumados onde não havia um único fio fora do lugar, ele se aproximou delas e disse:

– Desculpe-me pelo atraso, houve um contratempo na Polícia Federal por causa de um caso de homônimo que me atrasou. Tive que provar que eu sou eu mesmo e não um cara que tem o mesmo nome que eu e que, para meu azar, andou aplicando uns golpes por aí.

Nenhuma das duas respondeu. Elas temiam que, ao falar, a saliva que se acumula em suas bocas escorressem por seus queixos em forma de baba. Então ele continuou:

– Muito prazer. Meu nome é Antonio Ferreira da Silva e sou o técnico que seu pai contratou.

O pior disso tudo é que ele, claramente, se dirigia a Lalana que, com um sorriso tímido, apontou para Thyra e o avisou de seu engano:

– Você está falando com a pessoa errada. A tenista aqui é ela. Sou apenas a amiga.

Embaraçado, Antonio olhou para a Thyra e tentou consertar:

– Eu sei que é ela, já assisti mais de mil vezes alguns vídeos de jogos em que ela participou.

– O prazer é todo meu. – Falou Thyra sem tentar esconder seu descontentamento com a atitude dele que, depois de falar isso olhando para ela, voltou seu olhar novamente para Lalana.

Para complicar ainda mais a situação, o rapaz estendia a mão para Lalana em um cumprimento mais formal. Sem poder se conter com o jeito dele, ela segurou a mão dele e a movimentou em direção à Thyra, Entendendo que estava fazendo papel de bobo, ele finalmente se aprumou e cumprimentou a loira:

– O prazer é todo meu. E parabéns por aquela estratégia usada em um torneio que você ganhou, dá para notar que você tem grande potencial. Aquele último ponto foi algo que eu nunca tinha visto. Foi você que inventou aquilo?

– Não. Quem previu que se eu fizesse aquilo daria certo foi a minha amiga aqui. O nome dela é Lalana.

O rapaz, todo sorriso, se virou para Lalana e voltou a estender-lhe a mão, que dessa vez foi aceita, enquanto falava:

– Aquilo foi o que eu chamo de jogada de mestre. Parabéns e muito prazer em conhecê-la. – E depois de ouvir as respostas de praxe de Lalana, perguntou: – Você também joga tênis?

Antes que Lalana respondesse, Thyra informou:

– Não. Ela é nadadora e também joga vôlei. Por quê? Você é técnico de algum desses esportes também?

Depois dessa fala de Thyra, o rapaz voltou ao planeta terra, pois até então ele agia como se estivesse diante de um ET ao olhar de forma tão insistente para Lalana. A partir daí, ele passou a falar apenas com Thyra e se manteve dentro do assunto tênis, muito embora estivesse sempre a olhar rapidamente para o lado em que Lalana se distraia folheando uma revista e parecia não notar o interesse que o homem demonstrava nela.

Ouviram a segunda chamada de embarque para o voo delas e começaram a se movimentar em direção ao embarque ao notarem que a fila que se formara quando da primeira chamada já havia diminuído. Antonio todo prestativa se ofereceu para carregar a bagagem de mão, porém, só se prontificou para Lalana que respondeu com mau humor:

– Pode deixar que eu levo. É leve. Ajude a Thyra.

Ele se voltou para a Thyra que já havia começado a caminhar virando as costas para ele. Lalana disfarçou um sorriso e andou apressada para alcançar a amiga e lhe disse baixinho para não ser ouvida por Antonio que vinha logo atrás:

– Poxa vida Thyra. Tinha que ser um cara babaca? Preferia aquele velho charmoso que entrou antes dele.

– Coitado Lana! O Cara está afim de você.

– Só que não é para isso que ele está sendo pago. Ele que cumpra o seu dever. Eu hem!

– Mas ele é um gato. Fala a verdade.

– É bonitinho sim. Mas o que tem de bonito tem de babaca. Parece um nerd!

Thyra não conseguiu se conter e emitiu uma sonora gargalhada que no final tentou, sem sucesso, disfarçar fingido estar tendo um acesso de tosse sob o olhar de reprovação da funcionária da empresa aérea que olhava para ela com uma expressão de raiva.

As duas foram atendidas antes e não se deram ao trabalho de esperar por Antonio, entrando pelo portão e quando já estavam na metade da ponte de embarque foram alcançadas por ele que corria atrás delas, provocando um estalo de língua na Lalana que não fazia questão de mostrar sua contrariedade.

Ao entrarem no avião, para felicidade das duas, principalmente de Lalana, a passagem de Antonio era para a classe econômica o que indicava que elas ficariam livres dele. Pelo menos durante o voo.

Apesar da reclamação de Thyra que culpava Lalana por não ter escolhido uma poltrona que a deixasse ao lado de uma janela, a viagem foi tranquila e elas dormiram pelo resto da noite, o que não era muito, pois o Boeing 787-9 se deslocando a uma velocidade de aproximadamente mil quilômetros por hora em direção ao leste, a noite foi reduzida em quase duas horas para elas. Os aviões que cruzam o Atlântico em direção à Europa voam primeiro rumo à África e quando se aproximam da costa daquele continente começam a se deslocar para o norte. Esse é o costume para que os mesmos fiquem o menor tempo possível longe de terra firme.

Tendo o voo decolado logo depois da meia noite e considerando o fuso horário, no momento da partida em Paris já era quatro horas da manhã. Considerando às dez horas de voo, a decolagem no Aeroporto Charles de Gaulle ocorreu às quatorze horas e quinze minutos daquela cidade, um horário não muito comum para a chegada dos voos que saem do continente americano em direção à Europa que costumam chegar em seus destinos antes do meio dia. Isso significava dizer que o dia estava perdido, pois além do cansaço da viagem, ainda tinham que se habituar ao horário local em virtude do Jet Lag.

Até que houvesse o desembaraço na alfândega, verificação de passaporte e visto de entrada e a espera pela bagagem, contando com o tempo de deslocamento até o hotel e o tempo gasto em se registrarem, quando as garotas ocuparam seus quartos foi que resolveram ligar para os pais e, por influência da Thyra, resolveram fazer invertido, com Lalana ligando para Michele e Thyra para o Kleber e foi a Thyra que começou com a provocação de exigir ser chamada de ‘meu amor’ e a Lalana resolveu entrar na brincadeira, sem saber que do outro lado da linha, ao lado dos pais, estava Naomi que a tudo assistia. Só depois disso elas se livraram da roupa e usando apenas calcinha e sutiã se deitaram cada uma delas em uma das camas de solteiro existentes no apartamento prontas para descansarem.

Só que não. Quando estavam se deitando ouviram alguém bater à porta do apartamento que as duas, de comum acordo, fizeram questão de dividir. Lalana foi atender e voltou com cara de emburrada, dizendo para Thyra:

– Vai lá que a coisa é contigo. Seu técnico está te chamando.

– O que ele quer?

– Eu vim te chamar para um treino Thyra. Consegui uma quadra do hotel livre.

– Nem fudendo. Estou morta.

– Mas você precisa treinar.

– Amanhã Antonio. Não tem a mínima condição de eu treinar agora. Estou muito cansada.

Antonio fez menção de quem ia protestar o que fez com que Lalana, olhando fixamente para ele, fizesse um gesto para que ele ficasse calado e falou baixinho:

– Olha, obrigado pelo seu interesse, mas você tem que melhorar essa sua programação. Ninguém vai conseguir treinar depois de uma viagem longa como essa e estando com uma diferença de quatro horas de fuso horário pesando na cabeça. Marque para amanhã a tarde que eu duvido que a Thyra se levante da cama antes do meio dia.

Dizendo isso ela fechou a porta sem dar chance para que o rapaz contestasse o que dissera e voltou para a cama. Ao passar pela cama onde Thyra já estava deitada, inclinou-se para lhe dar um beijo na boca que foi leve, embora mais intenso que um simples selinho e, ao levantar o corpo, comentou:

– Se a gente não estivesse tão cansada dava para transar. Mas vai ficar para amanhã.

– Sua tarada. Depois todo mundo fala que a safada dessa relação sou eu.

– E lógico que é você. Mas eu só estou aqui para fazer com que você se sinta bem.

– Sem muito bem o que você quer dizer com isso.

Mas o cansaço de ambas era real e Lalana logo se deitou na outra cama e não demorou muito para que elas fossem dominadas pelo cansaço e se entregassem a um sono tranquilo e profundo.

Na manhã do dia seguinte Lalana acordou por volta das nove horas da manhã e ficou surpresa ao ver que Thyra já estava vestida com sua roupa de treino. A loirinha tinha pedido de café no quarto e Lalana se alimentou e só depois tomou um banho. Quando se vestiu com uma roupa confortável viu que a amiga já estava saindo do apartamento e gritou para ela da porta:

– Lana, já estou indo. Se você quiser assistir ao treino procure pela quadra 03 que foi reservada para mim.

Lalana estava se sentindo cansada, mesmo depois de uma longa noite de sono. Ela notou que o Jet Lag a atingira com mais intensidade que à Thyra que parecia muito disposta e isso fez com que decidisse não ir assistir ao treino e ficou deitada curtindo uma sua preguiça, o que não durou muito, pois antes das dez horas a Thyra entrou no quarto esbravejando:

– Onde caralho eu fui me meter. Tudo isso é pura merda.

– Olha a boca mocinha. – Brincou Lalana imitando o jeito de Michele falar e depois rindo.

– Olha a boca o cacete. Quero saber quem foi que inventou essa história de eu participar desse torneio. Não terei a menor chance.

– Calma Thy. – Tentou apaziguar Lalana. – Vem cá. Senta aqui e me conta o que está acontecendo.

– O que está acontecendo Lana, é que a quadra é lenta, a bola depois que bate no chão parece que perde toda a força e até que a gente reage já era. Eu parecia até uma iniciante treinando. Isso sem falar que a porra daquele técnico não ajuda em nada. Ele não orienta, não critica, não dá nenhuma dica e não faz porra nenhuma. Eu quero voltar para casa.

– Espera aí Thyra. Vamos ver isso.

Ao falar isso Lalana pegou seu celular de cima do criado mudo e começou a digitar alguma coisa. Não demorou a abrir uma tela que ela começou a ler para a amiga:

– Olha aqui. As quadras utilizadas no Torneio de Roland Garros são todas de saibro. Vamos ver aqui o que significa isso.

– Eu sei o que significa. Significa que é mais lento e também significa que eu estou fodida.

– Nem tanto assim. Você tem cinco dias antes de sua estreia. Vamos treinar com afinco para você se acostumar com esse tipo de piso.

– Isso não vai adiantar nada. Posso treinar um ano inteiro que vai ser sempre a mesma merda.

– Calma. Deixe-me trocar de roupa e vamos voltar lá. Até que hora a quadra está reservada para você?

– Parece que o Antonio falou que meu horário se encerra às onze e meia.

– Isso é bom. Ainda temos mais de uma hora.

Dizendo isso Lalana começou a se despir na frente da amiga e depois abriu o armário aonde havia arrumado suas roupas e tirou uma camiseta, um short e uma saia curta. Todas as peças eram brancas. Vestiu rapidamente sob o olhar de Thyra e provocou ao perceber que a amiga olhava para seu corpo desnudo com a cara de safada que ela tanto conhecia. Então falou para ela:

– Pode desligar o modo safada que você vai apenas treinar hoje. Nada de sacanagem.

Dizer isso para Thyra é o mesmo que dizer “vem aqui e toca meu corpo que eu quero”. A loirinha foi se aproximando, porém, Lalana já foi cortando o barato dela dizendo:

– Nem vem. Não vai rolar. Sai pra lá.

Dizendo isso Lalana se vestiu rapidamente tirando a chance de que Thyra explorasse seu corpo. Depois vestiu um par de meias também brancas e nos pés um par de tênis que, apesar de também ser branco, tinha uns enfeites azuis. Era a única coisa que não era branca em sua roupa e, contratando com sua pele de um tom moreno claro, a deixava ainda mais bonita. Isso sem falar que a saia era curtíssima, como todas as que as jogadoras de tênis usam, o que deixava suas pernas longas e roliças aparecendo. Por baixo ela usava um short curto, como é o normal nesses uniformes.

Pegando Thyra por uma mão e enfiando a raquete que ela jogara na cama na outra antes de pegar outra raquete para ela, saiu puxando pela amiga do quarto em direção ao elevador.

Ao chegarem à quadra encontraram Antonio. Ele estava desolado, o que significava que, antes de subir, Thyra devia ter brigado com ele, porém, ao ver que Lalana se aproximava juntamente com Thyra sua expressão mudou e era impossível não notar isso. Ele se dirigiu para Lalana dizendo:

– Você também joga tênis? Isso é muito bom.

¬– Não Antonio. Eu já te disse que ela é nadadora e joga vôlei.

– Ah é. Desculpe. Eu me esqueci.

Thyra retrucou em voz baixa apenas para os ouvidos de Lalana:

– Seu problema é esse. Muito esquecido. Acho que já esqueceu como é que se joga tênis também, pois não ajuda em nada.

– Coitado Thyra. Dê uma chance para o cara.

– Eu vou dar é um murro na cara dele se ele vir me encher o saco.

As duas se dividiram indo cada uma para um lado da quadra e Lalana sugeriu:

– Vamos primeiro ver como está seu saque.

Thyra obedeceu e foi até o fundo da quadra onde várias bolas de tênis estavam no terreno e escolheu três delas, segurando uma na mão e prendendo as outras em uma espécie de bolso que havia em seu short. Então se posicionou no canto da quadra e sacou uma bola rápida e muito forte, não dando à Lalana qualquer chance de rebater.

A pedido de Lalana, ela repetiu dois saque, o primeiro Lalana conseguiu alcançar a bola, porém, ao rebatê-la, a mesma tomou uma direção inesperada, passou pela rede, mas não chegou a atingir a quadra adversária, caindo cerca de uma jarda da lateral da mesma. A outra foi rebatida com sucesso e a bola fez a trajetória correta e atingiu a quadra e quando Thyra tentou rebater foi um verdadeiro desastre. A bola pegou no aro de sua raquete e depois em sua testa e a reação dela foi violenta, jogando a raquete no chão e gritando para Lalana:

– Está vendo. Sou um verdadeiro desastre. Vou fazer papel de ridícula nesse torneio.

Lalana se aproximou da rede enquanto falava em tom autoritário:

– Para Thy. Deixe de ser dramática. Vem aqui.

Thyra obedeceu e ela falou:

– Olha. Está na cara que o seu estilo não combina com esse tipo de piso. Então você tem que agir com inteligência e usar o que você tem de melhor para resolver isso.

– Ah é! E o que eu tenho de melhor? Minha buceta? Será que seu eu foder com o juiz na frente da plateia eles me darão o troféu? Troféu de melhor fodedora do torneio.

– Bom. É exatamente isso que eu quis dizer com usar a inteligência. Pare de se subestimar e me escute. – Ao ver que Thyra finalmente prestava atenção no que ela dizia, continuou: – Olha Thy, o seu ponto forte é a força e dá para notar que nesse piso isso não adianta muito. Esse piso é lento, do tipo em que os pontos são decididos sempre pela tática do vencedor e é normal eles ficarem rebatendo bola, com alguns games durando minutos. Então presta atenção.

– Estou prestando sabichona.

– Seu forte, como eu te falei, é o saque que é muito forte, porém, dá para notar que o piso amortece e diminui a velocidade da bola. Então, o que você tem que fazer é aprimorar esse saque colocando mais força e, de preferência, forçando para que a bola chegue com efeito, essa é a sua única chance.

– Você está querendo dizer que eu só tenho chance se conseguir ace todas as vezes que for sacar?

– Lógico que não. Se você prestou atenção, eu nem vi onde passou a primeira bola, rebati errado a segunda e consegui devolver a terceira certa. E olha que nem jogadora de tênis profissional eu sou. Isso que dizer que qualquer jogadora vai estudar seu saque e começar a rebatê-los e é aí que você tem que mudar seu estilo de jogo.

– Tá. E o que eu devo fazer?

– Muito simples. Se o seu problema é quanto à reação a bola quando ela bate na sua quadra, então você tem que evitar isso. Você saca forte e avança para a rede para matar o ponto.

– E se eu não conseguir matar o ponto eu estou fodida.

– Está. É por isso que você tem que matar. Não todos, mas o número necessário para manter seus serviços. Essa é sua única chance.

Thyra concordou e começaram a treinar da forma sugerida por Lalana. Apenas a loira sacava e Lalana se esforçava para conseguir rebater as bolas venenosas que a amiga atirava contra sua quadra.

Nesse momento, ficou evidente que a Lalana, que nunca conseguiu ser a melhor atleta em nenhum esporte, também nunca ficava entre as piores. Ela sempre estava acima da média em qualquer esporte ao qual se dedicava e, por esse motivo, logo ela começou a rebater as bolas, porém, não como faria uma jogadora profissional, mas pelo menos rebatia e, obedecendo a sugestão que ela dera, Thyra sacava, avançava para a rede e matava o ponto com smashs perfeitos.

Antonio, calado ao lado da quadra, assistia a tudo e, quando Lalana conseguiu rebater a bola com um slice, Thyra não conseguiu evitar que a bola pingasse no chão e não conseguiu devolver a bola para o outro lado da quadra, ele se manifestou:

– Boa jogada Lalana. – Falou a aplaudiu.

Thyra olhou para ele com expressão zangada e Lalana nem olhou. Ele pareceu não entender e voltou a aplaudir Lalana quando, cinco jogadas depois, com todas elas sendo executadas com perfeição por Thyra, a morena conseguiu rebater o saque com um backhand e a outra se viu obrigada a levantar a bola que permitiu que Lalana executasse um smash perfeito. Aquilo foi a gota d’água para Thyra que gritou com ele:

– Escuta aqui Antonio. Você está aqui para me treinar ou tietar minha amiga. – O rapaz olhou para ela com uma expressão de culpado e ela completou: – E quer saber o que mais? Vai tomar no seu cu!

– Thyra, não faz isso! – Gritou Lalana para ela, porém, como não conseguiu evitar rir com a reação da amiga, essa acabou se juntando a ela no riso que acabou se transformando em uma gostosa gargalhada.

As duas garotas treinaram até o horário marcado para deixarem a quadra e subiram para o apartamento. Lalana foi a primeira a entrar no banheiro e quando enxaguava seus cabelos para se livrar do xampu que aplica nele sentiu ser abraçada por trás com duas mãos delicadas tocando seus seios e em seguida o contato do corpo quente de Thyra que se encostava nela fazendo uma leve pressão enquanto levava a boca até o pescoço da morena e começasse a dar beijos e leves mordidas. Sem resistir à delícia daquele carinho inesperado, não pode deixar de gemer:

– Está gostando safada? – Disse Thyra com voz rouca em seu ouvido.

Lalana não respondeu. Apenas acelerou o processo que já estava quase acabando para conseguir abrir os olhos. Quando conseguiu, virou-se de frente para a loira, segurou suas duas faces com suas mãos e aproximou seu rosto do dela com suas bocas se procurando em um beijo repleto de carinho, amor e tesão. Quando finalmente se desgrudaram, ela falou:

– Você está precisando relaxar, querida. Eu vou te ajudar nisso.

Ato seguinte pegou a bucha e começou a lavar com suavidade o corpo da amiga. Lavou os ombros, os seios fazendo questão de usar a outra mão para apertar os bicos dos mesmos provocando um gemido agoniado de tesão de Thyra, desceu pelo ventre firme e liso e chegou à xoxotinha que foi banhada com todo o carinho. Depois puxou o corpo da loira para ficar sob o jato da ducha e enxaguou todo seu corpinho alvo e perfeito.

Satisfeita com seu trabalho, a puxou com delicadeza para fora do box e usando a toalha felpuda e macia do hotel enxugou cada centímetro do corpo dela, sem deixar de aplicar beijinhos suaves e leves chupadinhas em cada um dos mamilos e depois no grelinho. A seguir secou seu próprio corpo usando a mesma toalha, pegou a mão de Thyra e a puxou em direção ao quarto, pegando no caminho um frasco de creme hidratante que estava sobre a pia.

Chegando ao lado da cama ela fez com que Thyra se deitasse de bruços, abriu o frasco, deixou uma quantidade razoável escorrer para sua mão em forma de palma e depois começou a esparramá-lo no corpo da amiga. Lalana usava um pouco de força em alguns pontos, como nos ombros, braços e espinha dorsal, enquanto os demais ela agia como se estivesse apenas fazendo carinhos.

Thyra recebia aquele misto de massagem e carinhos sem conseguir conter seu tesão ao ponto de que, quando Lalana começou a acariciar suas nádegas, empinou de tal forma seu bumbum que deixou exposto seu cuzinho róseo e a bucetinha de onde já escorria o mel provocado pelo prazer que sentia. Lalana não aguentou e falou com voz rouca:

– Safada. Você não quer carinho, você quer que eu foda esse seu cuzinho guloso e essa xoxotinha putinha que você tem.

– Que... Queroooo. Me fode Lana. Come meu cuzinho. Chupa minha buceta. Faz de mim a putinha que eu sei que você ama.

– Amo muito. – Respondeu Lalana enquanto baixava o rosto em direção à bunda da loira ao mesmo tempo em que separava suas nádegas com as duas mãos e, colocando a língua para fora, começou a explorar o cuzinho da amiga que começou a emitir uma espécie de chiado.

Lalana ficou vários minutos explorando o botãozinho de Thyra que piscava. Sua língua se alternava em lamber toda a extensão do rego dela e tentar uma penetração que se tornara difícil, pois ela levara sua mão direita entre as pernas da outra e a espalmou sobre seu púbis, enquanto com o polegar começou a tocar no seu grelinho.

O tesão de Thyra cresceu tanto que, sem nenhuma intenção ou ordem, ela já ficou apoiada nos joelhos, com a bunda erguida, a buceta exposta enquanto o rosto fiava apoiado no travesseiro, em uma posição que parecia uma oferta de toda a sua feminilidade à gula demonstrada por Lalana que, sem deixar de massagear seu grelinho, desceu com sua boca em direção à sua xoxotinha repetindo ali o mesmo processo que antes usara no cuzinho, ora lambendo, ora penetrando com sua língua e, quando viu que Thyra estava prestes a gozar, usou o dedo médio da mão livre para penetrar o cuzinho que abria e fechava como se estivesse implorando para isso.

Thyra gozou ruidosamente deixando Lalana preocupada, mas quando ela comentou isso, Thyra respondeu:

– Que se foda Lana. Estamos na França, a terra da sacanagem. A única coisa que pode acontecer é ficarem com inveja da gente.

– Então se vira que vou te massagear de frente.

– Será que eu aguento?

– Se for demais para você é só avisar que eu passo a fazer uma massagem para valer.

– Nem vem. Eu quero é mais!

Thyra se virou e Lalana começou a acariciar seu pescoço, desceu pelo vale entre os seios evitando tocá-lo e fez o mesmo em seu abdome indo até abaixo do umbigo e voltando. Quando se deu por satisfeita, passou a se dedicar aos seios usando o mesmo processo que usara na bunda da amiga, primeiro fazendo carinhos e depois se curvando e começando a beijar e a lamber os bicos dos seios médios e firmes da amiga. Quando sentiu que Thyra começou a gemer, levou a mão até sua xoxotinha e começou a fazer carinhos em seu grelinho e foi aumentando a pressão com que chupava o bico dos seios dela na medida em que os gemidos se intensificavam. Não demorou nada para que Thyra gozasse novamente aos gritos. Então falou:

– Mas já? Desse jeito não tem nem graça.

– Culpa sua que faz isso de um jeito muito gostoso. Ninguém resiste.

Lalana sorriu e se deitou de lado no colchão e depois puxou o rosto dela para si e lhe deu um beijo apaixonado. Quando o beijo terminou, Thyra falou:

– Deita aqui que agora é sua vez.

– Hoje não, meu amor. Hoje sou eu que cuido de você. Agora que você está relaxada, vê se dorme um pouco. Você precisa repor suas energias.

Falando isso, passou a acariciar os cabelos loiros de Thyra enquanto cantava uma canção de ninar que ouviam quando eram pequenas. A loira não resistiu nem cinco minutos e quando as pálpebras de seus olhos pesaram, ela não resistiu e fechou os olhos. Parece até que quando seus olhos se fecharam ela já estava em um sono profundo.

Lalana deixou Thyra dormindo e foi atrás de Antonio. Ela precisava obter deles algumas informações e a mais importante naquele momento era saber em quais horários a quadra estaria à disposição para treinos. Soube que para aquele mesmo dia tinha uma reserva para as dezesseis horas que se encerraria às dezoito. Então voltou para o quarto e gastou algum tempo planejando as atividades para aquele dia e o seguinte, cujos horários ela também fizera questão de saber.

Acordou Thyra quando o relógio marcava quatorze horas e trinta minutos, porém, antes disso pedira uma refeição completa para ser servida no quarto. Então pediu para que a outra tomasse uma ducha enquanto ela preparava a mesa e almoçaram juntas e ela aproveitou esse tempo para deixar Thyra ciente do que pretendia fazer ainda naquele dia.

– Ainda bem que você veio comigo. Se não fosse por você nessa altura eu já estava no aeroporto esperando pelo primeiro voo para voltar para o Brasil.

– Você não vai voltar para o Brasil. Você é uma lutadora, está lembrada?

– Só quando você me apoia. Com você ao meu lado tudo fica mais fácil. É por isso que te amo.

Sorrindo, Lalana deixou que Thyra lhe desse um beijo leve e ligeiro. Depois voltaram a se dedicar ao almoço até que Thyra comentou:

– Queria saber para que essa quantidade de bananas.

– É para você, mas não agora. Você vai comendo durante o treino.

– Isso vai me deixar com a barriga cheia e meu rendimento vai cair.

– Só se você comer todas de uma vez. Não é assim. Eu vi no Youtube uma postagem em que o Gustavo Kuerten usava esse artifício. Ele comia bananas nos intervalos entre os games de seu jogo. O povo ficava olhando admirado para ele que não estava nem aí, degustando uma banana em plena quadra de Roland Garros.

– E aí você resolveu que eu devo imitar o Guga para diminuir a má impressão de minha atuação.

– Não sua boba. A banana é rica em potássio e ajuda a combater o estresse muscular e evita câimbras.

– Ah. Sei. E você viu isso na internet.

– Só a parte do Kuerten. Que a banana evita câimbras eu já sabia. Aula de Ciências no oitavo ano, está lembrada?

– Eu não lembro nem que tive aula de ciências algum dia, como vou me lembrar disso?

– Lalana riu sabendo que Thyra, ao seu jeito, estava apenas sendo irreverente.

Depois do almoço, descansaram e Lalana conduziu Thyra até a quadra para iniciarem a segunda sessão de treinos daquele dia.

PEDIDO DE DESCULPAS

Ontem eu postei a parte 01 da segunda temporada desse conto e cometi um erro que, graças as gentileza de Neto Batista que me alertou sobre o fato foi possível corrigir.

Com essa correção, houve uma pequena alteração no final do capítulo, sendo que o casal Michele e Gunnar e o Kleber levaram a Naomi até o prédio onde ela mora e não como foi escrito antes que dizia ter ela usado seu carro que estava estacionado em frente ao prédio em que o casal mora, pois antes constava que os três foram busca-la quando saíram para o restaurante.

Peço desculpas aos leitores por essa falha e vou procurar tomar mais cuidado no futuro para evitar repetições como essa.

Muito obrigado a todos.

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Comentários

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Lendo esse episódio percebi novamente algo que já tinha percebido antes.

Li um conto anterior de mais de 4 mil palavras e foi bem cansativo e lendo esse com mais de 5 mil palavras nem percebi quando acabou.

Nassau e mais uns 3 ou 4 que consegue escrever um conto longo ser tão leve pra ler.

Mestre postei um comentário pata a id@ perguntando se ela iria concluir os contos Carla e a segunda temporada do Clube e a mesma disse que não então gostaria de saber se o Sr irá concluí-los ou abandonar.

Essas séries precisam de um final.

Obrigado.

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Amigo você não erra se engana faz parte nota mil pela saga 2 temporada adorei.

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Sensacional Nassau!

Teve até aula de tênis, essas duas vão aprontar muito em Paris. E eu estou aqui no Brasil ligadão na Naomi...

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Excepcional como sempre Nassau! Top demais!

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Massa Nassau, narrativa show, agora estou interessado como a Thyra vai se sair nos treinos.

referente a observação no final desta narrativa isso acontece, bora

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Muito bom como sempre. Até dei uma relida rápida para relembrar melhor da história.

Que bom que voltou com novos capítulos!

Ficou ótimo como sempre! Parabéns!

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