LIVROS E PAIXÕES [1] ~ Banheirão

Um conto erótico de Renato
Categoria: Gay
Contém 2822 palavras
Data: 22/01/2024 17:56:33

eu nome é Renato e quando essa história aconteceu eu tinha quatorze.

Tenho cabelos castanhos escuros, sou branco de olhos verdes.

Sempre fui muito tímido e meio nerd, então não tinha muitos amigos.

Eu nunca me entendi direito. Eu não gostava das mesmas coisas que os garotos da minha escola gostavam, tinha muita dificuldade com as garotas... Até gostei de uma ou outra, mas nunca tive “pegada” ou “papo” para as meninas.

Eu sempre gostei muito de livros, videogames, Mangás e Animes...

Aos quatorze já tinha lido vários épicos “O Senhor dos Anéis”, “Harry Potter”, “Eragon”...

Também alguns livros clássicos como “20.000 Léguas Submarinas”, “Lucíola”, “Senhora”, “Odisseia”, “Madame Bovary”, “A Dama das Camélias” e vários outros.

Às vezes eu tinha vontade de fazer como o Capitão Nemo (personagem deLéguas) e me isolar do mundo... Viver em um lugar só meu...

Meus Animes favoritos, eu comprava em DVD, na mesma loja de artigos Otaku onde eu comprava meus Mangás (Mangás da Clamp, é claro).

Quem estiver lendo esse relato deve estar se perguntando por que eu estou falando de livros e Mangás em um conto erótico. Então eu respondo ao pensamento dos meus leitores: eu preciso falar dessas coisas porque foi por causa delas que eu me descobri e encontrei alguém que me compreendia e que seria o grande parceiro da minha vida.

Eu só não imaginava que essa pessoa fosse homem como eu.

E foi quando eu fui até a lojinha que vende Mangás e Animes que minha vida começou a mudar.

Essa lojinha fica no centro comercial da minha cidade, em um bairro muito antigo e cheio de casas coloniais, com portas altas e largas.

As ruas desse bairro são estreitas e as calçadas ocupadas por vendedores ambulantes.

Quando eu tinha dez e fazia compras com a minha mãe no comércio, a gente entrou em uma rua estreita onde eu vi algo que me chamou a atenção: a última casa da rua era colonial como as outras, porém nas vitrines havia vários DVD’s de Animes...eu arrastei minha mãe até a loja e descobri que lá era o lugar perfeito para comprar meus Animes favoritos como Sakura CardCaptor, Chobts e outros.

Entre a loja de Animes e a sapataria que ficava ao lado havia uma espécie de corredor que levava a banheiros públicos.

Dando continuidade ao conto: aos quatorze eu já ia sozinho até minha loja preferida comprar meus Mangás do mês.

Nesse dia, eu havia tomado quase um litro de suco no almoço e fui lá pelas quinze horas comprar meus Mangás.

Cheguei na loja já era quinze horas e trinta minutos. Falei com o Japa do balcão que já me conhecia e fui procurar pela edição do mês de Ynuiasha.

Tinha um garoto do meu lado procurando por Mangás também.

- Achei! Ele disse do meu lado. Olhei para a mão dele e ele segurava um exemplar de Ynuiasha.

- Ei cara, eu quero um desses.

- Você está com sorte, pois só tem mais um.

- Cara! Não sei o que faria se tivesse acabado. - eu disse enquanto pegava o último exemplar da prateleira.

- Se não tivesse outro, acho que procurar em uma outra banca, seria uma boa opção. - ele disse sorrindo.

Eu olhei direito pra ele e não sei o que aconteceu comigo.

Fiquei vermelho e sem graça, e como eu sou bem branco, quando fico corado minha cara fica muuuito vermelha.

Peguei o Mangá e fui para a prateleira de Animes para sair de perto do garoto, morrendo de vergonha...

Fique enrolando por um bom tempo.

Mas não podia enrolar mais porque finalmente o um litro de suco fez efeito e minha bexiga estava cheia.

Paguei o mangá e o filme “Evangelion” e saí da loja.

Eu estava quase me mijando quando me lembrei do banheiro público ali perto.

Agora era mais difícil de ver o corredor entre as lojas que levavam a ele por causa dos camelôs que entupiam a calçada e a própria rua, já que ali não passava carro.

Quando estava entrando no corredor, o garoto vinha saindo do banheiro.

Ele parou na minha frente, abriu um sorriso lindo e continuou andando. Passou do meu lado e desapareceu no meio dos camelôs na rua.

Segui até o banheiro.

Eu nunca tinha entrado ali. Era mal iluminado, tinha quatro cabines sanitárias e dobrando ao lado das cabines, havia cinco mictórios.

Era um banheiro bem grande e meio sujo, mas quem ligava; eu só ia urinar mesmo...

Segui até os mictórios e não havia nenhuma barreira entre um e outro (como a gente vê nos shoppings).

Tinha um cara no mictório perto da parede.

Eu fiquei a dois mictórios de distância e botei meu pinto pra fora.

Sabe quando você fica com tanta vontade de urinar que o pau fica meia bomba?

Era assim que eu estava.

Urinei e reparei que o cara do último mictório estava olhando meu pinto.

Fiquei muito sem graça e novamente minha cara queimou vermelho vivo. Tentei disfarçar, olhei para o outro lado, mas percebi que o cara continuava olhando.

Nessa hora teve início um GRANDE duelo mental na minha cabeça: de um lado eu sentia uma vontade de sair correndo dali versus uma vontade enorme de olhar para o pinto do cara também.

Eu comecei a suar gelado, minhas pernas começaram a tremer e o meu pinto, que já estava meia bomba, endureceu completamente.

E o cara disse baixinho, mas eu ouvi perfeitamente: “que picão branquinho você tem aí, moleque!”

Nessa hora o tesão venceu a razão e eu olhei para o cara.

Ele era moreno claro, estava de bermuda preta comprida e uma camisa polo azul escuro. Ele era velho, devia ter uns vinte e cinco anos ou um pouco mais.

Eu olhei para o pau dele.

Nossa! Como era grande aquela pica!

Devia ter... sei lá quantos centímetros; era muito maior que a minha, mas devia ser o suficiente para por um ponto final nas pregas de qualquer cu.

O pau dele era diferente do meu...

O meu tinha uns treze centímetros, branquinho da cabeça cor de rosa, meio grossinho, bem reto e sem pelos.

Já o do cara era moreno com veias que pulavam do pau dele...e a cabeça era roxa e parecia um cogumelo. E era com pelos em volta. O cara estava batendo uma de leve e admirando meu pau. E eu....vermelho como uma pimenta, imitei ele.

Nossa! Eu tremia de medo de estar virando viado por descascar uma com outro cara. Medo de alguém chegar, medo do que meu pai pensaria se soubesse disso. Eu suava frio e gemia baixinho de tanto tesão. Acelerei os movimentos; não queria demorar a gozar, queria que aquele prazer misturado com medo acabasse logo...

O cara falou de novo comigo:

- Quer chupar?

- Eu não, não sou viado!

- Posso te chupar então?

- Não. Só punheta mesmo.

Eu estava me sentindo nojento, mas me deu muito tesão imaginar aquele homem me chupando. Tive mais nojo ainda de mim mesmo.

- Achei que hoje era meu dia de sorte. - o cara disse. - Primeiro bati uma para o garoto que acabou de sair daqui, mas nem ele nem você quiseram me chupar. Acho que não tive tanta sorte assim...

Quando ele falou do garoto que tinha saído do banheiro, minha vara estourou.

Gozei muito, melei todo o mictório.

Na mesma hora me senti o mais sujo dos caras, nojento e culpado. Parece que afinal eu era um tarado de banheiro.

Mal coloquei o pau pra dentro do zíper, lavei a mão e saí correndo do banheiro; correndo mesmo.

Esbarrei em uma banca de camelô e espalhei as capas de celular, que ele estava vendendo, pelo chão.

Ele me xingou e eu saí correndo ainda mais rápido, esbarrando nas pessoas.

Estava tremendo ainda, chorando e nem tinha percebido.

Eu estava muito confuso, não sabia o que estava acontecendo comigo.

Não foi pela punheta, eu sempre bato em casa, no banho, antes de dormir, mas nunca tinha feito em um lugar público, muito menos com outro cara olhando e batendo também.

E eu gostei.

Isso me perturbava mais ainda. Por que aquilo me deu tanto tesão?

Porque eu fiquei todo vermelho perto do garoto desconhecido?

Eu estava muito confuso.

Será que algum de vocês já se sentiu assim?

Peguei meu ônibus e graças a Deus, não tinha ninguém em casa quando cheguei.

Mal entrei em casa, tirei toda a minha roupa, coloquei pra lavar, segui para o banheiro e tomei um banho demorado, no qual eu pensei sobre muitas coisas.

Saí do banho mais calmo.

Aquele era meu último dia de férias e no dia seguinte eu teria que encarar a escola e todas aquelas pessoas que me maltratavam desde que eu era pequeno.

Não era como se eles me xingassem ou botassem o pé para eu cair quando eu passava. Era pior. Era como se eu não existisse. Eu era ignorado por quase todos os grupinhos da minha classe desde sempre.

Mas devo admitir que depois dos treze, com as mudanças da puberdade eu comecei a chamar atenção de algumas meninas, mas como disse antes, eu não sabia nem o que fazer ou o que falar quando uma delas vinha falar comigo e tão logo eu ficasse sem graça, vermelho pimenta ou não tivesse mais assunto para falar, eu voltava a ser desprezado.

Dormi cedo naquele domingo.

No dia seguinte, acordei às seis e meia da manhã e me arrumei pra sair.

Dei um beijo na minha mãe e fui andando para a escola que ficava a três quadras de casa.

Chegando à minha sala, vi as mesmas caras de sempre (embora nenhum deles tenha dado o menor sinal de que me reconheceu).

Mas aí eu olhei para o fundo da sala, onde eu normalmente sento e vi um rosto branquinho e lindo que fez minha face queimar vermelho pimenta!

O garoto da loja de Mangás estava sentado do lado da cadeira onde eu normalmente me sento.

Meu coração disparou e o mundo ao meu redor parecia funcionar em câmera lenta.

Eu sentia o calor no meu rosto ficar mais intenso a cada passo que eu dava na direção dele.

Ele olhou pra mim e abriu um sorriso tão lindo que me fez perder o chão.

O Cabelo dele era castanho claro, bem liso e meio bagunçado e ele usava um óculos de aro preto.

Ele devia ter a minha altura e era um pouco menos fraco que eu.

Os olhos eram verdes e se destacavam no rosto dele.

Ele era lindo!

E mesmo só tendo me visto uma única vez, diferente de todos naquela turma, ele me cumprimentou assim que ele me viu e abriu aquele sorriso lindo.

Ele se levantou e acenou para mim. O meu coração disparou e a minha mente também se encheu de dúvidas, mas eu me controlei.

Eu tinha que me controlar e aquele momento não era a hora de ter uma crise existencial, afinal alguém naquela escola tinha ficado feliz por me ver e me cumprimentou.

Isso era muito novo para mim e eu tinha que aproveitar.

Eu consegui chegar até meu lugar. Ele se sentou de novo ao meu lado e sorrindo disse:

- Ainda bem que eu fui naquela loja ontem. Conhecer alguém da minha nova escola antes do início das aulas em uma cidade grande como essa é muita sorte!

- Re..re..almente foi muita coincidência. - eu consegui gaguejar.

- “Nesse mundo não existem coincidências” ele me disse com o mesmo sorriso que me deu na porta do banheiro no dia anterior.

- “Só existe Hitsuzem” (o inevitável ou o destino, seriam boas traduções dessa palavra) eu completei a famosa frase que permeia o universo Clamp.

- Você realmente é fã de mangás, né?

- Eu gosto muito mesmo, mas essa frase é bem conhecida... Todo mundo que já leu ou assistiu Sakura conhece.

- Você quer dizer quem já leu Sakura ou está lendo Tsubasa e xxxHolic?

- Tsubasa e xxxHolics? Esses eu ainda não vi na Loja. Qual é a história desses mangás?

- Bom, você não viu na loja porque ainda não tem versão brasileira... Mas você encontra na internet... As histórias dos dois mangás se cruzam... E os personagens de Tsubasa são a Sakura e Syoran... Só que ele já estão grandes e a história se passa em outras dimensões paralelas às de Sakura.

A essa altura do campeonato eu já tinha me controlado e me envolvido na conversa... Afinal como assim exitia um mangá que continuava a história da Sakura e do Syaoran e eu não conhecia?

Como eu podia pensar em qualquer outra coisa depois disso?

Eu descobri que o nome do cara era Alexander... Mas todo mundo o chamava de Aléx.

Segundo ele, a sua madrinha estava bêbada quando escolheu seu nome e na falta de ideias só olhou o rótulo da garrafa.

Nós conversamos até a aula começar e durante a aula conversávamos por papel... E depois, no intervalo, muito mais.

Eu fiquei sabendo que ele era novo na cidade, que era quase meu vizinho e, que assim como eu, era filho único.

As pessoas da escola ficaram impressionadas por eu conversar com alguém por tanto tempo, principalmente porque era um novatoNo horário da educação física eu fui para a arquibancada, como sempre e o Alex foi jogar bola com os outros meninos.

Ele jogava muito bem. Marcou dois gols e ainda dedicou um à professora.

Depois da educação física voltamos para casa juntos (ele se mudou para uma casa bonita que ficava a um quarteirão depois da minha).

No caminho descobri que tínhamos muitas coisas em comum. Ele era apaixonado por livros como eu e já tinha lido os livros que eu já li, além da paixão por animes, mangás e videogame.

Ele tinha como hobby desenhar e tocar violão.

Quando chegamos na porta da minha casa eu queria muito convidar ele para entrar, mas me contive, afinal eu conhecia o cara só fazia algumas horasQuando minha mãe chegou para almoçar, o tio João veio com ela.

Ela disse que eu parecia feliz e eu contei que fiz um novo amigo que tinha tudo a ver comigo.

Ela me abraçou e disse que pelo visto ia economizar uma nota em terapia.

Eu ri com ela e fomos almoçar o churrasco que ela comprou no caminho.

Tio João começou a contar as histórias do trabalho dele e eu fingia que ouvia.

O tio João é um cara que sempre foi um bom exemplo pra mim.

Ele não é meu tio de verdade; é só o melhor amigo da minha mãe.

Ele é gay, mas ninguém diz. O cara não tem o menor jeito afeminado, é um bom médico e respeitado pelos seus pacientes.

Eu me lembro de sempre saber que ele era gay.

Quando eu era moleque eu perguntei pra ele por que ele não era gay como os que a gente vê na TV, que se vestem de mulheres.

Acho que se um moleque me perguntasse isso eu ia ficar sem jeito, mas o tio João, não.

Ele se sentou do meu lado e me explicou com palavras que uma criança pudesse entender, várias coisas sobre homossexualidade.

Eu sempre me senti à vontade para conversar com ele sobre tudo.

Quando passei pela puberdade minha mãe pediu que ele conversasse comigo, porque, além de amigo da família, ele era meu médico.

Eu pensei sobre a confusão mental pela qual eu estava passando e decidi que em breve eu teria uma conversa com ele, mas primeiro eu teria que tentar me entender.

Eu sabia que era seguro conversar com o tio João.

Meu pai morreu quando eu tinha três, mas tenho certeza que eu não poderia conversar com ele sobre o que eu fiz no banheiro e sobre o Alex e a vontade do meu coração de sair correndo quando o vejo.

Dei boa noite aos dois e fui até meu quarto e fiquei pensando sobre o dia que eu tive e sobre o sorriso que o Alex me deu saindo do banheiro...

E nessa hora um frio de excitação correu pela minha espinha.

Eu lembrei do que o carinha punheteiro do mictório me disse:

“Achei que hoje era meu dia de sorte. Primeiro bati uma para o garoto que acabou de sair daqui, mas nem ele, nem você quiseram me chupar. Acho que não tive tanta sorte assim”

O cara tinha batido uma para o Alex...

Será que ele era acostumado a fazer isso? Ir de banheiro em banheiro público procurando por alguém disposto a bater uma pra ele?

Eu não podia acreditar!

Outro pensamento me ocorreu:

“Se ele deixou o cara bater pra ele... Talvez ele goste de caras... E talvez a gente possa ser mais do que amigos...”

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Pessoal esse é um dos melhores contos que já li, está no meu top5

é uma historia bem fodaaaaaaaaa, espero que todos gostem e confie, o começo eh chato e bobo, mas prende muito a atenção rs

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Comentários

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Começando esse conto Lukas . Meio corrido esses dias . Pulei o conto do médico! Perdi algo bom ?

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Eu n gostei mto do médico! Achei que o final deixou a desejar! Esse aqui eh 10/10 pode ler sem medo

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Já estava na abstinência dos seus contos. Saudade do Caio, do Marlon,do Sandro, do Bernardo, André, Rafael, Alex... Enfim...

Vamos para mais uma Jornada.

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