Na manhã seguinte acordei pensando no Iuri, não fiquei interessado nem nada do tipo, mas ele se fixou na minha mente de uma maneira muito estranha, não sei explicar, mas é como se o conhecesse de algum lugar, Iuri lembra um pouco meu pai, é bizarro as semelhanças, estou perturbado com isso e Isaac percebeu, ele não quer falar nada, porém desde ontem a noite me observa com atenção, temos um acordo de não ter segredos, entretanto não pressionamos, ele diz que devemos ficar confortáveis com nossos pensamentos para só depois construir frases.
— Tem um minuto. — Perguntei pois ele está no notebook resolvendo algumas burocracias do Sushibar.
— Pra você eu tenho todos os minutos que você quiser meu amor. — Responde baixando a tampa do note.
— Amor, acho que o cara que foi com Davi ontem pode ser meu irmão.
— Por que? — Ele não gostou do Davi, ter ido e sei que ele está se esforçando para não começar a ficar puto.
— Ai que tá não sei, só sinto que conheço ele, é bizarro, não paro de me lembrar dele. — Falei honrando nosso acordo de sinceridade.
— Devo me preocupar. — Isaac é evoluído, mas não deixa de ser meio ciumento.
— Óbvio que não, ninguém é mais perfeito que o meu marido lindo e talentoso. — Sento no colo dele e o beijo.
— Acho bom, mas te conheço, vai atrás de saber quem é esse cara não vai?
— Sexy e inteligente, como foi que passei tanto tempo longe de você? — Falei beijando a boca dele.
Sou viciado no Isaac, não existe melhor definição, mesmo depois de muito tempo juntos ainda transo com ele com a mesma vontade e tesão da primeira vez, é como se a gente se encaixasse de forma perfeita, o beijo dele é perfeito, o perfume, os braços fortes, a pegada firme, o fato dele ser maior que eu, ele é todo grandão.
Ele está sem camisa, usando apenas uma calça de moletom, seu corpo definido me aquece o corpo inteiro, seguro seu cabelo e o beijo com mais força, ele aperta minha bunda, sinto o pau dele ficando duro, quero ele dentro de mim agora.
— Você vai atrasar para o trabalho. — Ele disse isso porque já estou de terno.
— Foda-se.
Tiro minha gravata e começo a desabotoar os botões da minha camisa, ele aproveita para atracar meus mamilos, me agarro com força nele sentindo um tesão louco, Isaac volta a me beijar, levantei do seu colo para tirar minha calça, ele se ajoelha na minha frente, abaixou minha cueca, segurou meu pau e me olhando com cara de safado abocanha meu pau, os anos fizeram nosso sexo ficar ainda melhor, sabemos exatamente como fazer gostoso, meu pau entra até o talo na sua boca, meu corpo arrepia inteiro, seus dedos brincando na minha entrada, começo um vai e vem fodendo sua boca, a mamada dele é muito gostosa, porém quero outra coisa agora, deito ele no chão mesmo e monto em cima dele.
Encaixou o pau dele no meu cuzinho, lubrificou o pau dele com saliva mesmo sentei de uma vez, não posso perder tempo, estou cavalgando e beijando sua boca, minhas mãos estão no seu peito enorme, enquanto Isaac move seu quadril me fodendo rápido com força, o pau dele me arrombando gostoso, estou gemendo feito uma puta no cio.
— Eu te amo. — Ele fala.
— Eu te amo mais. — Respondo.
— Amor, você é muito gosotoso. — Isaac fala agarrando minhas nádegas as abrindo.
— Assim. — A rola dele vai fundo acertando meu pondo de prazer, estou suando e ele também.
— Quem é seu marido?
— Você, você é meu homem. — Fecho meus olhos, o êxtase de prazer é como se eu tivesse tomado uma bala.
— Ah, vou gozar amor!!!!
— Enche meu cuzinho de porra. — Falei bem safado do jeito que meu homem gosta de me ver, bem puta.
Ele diminui a frequencia das metidas, só que contunua uma delicia, porque ele está indo bem fundo com força ai volta e entra de novo, da terceira vez sinto meu cuzinho se enchendo com sua porra quentinha, ele gozou muito, a gente transa quase todo dia, mas nem sempre com prenetração, as vezes só um oral ou uma pegação com mão amiga, o fato é que tenho um tesão descontrolado nesse homem.
Deito em cima dele, seu pau ainda está meia bomba dentro de mim, vou ter que tomar outro banho e trocar de roupa, mas nem ligo, esses momentos com Isaac fazendo tudo que a vivemos valer a pena, a gente não é perfeito claro, nenhum casal é, temos nossas diferenças e as vezes brigamos, só que saber que ele estará do meu lado, faz tudo valer a pena no final do dia, amo essa cara e sei que ele me ama.
— O que você está pensando?
— Em como tenho sorte de ter casado com o melhor varão da igreja. — Respondo.
— Estou melhor que você, casei com o filho do pastor. — Nós dois caímos na risada, é bom poder rir disso hoje em dia.
— Estou atrasado.
— Eu avisei, nesse pepino não é meu.
— Me banha? — Pergunto.
— E você chegou a achar que tomaria banho sozinho só porque está atrasado?
Depois de mais uma rapidinha no banheiro vesti outro terno limpo e fui para o trabalho, peguei o carro porque iria passar na lavanderia, meus ternos caros e nossa roupa de cama mais pesada não lavamos em casa, nossa máquina não é tão boa, quando chego no trabalho estou atrasado quarenta e cinco minutos, minha sorte é que como sou sócio o carão é menor, os sócios sênior tem secretarias, como sou Júnior divido dois estagiários com os outros sócios Júnior, assim que sento na minha mesa um dos estagiários o Ricardo já vem com uns papéis para mim.
— Os documentos do acordo da S&A. — Ele fala me entregando.
— Obrigado, Ricardo marcou a reunião que te pedi?
— Sim doutor Jonas, foi marcado para as três.
— Ricardo, você estuda na federal não é?
— Sim, estou quase me formando. — Os estagiários gostam de mim porque sou um dos poucos que falam com eles normalmente, alguns colegas são meio babacas.
— Você conhece um estudante chamado Iuri?
— O senhor sabe o sobrenome?
— Não, só o primeiro nome mesmo. — Falei.
— O semestre dele qual é? — Só agora me dou conta que não sei nada sobre ele.
— Não sei, mas espera, ele está trabalhando na A&J Associados, é estagiário de lá. — A empresa que a mãe do Davi é uma das donas.
— A sei que é, mais ele não é da minha turma. — Ricardo responde.
— Mas você já falou com ele, tipo são amigos?
— Não, o cara é um babaca, não se enturmar com ninguém, é um dos melhores da turma, mas meus amigos que estudam com ele falam que ele não faz questão de ser amigo de ninguém e que nunca sai pras festas, basicamente ele não se mistura. — Estranho porque ele parecia amigo do Davi, vai ver ele deve ser como o Davi então melhor deixar quieto.
— Obrigado Ricardo, você pode entregar esses contratos aqui por favor. — Entregei uma pilha de contratos que já revisei e assinei para ele seguir com as burocracias e me concentro no trabalho.
Como entrei atrasado desconto o tempo da minha hora de almoço, como a quentinha que meu marido lindo fez para mim na minha mesa mesmo, um dos meus chefes aparece para saber o motivo do meu atraso, já esperava por isso, doutor Giovani ele é gente boa tenho quase certeza de que ele é gay, mas fico na minha.
— Algum problema Jonas?
— Não Doutor Giovani.
— Você atrasou bastante hoje. — Ele é muito chato para horários, mas entendo ele.
— Sinto muito, mas estou descontando da minha hora de almoço, senhor.
— Tudo bem, pode tirar seu almoço todo, só não repita esse atraso e se precisar avise antes. — Ele não é do tipo que alivia, achei estranho, só que não vou reclamar.
— Pode deixa. — Mesmo assim, uso meu almoço para adiantar serviço.
O trabalho segue muito cansativo, tive que revisar uma poção de contratos, uma empresa para fugir da receita abriu uma ong só que foram pegos, tinham funcionários da ong trabalhando na empresa, por isso foram multados e obrigados a demitir os funcionários da ong e admiti-los na empresa, o escritório até tentou recorrer, mas o máximo que consegui foi uma redução no valor da multa, como fiz um bom trabalho me encarregaram de acompanhar o caso e garantir que tudo estaria certo agora para evitar novos processos.
Sério não entendo esse povo rico, os caras querem ganhar em cima de qualquer forma, o sushibar pode não ser uma grande rede de restaurantes, mas nos orgulhamos de ter nossa papelada todo em dia e nos conformes da lei, pagamos contador e fico de olho sempre fiscalizando a burocracia para saber se os funcionários estão recebendo tudo direitinho para evitar problema.
No fim do dia tive que ir até o fórum resolver outro BO da empresa da ong — pense numa empresa com maracutaia — estou esperando uma bendita assinatura do Juiz que faltou no documento de um acordo que fizemos quando vejo o Davi, não sei exatamente qual a função dele, mas sei que atualmente trabalha com a mãe dele no escritório dela.
— Não sabia que estava pegando casos trabalhistas agora. — Ele fala tirando sarro de mim, pois sabe que odeio essa área.
— Fui obrigado, o cliente só confia em mim para resolver tudo agora. — Respondo de mau humor.
— Sei como é. — Davi estava todo amigável como sempre, então resolvi baixar minha guarda.
— Quer um. — Ofereço um chiclete para ele.
— A valeu. — Ele fala aceitando.
— Davi sabe que não pode aparecer assim lá no sushi.
— Isaac tem que parar de ter ciúmes do que vivemos.
— A gente não viveu nada Davi, foi só uma vez e foi um erro, um erro bem caro para mim inclusive.
— Se você diz, mas eu não te forcei.
— Eu sei e por isso ainda falo com você, reconheço meu erro, mas sério mesmo para de provocar o Isaac por favor.
— Quando ele vai crescer Jonas.
— Davi.
— Tudo bem, não está mais aqui quem falou.
Ficamos um tempo em silêncio sentados um do lado do outro, me odeio por perguntar isso a ele, mas preciso saber mais sobre o Iuri, penso em como posso fazer isso sem entregar o que estou pensando para o Davi, ele não é muito confiável e não iria perder uma chance de me cutucar o Isaac com isso de alguma forma, mesmo longe ele ainda conseguia irritar meu marido de vez em quando, Isaac odeia o Davi mas do que tudo nessa vida, e olhe que já tentei fazer ele superar isso, mas já virou um ódio de estimação dele, então não mexo mais.
— Como você conheceu o Iuri?
— Iuri, porque?
— Só puxando assunto, afinal para você ir até o Sushi deve ser algum amigo. — Falo porque o Davi não é muito de ir lá à toa, só quando quer deixar o Isaac puto, mas foi a primeira vez que ele levou alguém.
— Ele trabalha na empresa.
— Verdade. — Me faço de desentendido, entretanto
— Estamos saindo.
— Fico feliz por você. — O quão louco seria se Iuri fosse mesmo meu irmão, o natal em família seria um inferno.
— É recente, mas acho que estou apaixonado. — Davi fala todo feliz.
— Meus parabéns.
— Você podia falar pro seu namorado que ele não tem que se preocupar comigo.
— Marido, e não é por isso que ele não quer papo com você, não se passa Davi. — Digo isso levantando e indo ser atendido pelo Juiz cujo a assistente acabou de me chamar.
A noite chego no Sushi bar e o movimento está tranquilo, passo na cozinha para dar um beijo no meu maridão gostoso e subo para nossa casa, aproveito que não estão precisando de mim lá e vou trabalhar mais um pouco, se Isaac estivesse aqui estaria brigando comigo por deixar nossa mesa de jantar lotada de papel do trabalho, mas o que posso fazer trabalho melhor no caos, perco a noção do tempo trabalhando quando Isaac entra em casa é que me dou conta de que já é quase meia noite.
— Jonas.
— Já sei que a mesa é lugar de comer e não de trabalhar. — Beijo ele.
— Ia dizer que casa é lugar de descansar e curtir seu marido não de trabalhar. — Ele fala me dando outro beijo.
Arrumo tudo para podermos jantar na mesa, gostamos de comer juntos sempre que dá então quando janto em casa espero por ele, o yakisoba dele é o melhor, conversamos sobre nosso dia, fico na dúvida se falou sobre o Davi, mas ele me pergunta sobre o Iuri, ele realmente me conhece a ponto de saber que fui atrás de alguma coisa, então conto o que descobri sobre ele até agora.
— Ah e ele está saindo com o Davi.
— Uma pena para ele. — Isaac fica sério só de ouvir o nome do irmão.
— Amor, por favor, você tem que deixar isso pra lá.
— Amor deixa eu odiar o Davi. — Ele me pede com uma carinha de cachorro carente, acho graça do jeito dele e dou lhe um selinho desmanchando a carranca que ele tava.
— Amo você. — Falo deixando mais um beijo na boca dele.
— Também amo você, e ai ainda vai tentar saber mais sobre esse Iuri?
— Acho que sim, ainda não sei se ele é meu irmão, mas sinto que tem uma grande chance dele ser. — Respondi.
— Pode perguntar para ela.
— Nunca, amor me deixa odiar minha mãe. — Falei imitando ele.
— Justo. — Ele responde.
Essa noite estou tão cansado que depois de tomar um banho só deito na cama e apaguei, acordei meio agitado, mas graças a deus meu marido gigante está me abraçando, sonhei com meu pai e minha mãe, eu era bem pequeno, eles haviam brigado e eu a vi falando com meu tio sobre o meu irmão, pode ser só um sonho, mesmo que fosse um lembrança seria algo muito estranho já que eu parecia muito novinho no sonho.
Estou chorando e nem sei porque, Isaac acorda meio sonolento e me abraça mais forte, beija minha cabeça e começa a me acalmar, não mereço esse homem, aos poucos o efeito do sonho vai passando, porém não consigo voltar a dormir, saio do abraço do Isaac e vou para a sala, temos uma varandinha simpática, coloco uma cadeira lá e fico observando o amanhecer, estou com o edredom pois está fazendo um frio da gota essa manhã, Isaac acordou e sentiu falta de mim na cama, veio atrás de mim, esse homem é um piranho não sente frio, está só de cueca.
— O que foi amor. — Ele pergunta de forma mais fofa coçando o olho como se fosse um bebezão.
— Vem para cá, fica comigo. — Peço e ele atende, levando para que ele se sente e sento no colo dele cobrindo nos dois com o edredom, ficamos trocando carinho e assistindo o nascer do sol.
— Você está bem amor.
— Estou, só tive um pesadelo.
— Com seus pais de novo?
— Sim.
— As vezes sonho com meu pai, acho que nós dois temos pais de merda.
— Você acha que seremos pais melhores? — Pergunto e vejo os olhos dele se acendendo de uma forma que não costumo ver.
— Você está falando sério?
— Como assim.
— Vamos ter filhos. — Ele está com um sorriso enorme no rosto.
— Não agora, mas vejo crianças no nosso futuro, quero tudo com você Isaac, pensei ter sido claro.
— Crianças no plural? — Ele parece uma criança que acabou de ganhar um videogame.
— Sim vamos ter mais de um. — Ele começa a me encher de beijos.
— Por isso que te amo.
— Só porque quero filhos?
— Porque me faz feliz realizando todos os meus sonhos.
— Ah é, e tem algum sonho que eu possa realizar agora. — Falo mordendo os lábios.
— Sabe que nunca transamos nessa varanda? — Ele fala me olhando com uma cara de safado que não resisto.
Aproveito que já estou no colo dele só baixo meu calção e tiro a rola dele de dentro da cueca, enquanto o sol nasce estou subindo e descendo no meu marido na nossa varanda, no colo dele o peito dele colado no meu, nossas bocas coladas, meus gemidos abafados pelo nosso beijo, não temos pressa, usamos o edredom para nos cobrirmos, não quero nenhum vizinho de voyeur.
