IDAS E VOLTAS [01] ~ Início

Um conto erótico de Sandro
Categoria: Gay
Contém 3833 palavras
Data: 12/12/2023 20:04:40

Irei começar a repostar esse conto!

Eu acompanhei na época e ele eh o meu TOP1 o melhor que eu já li em toda minha vida, passei quase 2 lendo, pq o Sandro as vezes demorava pra atualizar!

Acredito que esse conto passe dos 300 capítulos! Pq tem muita coisa e ele eh real! Uma história linda, de superação, paixão, amores, brigas em família, entre outras coisas!

Vamos lá?

_______

Roger era meu amor platônico. Eu me apaixonei por ele quando tinha 14, sentia uma atração louca por meninos, mas tinha receio que me descobrissem e zombassem de mim pela cidade, mas ele foi diferente, logo que o avistei me encantei. Com 22 anos era um dos playboyzinhos da cidade, não por fator financeiro ou aparência, mas por sua desenvoltura e simpatia. Alto com 1,83, cabelos castanhos claros, quase loiros, além de um sorriso maroto e um jeito safado que nunca vi igual.

Namorava Larissa uma das professoras da escola. Seguido os via em frente ao colégio onde a buscava e às vezes a levava para aula, mantinha por ele um amor impossível que me fazia viajar horas em meus pensamentos.

Eu sou o Sandro, sou mineiro e nasci numa cidade do interior no sul de Minas. Este é meu verdadeiro nome, não vou acrescentar sobrenomes e também trocarei o nome de algumas pessoas a fim de preservá-las, assim como não colocarei o nome da cidade em que nasci porque meu pai é bem conhecido. Atualmente estou com 22 anos, tenho 1,77 de altura, 78 quilos, sou moreno claro e tenho cabelos castanhos quase raspados.

A história que vou contar são passagens de minha vida, meus sonhos de menino quando tinha 15 e me apaixonei perdidamente por um cara mais velho. A partir daí conheci o lado bom e ruim da vida, além de ser surpreendido por um grande desafio.

É a primeira vez que escrevo aqui, mas já venho pensando em escrever sobre a minha vida faz tempo até que finalmente encontrei coragem e gostaria muito de contar com a presença de vocês para me acompanharem nessa aventura, prometo não desistir no meio do caminho.

Em Julho de 2007, meus colegas do ensino médio resolveram fazer uma festinha de confraternização. Eu ajudava meus pais que tinham uma rede de supermercados na cidade, por isso, quase não saía, era uma prisão, porém neste dia resolvi participar, a Larissa estaria lá e com certeza o Roger também.

Eu sempre fui muito reservado quanto a amizades, minha melhor amiga era Fernanda, ela era minha vizinha e vivíamos juntos para todo lado, além dela tinha o Rafael que também era meu vizinho e por eles eu nutria um sentimento de amizade e companheirismo muito grande.

Fernanda, Rafael e eu estudamos juntos desde a 1ª série e continuávamos unidos no ensino médio. Todo início de ano era um problema quando um ou outro ficava afastado. Fazíamos de tudo para ficarmos na mesma sala de aula e quando não era possível criávamos a maior confusão no colégio até que a diretora nos colocasse na mesma turma. Os anos passaram, nós crescemos e ficamos mais unidos ainda.

Além deles tinha mais dois garotos que me chamavam atenção, o Felix e o Eduardo. Eles sempre estavam juntos e eram os lideres da escola.

O Felix era bonito, loiro, um pouco mais alto que eu, se destacava por sua liderança entre os alunos. Estudou comigo no 1º grau, foi o meu primeiro amor platônico, tive horas e horas de sonhos pensando nele. Foi através dele que descobri meu desejo por garotos e aprendi a me masturbar com 11, na verdade eu nem sabia bem o significado dessa palavra “masturbar”, depois mais tarde é que vim a entender que tocar na região genital para produzir prazer, na verdade estaria me masturbando, contudo nunca passou disso, nem mesmo ele chegou a imaginar que tinha tais pensamentos

Em 2005 foi quando conheci o Roger, namorado da professora Larissa. Ele era novo na cidade e assim que o avistei em frente ao colégio passei a me masturbar pensando nele. Eu tinha 13 e sonhava como seria se ficássemos juntos, me apaixonei sem mesmo ter contato com ele.

Combinei com Fernanda e Rafael de irmos juntos à confraternização. A festa seria na casa do Felix, era num sábado à tarde, porém combinamos com a mãe da Fernanda dela nos buscar por volta das 19:00.

Ao chegarmos, corri meus olhos em todos que já estavam ali procurando pelo Roger, era ele quem me interessava e para minha decepção não estava. Fiquei tentando imaginar se teria acontecido algo para eles não terem ido, mas para minha surpresa no final da tarde, Larissa chegou acompanhada dele.

Os meninos só falavam no campeonato de futebol que estava acontecendo na cidade, promovido pelo Country através da prefeitura, mas eu não era muito ligado, gostava mesmo era de skate.

Larissa veio e sentou-se ao lado de Fernanda num banco que estava próximo a mim, logo ele também apareceu e sentou ao meu lado. E agora? Perguntei-me, o que vou fazer? Ele está aqui, é a minha oportunidade, mas eu não fiz nada, porém ele fez e puxou assunto comigo.

- Achei interessante essa confraternização a Larissa gostou muito.

- Eu também gostei. – falei tímido

- Você gosta? - disse ele me oferecendo um bolinho de aipim com camarão.

- Gosto, muito obrigado!

Depois disso ficou um clima meio estranho, eu não sabia puxar assunto para falar com ele, mesmo assim Roger insistiu.

- Você gosta de jogar bola?

- Às vezes dou alguns chutes, sou meio desajeitado. - Ele sorriu e ficou me encarando.

- Porque você não participa do campeonato junto com os meninos?

- Não sou muito ligado em futebol, acho que faria feio.

- Feio nada, vou inscrever você no próximo jogo.

- Vou pensar.

- Só não pensa muito – disse rindo e eu fiquei bobo olhando para ele.

Roger até que não me pareceu tão inacessível como imaginava, ele era divertido, tinha assunto. Ficamos horas conversando sentados naquele banco, aquele foi o nosso primeiro contato, a conversa foi tão animada que nem vi o tempo passar e nem me dei conta que já estava no horário de voltar para casa.

- Vamos Sandro? - disse Fernanda convidando para sair já com sua bolsa pendurada no braço e Rafael a acompanhando.

- Já está na hora?

- Foi o horário que combinamos com minha mãe.

- Estava tão legal que nem vi o tempo passar, mas vamos embora, concordei com ela.

- Fique mais um pouco, depois eu te levo, disse Roger interrompendo nossa conversa.

- Não quero te atrapalhar.

- Nada disso, fique, senão vou ficar ofendido.

Roger ficou ao meu lado durante todo o tempo que permanecemos na festa. Larissa num determinado momento sentou ao lado dele e parecia chateada. Senti que havia algo estranho acontecendo entre eles, porém não tinha nada a ver e continuei na minha.

- Vamos embora Roger? – convidou Larissa.

- Ainda é cedo, você não acha Sandro?

- Estou de carona, quando acharem que for hora de sairmos, estou de pleno acordo.

- Vamos Roger, já estou sem saco para ficar aqui.

- Problema é seu, vou ficar mais um pouco porque estou gostando da festa.

Sou muito desconfiado e senti que Larissa estava chateada devido a minha presença e provavelmente por causa da carona, me senti mal com aquilo, mas agora não tinha retorno a Fernanda e o Rafael já tinham saído a muito tempo daquela festa.

- Eu também concordo com a Larissa, acho que já está na hora de sairmos.

- Tem certeza? Você não está fazendo isso porque ela está com vontade de voltar para casa?

- O que é isso Roger? – questionou a Larissa.

- Isso o que?

- Se o garoto está dizendo que está com vontade de sair é porque já está na hora de voltarmos.

- Vamos embora Roger – concordei com ela, queria acabar logo com aquela confusão que já estava chamando atenção.

- Tudo bem! Vamos embora então – disse ele concordando e logo nos despedimos do pessoal.

Roger seguiu o caminho totalmente inverso da minha casa, achei estranho pois havia lhe dado o endereço e ele sabia onde era.

No carro havia um estranho silêncio entre ele e Larissa, as poucas conversas que saíam era entre ele e eu. Embora tenha percebido o clima diferente, fiquei calado, não tinha nada a ver com o problema deles. Andamos mais um pouco e ele parou em frente a uma casa, fiquei pensando, será que era ali a casa de Larissa? Mas porque ele a deixaria primeiro? E a resposta veio logo em seguida.

- Porque você não deixou o Sandro em casa primeiro? - ela o questionou.

Será que ela estava com ciúmes? De mim? – fiquei pensando, essa mulher é louca.

- A Casa do Sandro fica a caminho da minha.

- Você está muito estranho Roger.

- Estranho por quê? Posso saber?

- Passou a festa inteira sem me dar atenção, aliás, eu nem sei o que fui fazer lá.

- Queria que ficasse o tempo todo pendurado em seu pescoço, disse ele alterado.

- Custava me dar atenção.

- Nós estávamos entre amigos, bastava você conversar com alguém para não sentir-se só.

- O Sandro tinha carona. Porque inventou de trazer-lhe?

Não sabia o que fazer com os dois discutindo dentro do carro e eu sentado no banco traseiro assistindo a tudo. Pensei em sair e voltar a pé para casa, mas era perigoso, além do mais não tinha nada a ver com aquilo.

- Inventei porque quis, disse ele batendo com a palma da mão sobre o peito.

- Pois então fique com ele e faça bom proveito disse ela saindo do carro e logo em seguida, entrando em casa.

Nessa hora apenas baixei a cabeça e fiquei calado.

- Mulher é bicho complicado disse ele rindo e olhando em minha direção, apenas retribui seu sorriso.

- Passa para o banco da frente.

Desci do carro e sentei ao lado dele, Roger já estava com um belo sorriso nos lábios nem parecia o mesmo que tinha acabado de discutir com a namorada e discutido feio, pois ela saiu sem beijá-lo.

- Roger me desculpa, não queria ter atrapalhado vocês.

- Você não tem que pedir desculpas, a errada é ela. Parece que não entende que sou um cara simples e gosto de conversar com as pessoas.

- Verdade, mas ela é sua namorada.

- Já estou bem a fim de terminar, nem parece que Larissa tem 26 anos, é muito criancinha para o meu gosto.

- Eu acho que ela não gostou quando você me ofereceu carona.

- Dane-se, está para nascer à pessoa que vai me pôr cabresto.

- Você é muito engraçado.

- Não gosto dessas coisas, eu que te peço desculpas.

- Está tudo bem.

- Então vamos esquecer isso, porque no momento estou a fim de aproveitar a vida de uma forma bem diferente.

- Interessante! Sabe que eu sempre estranhei esse namoro de vocês.

- Você prestava atenção na gente?

Putz! Que mancada, pensei na hora.

- O normal é um cara se envolver com alguém da mesma idade, você não acha?

Roger caiu na gargalhada e me encarou.

- De onde você tirou isso?

- Sei lá, acho que seria o natural.

- E o que você pensa da relação homem com homem?

Opa! Pensei comigo, o que foi isso? Uma piada ou uma sacada para ver qual seria a minha reação?

E então? O que você acha de uma relação homoafetiva? Perguntou olhando sério para mim.

Ah sei lá Roger, acho normal, respondi voltando atenção para ele, mas não tive coragem de encará-lo nos olhos.

Bom saber ele disse rindo enquanto seguia o caminho da minha casa e eu não disse mais nada apenas sorri e ficou um clima bem esquisito.

Posso marcar você para o campeonato?

Não sei, sou bem perna de pau e vocês vão sair perdendo comigo.

Roger deu uma risada, olhou pra mim e fez sinal negativo com a cabeça. Você é surpreendente. Aceita vai, está faltando gente na equipe e também lá não tem nenhum profissional.

Pensei bem e me decidi. Então marca, tomara que eu não me arrependa.

Será que seus pais já estão dormindo?

Acho que não, o mercado fica aberto até tarde, mas porque a pergunta?

Humm... Disse ele pensativo. Você bem que poderia me convidar para entrar um pouco.

É o mínimo que posso fazer por você depois da gentileza de me fornecer uma carona.

Estou convidado? Perguntou fazendo uma cara de espanto, e eu sorri timidamente pelo seu jeito de encarar a situação.

Você é sempre assim? Espontâneo e brincalhão parece que leva tudo na brincadeira.

Sou assim mesmo, acho que nasci fora de época e quando quero uma coisa vou até o fim, não desisto facilmente.

Não entendi muito bem o que ele quis dizer. Assim que chegamos entrei direto para o mercado onde meus pais ainda trabalhavam, fui até minha mãe que estava próximo aos caixas e apresentei-o como meu amigo, ele foi muito simpático, disse que a festa estava ótima e tinha me oferecido uma carona, conquistou a simpatia dela na hora, em seguida fez o mesmo com meu pai que estava próximo ao açougue.

Voltamos para onde estava minha mãe e falei a ela que Roger ficaria um pouco lá em casa para assistirmos um filme, ela concordou e em seguida fomos em direção a minha residência, que ficava próxima a um dos mercados.

Entramos e fui direto a cozinha ver se a empregada já havia saído e Roger ficou na sala. Estava nervoso, planejei por muito tempo aquele encontro na minha imaginação e agora ele estava ali, se soubesse que seria tão fácil assim, já teria me aproximado dele há mais tempo, porém pensar é fácil e agir é difícil.

A empregada já havia saído, tomei uma água para me acalmar e voltei para sala, assim que cheguei o avistei olhando as fotos que minha mãe deixava em cima da cômoda.

Gosta de ver fotos?

Gostei desse menino andando a cavalo, é você?

Sim, foi na casa do meu tio, minha mãe aproveitou que estava andando a cavalo e tirou essa foto.

E essa? Era uma foto de minha família.

São meus pais e meus irmãos, Aline e Tiago.

Muito bonita sua irmã, é parecida com você.

Obrigada! Ela faz faculdade de pedagogia quase nem para em casa, é professora. Interessante! Você tem uma família linda.

Não posso reclamar, sou caçula por isso tenho meus privilégios.

Isso é bom, a minha mãe pega no meu pé para trabalhar.

Mas você já está na idade de arranjar trabalho.

É verdade, sorriu, mas eu não tive a mesma sorte que você, meu pai me abandonou, nem me viu nascer e minha mãe teve que batalhar a vida inteira, as coisas só melhoraram depois que terminei o ensino médio e comecei a trabalhar.

Que barra hein?

A sorte nem sempre sorri para todos disse ele rindo, mas também nem tudo é complicado demais, apesar das dificuldades consegui comprar meu carro com fruto do meu trabalho.

Você não pretende cursar uma faculdade?

Faculdade é para quem tem dinheiro, o que não é o meu caso e aqui não teria como, precisaria viajar, por isso eu nem ponho essas ideias na cabeça que é para não sofrer.

Porque não tenta uma federal?

Teria que viajar e mesmo sendo numa federal sempre tem despesas, não teria como conciliar e minha mãe coitada, ela não tem condições para me ajudar.

É chato não poder estudar.

E você? Com certeza vai querer fazer uma faculdade.

Meu sonho é fazer arquitetura.

Bela profissão, você tem jeitinho de arquiteto mesmo, ele fez um carinho no meu queixo, não estava preparado para aquele gesto, mesmo que involuntário, senti algo estranho em meu corpo.

Se fosse fazer uma faculdade qual curso você faria? Perguntei tentando ser mais normal possível e não parecer abalado por seu gesto de carinho.

Sei lá, isso nunca passou pela minha cabeça, mas eu acho que me daria bem com Educação física, gosto dos esportes.

Seria legal.

Sou um cara realista, não gosto de sonhar acordado.

Fico chateado em ver que você tem vontade e não consegue por falta de condições.

Eu já me acostumei com a vida que tenho gosto do meu trabalho e não alimento ilusões.

Vamos assistir a um filme?

Acho que já está tarde, seus pais devem estar chegando, fica para outra hora.

Gostei da nossa aproximação, vê se não some.

Sumir? Nem pensar! Demorei muito para estar aqui e não pense que vai se livrar de mim assim, disse ele segurando meu queixo novamente e voltei a sentir uma inquietação no meu corpo, não tive coragem de olhar para ele.

Eu te ligo amanhã pra gente combinar algo, me passa seu telefone?

Ele gravou meu número em seu celular e em seguida deu jeito de sair.

Gostei muito da nossa tarde e principalmente de conhecer seus pais e seus irmãos.

Eu também gostei muito de conhecer um pouco de sua vida.

Então Tchau! Ao sair ele aproximou e novamente fez um carinho no meu rosto, fiquei sem jeito não estava acostumado com aquilo.

Vou esperar sua ligação, gritei da porta ele olhou para trás e sorriu.

No dia seguinte era domingo, acordei com o telefone chamando sem parar, poderia ser o Rafael ou a Fernanda me convidando para sair, atendi sem olhar quem era.

Alô, disse com uma voz sonolenta.

Acorda preguiça.

Quem é?

Já se esqueceu de mim? Só então me lembrei do Roger.

Nossa cara! Estava no bom do sono.

Você vai sair?

Não.

Vamos ao country.

Quando?

Almoçamos e vamos.

Combinado então.

Passo ai para te pegar

Por volta das duas da tarde Roger apareceu, estava de óculos escuros, vestia uma regata azul com detalhes em preto que combinava com seu calção preto. Assim que chegou desceu do carro e foi logo onde estava minha mãe para cumprimentá-la.

E aí dona Sílvia, tudo bem com a senhora? Aproximou dela e deu um beijo em cada lado do rosto.

Tudo bem, ela disse rindo. Está feliz!

Dona Sílvia, esse domingo está lindo nos inspira para um passeio no Country, o que a senhora acha?

É ótimo, bom para vocês que são jovens e podem aproveitar, prefiro ficar em casa curtindo minha piscina.

A senhora está certa dona Sílvia tem mais é que aproveitar para descansar já que trabalha tanto naquele mercado.

O Sandro já andou falando de mim pra você?

Eu não disse nada mãe, falei já me aproximando de onde eles estavam.

Sei bem como é o filho que tenho, disse ela rindo

Oi Roger! Tudo bem com você?

Tudo bem e você?

Melhor agora com esse passeio.

Dona Sílvia, fazia tempo que eu queria ser amigo desse garoto, mas o seu filho não dá conversa para qualquer um, foi difícil chegar nele.

O Sandro é assim mesmo, já falei para ele se soltar mais, a gente precisa ter amizades.

Concordo com a senhora, mas agora temos que ir, vamos Sandro?

Vamos!

Aproveitem meninos

O Country, era um clube que tinha na cidade e servia como área de lazer para fazer caminhadas, tinha campo de futebol, quadra para lutas e futebol de salão, no verão tinham as piscinas, além das pistas de skate.

Descemos do carro e começamos a caminhar, estava uma tarde agradável, bom para andar entre as arvores e aproveitar a brisa da tarde.

Você disse a minha mãe que estava tentando se aproximar de mim?

Ele sorriu e disse. É verdade, eu sempre via você na frente do colégio acompanhado de Fernanda e Rafael, sempre unidos e alegres, achei interessante e me deu vontade de fazer parte do seu mundo.

E porque não se aproximou?

Como? Se eu chegasse e te abordasse me chamaria de louco, até tentei, fui algumas vezes ao mercado, mas você estava sempre sério e atendendo, acabei desistindo.

Sério? Este não era eu com certeza.

Agora estou vendo que fiz um julgamento precipitado, mas desde o dia em que eu te vi pela primeira vez pensei em me aproximar.

E quando foi isso?

Há uns dois anos atrás, quando entrei pela primeira vez no mercado do seu pai e vi um garoto de 13 anos arrumando mercadorias nas prateleiras, me chamou atenção e depois fui tentando me aproximar.

Todo esse tempo?

Foi, mas como não tive sucesso deixei que o acaso se encaminhasse de fazer essa aproximação

Estava louco de curiosidade para saber do namoro dele com Larissa, mas não tive coragem de perguntar, fazia apenas dois dias que nos aproximamos e ainda não tinha confiança para fazer esse tipo de pergunta e o tempo todo eu me questionava, será que ele está interessado em mim? Mas eu? Um garoto de 15. O que esse cara experiente pretende comigo? Os pensamentos me atormentavam e eu ainda não tinha coragem de jogar limpo e esclarecer as coisas.

Passamos à tarde no Country, aproveitamos uma área de grama e ficamos sentados à sombra conversando, ele me falou de sua infância, dos lugares que gostava de frequentar, os amigos da sua antiga cidade, disse que sua mãe sempre trabalhou em lojas de vestuário e ele trabalhava numa oficina mecânica desde os 18 anos. Também falei sobre minha infância, onde gostava de brincar e depois na minha adolescência que quase não saia porque não me sentia a vontade onde tinham aglomerações de pessoas, só ia à escola mesmo e às vezes andava de skate com Rafael.

Você sabe andar de skate?

Sei, por quê?

É maneiro, mas acho que me perderia nas manobras.

Isso depende da forma como se posiciona e o tipo de skate que você usa.

Tem isso também?

É claro, têm skates variados, uns mais leves outros mais pesados, uns mais caros outros mais baratos.

Eu achava que era tudo igual, acho bacana quando os caras fazem aquelas manobras radicais.

Para o iniciante o melhor é iniciar aprendendo algumas técnicas sobre posicionamento dos pés e equilíbrio do corpo e o principal, equipamento de segurança.

Não vai me dizer que você vem aqui no Country usar as pistas?

Às vezes eu venho com o Rafael e a Fernanda, ela gosta também.

Deve ser uma adrenalina?

É mesmo, mas andar de skate exige bastante da pessoa.

Legal! Você me ensina?

Posso tentar, Roger parecia uma criança animada.

Só que eu não entendo nada de skate e você precisa me ajudar

Não tem problema, se você quiser, eu tenho alguns e posso te conseguir um.

Melhor ainda, disse rindo. A situação não está fácil para ninguém, é um dinheirinho a mais que poupo.

Às vezes eu acho que você ainda não cresceu, disse brincando com ele.

Por quê?

Você gosta de estar junto com a garotada.

É, acho que perdi essa fase da minha vida.

CONTINUA….

_________

A frequência de postagem dessa será bem menor até eu terminar de postar o garoto e o saxofone!

E além de postar eu estou lendo tudo de novo e essa em especial mexe muito cmg tmb!

Eu só li ela uma vez, então estar lendo tudo de novo já sabe do final me parte o coração!!!

O Sandro eh um rapaz de um coração muito bonito de vdd! Vcs vão se apaixonar por ele, assim como se apaixonaram pelo Bernardo!

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Comentários

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Lukas, já entendi que essa história do Sandro é verdadeira. Já aguardo fortes emoções. Mas fiquei confuso sobre o conto O garoto e o saxofone - Marlon, Caio etc. -, se é ou não real. Tinha entendido que era real. Por favor, me esclareça.

Essa parte dos dois juntos na casa do Sandro, e antes, na conversa no carro após Roger deixar a Larissa em casa, me deixaram excitado.

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O garoto eh o sax eh real sim! Mas n sei a cidade que se passa!

E essa do Sandro tmb eh real!

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