Residencial Caiapós - Continuação 03.

Um conto erótico de Marcelo Foppe
Categoria: Homossexual
Contém 1172 palavras
Data: 12/12/2023 11:06:27
Última revisão: 31/12/2023 18:20:01

- Não! Vá à sauna e tome banho, leve a necessaire e a toalha, vou me limpar aqui e já ele chega, trocaremos de posto, deixe lá as coisas e depois tomo o meu.

- Ok! — Respondo em tom ofegante e seco.

Nutrido por todas aquelas emoções, caminho em direção ao local onde tudo começou, tirou do esconderijo a chave, abro a porta, acomodo a necessaire, dispo-me e caminho ao banheiro. A água fria bate na moleira distribuindo-se em uma sensação de tensão e relaxamento constante. Um batismo. Pego o sabão, ainda molhado e ensaboou cada parente do meu corpo. Tudo em mim estava sensibilizado, inclusive as cabeças; uma com a profusão dos mais diversos pensamentos e outra visivelmente escarlate.

O cheiro de Carlos estava em mim e, reflexamente, o meu nele.

O silêncio é rompido pelo som da queda das águas e dos parcos roncos dos carros que atravessavam a avenida. Observo a luz turva atravessar o vidro opaco e sujo do basculante, uma sensação de plenitude toma conta do meu íntimo, a ponto de permitir que os meus pensamentos comunguem com a certeza de que; a partir de hoje, a madrugada é uma cúmplice; limpo as axilas, costas, saco, pica, virilha, ovos e por último o cú. Fecho o chuveiro. Observo o cair das gotas aos chão. De repente, escuto o ferrolho abrir, era Carlos.

Tudo certo! Domingo chegou e vou para o descanso. Fala Carlos sussurrando e se despindo, já no banheiro.

Era perceptível que qualquer freio inibitório que nos separavam foi rompido diante dos momentos anteriores. Estávamos íntimos. Agora em nu frontal, Carlos encontra-se comigo na região do chuveiro e pergunta.

- Só se molhou ou já se ensaboou?

- Me molhei, apenas. Respondo revisitando uma falsa verdade.

O cheiro de resto de esperma mistura-se com o odor de suor e ao hálito de café de Carlos. Ele estende o braço e abre a transmissão; a água do chuveiro cai e molha os nossos pés. Carlos, passa pela minha frente e entra debaixo do chuveiro; recebe a água nas costas, pescoço e cabeça. O seu membro que antes encontrava-se em bravura encontra-se estendido e caído, contudo, bastante vascularizado. A água toma conta do seu corpo; foi a primeira vez, naquela noite, que o observou por inteiro. É uma deliciosa investigação pueril.

Não demora, Carlos pede o sabão, pego e o entrego, ele, me puxa pelo braço e coloca-me debaixo do chuveiro. Enquanto isso, esfrega-se a ponto de clarear-se com a espuma. Este agora, sem a minha autorização, fecha o chuveiro e começa ensaboar a mim! Sem reação permito. De forma rápida ele desliza a mão com o sabonete através do meu tórax, ombros, pescoço, cabeça; pede para levantar os braços e transpasse pelas axilas. Subitamente, pede para eu ensaboar no meio das suas coisas. Concordo com o pedido e iniciou. Carlos, apoia-se na parede com as duas mãos, de igual modo um policial encurrala um bandido na parede. No enquanto, vou mais longe, desço rapidamente das nádegas até as coxas; observo que não há nenhuma resistência; ensaboou o posterior, deslizo até as panturrilhas — as quais são definidas e rígidas; alcanço os pés.

Carlos tinha um corpo rígido. Percebi que, na parte interna da perna, próximo ao tornozelo, havia uma marca, a qual certamente foi originária de queimadura vinda de descarga da moto.

Levanto o seu pé direito, lavo a pronto e a palma, a qual apresenta muitas calosidades — típico de quem caminha descalços, repito o procedimento com o outro; Ele, mantém-se inerte. Ao levantar o olhar percebo que o soldado outrora deposto já não mais estava derrubado e o escroto contorcia-se atrás da profusão de pelos. Aquela visão me excitou…

- Levanta. Verbaliza Carlos em inflexão.

De imediato, levanto. Com o fim de esconder a ereção, simulo coçar o membro. Carlos vira-se para mim revigorado!

- Preciso adiantar aqui, para o descanso, do contrário, acordo quebrado.

- Verdade… preciso me picar também, antes que a minha avó acorde.

Carlos, excitado, encara-me, eu, retribuo a investida encarando-o e liberando o meu mastro que se encontra com o seu, em pancada. O meu consorte sorri quando o meu membro atinge o seu. Ele o encontra novamente como se quisesse uma nova investida. A postos, encontramos as nossas cabeças; próximos e em movimentos circulares, deslizamos as nossas partes ainda húmidas; em ímpeto, o meu instrumento novamente volta a salivar; próximo a minha ponta contra a dele… Somos tomados por um choque mútuo e íntimo, a ponto de sentir o seu fluido encontrar-se com o meu, agora, mesmo com os sacos vazios, os nossos corpos desidratam com o fito de repetir o prazer. Sinto um peso quente em minha nuca, é a mão de Carlos, que faz aproximar a minha testa contra a dele; ao encostar, ele deixa exalar aquele hálito pesado que ainda guarda o gosto do café fresco; ele, balança a cabeça a ponto de roçar as nossas testas — sei o que ele estima — então, por impulso, lanço-me contra te com um beijo. Ele para, cerra os lábios, enquanto os meus o toca; próximo-o pela cintura, sem reação, o seu instrumento ascendente encontra-se com minha barriga e o meu estaciona-se ao lado do seu ovo direito. Carlos estava completamente rígido, contudo, à medida que o massageio com a minha boca, vou vencendo, paulatinamente, a resistência do choque, a ponto de sentir a maciez dos seus lábios. Nossos corações estão em explosão, as minhas pernas tremem de igual sorte o seu corpo. Em um momento afasto e seguro a cabeça dele com as duas mãos:

- Olha para mim…

Ele não responde.

- Olha para mim, porra! Retruco em tom ríspido.

Ele encara-me com um misto de surpresa e ódio.

- Somos mais íntimos agora, então bora curtir esse carralho, beleza?

O timbre ameaçador foi o que faltava para permitir que matássemos a nossa sede da saliva, sepultando todos os freios inibitórios; as intenções outrora contidas foram expurgadas como um rio que tivera a sua vazão prezada. O que era rígido, tornou-se macio, o que estava cerrado, agora aberto, o liso tornou-se áspero e tudo que nos escapava nos alimentava, bem como, a vontade de fundir-se.

Carlos impressa-me contra a parede; a minha caceta, projeta-se ao lado dos seus testículos, permitindo, assim, perceber a aspereza dos pelos; os nossos óleos misturavam-se com o aroma do sabonete que inebriava o espaço; percorríamos-nos com quem, no afã da descoberta, investiam-se com profusão em cada espaço, com velocidade; a pica dele — em estandarte — insere-se em meu umbigo. Carlos fecha as pernas permitindo acoplar-me entre as suas. Instintivamente, restarto estocagens em suas cochas, enquanto alternávamos entre beijos e mordidas; nossos rostos estavam rubros diante de tamanha fricção.

Não demora, no ápice, derramamo-nos em gotas; Carlos tomba de joelhos ao chão, e encosta a sua cabeça em minha cocha direita; ofegante, acolhe-se sobre mim, ficando frente a lateral do meu membro vencido pelo êxtase. De repente, sinto uma sensação gélida que me faz contrair e retroceder a bravura, Carlos capta a última gota que me escapa, bebendo-me, como um filho alimentado pelo estímulo artificial da lactação.

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Comentários

Foto de perfil de Jota_

Muito bom, como sempre! Gosto da descrição detalhada do ambiente, das sensações. Que bom que voltou com a história!

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