Quando meninos se tornam mulheres - Capítulo 3

Um conto erótico de Melissa Diniz
Categoria: Trans
Contém 1313 palavras
Data: 10/12/2023 18:16:23

Capítulo III

Fiquei meio envergonhado com aquele momento de epifania diante da avó. Restabeleci a minha masculinidade e continuei a contar.

- Então vó, depois de ter tido minha primeira relação com a Bruna e ter me recuperado de todo o esforço físico e emocional que tive, ela pediu para eu trocar de roupa. Tirei a fantasia de gatinha e ela me deu uma camisola curta e uma calcinha pink e um tamanco de salto com as bordas com penas da mesma cor da camisola. Ela ficou me esperando na sala com outra garrafa de vinho. A gente tomou o vinho conversamos bastante e fomos para a cama onde ela me comeu de novo, mas dessa vez de ladinho de uma forma mais carinhosa e calma. Depois dormimos juntinhas.

Vovó ficou esperando o resto da estória como se fosse um filme de suspense. E só pelo seu olhar eu continuei.

- No dia seguinte a Bruna me acordou. Ela estava usando um uniforme de empregada sexy e um tamanco preto de salto 12 fino. Ela trazia na mão uma bandeja com café, suco de laranja e frutas. Eu já estava me preparando pra agradece-la e comer ai ela me mandou ficar quieta. Eu obedeci. Então ela arredou minha calcinha pro lado e me comeu. E disse, que ontem ela esqueceu sobre esse detalhe do café da manhã e que amanhã eu teria que fazer o mesmo mas em vez de come-la eu teria que acorda-la com um boquete. Fiz que sim com a cabeça aceitando as ordens dela, e por dentro me sentia muito submissa e excitada.

- E você fez isso na manhã seguinte Fernanda? - disse vovó de um jeito que parecia estar se divertindo. Eu disse que contaria tudo da forma e da ordem que aconteceu e continuei.

- Depois do café ela me mandou tomar um banho pois teríamos duas atividade na manhã e não disse mais nada. Quando sai do banheiro tinha meu look do dia, um par de sandália branca com salto médio estilo anabella, um conjunto de calcinha fio dental e sutiã preto com rendinha, short jeans desfiado e bem justo e uma camisão de colegial americano pink com letras brancas. Depois de vestida, ela deu um jeito no meu cabelo pra ficar o mais feminino possível, fez um make suave em tons de rosa e disse já em um tom mais autoritário que iriamos sair, pois eu precisava dar um jeito no meu look e furar minhas orelhas. Eu morrendo de medo de ser reconhecida esbocei uma contrariedade e ela simplesmente me mandou calar a boca e disse que eu teria que seguir suas ordens. Abaixei a cabeça e obedeci.

- Eu não percebi que você furou a orelha deixa eu ver.

Eu tinha tirado os brincos pra não dar bandeira, mas pelo visto outras coisas tinha deixado passar que acendeu o farol vermelho das observações da vovó. Mostrei pra ela os dois furos em cada orelha. Ela me mandou colocar brincos pois senão eles voltavam a fechar. Fui pro quarto recoloquei os brincos, e acabei também vestindo o look da manhã que tinha furado a orelha. Voltei pra sala e dei um sorriso. Logo em seguida Dona Miriam foi para o quarto e voltou com um batom rosa mais forte e um rímel. Pediu licença pra aplicar em mim e aceitei com um sorriso de felicidade.

Contei pra ela que fui a farmácia primeiro com a Bruna e que meu coração saia pela boca de medo de ser reconhecido. Na farmácia o atendente foi muito atencioso, até demais pois achei que o balconista se interessou por mim mas fiz de egípcia. Na saída da farmácia a Bruna comentou dando risada do interesse do balconista da farmácia e disse que ele era até gatinho, ruborizada concordei.

Após a farmácia fomos para um salão de beleza, que era dentro de um shopping, não era grande demais mas era de muito bom gosto. Fomos atendidas por uma senhora de uns 40 anos e que percebia-se que era trans também. Bruna cumprimentou ela como se fossem velhas amigas e a chamou de madrinha. E me apresentou como sua futura afilhada. Não entendi muito bem mas preferi não comentar.

Vovó Miriam me explicou que entre as pessoas trans aquela que ajuda a outra na transição se torna a madrinha da outra e consequentemente a mais jovem era a afilhada. Levei um susto pois conclui com essa informação que Bruna já pensavam que iria me tornar uma mulher trans, mas preferi não dar muita bandeira pois nem eu mesmo sabia o que faria depois dessa experiencia disruptiva.

- Então no salão a senhora, no caso a Sofia, me fez algumas perguntas e expliquei minha situação que não podia dar muita bandeira pois tinha que trabalhar e no trabalho teria que ir vestido de forma masculina. Ela entendeu mas me explicou que pequenas intervenções deveriam ser feitas. Ela viu que eu já me depilava e pediu para que uma das atendentes fizesse uma aplicação de laser em mim no corpo todo exceto na barba. Engraçado que na hora que ela falou da barba achei estranho pois naquele ambiente eu me sentia uma garota e aquele fato me remeteu a minha masculinidade. Acho que Sofia percebeu então e mudou de assunto e me explicou oque seria feito. Iria ser feito uma seção de depilação a laser e se eu quisesse continuar teria que fazer uma série de pelo menos dez seções espaçadas de 6 semanas. Continuando ela disse que faria as mãos e os pés me explicando que o formato das unhas ficariam levemente femininos mas quando tirasse o esmalte não seria tão visível. Faria pequenas alterações no meu corte de cabelo, que já tinha um comprimento razoável e com pequenas mudanças ficaria mais feminino mas que depois se eu quisesse pentear de forma masculina não seria perceptível. E finalmente o rosto que ela faria uma maquiagem elegante e seria necessário fazer algumas correções na sobrancelha. Aceitei todas as recomendações da Sofia e apenas relaxei e aproveitei a experiência.

- A gente podia ir lá um dia pra eu te ver sendo embonecada. Fiz uma cara de raiva brincando e pondo língua pra fora, e depois falei que poderíamos sim.

- Depois de tudo olhei no espelho e não podia acreditar como fiquei. Eu já estava me achando uma mulher quando cheguei no salão e depois estava me sentindo uma Deusa kkkk. Não tinha noção como pequenas mudanças fariam tanto resultado. Acertei a conta e saindo ainda no shopping a Bruna me levou em uma Boutique de excelente gosto que acabei comprando um vestido preto com brilho e uma sandália de salto 10 prateada bem bonita.

Minha vó ficou interessada em ver o vestido e a sandália. Mostrei pra ela e a vovó pediu pra me ver vestida com ele que desse uma volta. Pedi uma meia calça preta. Ela deu um sorriso foi no quarto e me entregou uma nova. Fiz o desfile para ela e ela me deu um abraço e disse que não acreditava que ela tinha uma neta tão linda. Claro que eu acabei em lagrimas. Beijei vovó no rosto e disse que estava cansada e precisava descansar. Ela me perguntou se eu tinha uma camisola e disse que tinha. Pediu pra ver. Vesti a rosa que usei com Bruna. Ela disse que eu estava linda. Agradeci. Quando eu estava fechando a porta do quarto ela disse.

- Amanhã você me conta como foi a balada do sábado. - Levei um susto, como ela sabia? - Ela só bateu de ombros e disse Que ninguém vai a um salão chic num sábado a tarde faz cabelo e maquiagem, compra um vestido e um sapato de noite para não sair. Dei uma gargalhada e fui dormir. Dessa vez de uma forma como nunca dormia antes pois sabia que meu lado Fernanda foi aceito pela pessoa que eu mais amava no mundo.

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Comentários

Foto de perfil de Kratos116

Interessante como você detalha cada parte do conto trazendo referências específicas. Até hoje só encontrei um autor assim .

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Belo conto.

Embarquei na história, lendo um atrás do outro.

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OI LINDA AMIGA MELISSA, ESTOU AMANDO SEU LINDO CONTO SOBRE A TRANSGIRL FERNANDA, POR ISSO ESTOU AMANDO AINDA MAIS O LINDO UNIVERSO FEMININO E ME FAZ AINDA MAIS QUERER FAZER MINHA TRANSIÇÃO,EMBORA TARDIAMETE, A IDEIA DE ME VER NO ESPELHO OLHANDO PARA AQUELA GAROTA QUE TANTO SONHEI SER, ME TRAZ UMA IMENSA FELICIDADE, OBRIGADA QUERIDISMA E LINDA AMIGA, LUIZIANE.

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Fofíssimo o seu relacionamento com a vovó.

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Foto de perfil de Veronica keylane

Que lindo! Todo momento e toda cena uma lindeza atrás da outra

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Você como sempre uma fofa! Obrigadinha por sempre me seguir! Te amo amiga!!!

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Oooonwwt obrigada! Que isso menina não precisa agradecer… também te amo amiga!!!

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Sou o primeiro a comentar, sensacional como você abordou a relação com a avo dele(a), parece algo realmente natural de uma pessoa vivida mas mente aberta, você escreve muito bem, já estou acioso pelo próximo cada vez que leio sinto uma conexão maior com os personagens e até com a autora😉

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Nossa gata, essas palavras até me deram um frio na espinha. Obrigada de coração, fiquei sensibilizada. Muito muito obrigada! Entra no meu instagram (está no início do capitulo I) e a gente pode trocar experiencias. Beijinhos!!!

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