Acasos #31

Um conto erótico de Patrícia
Categoria: Homossexual
Contém 2187 palavras
Data: 22/11/2023 00:07:11
Última revisão: 29/12/2023 13:25:29

<<<<<<Patrícia>>>>>

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Acho que eu nunca tinha visto alguém chorar tanto, eu senti suas lágrimas caírem nas minhas costas, eu cheguei a ficar preocupada porque tinha horas que parecia que ela iria beber o fôlego igual uma criança, mas depois de longos minutos o choro foi diminuindo, depois de um tempo parou mas ela ainda soluçava, eu deixei ela ali agarrada a mim mais um tempo, não parei de fazer carinho na sua cabeça durante todo o tempo

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Sentir ela ali abraçada comigo, sentir seu cheiro, seu calor, ouvir sua respiração pesada só me deixou mais claro ainda o quanto eu a amava e estava com saudades dela, mas a gente precisava conversar, me afastei dela e dessa vez ela não impediu, olhei no seu rosto e estava de partir o coração, seus olhos estava vermelhos, os cabelos todo bagunçado, ela tinha uma tristeza tão grande no olhar, vi que ela tinha olheiras, provavelmente não estava dormindo bem

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Falei para ela que a gente precisava conversar e ela só balançou a cabeça, mas não tinha como conversar com ela naquela situação, ela estava totalmente fragilizada emocionalmente

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Patrícia: Olha vamos fazer assim, eu vou esquentar algo para você comer e você vai tomar um banho e relaxar um pouco, depois você vai jantar ai a gente conversa, pode ser assim?

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Keyla: pode mas me promete que vai estar aqui quando eu sair do banho?

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Patrícia: Ei se acalma, eu não vou a lugar nenhum, acredita em mim

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Keyla: então promete, por favor

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Patrícia: Está bem, eu prometo que vou estar aqui quando você sair do seu banho, vou estar na cozinha te esperando

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Eu me levantei e a puxei pela mão, ela foi para o quarto e eu para a cozinha, peguei as sacolas que ela tinha comprado, guardei tudo em seu devido lugar, notei que tinha ali os ingredientes para fazer um torta de frango, ela sabe que eu adoro, provavelmente ela tinha comprado para fazer quando eu chegasse, aqueles pensamentos me arrancaram um sorriso

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Esquentei um prato de comida para ela no micro ondas e deixei sobre a mesa, não demorou para ela aparecer, estava de camiseta e com um short de lycra, os cabelos molhados e o rosto com aquele olhar triste e cansado, ela se sentou e começou a comer, mas ela parecia estar meio que se esforçando para engolir aquela comida

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Patrícia: Está ruim a comida?

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Keyla: Não!!! Está ótima, é que eu estou sem fome, mas sei que preciso me alimentar

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Patrícia: Precisa mesmo, mas não precisa comer tudo, você já comeu uma boa parte, se não quiser o restante tudo bem

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Keyla: Você não se importa?

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Patrícia: Claro que não, eu só falei que iria arrumar um prato de comida para você porque achei você estava com fome, não precisa comer a força não, está tudo bem

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Keyla: Eu só não quero te deixar chateada comigo de novo

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Patrícia: Se você começar a fazer as coisas só para me agradar e não porque quer ai sim vou ficar chateada, eu não preciso de alguém assim, eu só quero minha namorada de volta, uma das coisas que mais admiro em você é que você sempre teve vontade própria, por favor não perca isso, não comece a fazer as coisas só para me agradar

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Keyla: está bem, me desculpe é que fiquei com muito medo de você não voltar ou de voltar e não me querer mais porque sei que errei muito com você!

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Patrícia: eu falei que voltaria, e estou aqui, se vou ficar ou não dependi da nossa conversa, mas já deixo claro, eu não consigo ficar com alguém que me ignora o tempo todo como você estava fazendo mas não quero alguém que faça tudo só para me agradar, eu quero alguém como você era antes, que dividia sua vida comigo, que me dava amor, atenção, carinho, segurança mas também tinha suas opiniões, seus sonhos, suas vontades e não escondia isso de mim mesmo sabendo que nem sempre eu concordava

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Keyla: Eu sei, me desculpe

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Ela já começou a chorar de novo e ali eu vi que ela realmente estava abalada, não teria como eu levar aquela conversa a diante, não naquele momento, acho que as coisas seriam um pouco mais complicadas do que eu pensei, acho que me afastar não foi minha melhor ideia

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Me levantei e chamei ela para o quarto, levei ela e falei para ela ir escovar os dentes para a gente dormir, ela perguntou se a gente não iria conversar, eu disse que a gente faria isso depois, que teríamos tempo, ela foi pro banheiro e eu voltei na cozinha, coloquei o resto de comida no lixo, lavei o prato, coloquei ração para Becky e voltei ao quarto, ela já estava na cama, eu fui escovar meus dentes e voltei, me deitei de barriga para cima e abri os braços, ela me olhou e sorriu, era a primeira vez que a vi sorrir depois que nos encontramos, ela se deitou no meu peito, eu a abracei e fiquei fazendo carinho no seu cabelo

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Keyla: Desculpa eu não estou legal, mas amanhã vou estar melhor, eu prometo

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Patrícia: Tudo bem amor, agora tenta dormir

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Keyla: Ainda sou seu amor?

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Patrícia: Você nunca deixou de ser, nem por um segundo, você sabe que eu te amo muito e o quanto quero ter você comigo o resto da minha vida, só precisamos acertar algumas arestas e tudo vai ficar bem

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Keyla: você tem razão, precisamos mesmo

Eu também te amo muito, talvez você tenha até alguma dúvida sobre isso depois da forma que eu agi mas eu nunca deixei de te amar, mesmo alienada eu continuava amando você e foi esse amor que fez perceber o erro que eu estava comendo

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Patrícia: Fico feliz em ouvir isso!

Boa noite amor

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Keyla: Boa noite para você também amor

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Ela não demorou muito a dormir, eu estava cansada da viagem então logo apaguei também mas fui acordada no meu da noite com keyla gemendo, achei que era um pesadelo e chamei ela mas ela não acordava, coloquei a mão no rosto dela e estava muito quente e molhado, sai da cama e liguei a luz, ela estava suando frio, me bateu o desespero, tentei pensar rápido, ela precisava ir para um hospital, eu não sabia dirigir direito, o carro não era uma opção e muito menos a moto, eu nos tinha número de hospital mas ela tinha, peguei seu celular e rezei para ela ter tirado a senha e ela tinha, procurei na agenda e liguei, pedi uma ambulância urgente e passei o endereço, a atendente falou que no máximo em 15 a ambulância estaria lá

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Eu vesti uma roupa, coloquei uma calça de Moletom em Keyla, ela não acordava e não parava de gemer, peguei minha carteira e a dela e fui destrancar a porta e o portão, voltei e molhei uma toalha de rosto e coloquei na testa dela, eu tentava manter a calma mas eu estava desesperada, graças a Deus ouvi um barulho de carro e quando olhei pela janela vi o reflexo da luzes da ambulância, corri para abrir o portão e já falei para o rapaz que tinha descido que ela não conseguiria andar, ele foi buscar a maca e uma moça me perguntou o que ela tinha, eu disse que ela estava com uma febre muito alta, não acordava e ficava gemendo o tempo todo, que quando acordei ela estava suando frio, o rapaz tirou a maca e os dois entraram, levei eles no quarto e ajudei por ela na maca, a moça perguntou se eu queria ir com eles e eu disse que iria seguindo de moto, corri lá dentro e peguei meu capacete, tirei a moto e fechei o portão e saí, logo alcancei a ambulância e fui seguindo eles, no hospital eles levaram ela para dentro e eu fui preencher os papéis na recepção

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Quando terminei fiquei sentada esperando por notícias, peguei meu celular e tinha uma mensagem de Cristina dizendo que estava feliz com meu retorno, nem li a mensagem direito e mandei um áudio explicando o que tinha acontecido e que daria notícias assim que tivesse

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Fiquei ali esperando mas ninguém aparecia para me falar nada, eu rezei muito para Deus ajudar ela, depois de quase uma hora saiu duas mulheres vestidas de branco pela porta, eu me levantei e fui saber se elas tinha notícias, uma delas era a médica que tinha atendido ela, disse que ela estava bem e a febre já tinha baixado, que ela teria que passar a noite no hospital e teria que fazer uns exames, eu perguntei se podia ver ela ou ficar com ela no quarto, a médica disse que eu podia ficar sim mas aí ela seria levada da enfermaria para um quarto particular que era cobrado, eu disse que não seria problema desde que transferir ela no momento não fosse causar um problema a ela, a médica disse que não porque ela estava sedada e que o único problema encontrado foi a febre e não seria problema locomover ela

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Ela pediu para a enfermeira resolver isso e eu voltei na recepção para assinar mais papéis, a médica foi comigo e perguntou o que eu era da moça, eu disse que ela era minha namorada mas a gente vivia juntas a mais de 6 meses, ela me perguntou se eu sabia de algo que poderia ter causado a febre dela, que talvez com uma informação seria mais fácil de descobrir e até de fazer os exames certos, eu pensei e perguntei ela se isso podia ser emocional, a médica disse que sim e perguntou se ela tinha passado por algum trauma emocional

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Eu contei para ela que a gente deve um problema no relacionamento e eu me afastei por uns dias e retornei no início da noite e quando ela me viu ela teve uma crise de choro muito forte, que eu tinha notado que ela não estava muito bem, parecia bem abatida que eu nem tive a conversa sobre nosso relacionamento porque ela não me parecia normal, que ela me pareceu meio abalada emocionalmente, aí deixei a conversa para o outro dia e resolvemos dormir mas acordei no meio da noite com ela com febre, suando frio e gemendo, a médica me agradeceu pelas informações e disse que iria seguir aquela linha mas iria fazer os exames para ver se ela não tinha algum outro problema que levou ela a ter uma febre tão alta

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Eu agradeci e ela me chamou para me levar até o quarto, ela viu que eu estava muito preocupada e tentou me acalmar, foi conversando comigo e perguntou como a gente se conheceu aí eu falei que se eu fosse contar nossa história ela teria que fazer um plantão só para me ouvir, ela riu de mim e falou que naquele momento tinha tempo, só não sabia o quanto porque a qualquer momento ela poderia ter que sair

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A gente chegou no quarto eu falei que era melhor ela entrar e sentar, ela riu novamente e disse que faria isso, ela sentou e eu fui sentar ao lado da cama de Keyla, segurei a mão dela e dei um beijo no seu rosto, depois me virei para a médica e comecei a contar nossa história, ela ouvia tudo fazia umas caras de espanto bem engraçada, quando cheguei na parte que contei que tinha ficado naquele mesmo hospital entre a vida e a morte o celular dela tocou e ela deve que sair

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Eu fiquei ali sentada olhando Keyla naquela cama, ela parecia um anjo dormindo, olhei no celular e já era 7 da manhã, não demorou muito e Cristina me ligou preocupada, eu acalmei ela e expliquei o que estava acontecendo, conversamos um pouco, ela disse que era para eu dar notícias, disse que na hora do almoço iria até o hospital se Keyla ainda estivesse internada, nos despedimos e eu voltei a segurar a mão da Keyla, passou uma meia hora e senti a mão dela se mexer, quando olhei ela abriu os olhos, assim que me viu abriu o sorriso, eu falei oie e dei um selinho nela

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Ela olhou ao redor e perguntou o que tinha acontecido com ela para estar em um hospital, eu expliquei para ela mas já fui deixando claro que ela estava bem, ela parecia estar até tranquila com a situação, ela olhou para mim e sorriu de novo, eu sorri de volta e perguntei qual o motivo do sorriso, ela disse que era porque eu estava ali com ela e apesar dela ser uma idiota ela tinha certeza que eu não iria desistir dela porque o que a gente tinha era muito forte e juntas a gente iria superar qualquer coisa, não sei se era efeito dos remédios mas ela estava bem segura do que falava, e no fundo ela tinha razão, eu não iria mesmo deixar ela, eu iria ficar sim mas se ela estava achando que iria escapar da nossa conversa ela estava muito enganada, e essa conversa poderia me fazer mudar completamente de decisão

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Continua

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Comentários

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Jéssica é uma conexão muito forte desde o inicio, com essas duas tem sempre muito amor envolvido!

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Paulo Keyla ficou bem abalada sim, levou um baque muito grande!

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muito bom agora e saber a causa da febre e essa conversa e saber qual e a decisão da Patricia

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Eita 😲 que susto heim, a Keyla estava mesmo muito abalada, que bom que a médica diz que ela está bem, agora aguardar um pouco da recuperação dela e tbm a conversa delas.

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