MILF - Experimento Desastroso

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 2799 palavras
Data: 13/11/2023 17:29:33

Sebá Silveira acordou de uma noite tumultuada, repleta de pesadelos.

Desde a ordenha a que foi submetido pela manhã nas mãozinhas ferinas de Joyce Sommersby, até o final da noite quando terminou sodomizando os traseiros de Buppha Saetang e Alice Chen, as cenas vividas no dia anterior se repetiam uma e outra vez em sua mente.

Ao seu lado na cama, estranhou o vazio naquela hora da manhã. Onde diabos se metera Djanira? Quando chegou na noite passada após os acontecimentos sinistros ao lado de Buppha e Alice, Djanira já estava dormindo e, agora, quando despertou, ela nem mais se encontrava ali.

Em vez de sua esposa, encontrou apenas um bilhetinho sobre o criado mudo onde Djanira esclarecia: “Hoje tenho um dia de beleza num Spa, agendei pelo aplicativo de compras coletivas faz um mês e vai vencer se eu não usar. A gente se vê de noite, beijo.”

Ótimo. É bem certo que Sebá sentia falta do aconchego pacato de sua vidinha conjugal ordinária, mas, ao mesmo tempo, em seu peito se instalaram a culpa por haver chifrado Djanira descaradamente e o medo de que ela desconfiasse disso.

De todas formas, depois de servir o café e ajudar Melzinha a arrumar-se, atravessou a cidade para deixá-la na Escola Internacional. Antes de sair, ainda lembrou-se de trazer consigo os dois pares de lingerie roubados sem querer do depósito da Repartição: aquilo eram provas dos crimes do Dragão Dourado e, se por acaso Djanira os encontrasse, virariam provas contra ele.

Se antes era um prazer sentir o orgulho de deixar sua filha para as aulas, agora aquilo se transformara num tormento: a escola o fazia lembrar ainda mais das outras mãezinhas e do que ele fora capaz de fazer com elas sob influência das terríveis lingeries contrabandeadas que apreenderam do Dragão Dourado.

Mais uma vez, sua intenção era deixar a garota e sair dali o mais rápido possível, pois parecia que sempre acontecia algo por lá que o levaria a se enredar mais ainda naquela barafunda sexual que começou na semana passada. Contudo, nem bem se afastou do portão seis com o carro, ouviu um apito de alerta.

Pelo espelho retrovisor, pode ver uma dupla inusitada se aproximando, uma mulher magra, alta, branca, de longos cabelos castanhos e com um par de seios avantajados pressionando sua blusa justa; a outra era um pouco mais baixa, loira de cabelos curtos, bronzeada artificialmente, com uns seios que rivalizavam com os da primeira, mas um tanto afastados entre si, vestindo um jaleco de auxiliar de trânsito da escola e trazendo um apito na boca.

Somente quando já estavam em frente à janela do carro, Sebá reconheceu Francesca Vitta. A outra, contudo, ele não fazia ideia de quem fosse, até que ela mesma estendeu a mão e se apresentou.

- Você é o Silveira, não é?

- Eh… Sou eu mesmo, bom dia. O que foi? Qual regra da escola eu infringi agora?

- Não foi nada. Eu sou Inga Olson, nos falamos ontem pelo aplicativo, lembra? Fruit-punch! Acho que você já conhece a Fran aqui, não é? - perguntou apontando para a outra mulher com o queixo, que sorria meio abobalhada e lhe acenava com a cabeça.

- Eh… Sim, claro. Muito prazer Inga, oi Francesca. Então, Henriette mandou a gente fazer fruit-punch e hot-dog para a Festa da Primavera, não é?

- Eu faço o molho do cachorro quente! Molho de tomate é minha especialidade! - Adiantou-se Francesca parecendo um pouco entusiasmada demais.

- Isso. Nós ficamos de testar as receitas hoje. Vou mandar meu endereço pelo aplicativo. Esteja lá depois da aula, leve a sua filha, ela ficará brincando na praia com as nossas - Completou Inga.

- Tá bem - concordou Sebá, apesar de sentir que aquilo era mais uma ordem do que um convite. - E o que eu levo?

- Leva uns litros de vodka para o punch e as linguiças do hot-dog. A Fran faz o molho e leva os pães, eu ponho as frutas.

- Mas… Desculpa, só para ser claro: fruit-punch não leva álcool e cachorro quente se faz com salsicha, não é?

- Sei lá. O cachorro quente é de vocês e pode levar a linguiça que você quiser. Já a vodka, essa é pra mim, que eu não vou passar a tarde toda sem beber, certo? - respondeu Inga meio impaciente.

- Ok, eu levo essas coisas, a birita e a minha linguiça, quer dizer, a salsicha.

Sebá já queria arrancar com o carro e ir para a Repartição mas, por alguma razão inexplicável, não conseguia. De igual maneira, o par de mãezinhas não saia do lado de sua janela, como se esperassem por algo que nem sabiam o que era.

Por alguns segundos, um silêncio incômodo instalou-se entre os três, que se limitavam a ficar se olhando entre si. Quase num impulso, Sebá lembrou-se de uma coisa…

Era impossível, mas algo devia ser feito para romper aquela inércia muda. Vasculhando o interior de sua mochila da academia, encontrou ali o par de lingeries eróticas do depósito de provas que trazia consigo, os mesmos que surrupiara de lá quando ouviu aquela voz dentro de sua cabeça sussurrando os nomes de Francesca Vitta e de Inga Olson. Estendendo a mão para fora do veículo, ofereceu as roupas íntimas eróticas às mulheres.

- Ah… Olha só, eu sei que pode parecer estranho, mas isso aqui é para vocês…

- Ah… Obrigado. Mas o que é isso? Lingerie? - Perguntou Inga séria e arqueando uma das sobrancelhas.

- Ôba! Ôba! Eu adoro lingerie! - Exclamou Francesca dando pulinhos e batendo palmas como uma criança que ganha um doce.

- É, lingerie mesmo. Não pense que eu saio distribuindo por aí, por favor, nada disso. É que eu tinha essas amostras grátis aqui comigo, só isso… - Ele mentiu.

- Ok, se é amostra grátis, a gente aceita - respondeu Inga mantendo o par com detalhes em cetim cor-de-rosa para si e estendendo a mão com o par negro rendado para Francesca. - Mas não fica animadinho não, Silveira! Você sabe que eu e a Franzinha temos um lance, não é?

- Eh… Vocês duas tem um lance?

- Isso mesmo. Macho aqui não tem vez, não é Fran? - Perguntou Inga a outra daquele seu jeito impositivo de quem não espera outra coisa além de uma confirmação.

- Eh… É sim, temos um lance… Macho não entra! - Respondeu Francesca sem tanta convicção na voz quando o Inga gostaria de ouvir.

Sebá chegou na Repartição abismado. Seja qual fosse o vudu que o Dragão Dourado pusera naquelas lingeries, a coisa era forte.

Primeiro ele estava pensando em Francesca, mas a mandinga o fez escolher um conjuntinho para Inga, a quem ele ainda nem conhecia.

Depois, quase por acidente, o negro alto e forte encontrou um par para Francesca e terminou levando os dois conjuntos de roupa erótica do depósito de provas.

Agora, resultava que ele não só encontrara as mulheres juntas, mas também que as duas mãezinhas da Escola Internacional tinham um caso!

O pior de tudo era que, apesar das consequências desastrosas de haver presenteado a Buppha e Alice com aquelas peças macumbadas, ele acabara de reincidir no erro, dando lingeries suspeitas para as duas outras mãezinhas.

A última esperança de Sebá era que, devido às tendências sexuais de Inga e Alice, as duas provassem as lingeries e ficassem apenas obcecadas uma pela outra, em vez de aumentar ainda mais o séquito de mãezinhas querendo se satisfazerem sexualmente com ele.

Sem conseguir focar na perseguição do Dragão Dourado pela deep-web, Sebá resolveu ver o que encontrava sobre Inga Olson. Usando os expedientes normais da Repartição, hackeou uma série de sítios regulares e vasculhou uns tantos outros proibidos para montar o perfil da mulher.

Inga Olson nasceu em Helsinque, capital da Finlândia, há pouco mais de trinta anos atrás. Seus registros escolares eram péssimos e incompletos, indicando que era uma garota propensa a se meter em confusão e que terminou expulsa do ensino médio, segundo constava, por traficar pílulas lisérgicas na escola. Filha de mãe solteira, crescera com subvenção do governo, a quem ela odiava - e deixava isso claro em várias postagens nas suas redes sociais.

Não havia nenhuma foto sua com rapazes ou homens de mais idade, somente aparecia com outras garotas em algumas fotos fazendo poses um tanto provocativas. Aos dezessete anos saiu de casa, foi morar na Rússia e entrou como vocalista numa banda lésbica de punk-rock chamada “bonequinhas rebeldes” - ou “revolta das xoxotas”, não dava para saber ao certo porque a tradução do russo ao português era enganosa.

Quando deu ruim e a repressão do governo bateu forte, a banda se desfez e Inga virou atriz pornô na Suécia, fazendo vídeos triplo-x interraciais e alguns teasers de lingerie. Juntou um pé de meia pela primeira vez na vida mas, ambiciosa, topou ser barriga de aluguel para uma cantora do ABBA fazendo inseminação artificial.

Contudo, apaixonou-se pela ideia de ser mãe durante a gravidez e terminou fugindo para o país com a filha e a grana da cantora do ABBA, que até hoje procura pelas duas. Sua fonte de renda atual era desconhecida, mas um registro de uma corretora da bolsa de valores indicava que ela aplicara todo o dinheiro e ganhava dividendos suficientes para nunca mais precisar trabalhar na vida.

Era muita informação para processar, o passado de Inga indicava que, se ela chegasse ao menos a piscar para Sebá, as calcinhas definitivamente tinham mandinga em cima.

Mesmo que não desse certo com Inga, as novas informações adquiridas eram promissoras: havia também Francesca, a italiana, que além de casada com um mafioso perigoso andava de amante de Inga; se ela não resistisse a se entregar para Sebá, isso bem serviria de comprovação da macumba sobre as calcinhas.

Agora sim, haviam duas possibilidades muito fortes para testar sua teoria e o agente da Repartição mal podia esperar que chegasse logo a hora de reencontrar as duas mãezinhas da escola. Ele olhava o relógio a cada cinco minutos cheio de expectativa, mas o tempo se arrastava.

Foi então que Sebá teve aquela ideia maluca de testar sua teoria de uma maneira diferente: E se aquilo funcionasse com outra pessoa? E se houvesse uma testemunha que pudesse atestar para Joyce a mandinga das calcinhas contrabandeadas?

Olhando pela sala, num cantinho discreto, atrás de um monitor, estava o Fonseca. O jovem e ambicioso agente voltara ao serviço após recuperar-se do sequestro pelo Dragão Dourado e fora terminantemente proibido de fazer trabalhos de campo, estando condenado a passar os próximos anos só realizando serviços de pesquisa para a Repartição.

Decidido, Sebá aproximou-se do colega e o chamou para tomar um café. Andando pelos corredores, Fonseca somente se deu conta de que não estavam indo à copa quando Sebá estancou em frente ao elevador e apertou o botão.

- Ei Sebá, onde estamos indo de verdade?

- Nós vamos até a sala de provas, lá no porão. Preciso da sua ajuda numa coisa.

- Olha lá, hein… Eu serei eternamente grato por você ter me resgatado do Dragão Dourado, mas não posso fazer mais nada além de pesquisa, senão vão me expulsar…

- Fica tranquilo, Fonseca. A gente não vai pisar fora do edifício, logo, não pode ser considerado trabalho de campo.

- Mas o que a gente vai fazer?

- É um teste. Quanto menos você souber, mais poderei confiar no resultado. Assim que é melhor não fazer perguntas.

Já dentro da sala de provas, Sebá abriu uma das caixas de lingerie apreendida do Dragão Dourado que acreditava estarem macumbadas e pediu a Fonseca que manuseasse as peças a esmo.

- Mas é só isso? O que estamos procurando? Um conjuntinho, ou uma peça única? Olha que tem também uns com baby-doll bem bonitinhos…

- Não procuramos nada em específico. Remexe aí e me diz caso sinta algo estranho.

- Sebá, eu estou sentindo algo estranho agora mesmo…

-Jura? O que é? Está ouvindo alguma coisa? Um nome de mulher, talvez?

- Não, cara, eu tô sentindo tesão. Tem umas coisas maneiras aqui… Olha só esse conjuntinho cor da pele com detalhes em violeta! - Respondeu o colega gargalhando.

- Pô Fonseca, não fode! Isso é sério meu!

- Tá bem, tá bem. Eu não estou sentindo nada… Além do tesão, é claro!

- Deixa de ser babaca. Faz assim, pensa numa pessoa especial pra você e vai mexendo aí.

- Uma pessoa especial? Tipo a minha mãe?

- Se mexer em lingerie te faz pensar na sua mãe, o problema é seu. Ela tá viva, não é?

- Não… Morreu faz uns cinco anos.

- Então pensa em outra pessoa, sua mãe não serve. Tem que ser alguém vivo, entendeu?

- Entendi, pode deixar. Vou me concentrar aqui. Olha só esse conjuntinho cinza bordado com detalhes em azul turquesa! Nossa ia ficar maneiro… Êpa!

De repente, Fonseca atirou o conjuntinho cinza de volta na caixa e tapou os ouvidos, com cara de quem viu um fantasma.

- O que foi? Você ouviu alguma coisa? Era um nome, não era?

- Sebá, o que é isso? Você tá me zoando? Onde está o alto falante escondido?

- Olha Fonseca, eu sei parece doideira, mas não tem esquema não. Eu acho que tem alguma parada sinistra nessas peças apreendidas.

- Isso é incrível! É a maior descoberta nesse caso até agora! E o que mais acontece?

- Qual era a peça que você tinha nas mãos quando ouviu a voz?

- Era esse conjuntinho cinza bordado aqui, ó - disse Fonseca recolhendo a peça da caixa e estendendo para Sebá, que o pegou rapidamente.

- Então, eu tenho a seguinte hipótese: se você desse essa peça para a pessoa que o nome foi sussurrado em sua cabeça, a infeliz iria virar sua escrava sexual.

- Sério? Jura mesmo? Mas, como isso é possível? - Fonseca perguntou desconfiado.

- Cara, isso é só uma hipótese, por enquanto. Mas, se você quiser me ajudar a testar, é só dar essa lingerie para a tal mulher. Daí, se ela usar, você me conta o que aconteceu!

Fonseca permaneceu mudo por um momento, tendo a incredulidade estampada no rosto. Era óbvio para Sebá que ninguém acreditaria naquela história de lingerie mandingada assim de primeira. Era preciso ver pra crer - e se o Fonseca não levasse o plano adiante, seria mais uma pessoa achando que Sebá estava ficando maluco.

- Fonseca, vai por mim. Dá essa lingerie pra pessoa do nome sussurrado e ela vai entrar na tua!

- Eh… Pô Sebá, você devia ter me dito isso antes… Acho que tem um problema aí…

- O que foi? A fulana é casada? É lésbica? Não importa, quanto mais difícil, melhor o teste.

- Não é bem isso… A voz sussurrou na minha cabeça… Bem, sabe, ela sussurrou…

- Desembucha de uma vez cara!

- Ela sussurrou o seu nome! Eu tava pensando em você! E agora eu já te dei essa lingerie!

- Pô Fonseca! Tú é viado?

- Eu não, eu sou espada, sai pra lá! Você me disse para pensar em qualquer pessoa!

- E tu fica mexendo em calcinha e pensando em mim porque? Sua besta!

- Sebá, isso quer dizer que você vai virar minha vadiazinha? Eu vou ter que te comer?

- Sai pra lá, viado! Eu nunca vou usar essa lingerie macumbada!

- Tá certo… Mas Sebá, porque tu tá guardando o conjuntinho cinza no bolso?

- Eu vou queimar essa droga. Melhor assim!

- É, melhor assim…

Após o resultado desastroso deste experimento, Sebá desistiu de testar a mandinga das lingeries usando outras pessoas, aquilo podia sair do controle e era perigoso demais.

Ao menos, aquela trapalhada com o Fonseca servira para uma coisa: o tempo havia passado rápido.

Agora já se aproximava das quatro da tarde, era hora de comprar os ingredientes que lhe encarregaram, buscar Melzinha na Escola Internacional e ver o que aconteceria quando se encontrasse com Inga e Francesca.

*****

Anotações mentais atualizadas do arquivo de Sebá Silveira:

“Djanira Silveira, minha esposa chifruda, faz procedimentos estéticos e caga para o resto. Evitar dar na pinta que a estou traindo, quanto menos eu encontrá-la, melhor.”

“Joyce Sommersby, mãezinha-voluntária e agente do Escritório. Me chantageia e é capaz de me enrabar se eu não recolher as lingeries mandingadas."

“Henriette Brooksfield, loira peituda siliconada e líder temida das mãezinhas raivosas. Me odeia por ser negro e pobre.”

“Alice Chen, mulher abandonada chinesa e mãezinha do grupo das raivosas, minha primeira quenga.”

“Buppha Saetang, viúva tailandesa e maezinha do grupo das raivosas, minha segunda quenga.”

“Francesca Vitta, italiana, mulher de mafioso e mãezinha das raivosas. Tem um caso com Inga Olson e é minha dupla para fazer cachorro quente. Dei uma lingerie negra rendada a ela, é boa oportunidade de provar a teoria das calcinhas mandingadas.”

“Inga Olson, mãezinha das raivosas, lésbica apaixonada por Francesca Vitta, minha dupla para fazer fruit-punch, dei uma lingerie rosa para ela. Conferir o resultado hoje à tarde..”

“Flávio Fonseca, meu colega da Repartição. Nega ser viado mas estava pensando em mim quando mexia numa lingerie cinza bordada. Manter distância.”

*****

Nota: Confira os capítulos ilustrados da “Saga MILFs” e muitas outras histórias em https://mrbayoux.wordpress.com

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Comentários

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já acordo esperando os contos do sebá, sempre q pudesse poderia postar 2 contos por dia

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Esse é o tipo de comentário que me deixa feliz, obrigado!

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