Meu Judoca (Capítulo 17)

Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 1965 palavras
Data: 12/11/2023 13:54:08
Assuntos: Amigo, Gay, Judô, segredo

Beto está estranho e não entendo muito bem o motivo, estávamos bem, mas aí algo aconteceu, acredito que deve ser algo com Mateus já que o clima quando chegamos me pareceu muito tenso, mas se Téo ficou de boas então não deve ser nada grave, Beto é um bom amigo, não gostaria de perder a amizade dele, até acho que fiz merda em falar com o Mateus sobre, mas porque fiquei com ego ferido de ter sido trocado, porém vendo eles juntos entendi que não poderia dar o que Beto estava querendo, pelo menos não como o Mateus fez.

Téo me emprestou uma roupa e uma toalha, no banho me vem a lembrança da festa, a pele macia da Ana e a pegada forte do Marcelo, meu pau está duro feito pedra, pensando no que poderia ter rolado se não tivéssemos sido interrompidos, aproveito a água caindo sobre meu corpo e agarrou meu pau com força, começou a tocar uma sentindo a água descendo pelo meu corpo, fecho meus olhos e me concentro no cheiro da Ana, na barba barba do Marcelo no meu pescoço, levo uma mão para o peito, estou vibrando de tanto tesão.

Minha porra sai forte sujando a parede do banheiro, me escoro na parede pois sinto minhas pernas falharem, nossa nunca senti tanto tesão numa bronha antes, ainda é surreal que fiquei com um cara e não estou pirando por isso, ainda mais na frente de pessoas conhecidas, depois de saber que meu pai não é quem eu pensava a opinião dele sobre mim parou de importar, e por falar nele o clima lá em casa está péssimo.

Estou tão cansado que assim que deito na cama simplesmente pego no sono, na manhã seguinte tomo café com Téo, ainda não temos notícias do Beto, deve ter ido para a casa do Mateus, Téo sai para a faculdade depois do café e eu sigo para casa, como não tenho meu material comigo resolvo não ir para a aula, já estou no último ano então meio que liguei o foda-se.

Em casa meu pai ainda está sentado na mesa da cozinha, estranho pois pela hora ele já deveria está no trabalho, passo para o meu quarto sem falar nada, mas ele me chama, até penso em ignorar, porém algo me diz que tem algo estranho no jeito dele, então volto e vou até a cozinha ao seu encontro.

— Oi pai. — É estranho não conseguir chamar ele pelo nome mesmo estando puto com ele, acredito que seja pelo hábito mais do que por respeito.

— Senta Iuri temos que conversar. — Não tenho certeza, mas parece que ele estava chorando.

— O que aconteceu, a mãe está bem? — Já penso que seja algo com ela.

— Está sim, filho sua mãe nos deixou. — Ele fala e sinto a amargura em sua voz.

— Como assim nós deixou? — Demoro a processar o que ele disse.

— Ela se reencontrou com o ex marido dela.

— Seu irmão você quis dizer. — Uma raiva começa a crescer dentro de mim.

— Iuri, por favor! agora não. — Ele aumenta o tom de voz. — Sua mãe resolveu jogar nossa vida fora para voltar para aquele monstro.

— Como assim, sem falar nada comigo?

— Ela ainda vai vir daqui uns dias para assinar o divorcio e levar as coisas dela, pelo que a gente conversou ele quer lhe levar, mas não acho que isso seja certo, você é meu filho tem que ficar comigo.

— Para de fingir que se importa e que isso não é só para atacar ela. — Falo me levantando e me dirigindo para meu quarto.

Algo em mim já esperava por isso, meu lado mais pessimista já imaginava que na real ela não foi atrás do Jonas, ela foi atrás do ex marido, ela e meu pai não estava tão felizes assim tem um tempo, meu pai sempre deu tudo que ela quis, menos a chance de ter seu filho por perto e agora ele a queria privar de ter seus dois filhos juntos de novo, porém não tem nada que ele possa fazer, já tenho quase 18, vou poder viajar com minha mãe tranquilamente.

Algo me ocorre, finalmente vou poder conhecer o Jonas, saber como ele é, será se somos parecidos, ele vai gostar de mim, são tantas perguntas que tenho, seria foda se a gente se desse bem logo de cara, sempre quis ter um irmão, ainda mais um irmão mais velho, estou tão animado com a ideia que não vejo a hora, mando mensagem para minha mãe para saber quando ela vem, a mensagem não chega de imediato, aproveito que não vou para a aula para dormir mais um pouco, pois mais tarde tem treino e estou precisando voltar a focar, se bem que em breve vou ter que mudar de academia, são tantas coisas na cabeça que não sei como consegui tirar um cochilo.

A noite sigo para o treino normalmente, assim que chego vejo Mateus, ele não está com uma cara boa, sinto que fui injusto com ele, melhor reparar meu erro, me aproximo e o comprimento, ele retribui.

— Mateus, podemos falar rapidinho. — Pergunto.

— Claro, fala ai. — Ele diz se afastando dos outros comigo.

— Cara desculpa, fui um babaca semana passada, meus problemas não justificam eu descontar em você que sempre foi gente boa comigo.

— Ah já esqueci isso guri, como estão as coisas na sua casa?

— Cara, minha mãe saiu de casa definitivamente, mas de boas, vou morar com ela, vou finalmente conhecer meu irmão, acredita? — Normalmente não sou de me expor, mas o Mateus é brother.

— Caramba cara que notícia boa, quer dizer que a separação dos seus pais é uma merda, mas você vai conhecer seu irmão que da hora. — Mateus me abraça e retribui seu abraço.

Téo e Beto acabaram de chegar, eles nos viram abraçados, Téo se aproximou com um sorriso no rosto, mas Beto fechou a cara como tinha feito na praia, realmente estou perdido em relação o que se passa na cabeça dele.

— O que estamos comemorando? — Téo pergunta abraçando nós dois.

— Vou conhecer meu irmão Téo. — Falo com um sorriso largo no rosto.

— Caralho guri, isso é motivo para comemorar mesmo.

— Que tal a gente descer lá para casa depois do treino, a gente aproveita a piscina e tem outra festa do pijama. — Mateus fala se animando.

— Téo perfeito, vou poder ver minha garota, podemos até pedir um pizza já que a competição já passou e temos essa folguinha. — Téo diz.

— Ah não quero ficar de vela. — Falo rindo do meu amigo.

— Nem se preocupe com isso, Beto terminou comigo ontem. — Mateus admite com um sorriso desanimado.

— O que? Tenho que por juízo na cabeça desse guri. — Téo fala indo na direção do Beto que apenas nos observa de longe.

— Sinto muito, eu e ele não temos nada. — Falo para que Mateus não pense bobagens.

— Eu sei, não teve nada haver com você, foi por causa da minha ex, mãe da Mel.

— Foda. — É só o que consigo falar.

Quando o treino começa Beto não está acho estranho, mas quando pergunto para o Téo, ele apenas passou mal e foi embora estou começando a me preocupar com ele, o término deve está sendo difícil ele gosto do Mateus de verdade, nem imagino pelo que ele possa está passando, depois do treino vamos para a casa do Mateus, estou querendo evitar ir para casa então coloquei uma muda de roupa a mais na mochila, já estava na intenção de arrumar um lugar para passar a noite.

Ainda me impressiona o tamanho da casa do Mateus, a mãe dele nos recebeu super bem, a irmã dele que é uma gata cola no Téo assim que o vê, Mateus nos empresta calçar de banho para gente encarar a piscina fria enquanto a pizza não chega, aproveito para dar uma nadada, faz tempo que não faço isso, Téo e Bel não se desgrudam, e Mateus foi por a filha para dormir.

— Téo, por que meu cunhado não veio? — Bel pergunta pelo Beto.

— Ah eles terminaram Bel.

— Sério, Teteu não me contou nada, deve ter sido por causa da Sofia.

— Pois é, Beto ficou com ciúmes e eles acabaram terminando. — Téo confirma a teoria de Bel.

— Espero que eles se entendam. — Diz Bel e me parece sincera no seu desejo.

A água está um gelo, mas até que está boa, estou quase que sozinho, já que Téo e Bel não fazem nada além de se pegar na borda da piscina, quando Mateus finalmente aparece ele está com a pizza na mão, acho que nunca tinha reparado em como ele é bonito, sua pele branca, seu peito definido, seu cabelo preto meio ondulado, as tatoos que ele tem no braço e no peito, o cara realmente chama atenção, agora fez um pouco mas de sentido Beto ter ficado afim dele, não que me ache feio, mas certamente somos diferentes, sou mais magro por exemplo.

— Essa pizza está uma delicia. — Falo comendo um segundo pedaço.

— A pizzaria do nosso primo, ele sempre capricha quando é para família. — Diz Bel toda se achando.

— Mateus vai participar da competição no final do ano? — Puxo um assunto sobre Judô já que é o único que sei que temos em comum.

— Sim, é classificatório para o nacional, Téo já tem pontos para ir, pra mim ainda falta um pouco.

— Você não vai? — Téo me pergunta.

— Ah cara, amo o judô, mas andei pensando e decidi que pra mim é mais um hobby mesmo.

— Entendo. — Mateus diz e depois continua. — Eu gosto de competir, quero ser um lutador foda para minha filha ter orgulho de mim quando for mais velha.

— Claro que ela vai ter Teteu. — Bel abraça o irmão.

— Você não está pensando em sair do treino né Iuri. — Téo me encara quando pergunta.

— Não, claro que não, mas quando me mudar vou ter que procurar um novo dojo. — Meu amigos ficaram em silêncio, Mateus é o primeiro a perguntar.

— Como assim mudar?

— Falei que minha mãe deixou meu pai, pois é ela vai morar com o ex dela, meu tio no caso e com meu irmão o Jonas, ela vai voltar só para me buscar e pegar algumas coisas.

— Ah não man, você vai fazer muita falta, para onde você vai? — Téo me lança a pergunta.

— Téo sabe que não sei, estranho não tinha pensado nisso, mas enfim sei que é em outro estado porque ela foi de avião.

— Quando você vai? — Bel é quem questiona agora.

— Não sei, mas imagino que não vai demorar muito, já que minha mãe tem que vir buscar as coisas dela.

— Temos que organizar uma despedida para você, Iuri. — Téo pega o celular todo animado.

— Você podem fazer aqui e aproveitar a piscina. — Mateus dá a ideia animado.

— Sim perfeito, podemos falar com o papai e descolar uma grana com ele, deixe comigo que eu sei pegar o cartão do papai. — Diz Bel traquinando um plano em sua mente.

— Vamos beber e comer bem então, o pai nunca diz não para a Bel. — Diz o irmão dela rindo.

— Vai ser maneiro. — Téo já está cheio de ideias. — Podemos convidar a Ana e o Marcelo.

— Quem são esses? — Bel quis saber.

— São os esquemas do Iuri.

— Você está ficando com caras agora? — Mateus me questiona.

— Acho que sim, estou me permitindo mais.

— Fico feliz, cara, é bom ser livre para fazer o que quiser. — Ele abre um sorriso para mim.

Acho que finalmente estou me entendendo com Mateus, ele realmente é gente boa como Téo falou, não tinha pensado em fazer uma despedida, mas até que a ideia me pareceu bem interessante e fora que vou poder repetir a dose com Marcelo e com Ana, quem sabe até nós três juntos de novo, pois é a ideia da despedida está ficando mais interessante na minha cabeça agora.

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Comentários

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Preocupado com a ausência de Beto. Será que Iuri e Matheus vão se pegar?

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Fiquei procurando uma referência cruzada nessa pizzaria do primo...tem alguma ou tô viajando?? Haha

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Tá viajando kkkk

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Hahaha é tanto conto que eu tô misturando os universos. Tipo a Marvel haah

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Quero só ver o Beto vendo o Iuri pegar o Marcelo de novo, na casa do Mateus...o cara vai explodir a cabeça haha

E eu só esperando as cenas de sexo entre eles 😈😈😈

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Já estou depressivo kkkkk, só em pensar na possibilidade,de Mateus e luri ficar

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Ansioso pelo próximo capítulo inclusive podia jogar um capítulo do conto novo 🤭🤭

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Esse ponto da historia se centraliza no Iuri, por isso é narrado pela a perspectiva dele.

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