Meu Judoca (Capítulo 16)

Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 2087 palavras
Data: 07/11/2023 21:16:21
Assuntos: Amigo, Gay, Judô, segredo, Virgem

Minha noite foi horrível, sonhei duas vezes com Mateus beijando a ex, isso estava me deixando maluco, nunca namorei e nem sequer estive apaixonado, o ciúme romântico é completamente novo para mim, a fala do pai dele sobre eles terem ficado mesmo ele namorando Amanda me dava um frio na espinha, estava com medo dele fazer o mesmo comigo, e me sentindo um completo idiota por ter mandado ele ir embora ontem, se ele tiver ficado com ela a culpa foi em partes minha, esse pensamento me faz ter dor de cabeça.

Levanto tomo um banho demorado e gelado, acho me precipitei, Téo tinha razão ele mal ficou solteiro, entrar em uma relação assim tão rápido pode ter sido um erro, ainda mais por está confuso sobre Iuri, tipo o desejei por tanto tempo e ainda sindo uma atração forte por ele, Deus sabe como queria está com ele ajudando no lance com a família, porém está com o Mateus me parece certo, gosto de como ele me faz ficar bem e agora coloquei tudo a perder por causa das minhas inseguranças.

Bem é domingo de manhã, Téo está ocupado transando com minha cunhada, Iuri está com problemas com o pai, meu namorado está tomando café com a filha e a ex, não me resta muita opção do que fazer, vou até a cozinha e preparo um café forte, até minha mãe arrumou um compromisso, quando me sento para comer Téo entra na minha casa cantarolando, pelo menos alguém está feliz.

— Cadê a Bel? — Pergunto.

— Foi para casa, almoço de família.

— Ah, faz sentido a mãe da Mel está lá, vai mesmo ser um almoço de família afinal. — Minha tristeza e um pouco de raiva ficam bem evidentes em minhas falas.

— O que aconteceu Beto? — Explico tudo para o Téo que escuta sem me interromper.

— Caralho, por que você o mandou embora?

— Porque sou burro para essas coisas, fiquei com raiva, com medo sei lá.

— Amigo, você tem que ser mais confiante. — Téo fala bebendo da minha xícara de café.

— Ele não me mandou mensagem e nem eu mandei, será que eles ficaram?

— Claro que não, Beto, deixa de loucura irmão, liga para ele.

— Para que, você quer que eu me convide para o almoço de família dele? — Isso começa a me dar uma raiva, porque estou sentindo que ele não vai me chamar.

— Cara você não pode ser infantil nisso. — Téo sensato, odeio quando ele tem razão.

— Por que não usa essa sabedoria para você mesmo? — Pergunto enquanto pego uma nova xícara para mim.

— Sou bonito e talentoso, não preciso disso e se arruma que vamos à praia.

— Não, não vamos. — Falo sendo enfático.

Fomos a praia de ônibus por ser mais barato, estou de cara feia para deixar claro que ele me tirou de casa contra minha vontade, mas segundo ele os amigos da faculdade chamaram para poder comemorar a medalha de ouro dele.

— Você já tem tantas. — Falei mau humorado.

— Deixa de ser fresco, chifre é normal. — Ele fala e olhou incrédulo pela audácia dele.

— Você quer morrer garoto?

— É por isso que eu não namoro.

— Você não namora porque é um mulherengo. — Falo irritado.

— Isso também.

Chegamos na barraca que sempre vamos, já tem uns amigos dele lá incluindo o Iuri, e por Deus o cara está um pecado, de bermuda tactel, e sem camisa, um bigode fininho, um sorriso que não vejo tem um tempo, por precaução sendo longe dele, mas antes de conseguir distância ele se aproxima e me abraça, sinto o perfume dele que me teleportar para nossos momentos quentes no quarto dele, tenho que pensar na ex do meu namorado para não ficar duro nesse abraço — sou uma pessoa horrível eu sei — ficamos jogando conversa fora e mais amigos vão chegando, percebo que tem um flerte rolando entre uma das amigas do Téo e o Iuri e isso começa a me deixar incomodado, ele não me falou que estava achando que era gay, agora está passando protetor numa guria todo saliente.

— O que foi agora Beto? — Téo me pergunta discretamente.

— Iuri dando em cima da sua amiga.

— E o que é que tem? — Ele sabe o que tem, mas está me testando.

— Nada, não tem nada Téo, vou me afogar ali no mar se me der licença. — Tiro minha camisa e vou pro mar.

Estava precisando dessa praia, por isso Téo me arrastou para cá hoje, a água está ótima, o tempo está meio nublado e tem uma brisa agradável, sempre amei praia, é só entrar no mar e parece que tudo vai embora, estou boiando quando percebo uma aproximação, quando abro os olhos vejo Iuri.

— Oi, falou com Mateus?

— Ainda não, almoço em família, não quero atrapalhar. — Falo sem tentar transparecer minha raiva. — E você parece que vai se dar bem hoje.

— Como assim?

— A amiga do Téo se jogando em você. — Ele rir.

— Ana, acho que ela é legal.

— Legal, vai dizer que não quer pegar ela? — Pergunto fingindo não ligar.

— Acho que sim, ela é gostosa e quando estava fora fiquei com umas minas, acho que deve ser bi ou pan, mas ainda não posso afirmar com certeza.

— Que ótimo para você Iuri. — Falo irritado.

— Qual o problema, o que eu te fiz? — Ele pergunta me encarando.

— Nada, desculpa, é que ver você com alguém é dificil. — Desvio do seu olhar, não sei como reagir.

— Eu sei como é. — Ele só disse isso e ficamos em silêncio, não entendi o que ele quis dizer, mas também não quis perguntar.

— Iuri. — Quebrei o silêncio, mas a tal Ana se junta a nós e engulo minhas palavras.

Almoçamos na praia, meu celular está desligado, não sei se estou pronto para saber o que Mateus está fazendo ou fez ontem a noite com sua ex, quando acho que estamos indo para casa o Téo me convence a ir para um rolê na casa de um dos seus amigos, o desgraçado está de chamego com uma garota da turma, quero ir para casa, mas ele está com minha carteira na mochila dele e não quer me devolver, só me resta acompanhá-los, mesmo a muito contragosto e com uma cara de pouquíssimos amigos.

A música é boa, não conhecia acho que o nome do cantor é Johnny Hooker, tem bebida e skunk a vontade, tem mais gente, Téo e Iuri parecem conhecer a maior parte, eu estou totalmente por fora, assim que chegamos Téo sumiu com a peguete dele, Iuri está dançando e bebendo com a Ana, ele a segura pela cintura, ela está com as mãos nos cabelos dele, ela chupa o lábio inferior dele, o corpo dos dois colados um no outro, meu coração acelera, queria ser eu ali, era para ser eu, eles dançam ao som da musica, sem separar uma boca da outra em momento algum.

Meus olhos estão em cima deles, não consigo olhar para outro lugar, e foi ai que meu mundo se estilhaçou, um cara alto forte, branco e loiro, um cara muito bonito, com tatuagens no braço se aproxima deles e começa a dançar os três, a Ana no meio de dois homens gostosos, minha respiração me falta quando vejo com meus olhos Iuri beijando o cara, ele disse que nunca se assumiria, agora está com a língua na boca de outro cara, de um cara que não sou eu, pior para todo mundo ver, os três começam a se pegar e meu mundo começa a girar, saiu de lá empurrando quem estiver na minha frente, sem perceber derramei a bebida de um cara em cima da camisa branca dele, é um cara bem grande para aumentar meu azar.

— Desculpe, não foi porque eu quis. — Antes que eu consiga me explicar o cara acerta meu rosto com um soco, tão forte que me leva ao chão, normalmente eu conseguiria me defender, ainda mais com o que vinha aprendendo, mas naquele momento só consegui chorar, o cara tentou vir para cima de mim, mas vejo Iuri empurrando ele os amigos separam os dois, alguém me levanta, a dor emocional e física me deixa zonzo, não entendo o que está acontecendo, só sei que o cara se soltou dos amigos e veio para cima da gente, mas ele não encontrou em mim, porque o Téo com sua voz rouca e forte mandou que eu me afastasse, não tenho certeza mais o meu amigo está só de cueca dando uma verdadeira surra no cara que me bateu, ninguém consegue tirar o Téo daquela briga, já tinha visto ele assim, Téo se torna um monstro feroz e agressivo quando se trata de mim, ele é hiper protetor.

Quando finalmente os amigos conseguem tirar o cara das mãos do Téo. — até o Iuri teve que ajudar a separar a briga, o cara parecia bem machucado, já o Téo estava intacto, só muito vermelho, ele falava comigo mais só conseguia chorar, ele me abraçou e fomos para o quarto onde ele estava, Iuri tentou vir com a gente, mas Téo pediu para ele dar espaço para gente, Iuri entendeu a situação e ficou fora do quarto.

— Porra Téo. — A mina que ele estava comendo estava só com o lençol chateado por ele ter deixado ela no quarto e ter saído.

— Calaboca! — A voz dele era de estremecer até os mais corajosos quando ele estava zangado, ela se vestiu com cara de raiva e saiu do quarto.

— Desculpa. — Falei chorando nos braços do meu irmão.

— Porra que guri babaca, por que ele te bateu? — Ele agora parecia mais calmo.

— Eu derramei a bebida dele sem querer, desculpa.

— Relaxa, já queria dar um pau nesse maluco tem um tempo, ele já tinha arrumado confusão com minha turma antes. — Vendo que estou mais calmo ele pega sua roupa para se vestir.

— Você parou de transar para me salvar. — Uma crise de riso se instala no quarto.

— Porra ainda bem que lembrei de por uma cueca, quase sai peladão. — Com esse comentário nossas risadas se intensificam ainda mais.

— Desculpa, Téo.

— Não foi nada, Beto.

Quando saímos do quarto Iuri está lá nos esperando, não vejo ninguém que ele estava pegando por perto, Téo me abraça e nós três saímos juntos daquela festa, pegamos um ônibus e voltamos para casa, eu com olho rosto, Iuri sentado no outro banco com fones e olhando para a janela, Téo sentado do meu lado me abraçando.

— Iuri, vai dormir lá em casa. — Iuri acena que sim. — E você também.

— Tá bom. — Realmente não quero dormir só.

Quando chegamos em casa o carro do Mateus está parado em frente ao prédio e ele está escorado no carro com os braços cruzados, assim que vê o Iuri ele fecha a cara, só que quando olha para mim sua raiva vira preocupação.

— Téo vão indo.

— Tem certeza? — Meu amigo pergunta.

— Sim. — Ele e Iuri dão boa noite para o Mateus e seguem para dentro do prédio.

— O que aconteceu com seu rosto? — Ele parece preocupado.

— Um cara me bateu. — Respondo cansado.

— Quem foi essa merda. — Ele pergunta furioso.

— Téo já defendeu minha honra. — Falo.

— O que aconteceu com seu celular, tentei te ligar o dia todo.

— Antes ou depois do seu almoço em família? — Ele passa a mão no rosto.

— Beto, é complicado.

— O que é complicado Mateus? — Estou quase chorando de novo.

— Não fiz nada com ela.

— Eu acredito em você, mas isso não diminui o que sinto. — Falo sendo sincero. — Quando ela vai embora.

— Não sei, ela falou que está pensando em ficar. — Ele fala tentando se manter firme.

— E o que você acha disso?

— Não sei Beto, eu gosto de você, gosto da gente. — Ele pega minha mão.

— Acho que fomos precipitados, Mateus. — As lágrimas escorrendo do meu rosto.

— Não fala isso Beto. — Ele também está com lágrimas nos olhos.

— Mateus não quero ficar entre você e ela.

— Beto. — Ele não consegue falar mais nada.

— Vamos dar um tempo. — Ele me abraça.

— Beto não faz isso.

— Resolve o que você tem que resolver, eu também preciso pensar sobre como me sinto.

— Não sai da minha vida por favor. — Ele está implorando.

— Vamos ser amigos, vou está aqui vai ser melhor assim.

— Não.

— Mateus, por favor. — Ele me beija, nosso beijo é doce e ficamos assim com os lábios colados por um tempo até que ele se afasta e vai embora, fico na rua vendo o carro sumir na rua, depois entro e vou para o meu quarto, quero dormir com Téo, mas não estou pronto para ficar perto do Iuri, não com tudo confuso na minha cabeça.

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Comentários

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Beto está facilitando pra Matheus ficar com a mãe de Mel. Não está lutando por seu amor. Uma pena!

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Que o Beto inseguro todos nós sabemos, mais que o Mateus precisa, resolver o lance dele com a mãe da Mel isso nos sabemos, se não o Beto vai ficar sempre assim.

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Se ele ficar com o iuri vou ter um treco

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Antes de ler gostaria de dizer q estou com medo, ta chegando ao fim os contos do rafa, o q vou fazer depois?

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Beto ama Téo que ama Beto... Não vejo a hora desses dois se pegarem..

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Aí o Beto está entregando o homem dele pra ex

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Beto está jogando Mateus nos braços da ex...

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Hahah adorei esse capítulo cheio de coisas! Uau! Beto precisa aprender a descansar a cuca hahah

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