Meu Judoca (Capítulo 15)

Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 5038 palavras
Data: 04/11/2023 22:50:49
Assuntos: Amigo, Gay, Judô, segredo, Virgem

Estou tão cansado que não demorei a pegar no sono, também sempre amei dormir com Téo, sempre dormia bem quando dormia com ele, no dia seguinte acordo e me vejo no peito do meu melhor amigo, mesmo que ponha a gente em camas separadas a gente sempre acorda agarrado, às vezes sinto que Téo é um pedaço meu fora do meu corpo, amo esse gur.

Só que agora estou amando um pouco menos porque o cara tá fedendo a cachaça, quando me mexo para me levantar Téo me dar um abraço de urso, ele tem muito mais força do que eu, então perco meu tempo tentando escapar, prefiro seguir por uma outra abordagem.

— O que você fez ontem? — Pergunto no seco.

— Nada. — Ele fala sem abrir os olhos.

— Téo Medeiros Rocha. — Ele odeia quando o chamo pelo nome completo.

— Porra Roberto, estou com dor de cabeça me deixa. — Ele fala me apertando ainda mais.

— Ah, claro, você sempre desiste de primeira não é mesmo. — Falo sendo irônico.

— Eu briguei ontem e posso ter quebrado um braço. — Ele fala como se não fosse nada.

— Téo você não bebe e nem briga na rua, é melhor explicar para mim logo o que aconteceu ou vou falar pra tia e para minha mãe. — Agora ele abre os olhos e relaxa a força do abraço.

— O Iuri estava bem mal, então resolvi tomar umas com ele, daí quando deu umas duas da manhã resolvi ir na casa da minha ficante.

— Espera, você voltou a ficar com a prima da Amanda?

— Não né Beto, a tia da Amanda, mãe da minha ex ficante, só que eu estava muito bêbado e o marido dela estava em casa.

— Nossa. — As peças começaram a se encaixar.

— Eu meio que falei do nosso caso para ele, o cuzão tava me xingando por ele ter feito a filha dele sofre e ainda por cima aparece bêbado na casa dele, não lembro muito bem, mas acredito ter chamado a filha dele de vadia e de dizer que estava comendo a mulher dele, dai para frente são só flashes. — Ele coça os olhos.

— Téo, que merda, você não podia ter feito isso.

— Agora pensando bem, você tem razão, acho que a bebida não é mesmo para mim.

— Cadê seu celular?

— Não faço ideia, deve ter perdido.

— Como você entrou aqui ontem?

— Misteriosamente a chave é a única coisa que não sumiu do meu bolso. — Ele fala e faz uma careta pela dor de cabeça.

— Vou fazer um café para você, melhor pensar em como vamos resolver isso, temos que achar suas coisas, torça para estarem na casa do Iuri.

— Eita, se tiverem ficado lá eu me lasquei.

— Porque? — Pergunto já preocupado.

— Iuri vai viajar agora de manhã, vai passar a semana fora.

— Para onde ele vai? — Fico curioso.

— O clima com o pai dele está uma grande merda, a mãe não sabe quando volta, ele está à beira de um surto e nem o julgo, parece que ele resolveu ir para a casa da madrinha dele ou coisa do tipo.

— Vou ligar para ele. — Falo pegando meu celular.

— Nem tente.

— Porque?

— Ele estilhaçou o celular na parede ontem, foi daí que tivemos a ideia de ir beber.

— Caralho Téo, o que aconteceu. — Estou mesmo preocupado.

— O pai dele disse que não amava ele, mas que agora ele tinha aprendido a amar. — Ele fala fazendo o sinal de aspas na parte do aprendizado a amar.

— Caralho, que merda em. — Estou puto com os pais do Iuri, levanto e vou preparar um café forte pro Téo, aproveito e dou um remédio para dor de cabeça.

Na cozinha preparo um café forte para o Téo, estou pensando no Iuri o torneio é no próximo fim de semana, ele vai acabar perdendo, mando mensagem para o Mateus, que me responde todo feliz, já me convidando para fazer algo, é sábado de manhã e ele quer ir que eu vá para casa dele que vai ter churrasco, digo que vou ver com o Téo se ele quer ir, meu amigo está mau e doente não quero deixá-lo sozinho, Mateus entende e me pede para confirmar minha ida para que ele possa ir me buscar.

— Churras hoje, bora. — Falo levando o café pro Téo.

— Nem fudendo.

— Pena o Mateus disse que o pai dele é um ótimo churrasqueiro.

— Vai ser no Mateus? — Ele fala com uma voz mais animada.

— Vai por que?

— Vou tomar um banho.

— Mudou de ideia por que?

— Quero ver a Bel. — O safado fala indo pro banheiro com minha toalha, ele não tem jeito.

— Você não pode dar em cima da Bel Téo.

— Eu estou ficando com ela, Beto. — Fico em choque.

— Téo.

— Relaxa Roberto, a mina é do bem.

— Você que não é.

— Nossa, estou ofendido.

— Fode-se, eu te mato se você aprontar alguma com ela Téo. — Falo o mais sério possível olhando nos olhos dele.

— Sim senhor. — Ele faz uma continência e vai para o banho.

— Filho da mãe. — Ele vai me dar dor de cabeça com esse lance certeza, logo agora que estou começando a me entender com Mateus tenho um novo segredo.

Mandei mensagem para o meu namorado vir nos buscar e fui tomar banho no banheiro da minha mãe para não perder tempo, me arrumei e fiz uma mala pro caso de dormir lá ou da gente resolver sair para o nosso date, nada estragaria meu date, pelo menos dessa vez não, também aproveitei para falar com Téo antes do Mateus chegar.

— Téo, vou contar para o Theus.

— Por que? — Ele já sabia do que se tratava.

— Porque não posso brigar com ele de novo por causa de outra mentira.

— Eu não estou ficando com ele e sim com a irmã dele.

— Mas acontece que quando ele descobrir e ficar sabendo que eu já sabia vai sobrar para mim, eu te amo, mas você sabia que ela é minha cunhada então dê seus pulos. — Falei com firmeza.

— Não acho que tenha nada haver, mas vai lá enfia uma faca nas costas do seu irmão.

— O drama não cola com você Téo. — Falei olhando para ele sério.

— Eu sei, você que é o dramatico. — Ele fala rindo de mim.

— Tão engraçado. — Falo dando o dedo do meio para ele.

Mateus chega e entramos no carro, ele está com a Mel na cadeirinha, assim que entro ele me puxa para um beijo rápido, depois comprimenta o Téo.

— Cara de ressaca é essa cunhado. — Fico pálido, ele sabe?

— Bebi demais ontem, mas não vai mais se repetir.

— Você chamou o Téo de cunhado?

— E ele não é seu irmão? — Mateus pergunta e me sinto mais aliviado.

— Sim, claro.

— Beto, você vive na lua sabia. — Ele fala me dando outro beijo depois liga o carro e nos dirigimos para a casa dele.

Na casa dele sou bem tratado como sempre, tomamos banho de piscina, até brinco com a Mel por bastante tempo, já posso dizer que estou apegado a ela e ela a mim, Mateus só de sunga vermelha é uma tentação para mim, meu namorado é o cara mais gostoso do mundo, puta que pariu, e o infeliz sabe que ele mexe comigo pois ficou bem perto de mim na piscina brincando com a Mel, Téo parecia bem entrosado com todos também, estou torcendo para que o Mateus fique de boas quando eu contar, depois do almoço, Bel e Téo levam a Mel para passear no Shop segundo eles é um presente para gente poder ficar um pouco junto de boas já que nosso encontro não rolou, fico feliz de poder ficar a sós com ele, pois aquela sunga está me deixando louco.

Assim que entramos no quarto trato de trancar a porta, ele me olha com um sorriso safado e nem deu tempo dele falar nada me ajoelho na sua frente e tiro o pau dele que já está duro feito pedra pela lateral da sunga, seguro com firmeza seu pau, minha mão mal consegue fechar, seu pau é quente, grosso, lindo como ele, começo a passar minha lingua pela cabeça, deixando meu namorado louquinho de prazer, minha língua vai até a base e volta, faço isso algumas vezes, Mateus geme baixinho, está tão tonto de tesão e que segura minha cabeça e força a entrada do meu pau na minha boca, cada estocada indo mais fundo me fazendo engasgar, algumas vezes ele me faz engolir tudo e segura até me ver torci, faz isso mais algumas vezes e adoro, amo quando ele está assim controlando.

— Caralho Beto, que boca gostosa, você pode me pedir qualquer coisa agora que minha resposta vai ser sim.

— Eu amo seu pau.

— Ama. — Ele fala dando com o pau na minha cara. — Pois chupa ele vai.

— Eu sou seu putinho?

— Você é meu putinho. — Ele volta a enfiar a rola na minha boca, fodendo minha boca de uma forma muito gostosa, nossa amo mamar na rola do meu namorado.

Chupo ele por mais um tempo, suas pernas estão bambas de tanto sesão ele senta na cama e eu fico de quatro mamando na rola dele entre suas pernas, ele baixa meu calção e me faz chupar dois dedos dele, para enfiar no meu cuzinho, estou gemendo com seu pau na boca e dois dedos dele dentro no meu cuzinho, não tem como ficar melhor.

Ele delira, está fudendo minha boca e meu rabinho, sinto minha bunda arder quando ele me dar um tapa bem dado, intensifico minha mamada, quero leite dele na minha boca agora, vou o mais fundo que eu consigo, mas ele segura meu rosto, Mateus me beija e me faz ficar de pé, me vira de costas para ele, abre bem minha bunda e começa a me foder com sua língua nervosa, levo minha mão ao meu pau, mas ele segura, não me deixando bater uma, ele quer me torturar de tanto tesão.

Mateus se levanta me leva até a parede e sinto seu pau roçando no meu cuzinho, ele em deixá contra a parede, sua boca está na minha nuca e seu pau faz pressão para entrar em mim, uma de suas mãos está no meu pescoço segurando firme enquanto a outra segura minha cintura, a pegada do dele é forte, sinto que sou dele e não tenho para onde fugir, se bem que não quero fugir.

Quando seu pau finalmente entra em mim, o ar escapa dos meus pulmões a dor me faz ver estrelas, ele vira meu rosto e me beija, Mateus vai entrando em mim sem camisinha e a sensação é incrível, centimetro a centimetro vão entrando em mim me rasgando, ele entra devagar, quando sinto seu corpo colado ao meu sei que estou com ele todo dentro de mim.

— Mateus me fode com força.

— Tem certeza, vou te machucar.

— Quero sentir, quero sentir tudo, mete com força. — Quero sentir a dor de ser alargado por ele sem pena.

Ele sai quase todo mais quando volta vem com tudo, meu gemido sai um pouco mais alto, ele não pareceu se importar e continuou fazendo isso, saindo devagar e voltando com força, sinto não só ele me alargando como sinto a virilha dele acertar minha bunda, mesmo com uma dor imensa, deixo meu rado bem levantado para sentir o máximo da sua pica dentro de mim, Mateus segura minha cintura com as duas mãos e manda uma sequencia de gozadas rápidas e forte que fez meu gemido se tornar um choro, depois ele sai totalmente de mim me deixando com uma sensação de vazio, de falta, tira a sunga, e tira o meu calção me deixando totalmente nú, depois deita na cama e me faz cavalgar nele de costas para ter a visão de seu pau entrando e saindo de mim, os treinos de Judô estão me dando uma resistência que não tinha, pois estou quicando em cima dele sem cansar.

Sentir a rola dele entrando em mim, tocando minha próstata me faz delirar de prazer, a rola dele é tão deliciosa que não há mais dor, só prazer quero que o Mateus me coma para sempre, que entre e saia de mim sem parar, quando minhas pernas enfim começam a cansar peço para mudarmos de posição, ele me coloca de frango assado com as pernas em seus ombros, assim sinto seu pau entrando ainda mais em mim, adoro essa posição porque ela me deixa ver meu namorado em toda sua glória, suado, com uma cara de safado, minhas mãos passeiam por seu peito forte e duro, aperto seus braços forte.

Meu pau já está todo gozado, meus olhos cheio de lágrimas, meu cuzinho ardendo feito fogo e mesmo assim não quero parar, ele baixa minhas pernas apoiando elas nos braços para poder me beijar melhor, chupo sua língua ao mesmo tempo em que forço meu cuzinho pressionando sua rola.

— Amor isso é bom para caralho.

— Você me chamou de amor? — Fico em choque.

— Chamei. — Ele me ergue, Mateus tem muita força, estou no colo dele com meus braços em volta do seu pescoço e nossos lábios colados, estou feliz, sinto o pau dele enchendo dentro de mim, me agarro nele para ter um melhor apoio e começou a quicar com força no pau dele.

— Quem é teu homem? — Ele pergunta.

— Você é meu homem, você é meu tudo.

— Sou. — Ele fala me beijando.

— Vai amor, goza no meu rabo. — Chamo o Theus de amor, me parece tão certo, estou mesmo feliz.

— Me chama de amor de novo.

— Gozar, amor, fode meu amor, aim está bom demais.

Mateus explodem dentro de mim, sinto sua porra quente me enchendo, agarro ele com mais força e ele faz o mesmo, tenho certeza que de arranhei as costas dele, quando seu pau sai de dentro de mim percebo meu sua porra escorrendo pela minha perna, vou pro banheiro primeiro me limpar, depois de tirar sua porra de dentro de mim o chamo para o banheiro para banhar junto comigo, lá começamos de novo e ele me fode debaixo do chuveiro, esse está sendo o meu lugar favorito de levar ferro.

Depois do banho vamos para a cama, estou com tanto fogo e ele não fica atrás, mato minha vontade de provar sua porra mamando a rola dele até ficar dura de novo e ele gozar pela terceira vez na minha boca, aproveito que o pau dele está meia bomba e sento em cima me masturbando e sentindo seu pau na minha bunda, gozo mais um vez no seu peito só ai o cansaso me bate forte, nos limpamos de novo e quando voltamos para cama acabo pegando no sono.

Sabe quando você dorme de dia e acorda com o quarto todo escuro, olho o celular e vejo que já é inicio da noite, estou morrendo de fome, percebo que estou sozinho no quarto, mando mensagem para o Mateus perguntando onde ele está e ele responde que foi atrás de algo para gente comer, depois de um tempo ele volta com comida para gente.

— Você estragou minha surpresa.

— Como assim? — Pergunto.

— Eu ia te acordar com comida na cama.

— Você é um fofo, sabia Theus.

— Amor, você acabou comigo, não sabia que você tinha tanto fogo assim.

— Tá reclamando é?

— Claro que não, só existo para te fazer gozar agora. — Ele fala me beijando.

Theus pega o contra baixo e começa a tocar e cantar para mim enquanto como, de vez em quando coloco comida na boca dele, ele está cantando a música que ele disse que é nossa, foi a primeira música que ele tocou para mim, “proposta”, passei a gostar dessa música por causa dele.

— Adoro essa musica quando você cantando. — Falo quando ele termina. — Theus tenho que te contar uma coisa.

— O que é. — Ele fala dedilhando outra música no baixo.

— Téo é o cara que estava no quarto da Bel naquele dia, ele me contou que está ficando com ela hoje de manhã e como não quero mais segredos entre a gente estou te contando.

— Eu já sabia amor, mas fico feliz que tenha me contado — Ele fala abrindo um sorriso largo.

— Como você já sabia?

— Bel me conta tudo, temos uma boa relação hoje em dia por causa da Mel.

— E você está de boas? — Pergunto achando estranho.

— Claro que não, mas tenho que controlar meu ciúmes, ela é livre para ficar com quem quiser, eu sei que Téo é canalha, mas Bel disse que eles só tem um lance e que não está apegada com ele, acho isso me alivia pelo menos. — Ele fala.

— Se serve de alguma coisa, ameacei ele de morte se ele machucar ela.

— Por que? — Theus abre um sorriso bobo.

— Porque ele é sua irmã, e me preocupo com ela e com você.

Ele me beija e nos entregamos um ao outro ali de novo, numa sarração deliciosa, uma pena minha mãe não quis deixar que eu dormisse fora de casa, Mateus ainda se ofereceu para dormir na minha casa, mas não tenho espaço para Mel e ele no meu quarto, o que é uma pena porque realmente quero que ele durma comigo todas as noites.

Iuri sumiu a semana toda, mas na quinta feira ele deu sinal de vida, tinha recuperado o celular, disse que estava melhor e que iria para o torneio, o sensei concordou em deixar ele participar porque sabe da situação ruim que está rolando na casa dele, minha semana com Mateus foi incrível, nos vemos todos os dias, saímos com a Mel no nosso primeiro Date, mas foi incrível mesmo assim, minha mãe está meio com pé atrás em relação ao Mateus porque descobriu que ele tem uma filha, mas a Mel está conseguindo conquistar ela, tanto que na sexta ela disse que eles podiam dormir lá em casa se quiserem, claro que ele aceitou.

A nossa surpresa foi maior ainda quando chegamos depois do treino e minha mãe tratou de ficar com a Mel no quarto dela.

— Sua mãe só me chamou aqui para ficar com a Mel. — Mateus fala enquanto comemos o jantar na cozinha.

— Ela sempre pirou em ter um neto ou uma neta, bem eu não pretendo fazer um por enquanto e Téo por incrivel que pareça não é pai ainda.

— Sabe que ele falou com meus pais essa semana.

— Pois é, já avisei a Bel para não cair no papinho dele. — Falei.

— Deixa eles. — Meu namorado me beija.

— Hoje temos que dormir cedo, amanhã é o torneio.

Estava vendo de colocar uma rede no meu quarto para mim e deixar a Mel dormir na minha cama com o Theus, mas quando fui buscar ela no quarto da minha mãe as duas estavam capotadas na cama, não julgo a Mel a cama da minha mãe é realmente deliciosa, durmo toda vez que me deito nela.

— Cadê minha filha amor. — Mateus pergunta quando entro no quarto.

— Dormindo com a avó postiça dela. — Falo e ele começa a rir.

— Sua mãe é incrível.

Minha cama é de solteiro o que é ótimo porque dormi agarradinho com meu namorado, na manhã seguinte saímos bem cedo, Bel iria para ficar com Mel então levamos ela pro ginasio onde acontecerá o torneio, assim que chegamos Téo e Bel já estava por lá, nos encontramos com os nossos amigos da academia e vamos todos pro vestiário para nos prepararmos, Iuri chega bem a tempo, ele parece melhor, até me abraçou, senti que o Theus ficou um pouco desconfortável, mas ficou de boas, ajudou o Iuri ter abraçado ele também, os dois pareceram selar uma paz o que foi bom para mim, mas algo me dizia que Iuri ainda não estava cem por cento, acho que o drama da família dele ainda devia está rolando.

O sensei passou as instruções para gente e fomos para nossos lugares a luta menos graduados foi primeiro, meu adversário é uma cara faixa branca, fico um pouco nervoso, mas me faço de corajoso, a luta começa e o cara até que tem habilidade, ele consegue entrar, mas evito seu golpe duas vezes, quando vejo uma breja me lembro dos treinos e consigo derrubar o cara, foi um golpe perfeito que me rendeu a vitória, acho que treinar com os dois monstros serviu para alguma coisa, afinal meus parceiros de treino éramos dois faixas pretas mas picas do dojo.

Na minha segunda luta meu adversário é um faixa azul, esse me deu bem mais trabalho, tentei entrar e até conseguir uns pontos, mas no final dou um vacilo e o cara me derruba vencendo a luta, o sensei vem todo feliz mesmo assim, afinal prata no meu primeiro torneio é uma grande conquista, as categorias de peso continuam, Iuri vence mesmo, sem treinar o cara conseguiu, mas assim como eu no final ele acabou perdendo ficando com prata também, a cabeça dele tem tanta coisa que se fosse eu no lugar dele nunca que conseguiria me concentrar assim como ele.

Mateus é o próximo, por pouco ele não ficou na mesmo categoria de peso do Téo, meu namorado é um cara muito técnico, teve um pouco de trabalho, mas conseguiu mais uma medalha de ouro para conta, as última lutas são as do Téo, o adversario dele é um cara bem foda, ele venceu facil a primeira luta, estou preocupado com Téo, mas meu amigo não é desse mundo e derruba o cara quase que no mesmo instante em que o Juiz manda começar, todo mundo ficou em choque, Téo dento do tatame se transformava de tal forma que até seu jeito mudava, no final nossa academia saiu com uma boa quantidade de medalhas, vi outras academias tentando roubar o Téo como sempre acontece nesses eventos, mas o sensei é rapido e afasta os abutres, Téo é a estrala do dojo o sensei não vai perde-lo tão fácil.

— Temos que comemorar. — Téo fala.

— Vamos Iuri? — Mateus chama o Iuri para ir comemorar com a gente, gostei do gesto dele.

Iuri era o único sem está de casal, por isso achei melhor não ficar me pegando com Mateus na frente dele, fomos para uma lanchonete, Mateus levou todos no carro, Mel foi no colo da tia dela.

— Então amigo como você está. — Aproveito um tempo que todos estão distraídos escolhendo

o que comer e falo com Iuri.

— Ela não vai mais voltar.

— O que? — Acho que entendi, mas estou chocado.

— Depois a gente conversa pode ser. — Ele fala, percebo que não está pronto para falar sobre isso ainda.

Até que nossa comemoração foi bem legal, Téo e Bel foram para a casa dele de uber e aproveitaram para dar carona para o Iuri, Mateus até quis dar carona, mas Téo disse que não tinha necessidade, minha mãe tinha dito que eu poderia dormir no Mateus nos fins de semana então seguimos para a casa dele, assim que entramos na casa dele, Mel corre para os braços de uma mulher.

Ela tem cabelos pretos cacheados e uma pele morena, sem dúvidas a mulher mais linda que já vi na vida, o sorriso desse que chama atenção, um corpo totalmente perfeito, bem vestida, meu coração começou a bater um pouco mais rápido, porque umas peças começaram a se encaixar na minha mente.

— Theus você está um gato como sempre. — Ela se aproxima e eles trocam beijos na bochecha.

— Sofia o que você está fazendo aqui por que não avisou que estava vindo. — Téo pergunta amigavelmente.

— Ah nem eu sabia que ia dar certo, fiquei com medo de dizer e depois não consegui a folga, terminei de gravar, aí peguei uns dias para ver minha filhota, e essa medalha Theus você sempre pegando ouro. — Ela fala toda feliz, eu quero esganar ela, só eu o chamo de Theus.

— Esse é o Beto meu namorado. — Ele nos apresenta. — Beto, essa é a Sofia mãe da Mel.

— E ex pode ficar tranquilo Beto, nossa gostei dele é bem melhor que a Amanda. — Até minha sogra rir quando ela fala isso.

— Pretende ficar quanto tempo dessa vez Sofia? — Meu sogro pergunta, ele parece ser o único que não gosta dela assim como eu.

— Duas semanas, mas talvez menos, vai depender do meu agente. — Ela é muito simpática.

— Filho vou arrumar o quarto da Mel para você, Beto vai dormir aqui, se for temos que providenciar uma rede.

— Não, gente, não quero tirar o Theus do quarto dele de novo.

— Você já vai ficar pouco tempo, aproveite sua filha Sofia. — Disse minha sogra.

— Se não tiver problema para o Theus. — Para de chamar ele assim sua vadia.

— Eu vou para casa. — Falo.

— Porque amor?

— Não tem espaço para mim hoje aqui, mas de boas amor a gente se fala amanhã vou pedir um uber. — Falo enfatizando a parte do amor, para ela ouvir.

— Mãe vou dormir na casa do Beto, com a Sofia ai ela fica com a Mel, pode ser Sofia?

— Claro, noites das meninas né meu amor.

Percebo meu sogro bem incomodado, não sei porque mais começo a acreditar que tem algo aí que não estou sabendo, Mateus vai no quarto pegar umas coisas para ir dormir lá em casa e eu resolvi esperar ele na garagem, me incomoda ficar perto dessa garota, meu sogro vem até onde estou e me chama.

— Oi, seu João.

— Roberto fique de olho que esse dois nunca dá boa coisa. — Sabia que ele estava puto com algo.

— Como assim seu João?

— Você é um bom garoto Roberto, meu filho tem uma coisa mal resolvida com a Sofia, ele nunca esqueceu ela, toda vez que ela vem eles tem uma recaída.

— Mas, ele não faria isso. — Falo mais para mim do que para ele.

— Filho, acontece toda vez que ela vem, mesmo quando ele estava com Amanda aconteceu, conheço meu filho, não gosto de me meter na vida deles, nem dele e nem da Isabel, mais você é um bom garoto e não quero que meu filho faça merda com você, por isso estou lhe dizendo fique de olho no Mateus. — Quando meu namorado vem ele se despede do pai e vamos juntos para minha casa, fico pensando no que meu sogro acabou de me dizer, ele percebeu que estou estranho, quando paramos o carro no meu predio ele finalmente me pergunta se tem algo errado.

— Você traiu Amanda com a Sófia? — Pergunto com os olhos enchendo de água.

— Amor quem te falou isso. — Ele está tenso indicando que a resposta é sim.

— Só me responde se tem perigo de rolar de novo? — As lágrimas estão caindo no meu rosto.

— Claro que não meu amor, eu fiz merda, admito, mas não com você, eu te amo Beto. — Ele fala enxugando minhas lágrimas.

— Por favor, Mateus me fala se ela tentar algo.

— Ela não vai tentar amor, fica tranquilo, estou com você. — Ele fala me abraçando.

— Você não sente nada mais por ela?

— Ela sempre vai ser a mãe da Mel amor. — A resposta dele me deixa nervoso.

— Mateus.

— Beto, eu, é complicado. — Estou segurando o choro, a mãe da filha dele, é claro que ele deve gostar dela.

— Eu quero dormir sozinho Mateus. — Vou sair do carro, mas ele me segura.

— Amor, você me pede para confiar em você e fica desconfiado de mim. — Ele fala sério.

— É diferente, Mateus, ela é mãe da Mel e seu pai falou. — Ele me corta.

— Meu pai não sabe de nada, Beto não vou trair você, se você quer saber ainda sinto algo por ela, não sei o que é e nem queria sentir, mas ela mexe comigo, mesmo assim estou com você, eu te amo e vai dizer que Iuri não mexe com você. — Ele fala mais uma vez comparando as situações.

— Eu não ficaria com Iuri estando com você, nunca faria isso com você Mateus. — Falo meio estressado e querendo chorar.

— Você diz que tem medo, mas quer que eu durma lá. — Vejo ele se arrepender no momento em que as palavras saem da boca dele. — Não foi o que eu quis dizer amor.

— Não se preocupe Mateus, você é livre para fazer o que quiser.

— Para com isso Beto.

— Mateus não quero te perder. — Estou chorando.

— Você não vai, Beto. — Ele me abraça.

— Vou indo Mateus.

— Amor me deixa ficar. — Parece mais uma súplica.

— Mateus resolva com ela e depois me procure. — Desço do carro e entro em casa aos prantos.

Mateus é muito lindo para ficar com um cara como eu, ele vai acabar cedendo a ela de novo e eu fui um idiota de mandar ele para lá, agora ele vai ficar com ela e a culpa é toda minha, pela primeira vez preciso muito dormir com o Téo, mas ele está com a Bel, não posso ir para o quarto dele, vou para casa então chorar no meu quarto é o que me resta.

Iuri me manda uma mensagem quando estou me deitando e vejo a notificação.

— E ai. — Ele envia.

— Como você está.

— Meio na mesma viagem não ajudou, mas desculpa mandar mensagem agora, você está com Mateus.

— Não, na verdade ele está na casa dele e eu na minha.

— O que aconteceu? — Ele perguntou.

— A mãe da Mel apareceu de repente e parece que ele ainda gosta dela.

— Ele te ama.

— Espero que sim. — Respondo. — Mas me fala o que você quis dizer com ela não vai mais voltar?

— Minha madrinha me disse que minha mãe ficou com meu tio.

— O ex? Pai do seu irmão?

— Sim, meu pai não sabe ainda, irônico né.

— Caralho Iuri e agora, você vai contar para ele?

— Não, na real a gente nem está se falando, contei para ele que sou bi e ele parou de falar comigo.

— Caralho Iuri, tem algo que eu possa fazer por você para ajudar? — Ele digita e apaga algumas vezes.

— Não. — É a resposta dele.

— Sinto muito.

— Obrigado, ela ficou de me ligar amanhã, acho que ela vai me chamar para ir pra lá, talvez conhecer meu irmão, já que ela parece está se dando bem com eles.

— E você quer ir?

— Sinceramente quero conhecer o Jonas, mas tenho medo dele não gostar de mim.

— Não tem como ele não gostar de você. — Mando para ele.

— Valeu, mas não quero criar tanta expectativa, só espero que ele seja legal.

— Vou está aqui para o que você precisar, Iuri, de verdade.

— Digo o mesmo Beto. — Encerramos nossa conversa aí.

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Comentários

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Rafa, a chegada da mãe de Mel veio como uma pitada de fogo antigo pra o Matheus. Claro que o Beto ficou inseguro, ainda mais com o alerta do sogro. Estou com pena de Iuri. Além de não ser aceito pelo pai por sua orientação sexual, foi literalmente abandonado pela mãe e preterido pelo amante/ficante.

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Conheço alguém q diria "se tivesse ficado calado" o beto vacilou mas o theus, fez cagada

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Adoro seus contos Rafa! Dá pra entrar na cabeça do Beto, sofrer o drama todo com ele, que cara dramático e foda ao mesmo tempo hahaha. Mas ele ter mandado o Matheus de volta, pqp que vacilo...

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Quem nunca deu um vacilo desses na vida né

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Será que o Matheus vai ter uma recaída com a ex? Ele parece ainda sentir alguma coisa por ela.

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Mais uma vez sendo simplesmente perfeito amo as suas histórias amo os seus contos parece que eu viajo neles quando começo a ler

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coloquei dois capítulos em um para compensar a demora, espero que gostem, estou amando escrever esse conto, me divirto com todos, mas esse tem uma paradas a mais para mim, porque o filho do pastor é um dos meus favoritos.

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Você escreve deliciosamente bem, a aparição repentina da ex do Matheus foi um ótimo plot. Na espera dos próximos, à espera vale a pena

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