07 – Desejos e Segredos

Um conto erótico de Nassau
Categoria: Heterossexual
Contém 5731 palavras
Data: 30/11/2023 18:10:14

Parte 07 da Série: Minha Filha, a Mulher do Amigo e a filha Deles

A viagem de retorno a Porto Alegre tinha tudo para dar errado. E foi exatamente isso que aconteceu. Como estavam em dois carros combinaram de Kleber dirigir na frente e Naomi seguir a uma distância segura para poder lhe dar sinal de farol caso acontecesse algum problema. Essa combinação foi apenas por segurança, pois o carro da moça era pouco rodado, ela fizera todas as revisões e era cuidadosa ao dirigir.

Michele, sentada ao lado de Kleber só queria mesmo era chegar logo em casa, se atirar em uma cama e se recuperar da noite mal dormida, mas tinha um trauma por acidente que sofreu quando era adolescente e não conseguia dormir enquanto viajava. Isso independente do meio de transporte que usasse.

Assim o que se viu no início da viagem foi quase um monólogo, com o Kleber querendo entabular conversação e ela respondendo com monossílabos. Não demorou em que ele se irritasse com isso.

Foi quando eles pararam próximo a Nova Petrópolis porque havia ocorrido um deslizamento de terra e apenas uma pista estava dando passagem, o que provocou uma fila. Parado, esperando chegar a vez de sua fila andar, era natural que o Kleber insistisse em conversar e não demorou muito para ele se irritar. Tudo começou quando ele fez um comentário a respeito do horário que chegariam ao destino, pois a parada estava demorando muito e Michele respondeu algo que não tinha nada a ver com o assunto. Irritado, ele disparou:

– Porra Michele, você parece que esqueceu o cérebro no hotel. Eu não falei nada disso.

– Desculpe-me querido. É que estou com um pouco de sono.

– Imagino que está mesmo. A noite deve ter sido boa.

Havia um fundo de ironia naquela frase que não passou despercebido por Michele que, ainda tentando apaziguar, se esforçou para responder com voz normal.

– Foi boa sim. Apenas não consegui dormir direito.

– Não conseguiu dormir direito ou a transa estava tão boa que não te deixou dormir.

Kleber estava muito irritado desde a noite anterior e se esqueceu de que não se risca fósforo próximo à gasolina. A resposta veio de imediato:

– Ah! É disso que você está falando? Então, você está certíssimo. Foi muito boa.

– Boa, boa mesmo? Ou você só está querendo me provocar.

– Não. Não foi boa. Você está certo em não acreditar, afinal, boa não é palavra certa. Foi ótima.

– Mas é uma vadia mesmo. – Disse Kleber balançando a cabeça.

– Olha aqui Kleber. Eu já te disse que não gosto que você me trate assim quando não estamos transando. Não acho legal. Vadia só sou quando estou transando.

– E você foi muito vadia para a Naomi ontem?

A raiva que Kleber sentia fez com que ele não prestasse atenção nos sinais. Michele já entrara em ebulição quando ele mencionou a transa, ferveu quando ele a chamou de vadia e ao repetir isso o termômetro explodiu por não conseguir conter o líquido diante da elevação da temperatura:

– O que deu em você? Vai querer controlar minha vida agora, vai?

– Por quê? Eu não posso reclamar de ver a mulher que vive repetindo que me ama, que não aguenta ficar sem mim por muito tempo, de repente se atira na cama com a primeira mulher que aparece.

– Não foi com a primeira mulher, está bom? Foi com uma garota fantástica, A gente se deu bem, pintou o clima, teve aquela química e rolou. Está bom assim ou você vai querer um relatório completo, assinado e com firma reconhecida?

– Isso. Aproveita e cita no relatório que você é uma lésbica.

O Kleber falou isso mesmo? Ele chamou à Michele de lésbica? Acho que tem gente que gosta de viver perigosamente, ou então não sabe reconhecer quando o perigo está por perto.

– LÉSBICA É A PUTA QUE TE PARIU. A MINHA BUCETA É MINHA, O CORPO É MEU E NUNCA DEI PERMISSÃO PARA NINGUÉM SE JULGAR MEU DONO. MEU MARIDO NÃO FAZ ISSO, PORQUE VOCÊ VAI FAZER?

A raiva que dominava Kleber o tornara cego e surdo. Pena que não o fez mudo também. Teria sido melhor.

– O seu marido é um corno frouxo. Você não espera que eu também seja.

Michele, com as mãos cerradas ao ponto das unhas ferirem a palma de sua mão, o rosto branco como a neve, fechou os olhos tentando se controlar. Ela estava desfigurada de tanto ódio. Quando ela conseguiu se controlar um pouco, ela fez algo inesperado. Controlando sua vontade de partir para cima do Kleber e ferir o rosto dele com suas unhas, ela simplesmente abriu a porta do carro e desceu.

– Onde você pensa que vai?

– Vou pedir carona para a Naomi. Não dá para suportar o seu mau humor.

– Vai é. Aproveita e vai chupando a xoxota dela daqui até Porto Alegre.

– Vou chupar sim. Vou chupar muito e isso não é da sua conta. Michele deu dois ou três passos, estacou de repente e voltou para o carro abrindo a porta que ela havia acabado de bater com toda a força. Inclinou o corpo para poder olhar nos olhos de Kleber enquanto falava: Ah! E antes que eu me esqueça. VÁ SE FODER!

Antes que ela conseguisse aprumar o corpo, o Kleber ainda falou:

– E a sua valise? Você não vai levar? De repente você vai precisar escovar os dentes antes de chegar em casa.

– Pega essa valise e enfia ela no cu. Vê se me esquece.

Dizendo isso ela saiu andando em direção ao carro de Naomi que ela sabia ser o quarto da fila depois do que estava. Naomi destravou a porta sorrindo e esperou ela entrar. Só então notou as feições de ódio dela e perguntou:

– O que foi que aconteceu lá?

– Aquele idiota ciumento e despeitado fica enchendo o saco.

– Por minha causa?

– Não Naomi. Por minha causa.

Naomi percebeu que Michele precisava de um tempo só para ela e entrou no modo invisível, uma coisa que ela conseguia fazer muito bem, mesmo sendo linda como era. Ela teve mais de uma hora para pensar no que poderia ter acontecido e no final chegou à conclusão de que havia mais coisas naquela amizade do que se percebia. Quer dizer, ela sempre achou suspeito o fato do Kleber não ter uma vida social própria, pois tudo o que ele fazia que não tivesse relação com seu trabalho profissional, Michele estava envolvida. Naomi pensou que gostaria que o marido dela dedicasse a ela a mesma atenção que Kleber dedicava à Michele, o que ele não fazia com a desculpa de estar sempre treinando ou viajando com o time que jogava.

Kleber era amigo inseparável de Gunnar, as quando demonstrava alguma preocupação com a família dele, quando programavam viajarem juntos e até mesmo a presença em algum evento social na cidade, sua preocupação era sempre com Michele. Se ela se cansaria, se estaria bem depois do evento, se não ia lhe faltar nada, blá, blá blá. Só existia uma pessoa no mundo que estava a frente de Michele nas atenções e preocupações de Kleber que era sua filha Lalana. No mais, ele era todo Michele.

Pensando sobre isso, quando já estavam chegando ao seu destino, Naomi deixou escapar:

– Se isso não for amor eu mesma não sei o que é amor.

– Do que você está falando Naomi.

Naomi preferiu ser sincera:

– Só estava pensando em voz alta,

– E posso saber sobre o que você estava pensando?

– Sobre algo que não é da minha conta, então deixa para lá.

– Nem vem. Começou agora vai em frente.

Naomi evitou até mesmo olhar para |Michele para evitar que seus olhos a traísse. Mas não foi necessário. Foi Michele mesmo que se encarregou de deixá-la a par de como eram as coisas:

– Bom, se o que você está pensando em voz alta tem a ver comigo e com o Kleber, então você está certa. Há mais de cinco anos que a gente se relaciona e, antes que você faça carinha de emoji de susto, vou adiantando que o meu marido sabe de tudo e, não só consente, mas participa também. O Kleber e eu temos um relacionamento que é muito próximo a um casamento.

– Puta merda! Agora eu estou fodida mesmo. Ele vai me ferrar.

Michele começou a rir do jeito da Naomi falar e a tranquilizou:

– Não se preocupe. O Kleber é certinho demais para cobrar qualquer coisa de você, honesto demais para envolver isso em assuntos profissionais e chato demais para sequer tocar nesse assunto na sua frente.

– Mas a briga só pode ter sido por minha causa.

– Ninguém pode te culpar de nada. Você não tem compromisso com ele e ninguém é dono de seus desejos e de suas vontades. Ele vai ficar puto comigo, mas vai passar. Ele não vai conseguir ficar muito tempo longe de mim.

– Meu Deus! Então essa é a parte do terço que eu não conheço?

– Exatamente. Agora você já pode rezar o terço todo. – As duas sorriram depois de Michele dizer isso e logo depois pediu para Naomi. – Eu queria te pedir uma coisa. Cuide do Kleber. Não deixe ele ficar muito pra baixo curtindo uma fossa. Olha, você pode até dar para ele se quiser. Sei que ele vai gostar disso. E você também.

– Sai pra lá Michele. Eu sou uma mulher casada.

– Eu sei. Uma mulher casada que morre de tesão pelo chefe e só não o comeu ainda porque não sabe agir. Isso mesmo, se você quiser alguma coisa daquele homem é você que vai ter que comer ele, porque se você ficar esperando por ele, vai morrer na vontade.

– E você não sente ciúme disso?

Michele ficou vários minutos pensando na resposta a dar e no final também resolveu ser honesta e confessou:

– Olha Naomi. Eu já tive muito ciúme de você. Houve um tempo em que infernizei a vida dele por sua causa. Depois caí na real e vi que eu estava agindo errado, afinal, se o Gunnar que é o meu marido vive pegando a mulherada por aí e eu não me importo, qual o direito que eu tenho de cobrar qualquer coisa dele. Depois disso a gente só melhorou essa nossa estranha relação que eu chamo de poliamor e o babaca chama de trisal enquanto o Gunnar, que leva a vida como se ela fosse um parque de diversões se refere a isso apenas como sacanagem mesmo. Então, você está liberada para transar com ele. Só não se esqueça de que ele é meu e eu empresto, mas não vou abrir mão dele nunca.

– Não sei não. Do jeito que o Kleber é vai ser difícil. O homem é muito embirrado.

– E eu não sei? Mas quando bater a saudade e o tesão ele volta. Ah se volta.

Nessa altura já estavam paradas diante do prédio que Michele morava. Despediram-se com beijinhos e quando a loira ia sair do carro, Naomi segurou a sua mão e perguntou:

– Desculpe perguntar isso Michele, mas ficamos tão envolvidas com o assunto Kleber que eu não tive oportunidade. Eu... eu...

– Você o que garota? Desembucha?

– Eu queria saber se a gente ainda vai se encontrar ou se isso é um adeus.

Michele entendeu perfeitamente o que Naomi quis dizer com “vai se ver”. Deu a ela então o seu melhor sorriso e falou:

– Lógico que a gente vai se ver. Você acha que eu não vou querer mais curtir essa delícia que é seu corpo?

– Nossa! Você gostou tanto assim?

– Demais. Só tem uma coisa Naomi. Você percebeu que eu não sou lésbica, então, pode acontecer de a gente se aproximar e eu estar acompanhada. Quando e se isso acontecer, fica a seu critério, você pode dar uma desculpa e se afastar de mim ou continuar por perto. Mas fica o aviso, se você ficar por perto, com certeza nós vamos para a cama e nessa cama vai ter um ou dois homens juntos com a gente.

– Eu também não sou lésbica Michele. E no dia que isso acontecer, eu vou adorar. Você foi muito querida e acho que vou com te seguir até o inferno se for o caso.

– Eu não diria que é o inferno. Está mais pra paraíso.

Dizendo isso, Michele que já tinha olhado ao redor e percebido que ninguém prestava atenção nelas e, protegida pelo insufilm dos vidros do carro, levou a mão na nuca de Naomi, puxou o rosto dela de encontro ao seu e lhe deu um beijo intenso na boca, saindo depois sem falar nada e se dirigindo ao interfone. Suas chaves estavam na valise que ficaram no carro do Kleber.

Michele chegou a casa e a encontrou vazia. Tomou uma ducha e se deitou para poder se recuperar da incrível noite que tivera, acordando só depois do almoço com o interfone enchendo o apartamento com seu som irritante. Foi até ele e o porteiro lhe informou que havia um rapaz trazendo uma encomenda para ela.

Como o condomínio impusera uma proibição de estranhos subirem sem a estar na companhia do morador, ela pediu que aguardassem por ela, passou uma água no rosto, penteou o cabelo, vestiu um moletom e uma camiseta e desceu até a portaria.

Era um funcionário da empresa de Kleber. A aparência era de um contínuo e ele viera apenas lhe entregar sua valise.

“Virgem Santa! O homem está queimado mesmo, não quis nem me ver!” – Pensou ele enquanto agradecia ao portador.

Subiu tentando estabelecer um prazo para que o Kleber surgisse em seu apartamento com a cara de arrependido e o rabinho entre as pernas. Ao pensar assim foi que ela percebeu que estava realmente com raiva dele e, mesmo assim, não queria que ele sumisse de sua vida. De uma forma estranha, ela amava ao Kleber. Não era o mesmo tipo de amor que sentia por seu marido, mas também não era apenas sexual. Ela sentia um carinho e uma afeição por ele muito grande. Era como se ele fosse um irmão e, como a na sua história de vida, e de sua família, relações entre parentes não era visto como algo errado, era normal ela sentir tesão por quem amava como a um irmão.

Porém, se alguém dissesse naquele momento à Michele que ela só voltaria a ver Kleber depois de passados vinte e três dias, ela diria que a pessoa estava mentindo.

Mas foi o que aconteceu. Pior ainda, só aconteceu porque algo totalmente inesperado aconteceu na vida dele. Tão inesperado que ela foi chamada para socorrer a ele.

Logo depois da discussão que o Kleber teve com Michele sua filha Lalana percebeu que havia alguma coisa errada. Nos três dias seguintes ela viu o pai se recusar a atender às ligações telefônicas de Michele. Ele atendia as que eram feitas por Gunnar, mas pelo que ela conseguia entender, ele estava sempre dando uma desculpa para não ir à casa do amigo, para evitar que o amigo viesse até a sua. Outros convites para saírem todos juntos também eram descartados.

Sua certeza ficou mais clara quando a Thyra lhe contou que a mãe também não estava bem e que já tinha surpreendido a mesma chorando em seu quarto sem que nada tivesse acontecido antes para isso. A princípio Thyra achou que fosse algum problema com o pai, mas Gunnar estava sempre presente e dando apoio à esposa. Não demorou em que garota percebesse que o Kleber não estava frequentando a sua casa como de costume e foi isso que fez com que ela e Lalana conversassem a respeito. Dessa conversa elas tiraram a conclusão que os dois haviam brigado e decidiram tocar a vida delas fingindo que tudo estava bem. Afinal de contas, ninguém as proibiu de manter a amizade que tinham.

A alma de Kleber se fracionou e ele deixou isso influenciar em sua vida. Assim, ele agia na empresa como se nada tinha acontecido. Quer dizer, quase nada. O relacionamento dele com Naomi que era a única que fugia um pouco de sua forma sempre séria e severa de agir, pois ela era a única entre todos os seus subordinados que ele falava alguma coisa que não estivesse ligado aos serviços, agora tinha se encaixado na forma de ele agir normalmente, ou seja, ele passou a tratá-la da mesma forma que tratava a todos, talvez sendo até mais frio com ela do que com os demais.

Naomi, mesmo sabendo o motivo da mudança de Kleber não conseguiu evitar ficar abalada com essa mudança, principalmente porque, no mesmo dia em que retornaram de Caxias do Sul, ela fez um comentário sobre a viagem e a resposta dele foi ríspida e, como estavam na presença de outros funcionários ela se sentiu muito constrangida.

Enquanto na empresa ele procurava agir normalmente, em casa ele havia mudado. Sempre triste, evitando conversas prolongadas com Lalana e, pior de tudo, tinha se apegado a um copo cujo conteúdo de uísque era renovado várias vezes enquanto fingia estar assistindo televisão.

Tirando o serviço e sua casa, não existia mais vida. Kleber não saia de casa para nada que não fosse para trabalhar. Mesmo quando tinha que ir ao supermercado, uma vez que não havia mais a cooperação de Michele para cuidar disso, ele se recusava a entrar na loja e ficava no carro esperando enquanto Lalana, que de repente ganhara várias atribuições, ia comprar os produtos necessários.

A garota ficou mais assustada ainda quando percebeu que a apatia do pai era para tudo e para todos, até mesmo para ela. No dia em que ela comprou por engano um produto de uma marca que ele detestava e ele não reclamou, ela entrou em desespero. O pai que ela conhecia jamais deixaria de reclamar desse erro.

Foi nesse dia que a garota resolveu que tinha que agir para tirar o pai daquele marasmo. Já haviam se passado mais de dez dias e ele dava mostras de que não ia melhorar. Ela não podia deixar que uma das duas pessoas que ela mais amava nesse mundo se consumisse daquela forma. A outra era a Thyra, mas o pai era o primeiro e com uma vantagem muito grande em relação à amiga. Lalana era totalmente devotada ao pai.

Sempre foi assim. Desde a morte do pai que passou a fazer o papel de pai e mãe para ela que ela se apegou a ele de uma forma bem mais forte do que normalmente as garotas se apegam ao pai, entretanto, esse amor foi crescendo de uma forma tal que ela já não conseguia administrar. Não era só o afeto de pai e uma filha. Tinha que ser algo mais, só que ela não sabia o que era. Ela adorava a companhia do pai e até o contato físico com ele era prazeroso para ela.

Isso era uma coisa que ela tinha parâmetro para avaliar, pois já havia ficado com alguns garotos da sua idade e esses contatos não lhe davam a mesma sensação que sentia quando o pai a abraçava, beijava seu rosto e até mesmo quando ele ficava a encarando com orgulho. O olhar dele era de orgulho pela filha linda e comportada que tinha, mas o dela era diferente. Só que ela não sabia o que era e ele não percebia a diferença entre o jeito que a filha lhe olhava agora e a de antes.

A consciência do que isso significava ocorreu por causa de outro detalhe. Uma coisa que Lalana já entendia eram os olhares dos garotos para o seu corpo bem feito e ela se incomodava, mas quando esse olhar vinha de um homem já adulto, um professor ou mesmo alguém com quem se encontrasse ocasionalmente, ela sentia um frio na barriga. Ficou apavorada quando se surpreendeu desejando que seu pai também a olhasse da mesma forma e resolveu guardar isso com ela como um segredo que jamais seria revelado a alguém.

Como passou a ficar mais atenta a esses detalhes, foi impossível não perceber que, entre os homens que conviviam com ela, o de Gunnar era o mais insistente. O homem a olhava de um jeito todo dele. Era como ele a desnudasse com os olhos. Lalana ficava muito excitada quando percebia que estava sendo admirada pelo pai de sua amiga, porém, ao prestar atenção nisso, ela percebeu que o mesmo olhar que Gunnar dedicava a ela também era destinado à Thyra.

Ela ficou ainda mais assustada com isso e tentava disfarçar seu incômodo, porém, no dia em que surpreendeu o Gunnar olhando daquele jeito para a filha e, pela primeira vez olhou para a amiga para ver se ela estava notando como seu próprio pai a olhava, viu algo que não esperava. Sua amiga olhava para o pai do mesmo jeito e, pior ainda, dirigiu a ele um sorriso que era um verdadeiro convite ao pecado.

Aquela descoberta abalou de vez à jovem. Sem poder se contê-la, na primeira oportunidade que teve, questionou à amiga sobre isso. Lalana sabia que a Thyra não era mais virgem e que já transara com pelo menos três dos garotos da escola, afinal, a amiga lhe contava tudo. Mas a resposta que Thyra lhe deu quando ela comentou sobre a forma como ela e o pai trocavam olhares de desejo foi o marco que mudou de vez a sua forma de pensar. Olhando bem nos olhos dela, sem se intimidar, a loirinha respondeu quando foi questionada a respeito do pai:

– Ih! Você não sabe de nada!

– E tem mais alguma coisa para eu saber?

Thyra nessa hora quis recuar e tentou mudar de assunto fazendo com que Lalana cobrasse dela:

– Sem essa Thy. Não se esqueça de que a gente tem um pacto de nunca mentir ou esconder nada uma da outra. Ou isso só vale para mim?

– Não é isso Lana. Eu tenho medo de te contar e você deixar de ser sua amiga.

– Eu nunca vou deixar de ser sua amiga. Somos irmãs, está lembrada?

Thyra abaixou a cabeça e ficou refletindo sobre isso. Ela tinha acabado de deixar escapar que tinha um segredo que não revelara à amiga e agora era cobrada sobre isso. O amor que Lalana tinha por Thyra era correspondido da mesma forma e na mesma intensidade. Elas se adoravam e nunca tinham tido qualquer problema em seu relacionamento e nem se importavam quando esse fato era comentado por algum colega de colégio que tentava dar a ele uma conotação depreciativa. Depois de pensar muito, a garota respirou fundo e falou:

– Olha, O que eu vou te contar é muito grave. Quer dizer, eu não acho nada grave, mas as pessoas condenam.

– Fala logo Thy. Você está me assustando.

– O meu pai e eu já transamos. Ele foi o meu primeiro.

Lalana nessa hora ficou branca. Levou as duas mãos ao rosto e, como estava sentada na cama, curvou o corpo abaixando sua cabeça até encostar-se às pernas. Thyra nada fez e ficou apenas olhando para a amiga, apreensiva com a reação dela. Porém, ficou mais tranquila quando Lalana voltou à posição normal e, com uma expressão diferente, mas que não era de repulsa, perguntou:

– E como foi isso?

– Bom, Lana. Na minha casa, quando estamos só nós lá, as coisas são diferentes. Desde pequena que eu tomo banho com meus pais. Na semana seguinte à nossa festa de aniversário, quando completamos quinze anos, eu entrei no banheiro e da suíte de meus pais porque lá tem a hidromassagem, você sabe e meu pai estava debaixo do chuveiro, totalmente nu. Eu, que estava usando apenas uma calcinha, fui tratando de tirá-la e entrei na hidromassagem e abri as torneiras. Ela estava vazia, mas aquele jato de água atingindo meu corpo sempre me deu uma sensação boa. Estava distraída movendo meu corpo para que o jato de água alcançasse várias partes do meu corpo quando olhei para o box e fiquei pasma. Meu pai olhava para mim com um olhar de desejo. Para piorar, sua mão acariciava levemente seu pau que estava para explodir de tão duro.

– Nossa! E o que você fez?

– A primeira reação que tive foi a de me abaixar o máximo dentro da hidro tentando esconder minha nudez, mas quando eu fui fazer isso, um dos jatos da água atingiu em cheio a minha xoxota. Menina nem te conto. Aquela água morna batendo no meu grelinho me tirou do sério e eu não resisti e fiquei naquela posição e a sensação de prazer ficou ainda mais forte. Virei a cabeça para olhar para o meu pai e vi que ele já se masturbava olhando para mim e não sei o que deu em mim. De repente, tudo o que eu queria era dar prazer a ele. Então fiquei ali sentindo minha excitação crescer, alternando meu olhar entre o pau duro de meu pai e seus olhos. Aí aquele frio que eu sentia na barriga começou a ficar quente e se deslocou para a minha coluna e depois foi crescendo em todas as direções antes de se concentrar inteiro na minha bucetinha. Então eu gozei. Como você sabe, eu já tinha tocado umas siririca e já sabia o que era gozar, mas nada o que tive antes era comparado aquilo. Minhas pernas viraram uma gelatina, minha respiração começou a se alterar até se transformarem em gemidos e, segundo meu pai me falou depois, minhas feições se transformaram e ele viu, pela primeira vez em mim, uma linda mulher sensual em vez da sua garotinha. Gozei tanto que meu corpo tombou para o lado enquanto eu continuava tendo espasmos.

– Foi assim tão bom? Deve ter sido a melhor gozada de sua vida.

– Não amiga. Não foi. Mas deixe-me contar. Eu cai meio que desmaiada na hidromassagem e logo a seguir senti umas mãos me puxando. A hidro já estava com água até a metade e meu pai ficou com medo que minha cabeça ficasse abaixo da água e correu para me ajudar a levantar. Ele pegou minha mão e puxou me colocando em pé. Como eu estava com as pernas bambas, me abracei a ele e senti o pau dele já amolecendo pressionando minha barriga e percebi que tinha algo a mais. Então me afastei dele e olhei para o seu pau notando que ele estava todo melado. Então olhei nos olhos dele e, sem saber de onde tirei a coragem, perguntei se ele havia gozado. Ele confirmou balançando a cabeça e eu segurei seu pau com minha mão e comecei a esfregar meu polegar na cabeça esparramando a porra que ficou grudada nela, o que mais tarde vim a saber que aquela porra pertencia ao último jato que, já sem forças, escorreu pelo pau que estava virado para cima. Não bastasse isso, segui o ímpeto que me dominava e levei o polegar à minha boca e chupei para matar a minha curiosidade. Eu queria saber que gosto tinha.

– Nossa Thy. Que tesão está me dando. – Falou Lalana com a voz alterada e depois perguntou: – E depois disso, vocês transaram?

– Não. Depois que eu limpei meu dedo com minha boca, meu pai puxou minha mão para tirar o dedo da minha boca, me abraçou e me deu um beijo de língua. Se ele quisesse me comer naquela hora ia dar, pois durante o beijo senti que seu pau estava novamente ficando duro, pois estava encostado na minha barriga e eu o senti me cutucando.

– Então foi ele que não quis?

– Foi. Eu até voltei a pegar no pau dele, mas ele me afastou, entrou novamente sob a ducha, lavou seu pau e depois saiu do banheiro enrolado na toalha. Eu fiquei ali olhando para a porra dele esparramada no piso do banheiro.

– Tá. E quando foi então que ele tirou sua virgindade?

– Foi naquela mesma noite. Depois que ele saiu do banheiro ele foi até a cozinha onde estava minha mãe e contou tudo a ela. A partir daí tudo mudou na nossa vida. A dona Michele, durante o jantar, estava muito mais carinhosa do que o costume. Não parava de me elogiar dizendo como eu estava linda e não perdia a oportunidade de fazer carinhos em mim. Até que, quando estava chegando a hora que normalmente vamos para a cama, meu pai saiu da sala onde estávamos e foi para o quarto deles. Então ela pediu para que eu sentasse ao lado dela e me falou que sabia do que tinha acontecido no banheiro e depois se eu queria ir em frente com aquilo. Eu fiquei assustada e até perguntei para ela se não era errado e ela disse que tem pessoas que acham que é errado e é por isso que eu jamais deveria contar nada para ninguém e depois me contou que ela tivera sua primeira experiência com o pai e que a mãe dela sabia e que esse talvez fosse o destino das mulheres das nossas famílias.

– E lógico que você falou que queria, não é sua safadinha?

– Não. Eu só falei para ela que tinha medo porque não sabia o que iria acontecer depois e foi nessa hora que a Michele me falou que sendo meu pai, pelo menos ele ia me respeitar e com isso eu aprenderia como dizer não a um homem quando não quisesse transar com ele. Aliás, ela falou muito mais e até me fez prometer que eu jamais aceitaria transar com alguém se isso não fosse o meu desejo. Eu sei que no fim eu perguntei se ela ia ficar junto com a gente e ela perguntou de volta se era isso que eu queria. Eu disse que pelo menos assim ela poderia me ensinar como fazer e ela explicou que poderia me ensinar muito mais. Quando eu perguntei o que era esse muito mais, ela beijou minha boca e quando se afastou de mim disse que aquilo poderia ser algo entre o ‘muito mais’. Na hora não sei o que me deu que, em vez de dizer alguma coisa, eu a ataquei e voltamos a nos beijar.

– Você está me dizendo que sua primeira vez foi com seu pai e com sua mãe juntos?

– Exatamente isso. E só não vou te dizer que foi a melhor foda da minha vida porque depois desse dia já tivemos muitas outras e cada uma parece ser melhor que a outra.

Lalana, que continuava sentada, baixou a cabeça e ficou pensativa. Isso preocupou sua amiga que entendeu que tinha assustado a ela. Mas essa impressão foi deixada de lado quando a Lalana levantou a cabeça e, olhando bem nos olhos da amiga, lhe confessou:

– Que maravilha. Eu fico até com inveja. Eu queria tanto ter um pai assim.

Sem conter a alegria de ver que a amizade delas não estava ameaçada, Thyra se jogou sobre elas e no impacto ambas caíram deitadas na cama. Lalana deitada de costas com o corpo atravessando a cama e com os pés ainda no chão e Thyra de bruços, com o corpo enviesado em relação a ela, com as pernas afastadas do corpo dela e com a cabeça erguida sobe a dela. Ela tinha a intenção de agradecer à amiga pela compreensão, entretanto, os olhos verdes dela encarando o seu provocou nela o desejo de beijar a amiga e foi isso que ela fez. Thyra ficou exultante quando sentiu que seu beijo era correspondido e não hesitou em invadir a boca da Lalana com sua língua. O beijo só terminou quando, movida pelo tesão, a Thyra aproveitou a posição em que estavam e levou a mão até os seios da amiga. Como se despertasse de um sono, Lalana a empurrou e voltou a se sentar enquanto falava:

– Você está doida Thy? Você não pode fazer isso comigo?

– Desculpe amiga, eu acho que me descontrolei. – Respondeu Thyra sem esconder o seu constrangimento.

Ao ver o estado da amiga, Lalana sorriu e disse:

– Sossega maninha. – Esse tratamento de maninha que elas se davam só era usado em momentos especiais e isso tranquilizou de vez a loirinha que ficou ainda mais feliz quando a Lalana completou a frase: – Sabe que eu gostei, só que eu tomei uma decisão que proíbe de que eu faça isso agora com você.

– E que decisão é essa?

– Vou fazer igual a você. Não sei como nem quando. Mas custe o que custar, o meu primeiro homem vai ser meu pai. Eu amo tanto a ele.

– Que legal maninha. Olha, e pode contar comigo que eu te ajudo no que for preciso.

– Sai pra lá sua safada. Você já está querendo é dar para o meu pai também.

– Olha. Até posso estar querendo, pois seu pai é lindo e ter aquele corpo enorme dominando a gente deve ser uma delícia. Mas fique tranquila porque eu te prometo. Enquanto você não conseguir transar com ele, eu também não transo. Agora, depois que você transar, pode ter certeza que eu vou dar um jeito de conquistar a ele também.

– Sua biscate. Deixa meus homens sossegados.

Rindo ao dizer isso, Lalana puxou Thyra para ela e a beijou. A loira tentou novamente tocar seu seio e foi empurrada com o comentário:

– Sai pra lá sua sapatona. Eu quero é um homem. E um homem bem grandão e muito, mas muito especial mesmo.

– Tudo bem sua boba. Você que sabe. Mas se você mudar de ideia, eu também quero ser a sua primeira mulher. Tem um monte de coisas que eu quero te ensinar.

– Você vai minha maninha querida. Eu te prometo.

Falando isso Lalana voltou a puxar Thyra para si, porém, antes que suas bocas se encontrassem, ela pegou as duas mãos da loira e prendeu com as suas nas costas dela enquanto falava:

– Sem mão boba dessa vez, tá bom?

Thyra não teve a chance de responder, pois desta vez foi a língua de Lalana que invadia a sua boca.

NOTA: Aviso aos meus amigos que acompanham meus textos que não vou mais publicar contos às quartas-feiras. Não compensa porque o número de visitas cai muito.

Acredito que isso se deve aos jogos de futebol transmitidos pela TV. O que eu não consigo entender muito bem, afinal, para que assistir aos jogos se todo mundo saiba que o Palmeira ia ser campeão.

Quanto ao Botafogo, a sua estada na liderança do campeonato esse ano pode ser comparado a um elefante em cima de uma árvore. Ninguém conseguia entender como ele foi parar lá, mas todo mundo sabia que uma hora ele ia cair. VAI VERDÃOCHUPAAAAAA.

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Comentários

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Não sou fã desse tipo de conto de incesto mas como o nassau escreve tão bem que irei continuar a prestigia-lo.

Dito isso essa Michele se acha a ultima bolacha do pacote, ela conseguiu ser mais irritante que a Bruna e muito disso é culpa do Kleber que só vive pra filha e pra essa "esposa" que manda totalmente nele.

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Apesar de não curtir incesto,vou continuar lendo. Kleber parece que se apaixonou por Michele,mas ele é um personagem fraco,é muito cobiçado,mas não corresponde. Se ele fosse o único que no fim das contas não curtisse esse carrossel de putaria,seria bom.

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Salve Fluzao, o campeão kkkkkk nota mil amigo 👦 parabéns pela saga

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Eu gostei demais, porque até que enfim ele começou a tomar um pouco de atitude, ele esta sofrendo, mas esta se impondo

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Sensacional Nassau!

Esses Michelle tá se achando hein.

Ah outra coisa, cuidado que meu Galo tá na briga.

Kkkkkkkkkkk

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Kkkkk essa observação foi de rachar! Mas pode publicar quarta sim, se esse for seu desejo, pois eu mesmo não assisto futebol!

Quanto ao conto, não tenho palavras para explicar as emoções sentidas, e já anseio em saber o que vai acontecer! Excelente, parabéns novamente, mas publicando assim vai me deixar viciado!

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Botafogo.....maó cavalo paraguaio.....kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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O parmera pode até ser campeão (provavel até) mas o botafogo não foi campeão por um TIQUINHO assim oh (_).......kkkkkkkkkkkkkkk (em tempo: sou paulista).

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