(...) do berro que a gata deu! - Parte 15 - Final

Um conto erótico de Mark e Nanda
Categoria: Heterossexual
Contém 3790 palavras
Data: 29/11/2023 10:11:23

Na salinha da entrada, Leonardo se vestiu, chamou um Uber e foi para outro hotel, onde uma reserva já estava feita em seu nome. Assim que chegou e tomou um merecido banho, colocou seu telefone no silencioso, mas ficou aguardando ansioso a chegada das filmagens daquela nova suruba em que Vivian havia sido envolvida. Já passava das onze da noite, quando os primeiros vídeos e fotos começaram a chegar, todas tiradas após sua saída para não haver risco de comprometê-lo.

(CONTINUANDO)

As fotos não continham nada demais, apenas sexo, e uma já esperada rotatividade de comedores em Vivian. Até Laura, à certa altura, havia vestido um “cintaralho”, bastante dotado diga-se de passagem, e dado uma surra em Vivian, digna dos melhores comedores. Entretanto, o espanto ficou por conta do pau do tal Dom Mustafá: esse realmente era colossal, sem exageros, quase um extintor de incêndio em tamanho e grossura. Na foto que mostrava sua penetração, dava para ver o rosto de pânico de Vivian, tenso, retesado, quase roxo, numa expressão de imensa surpresa e dor.

Leonardo passou a assistir os vídeos e havia mais do mesmo: sexo, sexo e sexo! Apenas as posições variavam, conforme revezavam os comedores. Depois de soltarem os braços de Vivian, passaram a comê-la também de lado, frango assado, de bruços, cadeirinha, de quatro, etc. Enquanto estavam nessa primeira rodada de luxúria, com Vivian cavalgando Dom Antunes, Francisco começou a instigá-la:

- Então, você gosta de trair seu marido, não é, Vivian?

Absorta em sensações nunca antes sentidas, ela apenas negou com um “Um-Um!”, que não o satisfez. Ao contrário, o deixou bravo:

- Quero que você seja objetiva, Vivian! Quer o perdão? Então, seja honesta e objetiva em suas respostas. Assuma seus erros e clame por perdão. - Insistiu e voltou à carga: - Você gosta de trair seu marido?

- Não! - Respondeu Vivian: - Eu… Eu… Só aconteceu. Desculpa…

- Mas então você o traiu?

- Sim…

- Com quantos?

- Eu... Não sei. Alguns…

- Com quem?

- Quem!?

- Isso! Com quem?

- Poxa! Precisa disso mesmo? - Ela perguntou.

Dom Perez que assistia a cena, pegou uma palmatória e caprichou em uma lapada em sua bunda, fazendo com que Vivian gritasse alto e tentasse fugir. Foi mantida no lugar por dois auxiliares que a deitaram e seguraram sobre o peito de Dom Antunes e novamente uma lapada foi ouvida, seguida de outra. Ela gritou alto novamente e começou a chorar. A câmera focou em sua bunda e pude ver um vermelhão surgir. Sem dúvidas, quem bateu, gostava do que fazia, porque caprichou. Vivian instintivamente entendeu que precisaria colaborar ou o sexo poderia tomar um rumo que ela não parecia disposta a trilhar:

- Com… quem? - Insistiu Francisco.

- Vítor e Garrincha, um médico e um enfermeiro no hospital onde trabalho.

- Os dois… juntos!?

- Separados e juntos. Sim…

- Teve mais alguém?

- Álvaro e Ditão, também médicos. - Suspirou, contendo as lágrimas e continuou: - Cícero, Japa e Laudemir, são enfermeiros…

Mustafá começou a rir e falou:

- Eu já tinha ouvido falar que essa turma de hospital é fogo, mas, ó! Vou te dizer uma coisa…

Francisco concordou e voltou a perguntar:

- Só gente do meio ou você traiu seu marido com mais alguém?

- Um ex, Paulinho… Tá, dois ex, Paulinho e Ricardo.

- Porra, Vivian! Tem alguém para quem você não tenha dado depois que casou? - Francisco perguntou, já gritando, irado com a devassidão daquela loirinha de feição inocente.

- É pra falar mesmo?

- É claro, fala, porra! - Ele insistiu.

- Ué, pra você, Francisco! Esqueceu que a gente ficou algumas vezes também?

- Sou seu dono, sua biscate. No meu caso, é diferente.

- Então… Então, eu acho que é só.

- Só mesmo!? Se eu descobrir que você está mentindo, essas lapadas que você levou vão ficar parecendo carícias em um bebê.

- Juro! Não teve mais ninguém.

- Nem um boquetinho?

- Não! Mais ninguém mesmo.

- Entendi. E vai continuar com essa vida de puta?

Ela se calou, parecendo não ter uma resposta. Ele insistiu:

- Vai continuar com essa vida de puta, Vivian?

- Eu não sei. Acho que não. Sei lá...

Daí por diante a trepada ganhou velocidade, intensidade e porquê não dizer ferocidade, temperada com toques de maldade. Aparentemente, foi nesse momento que surgiu o tal do Dom Mustafá, nu, e Leonardo novamente teve um choque, pois, além de hiper dotado, ele era uma máquina de tortura medieval. Depois de deitarem Vivian de pernas abertas, ele a penetrou sem cerimônia e passou a socar seu pau sem dó ou piedade dela que tentava se debater, mas era mantida presa na cama. Em poucos minutos, ele a exauriu por completo, até o último suspiro.

Vencida, extenuada, passaram a usá-la como se fosse uma boneca de sexo. Agora, além das trepadas “solo”, passaram a usá-la em duplas, alternando entre boca e buceta, mas logo se cansaram e passaram também a fazer duplas penetrações vaginais e anais. Algum tempo depois, ousaram uma dupla penetração vaginal que só não foi ouvida do hotel em que Leonardo estava, porque Antônio fez questão de calar a boca de Vivian com seu pau.

Importante ressaltar que entre as sessões de sexo e dentro delas próprias, Vivian também foi submetida a algumas intercessões de terapia sadomasoquista, com palmatórias, chibatas, cordas, toalhas, prendedores, aparelhos de choques e outros instrumentos, tudo protagonizado por Dom Perez com auxílio mais que providencial de Lady Laura. As marcas pelo corpo de Vivian se multiplicavam, mas como eram permeadas por sexo, um sentimento contraditório a fazia quase desfalecer de dor e prazer. Aliás, quase é um termo equivocado, porque Vivian, durante sua segunda trepada com Mustafá teve uma dor tão grande que chegou a desmaiar mesmo, sendo reanimada e novamente submetida a estímulos e punições.

O último vídeo se iniciava com Dom Mustafá deitado na cama. Kenji e Antônio colocaram Vivian sobre ele. Ela já não tinha mais forças para nada, nem falar parecia conseguir, tanto que tiveram que ajudá-la a encaixar o pau dele em sua buceta. Ela se jogou em seu peito, arrasada. Entretanto, quando Antônio se posicionou atrás e começou a forçar uma penetração anal, o próprio Leonardo sentiu-se mal e decidiu não assistir mais. Aquilo já era demais até mesmo para ela. Talvez se ele tivesse ficado lá, teria parado antes de acontecer, mas como era um vídeo, nada mais havia que ele pudesse fazer.

Leonardo, suspirou fundo, sentou-se em frente a um notebook e acessou um aplicativo financeiro, conferindo se uma transação havia sido finalizada como ele havia programado. Confirmado, ainda que feliz, mas tomado pela fadiga, ele se sentou em uma poltrona de frente para a sacada de sua suíte, degustando seu uísque, enquanto olhava para a noite paulistana. A segunda fase de seu plano estava concluída.

***

Um tempo após a saída de Leonardo, Vivian foi submetida por Francisco a um verdadeiro interrogatório com toques de terror psicológico. Entretanto, culpada, ré confessa do marido, e ainda acreditando na possibilidade de seu perdão, reiterou todas as suas traições, dando os nomes de todos a quem havia se entregado.

Após isso uma sessão de sexo extremamente hardcore se iniciou. Vivian nunca imaginou que o ser humano fosse capaz de tamanhas perversidades a que fora submetida. No início, ela até curtiu, gozou, mas depois além de ter sido impedida reiteradas vezes de gozar, passou a ser comida sem o menor cuidado ou carinho, sofrendo violências indizíveis em sua intimidades, além também das físicas, com espancamentos aos quais nunca concordara participar.

Seu “clímax”, se assim pode se dizer, deu-se no final, quando a colocaram para cavalgar Dom Mustafá e ainda foi empalada no cu por Antônio, os dois mais dotados naquele recinto. A dor era lancinante. Ela não se lembra direito de como tudo terminou e acredita que tenha sido por ter perdido os sentidos em algum momento. Aliás, ela apagou realmente, extenuada, fatigada, usada, morta e abusada, dormindo por horas a fio ali, sobre aquela cama fétida de gozos dos mais variados. Quando acordou, apenas Antônio estava ali, sentado numa poltrona ao lado:

- Ca… Cadê o Léo? - Vivian perguntou.

- Ele... já saiu há um bom tempo, Vivian.

- Como assim “saiu”!?

- Ele foi embora ainda ontem à noite. Pouco depois de sua sessão “privé” começar.

- Que horas são?

- Quase cinco da manhã.

Vivian tentou se levantar, mas todo o seu corpo doía. Suas pernas não a obedeciam e foi Antônio que a ajudou a ir até o banheiro, onde esperou que fizesse suas necessidades e depois a banhou novamente, mas agora de uma forma carinhosa, cuidadosa, como se tratasse de uma pessoa querida, praticamente da família. Depois acompanhou Vivian até a salinha que servia de vestuário, onde ela se vestiu e ligou para Leonardo, sem êxito. Tentou várias vezes e mandou diversas mensagens, perguntando “onde ele estava”, “por que a havia deixado”, “por que estava fazendo aquilo”, etc. Nenhuma resposta obteve.

Ela pediu um Uber e minutos depois chegou ao seu hotel, onde entrou caminhando com dificuldades, mas fingindo bem para não ser notada. Chegou a sua suíte e as coisas de seu marido não mais estavam lá. Já passava das seis e meia. Sobre a cama, havia apenas uma carta.

***

Alheio a tudo e todos, num confortável apartamento em Higienópolis, acordava um personagem bastante conhecido dessa história, Francisco. Entretanto, seu desjejum não seria nada agradável, porque, à porta de seu apartamento, um grupo composto por um delegado e três agentes da Polícia Federal, além da cúpula da OAB paulistana, aguardavam serem atendidos:

- Dr. Francisco Carvalho de Pinheiro Fonte Nova? - Perguntou o delegado.

- Sim, sou eu.

- O senhor está preso! Tenho comigo um mandado de prisão e outro de busca e apreensão de objetos, eletroeletrônicos, tudo dentro do IP especificado no mandado que investiga desvio de valores de licitações públicas, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro relacionado à empresa DeepBlueStar S/A. Por favor, eu gostaria que o senhor se desse por ciente, assinando aqui e aqui.

Atordoado, Francisco pegou os documentos e começou a ler, sem entender nada do que estava acontecendo, pois ele nunca tivera nenhum tipo de negócio com essa empresa. Ele sequer lembrava que empresa era aquela. Todos entraram em seu apartamento e ele se sentou no sofá da sala, na companhia do delegado e dos membros da OAB. Os demais agentes deram uma devassa em seu apartamento, apreendendo notebook, computador, pendrives, celulares, dinheiro e documentos. Mesmo atordoado o nome da empresa começava a fazer sentido e junto da lembrança, veio também o nome do principal diretor administrativo daquela empresa:

- Leonardo. - Francisco balbuciou e agora falou alto, quase gritando: - Filho da puta! Ele não pode ter feito isso. Não comigo!

Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, um colega chamou sua atenção:

- Dr. Francisco, te oriento a não dizer mais nada. Vamos aguardar e apenas aguardar que eles realizem as diligências.

Francisco estava irado e ainda não entendia nada, não sabia o que dizer e apenas concordou, discordando de tudo, mas concordou…

***

Sentada na cama, tremendo de dor e medo, Vivian começava a ler aquela carta:

“Vivian,

Gostaria muito que as coisas tivessem sido diferentes entre a gente. Juro que gostaria mesmo!

Entretanto, a sua desonestidade comigo fez brotar um sentimento de ódio que eu nunca imaginaria ter um dia e justamente contra você.

Até o último momento, eu esperei que você pudesse se dar conta de seus erros e se arrepender honestamente. Nada aconteceu e eu cansei de esperar.

Eu sempre te amei, trabalhei, lutei, fiz de tudo para que tivéssemos uma vida boa, digna, e sei que você fez o mesmo, reconheço e agradeço todo o seu trabalho. Bem, nem tudo, porque foi no seu trabalho onde você mais me traiu.

Juro que não entendo porque você me traiu dessa maneira. Logo, eu que sempre te dei toda liberdade. Custava ter sido honesta comigo, transparente, mais cúmplice? Não foi justo, não vindo de você.

Lamento tudo o que aconteceu ontem contra você, mas lamento muito mais tudo o que aconteceu antes contra mim. Não posso perdoar suas traições, tentei, mas não consigo.

Estou me desligando de tudo e todos.

Hoje parto para não mais voltar.

Meus advogados entrarão em contato com você.

Torço para que se recupere e fique bem.

Leonardo.”

O terror semeado no coração de Vivian na noite anterior não era nada comparado às letras frias e secas daquela carta. Ela sabia que havia errado, mas ser abandonada por Leonardo assim, parecia ser demais para ela. Um sentimento estranho tomou conta de Vivian, algo que a sufocava, que crescia dentro de seu peito e ela foi até a sacada de sua suíte, pois queria gritar, colocar tudo para fora, para que o mundo inteiro a ouvisse. Entretanto, do berro que a gata deu nada se ouviu, nem um “a”, um “e”, nada! Somente o silêncio e a decepção dela para consigo mesma. Vivian se ajoelhou e chorou...

***

- “Muchas gracias, senõr!” (Muito obrigada, senhor!) - Dizia uma envergonhada atendente ao contato da mão de Leonardo em sua bunda, não recusado porque ele estava colocando uma nota de cem dólares entre suas nádegas, após ser tão bem atendido em um boquete matinal.

Dois anos já haviam se passado desde a última vez que viu Vivian em São Paulo naquela fatídica noite. Agora, Leonardo curtia a sua vida de divorciado ricaço num exclusivíssimo resort liberal no Caribe. Na verdade, sua estadia já estava próxima de terminar, uma vez que ele não gostava de permanecer muito tempo em um mesmo local. “Viajar, transar, curtir!”, esse era o seu lema atualmente. Ele já estava com viagem marcada para a Suíça, pois queria aproveitar a temporada de Esqui.

Vagarosamente, uma linda morena se aproximava dele, despertada há pouco de seu merecido sono de beleza após uma deliciosa suruba noturna:

- Olá, garanhão. - Disse, toda dengosa antes de se jogar no colo dele e o beijar na boca.

- Ora, ora, ora… Acordou cedo, Laurinha. Não conseguiu dormir bem?

- Dormir!? Dei até sei lá que horas, Léo! Tô toda assada, olha. – Respondeu ela, puxando sua saída de praia e a calcinha do biquíni para mostrar sua buceta vermelha e inchada da farra na noite anterior.

- Mas e você? Como está esse bumbum gostoso? - Ela perguntou, sorrindo maliciosamente.

- Nunca mais eu deixou você enfiar aquela merda no meu rabo! Estou com o cu ardendo até agora.

- Ah, tá… Sei! Mas ontem bem que você gostou e gozou gostoso naquela alemã peituda enquanto eu te socava. Foi ou não foi?

Um sorriso cúmplice dele não negava a pergunta e foi só o que ela conseguiu dele. Ela disse que iria tomar café da manhã, mas, já o conhecendo bem, sabia que ele não a acompanharia e acertou novamente, porque ele preferiu ficar ali mesmo, pensando:

- Fique mesmo, querido, aproveite bastante seu último dia aqui. Afinal, amanhã estaremos longe, não é?

Ele concordou e, então, ela seguiu para o restaurante do hotel, deixando-o com seus próprios pensamentos e pecados. Ali, embalado por uma brisa mais fresca que a de costume e à sombra de um providencial quiosque local, Leonardo começou a sorrir, vangloriando-se da perfeição de seu planos.

Sua intenção sempre fora se dar bem e desviar recursos da empresa em que trabalhava era relativamente simples para alguém com sua capacidade, recursos e amizades. Entretanto, ele queria ter feito o seu “pezinho de meia” para aproveitar com Vivian, a única mulher que ele amou de verdade. Separar-se dela nunca fora uma opção para Leonardo, mas acabou acontecendo.

Vivian o havia traído, é verdade, mas talvez nunca tivesse chegado a tanto se ele não tivesse plantado nela as sementes da curiosidade de um relacionamento liberal. No início, tudo parecia divertido e Leonardo se excitava em ler as histórias de maridos “cuckold”, ao ponto dele se ver naquele papel. Antes dela o trair, mas já sabendo que um ex namorado vinha dando em cima de Vivian, Leonardo chegou a propor que ela aproveitasse um pouco com ele, momento em que ele revelou seu fetiche. Vivian surtou, xingou, brigou, fez greve de sexo, tudo em nome de uma aparente moralidade que Leonardo havia ferido. Ele se resignou, mas para sua surpresa, pouco tempo depois, a rotina dela mudou: horários diferentes, roupas mais sensuais, maquiagens mais insinuantes. Culminou num dia ela ter saído com uma roupa e voltado com outra, com claros sinais de estar alcoolizada. Leonardo a seguiu um dia e a viu com o ex num carro aos beijos, no qual depois seguiram para um motel. O medo o constrangeu a se retrair e Vivian notou sua mudança. Só que quem trai uma vez, trai duas, três, quatro, e com ela não foi diferente, mas Leonardo nunca mais conseguiu flagrá-la, pois ela, desconfiada, esmerou-se na prática. De tudo, o problema maior foi ela ter mentido para Leonardo e negado o direito dele participar, fingindo-se de santa, mas vivendo como uma messalina. “Santa do Pau Oco! Isso sim.”, pensou. Ali nasceu o desejo de vingança nele, mas que somente pode seguir adiante a partir das provas conseguidas por Joel.

Francisco!? Bem, ele foi a pessoa certa, no local certo. Ser um dominador e devorador voraz de mulheres foi um “plus” a mais que nem mesmo Leonardo poderia imaginar no melhor ou pior de seus devaneios. A princípio, Francisco, um advogado de um grande escritório de São Paulo que prestava assessoria para a empresa de Leonardo, fora incumbido para acompanhar uma auditoria financeira da empresa em que Leonardo trabalhava, visando apurar um suposto esquema de desvio de verbas. Francisco era esperto e teria desmascarado Leonardo facilmente. Entretanto, o “Fator Vivian” foi providencial, pois tirou a atenção e zelo de Francisco de seu trabalho, deixando o caminho ainda mais livre para Leonardo. Aliás, ter se tornado amigo de Leonardo e nele ter depositado confiança, tornou Francisco uma peça chave para se tornar o bode expiatório dos desvios. Leonardo sempre foi um administrador hábil e com a ajuda de um hacker, conseguiu facilmente fazer com que as mais vultosas transferências primeiro passassem por contas em nome de Francisco para depois serem transferidas para contas eletrônicas e virtuais em vários e vários bancos do mundo todo, numa cadeia de sequências até se perderem de vistas, vindo, enfim, repousar numa conta de uma Offshore de propriedade de Leonardo. Qual o resultado? O dinheiro sumiu, mas o autor ficou aparente! Francisco foi condenado a uma pena de uma penca de anos e ficaria na cadeia por muito, muito tempo.

O divórcio com Vivian foi rápido e indolor, pelo menos para ele. Uma ameaça de tornar pública suas traições, somada a uma cláusula leonina num Pacto Antenupcial, fez Vivian ficar com apenas vinte por cento do patrimônio do casal. Por ele, ela teria ficado na sarjeta, mas o contrato não autorizava tanto e Leonardo ainda tinha um pouco de sentimento por ela. Relevou. Leonardo vendeu todo o seu patrimônio e investiu tudo numa corretora de criptomoedas, comprando boa quantidade de bitcoins que, somado aos valores de seu golpe, lhe daria recursos para viver curtindo a vida adoidado.

Por coincidência do destino, sabe-se lá como, mas Leonardo sabia bem, vários vídeos de sexo de uma certa médica loira foram posteriormente postados na “Deep Web”, inclusive de uma suruba BDSN. Logo, Vivian se viu no olho do furacão: sua família a rejeitou, a comunidade a rejeitou, seu empregador a demitiu. Vivian se tornou “persona non grata” e não viu outra saída senão abandonar sua cidade natal e se mudar para bem longe. Hoje, vivia como médica numa cidadezinha no interior do Mato Grosso do Sul.

- “Sr. Leonardo, su tarjeta de crédito ha sido rechazada. ¿Te gustaría intentar aprobar otro?” (Senhor Leonardo, o seu cartão de crédito foi recusado. O senhor gostaria de tentar passar outro?) - Foi interrompido em seus pensamentos pela mesma atendente que lhe havia acalentado o espírito com um dedicado boquete.

- Recusado!? Como assim? - Perguntou Leonardo em um bom português.

Surpreso, pegou seu celular e tentou acessar sua conta eletrônica, encontrando-a zerada, sem um centavo sequer. Na outra, pessoal junto a corretora, pouquíssimos bitcoins o esperavam. Ele se desesperou, levantando-se e saindo em desabalada carreira atrás de Laura, a única a quem ele havia confidenciado sua história, dados e senhas. Ela não estava no restaurante e ele foi correndo para a suíte que ocupavam, igualmente vazia. Sobre a cama, apenas um bilhete:

“Ladrão que rouba ladrão, tem cem anos de perdão.

Desculpa, Leonardo, mas eu não conseguiria ser mulher de um homem só, ainda mais um fraquinho como você e como você não parece muito disposto a me deixar curtir quando eu quiser...

Ah, adorei comer o seu cu, mas se aceita um conselho, depile-o da próxima vez.

Beijo.”

***

No interior do Mato Grosso do Sul, Vivian terminava sua última consulta no postinho de saúde da cidadezinha em que estava morando. Acabara de atender um pequeno que estava com um fortíssimo resfriado que poderia se transformar em pneumonia se não fosse tratado com urgência. A família do pequeno não dispunha de recursos e o município não tinha verbas para remédios. Na verdade, até tinha, mas já havia sido desviada pelo prefeito que fora afastado semanas antes. Ela própria abriu sua bolsa e tirou três notas de cem reais, entregando para a mãe, junto da receita e dando as últimas orientações. “Minha boa ação do dia!”, ela pensou e sorriu, enquanto a mãe do pequeno a abraçava.

Despediu-se de todos no postinho e foi até um supermercado local, comprar algumas frutas, legumes, hortaliças e um peito de frango, pois ela havia acordado com vontade de fazer uma sopa. Chegou em sua casa, tomou o seu banho e colocou uma roupa simples e confortável como de costume, indo até a cozinha. Estava já adiantada nos trabalhos quando a campainha de sua casa tocou. “Ué! Mas não estou esperando ninguém!”, pensou, enquanto secava as mãos. Abriu a porta e seu semblante ficou branco, parecia ter visto um fantasma:

- Oi, Vivian. - Disse Leonardo, com um imenso sorriso no rosto, adiantando o corpo para entrar.

Vivian, num ímpeto, fechou a porta na cara do ex marido, golpeando-o violentamente. Ele gritou de dor e ela começou a andar em círculos pela salinha de sua casa, ao redor de sua mesa de centro. Depois de duas ou três voltas, de ter respirado fundo, pensando no que fazer e depois em como fazer, voltou à porta e a abriu novamente. Leonardo segurava o nariz que agora sangrava:

- Poxa, Vivian…

- Entra, amô. - Disse Vivian e apontou o interior de sua casa: - Eu estava te esperando…

Leonardo, confiante no sentimento de Vivian, realmente entrou, mas se ele tivesse observado com um pouquinho mais de atenção o sorriso que ela tinha no rosto, teria pensado duas vezes.

OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO E OS FATOS MENCIONADOS SÃO TOTALMENTE FICTÍCIOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL É MERA COINCIDÊNCIA.

FICA PROIBIDA A CÓPIA, REPRODUÇÃO E/OU EXIBIÇÃO FORA DO “CASA DOS CONTOS” SEM A EXPRESSA PERMISSÃO DOS AUTORES, SOB AS PENAS DA LEI.

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Foto de perfil de Mark da NandaMark da NandaContos: 192Seguidores: 531Seguindo: 20Mensagem Apenas alguém fascinado pela arte literária e apaixonado pela vida, suas possibilidades e surpresas. Liberal ou não, seja bem vindo. Comentários? Tragam! Mas o respeito deverá pautar sempre a conduta de todos, leitores, autores, comentaristas e visitantes. Forte abraço.

Comentários

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Aliás no quesito enredo, narrativa possibilidade de ser fato real esse conto é nota 10.

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O Leonardo tambem pagou caro pela sua calhordice, pois a sacanagem que ele fez a Vivian, mesmo ela tendo errado no casamento com o Leonardo, ele pagou ao ser sacaneado pela Laura. Conto muito bom.

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O que aconteceu com o conto atual?

Vcs apagaram todos os capítulos!

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Esquece, eu viajei!

🙈🙈🙈🤣🤣🤣🤣🤣

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Que bom ler seus textos novamente por aqui!!! Ficou legal essa.

Poderia agora dar continuação a "Claire de Lune" né amigo? Queria ver aquele cara desmascarado e a repercussão sobre a verdade do "cunhado" da Anne. Pensa com carinho, abraços ao casal!!!

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Como disseram abaixo, um conto diferente mas não menos merecedor de parabéns!!! ⭐️⭐️⭐️

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bom final em uma adptação de uma historia ruim onde o final e digno da escrita do Mark e Nanda

Parabens para os dois

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BDSM com humilhação não é minha praia, mas pelo esforço do casal para adaptar e finalizar um conto "largado" aqui no site, 3 🌟🌟🌟.

Porém notei algumas pontinhas soltas, cuja principal delas é o Vitor e sua fotinha que não deu em nada. Aliás, dos que comeram e se lambuzaram da médica casada, nenhum teve nem uma reprimenda do destino e muito menos do marido (eram todos solteiros?).

No geral, tenho elogios à qualidade do texto que realmente nos transporta ao cenário pretendido pelos autores.

Parabéns.

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Interessante esse final... o cara virou ladrão, foi enganado e ficou pobre, levou um pau de borracha no cú e, no final, pelo que deu a entender, vai ser sacaneado pela ex mulher novamente. Kkkkkkkkkk.

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Como dizia Raul Seixas:"Confesso, abestalhado, que estou decepcionado..." Muito aquém do primor de qualidade da redação desse casal. Não pela redação em si, quase impecável, mas o tema, o assunto, as voltas e reviravoltas, tudo muito simplório. Todos nós, leitores desse casal, sabemos que coisa muito melhor, pode sair desse depósito de contos, inclusive a continuação de algumas pérolas, sem final...

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Sei lá, apesar de bem escrita a história não me convenceu. Talvez por trabalhar com personagens criados por outro autor as modificações nas suas condutas soaram estranhas. Como já comentei, os personagens são esquizofrênicos, ou melhor, parecem ter dupla personalidade. Por fim, um administrador hábil capaz de armar um golpe milionário e sair limpo vai confiar suas contas e senhas a uma quase desconhecida? Não fecha...

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Não faz o menor sentido.

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De fato,Himerus,vc fez uma bela análise,como sempre. Mas é bom notar as nuances,os detalhes que perfazem 15 capítulos,muita coisa passa despercebida pelo leitor. Como eu falei,as pessoas costumam torcer pra que um personagem se foda,outro que se dê bem,mas não percebem que ninguém é totalmente decente numa história cheia de contratempos e descobertas a cada capítulo. É preciso observar alguns vacilos,algumas ações que transportam os personagens ora pra um lado "bom" e outro "ruim". Nada pode ser objetivo quando todo mundo pode sacanear o outro em algum momento.

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Concordo contigo, personagens, como as pessoas reais, tem atitudes contraditórias, não são 100% bons ou ruins. O problema, se é que é um problema, é que ações dos personagens perderam seu sentido com explicações posteriores. Por exemplo: Francisco foi no clube de swing para forçar Vivian a explicitar que podia foder com outro, quem propôs o esquema foi Léo, que já sabia das infidelidades da esposa, inclusive com Francisco. O leitor que não sabia disso quando da cena, entendeu como uma grande traição da esposa. Até aí tudo bem, mas o diálogo dos dois apostando a aliança contra o relógio e a indignação de Léo com a traição, ou sua esperança pela fidelidade da mulher, fica sem sentido quando descobrimos que foi uma armação. Ou seja, a narrativa confunde o leitor.

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O final foi bem doido,mas isso mostra que histórias como essa não tem mocinho,nem bandido,existem falhas de caráter e alguém ou todos se dá mal.

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Aeeee Astrogildo...

Em uma duelo entre o Leonardo e o Dagoberto quem é o mais frouxo ? E quem a mais safada, Vivian ou Viguina ? Kkkkkkkkk

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Leonardo é malandro... ele foi maquiavelico na história... dagoberto é mais banana... não tem tanta iniciativa

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Dagoberto era um ganancioso que não teve jogo de cintura para reverter seu revés. Leonardo é muito mais misterioso e bipolar.

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Hehehehehehehehe....Dagoberto era um deslumbrado e Leonardo é um personagem muito mais complexo. O mesmo das meninas: Vivian doi estimulada e se perdeu no caminho

Já Virna,eu diria que é muito mais inteligente,perspicaz e tinha concepções de poder sexistas. Mas são contos bem diferentes,caminhos nem diferentes,e os personagens tem características bem distintas.

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Entendi, vi seus outros contos e são bem sinistros.

Voce também levaria jeito pra criar boas histórias de BDSM.

Aguardando aqui as próximas histórias...

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Eu vi que ali na suruba alguns acharam que a Vivian servia para dominadora... jamais... A virna sua personagem sim, essa serve para ser como a Laura... já a Vivian daqui serve pra submissa apenas

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Parabéns, Mark e Nanda! Mais uma série concluída. O tema não é para todos, mas só por ter feito algo diferente do normal, acredito que vocês estejam bastante satisfeitos. Que venham novas histórias.

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...🤔... embora muuuito bem escrito como TODOS os contos de vocês, a julgar pelo último capítulo eu acho que eu fiz muuuito bem em abandonar está história logo nos primeiros capítulos pois à mesma tomou um rumo que não é minha Praia...rs...mas deixo aqui os meus parabéns aos autores MARK E NANDA pela capacidade de vocês criarem boas histórias...👏👏👏...👁

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Conto de bosta esse, sem noção essa de roubo é a puta se dar bem no final. Ridículo

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Mark não acredito vai começar tudo se novo eita casal kkkkkkkkk

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Final me deu uma sensação muito ruim.

Por favor, façam uma continuação.

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Algumas observações:

1) o ladrão foi roubado pela Laura

2) a Laura viu em Vivian uma "candidata a dominadora"

3) no final Vivian manda ele entrar e diz que está esperando

4) Leonardo incentivou Vivian a trair

5) Leonardo usou Vivian para enganar o Francisco e poder continuar roubado da empresa

6) Leonardo jogou o desvio nas costas do Francisco, que ficou iludido com a questão da Vivian

Resumindo, são várias as conclusões, mas ao meu ver ou a Vivian armou tudo isso com o Leonardo... ou, o mais provável, Laura e Vivian roubaram juntos o Leonardo e agora ela recebe ele de volta para ser o escravo dela...

Com relação a "sociedade bdsm", quem agora ficou pós a prisão do Francisco?

Tem muita coisa para uma segunda temporada... vamos ver...

Mas fato que existe muito mais cumplicidade entre Leonardo e Vivian do que imaginávamos...

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Hehehe algumas reviravoltas aconteceram, mas no final o ganancioso sempre fica aderiva! Parabéns mais uma vez Mark!

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