O Filho do chefe [16] ~ Natal em família

Um conto erótico de Diego
Categoria: Gay
Contém 3903 palavras
Data: 24/11/2023 20:52:19
Assuntos: Gay, Início, Sexo, Traição

Rodrigo estava apenas vestindo um shortinho curto. Estava limpando a piscina.

Stella estava com uma criança no colo.

Eu fiquei olhando para o Rodrigo até que ele me olhou de volta e exibiu um sorriso mostrando todos os seus dentes branquinhos.

Senti umas pontadas em meu peito. Sorri de volta para ele. Então... É... Eu acho que estou mesmo apaixonado por ele, assim que o vi tive vontade de ir lá beijá-lo e abraçá-lo. E não com uma vontade envolta em luxúria e desejo, e sim algo mais carinhoso...

Ah, droga! CARINHOSO! Eu?

Meu pai logo foi conversar algo com o “Betão”.

Eu fui falar com o Rodrigo, porém antes de chegar ao meu destino cruzei com Stella.

- Oi! - ela falou simpática, exibindo seu sorriso tímido.

- Olá! - falei sorrindo vendo aquela criança em seu colo.

- Fala oi pro Di, fala!

Ela falava fazendo uma voz infantil para a criança que escondia os olhos. Eu não levo muito jeito para criança não. A criança olhou novamente para mim e dei um sorriso para ela.

- Oi!

Falou com uma voz doce. Seus olhos eram castanhos assim como seu cabelo. Possuía algumas sardas no rosto. Era um menino. Deveria ter no máximo cinco anos.

- Sou o Caio! Meu primo Rodrigo me chama de Cai, e eu gosto do meu primo e gosto de Cai! - ele falou rindo.

- Olá então, Cai.

Falei sorrindo para o menino que sorriu tímido para mim.

Rodrigo veio até nós, pegando o menino no colo e jogando-o ao alto.

- Rodrigo, cuidado com ele! - Stella falava desesperada. O pequeno apenas ria. Rodrigo finalmente segurou-o firme em seu colo.

- Digão! Depois eu quero jogar videogame com você! - ele falava tímido.

- Opa! Para me vencer de novo? Assim não tem graça hein!

Ele falou depositando um beijo na bochecha do garotinho, que sorriu divertido. Pelo visto ele levava jeito.

Stella! Stella! - uma voz doce gritava vindo a nossa direção. - Você viu o Cai por... - a garota baixa de cabelos escuros e desfiados parou de falar quando viu o pequeno no colo de Rodrigo. Ela arfava cansada.

- Ah, ufa! Achei você, achei que podia estar na piscina! - a garota falou pegando o pequeno no colo.

- Calma Nadir! Você protege seu irmão demais! - Rodrigo falou brincando.

- Diego, essa é minha prima e amiga Nadir. Nadir, esse é meu grande amigo Diego! - Stella falou apresentando-nos.

Ela possuía algumas pintas espalhadas pelo rosto. Era um pouco gordinha, porém muito bonita. Deveria ter a idade da Stella, mais ou menos.

- Ah! Ele é o Diego? - ela me perguntou. - Esses dois vivem brigando por sua causa, cheguei aqui antes de ontem e eles ficam falando: “O Diego vai beber comigo e vamos entrar na piscina de madrugada”, “não o Diego vai assistir televisão comigo, como uma pessoa sóbria e normal”, “Assistir televisão com você? Aposto que ele prefere jogar videogame comigo”, “Ora, até parece, ele é meu amigo antes de ser SEU amigo!”, “Nada a ver pirralha! Ele é MEU amigo, quando vem aqui em casa dorme comigo!”, “Dorme com você porque você é menino, óbvio que ele fica no seu quarto!”

A garota falava imitando as vozes dos dois que ficaram muito constrangidos. Eu dei uma gargalhada. Essa garota imitava os dois direitinho! E bem... Fiquei feliz em saber que eles brigavam por minha causa!

- Ah Stella! Também você tem a Nadir para ficar! Vocês são unha e carne desde pirralhas. Eu não tenho ninguém! - O Rodrigo falou fazendo um dramazinho.

- Ah, tem o Murilo! - Stella falou e Nadir e o Rodrigo riram.

- Meu irmão? - Nadir perguntou. O garotinho viu os dois rirem e acabou rindo também.

- Vivemos em mundos completamente diferentes mana, e você sabe! Ele vive no fashion, no glamour, no pink, meu bem! - Rodrigo falou fazendo uma voz um pouco afeminada.

- Isso mesmo Stella! Ele e o Rodrigo até são amigos, mas não consigo imaginá-los grudados, igual à gente! - a garota falou e Stella riu.

- Viu? Então agora dá licença! Terminei de limpar a piscina e vou com o Diego lá para cima!

Ele falou mostrando a língua para a jovem que ficou enfurecida. Ele saiu rindo e eu, obviamente, fui atrás dele. Na sala tinha um rapaz com seus dezessete anos falando histericamente ao celular. Ele deveria ser o Murilo! Assemelhava-se com Nadir, porém nem tive tempo de cumprimentá-lo, pois o Rodrigo me arrastou lá para cima.

- Se a Stellinha soubesse que o fato de sermos meninos não impede coisa alguma... - ele falou safado enquanto trancava a porta do quarto. - Vou tomar um banho. - ele completou, caminhando até sua suíte, ligando as torneiras da banheira. Pude ouvir o barulho da água.

- Mas, ah! Gosto dela também. - falei do quarto mesmo.

- Sim, eu sei. - ele falou e ficamos em silêncio.

- Vem aqui - ele falou depois de um tempo. Eu fui até o banheiro e o encontrei já dentro da banheira. - Aceita tomar um banho comigo? - ele disse sorrindo maliciosamente para mim.

- Ah... Eu passo. Já tomei banho! - falei e ele me olhou bravo.

- Ok então! Não sabe o que está perdendo. - e virou-se de costas. - Faz pelo menos uma massagem aí vai. - ele falou e eu ri. Caminhei até ele e ajoelhei-me atrás dele. Arregacei minhas mangas e toquei seus ombros macios e rosados. - Ei, eu estava brincando!

Ele falou rindo e eu comecei a massageá-lo assim como minha mãe pedia a mim quando eu era bem criança. Quando eu era bem pequeno ela fazia ótimas massagens em mim, apenas para eu poder fazer nela mais tarde!

Ele começou a dar leves gemidos de satisfação.

- Se bem que está muito bom mesmo.

- Ah é? - perguntei levantando seu cabelo com uma mão e beijando-lhe o pescoço.

- Muito bom. - ele falou.

- Eu sei. –

Falei levando meus beijos até a sua orelha, mordendo a cartilagem e logo em seguida enfiando a ponta da língua no orifício.

Vi os fios de sua nuca se arrepiarem com isso.

Ele virou-se para mim e grudou seus lábios aos meus, passando sua mão já molhada em meu rosto. Nossos beijos eram cada vez mais frequentes e cada vez melhores.

Ele entreabria os lábios sensualmente sugando meu lábio inferior, apenas para me provocar.

Dei leves mordidas em sua boca e ele adorava isso.

Deslizei minhas mãos por seu tronco e senti sua língua adentrando minha boca, explorando cada canto, cantos que ele já conhecia muito bem. Fiz o mesmo com ele, tomando-lhe a boca com vontade, impondo o meu ritmo ao beijo.

Depois de um tempo nos beijando, paramos para tomarmos ar. Ele sorriu malicioso para mim.

- Tira essa roupa, tira!

- Rodrigo! Não! Vamos deixar para mais tarde! - falei sorrindo. - Você está com parentes aqui. Não podemos demorar!

- Está bem! - ele falou bravo. - Mas de noite você não me escapa! Estou com saudades.

- Sei. - falei sorrindo maliciosamente. - Saudades de gritar meu nome, né? –

Caminhei até ele apenas para falar isso em seu ouvido. Ele sorriu cínico para mim. Eu passei a gostar deste sorriso irritante dele!

- Hoje Diego, meu caro, quem vai gritar o meu nome é você. Você vai gritar meu nome e me pedir por mais, cada vez mais! - ele falou malicioso.

- Igual você faz? - perguntei.

Não vou negar que tenho vontade sim de ser dominado por ele. O que me impede nem é manter uma aparência mais hétero, pois acho isso ridículo. O que me impede mesmo é o medo de doer. O meu pau pode ser maior, mas ainda assim tenho medo.

- Sim. Igualzinho.

Ele falou envergonhado, sorrindo sem graça. Pelo jeito eu o peguei de jeito. Ajoelhei-me ao chão e dei-lhe um beijo leve, apenas um estalo.

- Hehe. Vou tentar. - falei e ele sorriu de orelha a orelha. Levantei-me e fui caminhando para fora da suíte.

- Di? - ele chamou por mim.

- Oi? - virei-me e o encontrei um pouco envergonhado.

- Ah... Nada! Esquece!

Ele falou mergulhando logo em seguida. Odeio quando fazem isso! Fui para o quarto e resolvi descer para ficar um pouco com Stella.

Nadir era uma garota muito engraçada. Ela zoava todo mundo e principalmente a si mesma. E quando digo zoar não é para ferir, magoar, é apenas para divertir. Os pais dela não vieram. Stella me contou que isso era normal. Eles gostavam de viajar para fora e os três filhos gostavam de ficar na casa do tio. O pequeno Caio porque adorava o Rodrigo, Nadir porque era um grude com Stella e Murilo porque não queria ficar sozinho com os pais.

Aliás, após nos acomodarmos na sala ele logo veio conversar conosco, apresentando-se. A voz que ele possuía não era muito diferente da qual Rodrigo imitara.

- Oi, bofe. Sou Murilo, prazer, mas pode me chamar de Diva! - ele falou sorrindo, sentando-se no sofá de frente para nós. - Meninas... Onde está o pequeno? - ele perguntou. As duas olharam uma para a outra, mostrando olhares desesperados. Saíram correndo gritando pelo menino. - Aquele ali é muito arteiro. Não pode tirar o olho que ele apronta. - ele falou rindo.

Estava com uma taça de vinho na mão esquerda. Seu cabelo era castanho e curto, ele usava-o para cima. Seus olhos eram castanhos quase vermelhos de tão pigmentados! Se não fosse tão afeminado seria um cara interessante.

- Parece que estamos sozinhos. - ele falou sorrindo malicioso. - Você é bem quieto! Qual o seu nome? - ele perguntou.

- Diego. - respondi sem graça.

- Ahazou! Adoro esse nome! - ele falou sentando-se ao meu lado, deslocando-se de um sofá para o outro. - Você é uma delícia, sabia? - falou, rindo. Eu fiquei muito sem graça com aquela investida tão direta. Não sabia o que falar.

- O Diego é hétero! - Rodrigo, que estava atrás nós dois disse seco. - Ele não curte homens, Murilo. - falou meio irritado.

O que era aquilo? Será que era ciúme?

- Ah, desculpa bofe! É que você é gato, não resisti! - ele falou se levantando e indo para o outro sofá.

- Meu pai e o seu terminaram de cozinhar e é para irmos ajudá-los a levar as coisas para a mesa da sala de jantar!

Ele falou praticamente me arrastando. No caminho para a cozinha encontramos os dois e o pequeno Caio, levando panelas e pratos. Stella e Nadir vieram em seguida com talheres e copos.

- Falta o peru! - Martins nos disse e Rodrigo e eu fomos para a cozinha pegá-lo. Ele encostou a porta da cozinha e veio logo falando:

- Que peru gostoso! Eu olhei para o animal, estava com uma cara deliciosa mesmo.

- É mesmo, estou com muita fome! - falei, ingênuo.

- Quem disse que eu estava falando daquele? - ele perguntou em meu ouvido me abraçando por trás e apertando meu pinto por cima da calça. Eu fiquei sem graça, mas logo ri dessa piadinha infame dele.

- Está bem descarado, hein? - falei virando-me de frente para ele.

- Ah meu filho, trepando com você qualquer um fica. Na primeira noite me senti uma garotinha perdendo a virgindade, mas nas outras meu filho, me senti num filme pornô! - ele falou e eu ri. Eu gosto de ser um pouco agressivo e falar algumas besteiras.

- Desculpa se você não gostou. - falei agarrando-lhe a cintura. Ele apertou logo minhas nádegas.

- Imagina! - Ele falou e rimos antes de trocarmos um beijo. Foi só nossas bocas se colarem que escutamos a voz do Murilo:

- Jesus me dá visão de raio X! - ele falou escandaloso. Eu e o Rodrigo nos separamos NA HORA!

- Mu... M... MURILO? - Rodrigo perguntou espantando. Eu fiquei branco também. Ninguém sabia de nós!

- Sabia que de hétero não tinha nada! - ele falou rindo e pegando o peru. - Vim buscar o peru! E pelo jeito são namorados! Bem que senti o ciúme do meu primo! - ele falou rindo. Ficamos os dois sem graça. - Se preocupa não priminho, não vou tentar roubar seu bofe não, mas se vocês quiserem um ménage, uuuui, é só me chamarem! - ele falou e ficamos mais envergonhados ainda. - E não se preocupem. Divas não fazem fofoca! - ele falou saindo da cozinha.

O resto da noite foi normal. Ceiamos já era quase meia-noite. A comida estava maravilhosa. Meu pai e o Roberto já estavam bêbados.

Logo depois de comermos fomos trocar presentes. Meu pai deu presente para todo mundo, até os três primos! Como ele sabia que estavam ali?

Ah, esqueci-me que ele e meu chefe são uma dupla dinâmica agora. Meu pai deu lembranças, mas todos ficaram felizes. Depois de vários embrulhos sendo abertos e de Stella sorrir a agradecer-me bastante pelo CD o Rodrigo fez um anúncio:

- Bem. Todo mundo sabe que esses dois velhos vão é ficar pescando o ano novo inteiro! - ele falou e rimos. - Todo mundo sabe que eu e o Diego sofremos demais com esses dois! - ele disse e os dois apenas riam bêbados. - Portanto eu, com MEU dinheiro, fiz uma reserva num hotel na praia! - ele falou sorrindo. - Para mim, meu amigo e minha linda irmã Stella, a princípio.

Mas também seria injusto deixar meus três pobres primos com esses dois! - ele falou rindo. - Então, peguei um hotel um pouco mais barato! - ele falou e todos rimos. - Mas estão reservados três quartos para nós! - ele falou sorrindo e todos ficaram felizes. - Preparem suas malas porque viajamos dia vinte e nove! E ah, voltamos dia cinco! - ele falou. Eu fiquei feliz demais com essa notícia.

Depois de todos abraçarem-no foi minha vez, e logo ele sussurrou em meu ouvido:

- A suíte cara é nossa. - ele falou e eu sorri. - Se alguém perguntar eu falo que é porque é meu quarto. - ele falou. Eu fiquei feliz com essa notícia.

Poxa... Eu gosto muito dele, ele me deu um presentão hein! Aliás, para todos. Agora entendi estar sem dinheiro. Não conhecia esse lado solidário dele!

O Rodrigo está me surpreendendo em muitas coisas. Ele é realmente uma pessoa incrível.

Passou um tempo e de tanto beber champanhe, estavam Nadir, Stella e Murilo na água fria da piscina. O pequeno Caio estava com a dupla dinâmica.

Rodrigo pulou animado na piscina jogando muita água em mim! Ele sorria divertido esperando a minha vez de pular. Seu sorriso, quando não era malicioso ou cínico, era muito bonito, e eu passei a vê-lo cada vez mais.

Ele era um eterno bb disso não tenho dúvidas. Ele também é teimoso, cínico, gosta de provocar os outros e o vi até ciumento!

Mas parei para pesar suas qualidades. Nunca esperei que ele fosse legal e inteligente como ele é. Nunca esperei que ele fosse generoso como ele é. Por mais que ele passe uma imagem de durão sabemos que ele é bem ingênuo, às vezes.

Além de tudo ele tem um cheiro muito bom, é bonito, é gostoso e falo isso de boca cheia, e também o sexo com ele é maravilhoso. Ele cuida muito bem de todos que estão à sua volta, pois além de observá-lo com Stella e vê-lo com o pequeno hoje, eu mesmo já o senti cuidando de mim.

Lembram-se do dia em que eu não almocei e ele me trouxe comida?

Eu me joguei na piscina sem pensar depois de ver aquele sorriso. Eu me joguei sem pensar porque com o Rodrigo ali seria divertido. Eu posso ser fechado, meio chato às vezes, mal humorado, sem paciência... Mas o Rodrigo tem o melhor de mim. Ele está me fazendo mostrar um cara legal que sempre existiu aqui dentro. Afinal de contas não me joguei na piscina pela água fria, e sim por ele, porque ele agora representa tudo o que eu quero para mim, e eu reconheço isso e nunca mais, nunca mais, negarei.

Admito que estou apaixonado por aquele que odiei um dia. Não sei o que ele sente por mim, não sei mesmo, mas nunca mais ficarei preocupado com relação a mim. Pararei de maturar e pensar tanto. Vou não só reconhecer, como aceitar que estou completamente apaixonado pelo RodrigoSaímos todos rindo e molhados da fria água da piscina. Ninguém havia pegado toalha. Rodrigo nem fez cerimônia para ficar apenas de sunguinha pequena e enfiando no rego. As dobras entre a sua bunda e as coxas estavam de fora de tão pequena que era aquela sunga amarela. E o seu pau fazia um volume lindo ali.

Ele sacudir sua cabeça, secando assim, igual a um animal, seu cabelo. Eu nem pensei em me despir, nem em respeito pelas meninas e sim por vergonha dos olhos castanhos que me assediavam no momento. Se os olhos falassem creio que estaria ouvindo o pior tipo de pornografia.

Rodrigo viu-me desconcertado e logo rosnou para seu primo, que apenas riu disfarçado.

Olha... Não gosto de pessoas possessivas, mas ver o Rodrigo com ciúmes de mim é algo bom, pelo menos passei a me sentir feliz com isso!Vamos dormir Dieguinho! - ele falou segurando em meu braço. - Feliz natal para todo mundo! - ele falou acenando para os três jovens.

Passamos pela dupla dinâmica e pelo pequeno Cai que já piscava lentamente. Deveria estar com sono! Acenamos para os dois que jogavam cartas agora e eles apenas acenaram, meu pai piscando para mim, deixando-me ruborizado ao me lembrar de que ele agora sabia!

- Rodrigo, você está meio bêbado! - falei preocupado, lembrando-me da última vez que o vi bêbado.

- Não se preocupe senhor Certinho; não passarei mal hoje e você mesmo está um pouco alterado!

Falou pegando uma garrafa de champanhe e duas taças antes de subirmos as escadas. Eu tentei recriminá-lo, mas ah... É natal, não é mesmo? E eu precisarei de um pouco de álcool para esquecer meu nervosismo.

Por que meu pai tinha que ter piscado para mim? E é muito difícil ficar ao lado desse ser de quase 1,80 de altura sabendo que estou apaixonado por ele.

Entramos naquele quarto que havia presenciado as nossas poucas transas.

Ele sentou-se na cama abrindo o champanhe com facilidade, mas logo percebi que a garrafa já havia sido aberta, o líquido estava na metade. Sentei-me na cama de frente a ele. Ele sorria demais devido ao álcool e me olhava de uma maneira estranha.

- Você vai cumprir o que me disse, né? - ele perguntou e eu me lembrei que havia falado que seria passivo.

- Ah Rodrigo, que chato, esse tipo de coisa acontece, se ficar falando perde a graça. - falei desconcertado.

Ele me ofereceu uma taça de champanhe e eu fiz questão de acabar com o conteúdo ali dentro em menos de cinco segundos.

- Que é isso? Medo de eu te machucar? - ele perguntou sorrindo.

- Rodrigo, vai a merda! - falei rindo e ele riu também.

Peguei mais uma taça e virei de uma vez. Dessa vez senti descendo rápido demais e veio-me uma leve tontura. Havia bebido umas duas taças na hora da ceia e mais umas duas na hora de trocarmos presentes. Agora essas duas de uma vez estavam surtindo efeito.

- Ei alcoólatra, deixe um pouco para mim! - ele falou.

- O correto é alcoólico! - retruquei. - E o viciado aqui é você!

Falei deitando-me na cama, aliás, jogando meu tronco rapidamente. Comecei a sentir uma estranha leveza. Foi só me deitar que senti meu corpo inteiro relaxar e fui tomado por uma felicidade alucinante. Deu-me vontade de rir. É... Era o álcool fazendo efeito.

- É alcoólatra, li em livros!

- Acontece que muitas pessoas usam de maneira errada. Igualmente a estória e história. Eu uso apenas história, mas há diferença entre as duas palavras e quando devem ser usadas. Por exemplo, hoje tem aula de história! Ou então, vou contar-lhe uma estória! Entendeu a diferença? Mas esse tipo de coisa ninguém percebe mais e o errado acabou virando certo! O mesmo com alcoólatra e alcoólico. Por acaso é alcoólatras anônimos ou alcoólicos? Alcoólicos! Você pode encontrar alcoólatra em livros, filmes, revistas e novelas, mas acredite em mim Di, o certo é alcoólico!

Falei e logo em seguida ri, vendo o quanto havia falado. Ele me olhava perplexo. E na verdade nem sabia se estava certo, o que aprendi da professora que mais admiro até hoje, dos tempos de escola, é isso. Ele inclinou o corpo ficando sobre seu cotovelo. Estava inclinado sobre mim rindo.

- Cala a boca Diego. Você me irrita. - ele falou e eu ri.

- Você também me irrita, e muito, Di. - falei.

- Adoro quando você me chama de Di, Di. - ele falou mordendo de leve a minha bochecha e eu gargalhei com isso.

- Di e Di! - falei rindo demais. Ele riu de mim.

- Você está bêbado! - ele falou afagando meus cabelos.

- Aham. Agora fecha a porta porque não quero ninguém atrapalhando! - falei rindo.

- Já tranquei! Tenho medo do Murilo vir aqui! - ele falou.

- E me roubar de você, é? - perguntei rindo.

- Por que, você é meu? - Ele perguntou e eu fiquei sem graça. Ele me olhava felinamente.

- Não fuja do ponto onde quis chegar, você sentiu ciúmes! - falei e ele riu.

Eu voltei a gargalhar. Eu deveria estar com as maçãs coradas de tanto rir.

- É, estou bêbado.

- Não quero que ele venha aqui porque ele já sabe de nós e poderia se aproveitar da situação! Ainda bem que ele é o único que sabe, tenho medo do que poderiam fazer. - ele falou e eu continuei sorrindo.

- Rodrigo? - falei um pouco apreensivo.

- Oi? - ele perguntou me olhando como se pudesse ver a minha alma.

- Meu pai sabe. - falei e ele ficou incrédulo.

- Quê? Você contou a ele? - perguntou num misto de raiva e surpresa!

- Não, ele achava que eu estava apaixonado e ficou chutando nomes e vendo a minha reação. Eu fiquei surpreso quando ele disse o seu nome e ele afirmou, praticamente, que já sabia porque andávamos grudados demais. Você não está bravo, né? - perguntei rindo.

- Ele acha que você está apaixonado por mim? - ele perguntou, rindo.

- Aham! - respondi gargalhando

- E você está? - ele perguntou misterioso, olhando-me nos olhos.

- Por que quer saber?

- Ora Dieguinho, aposto que você gostaria de saber se alguém está apaixonado por você ou não!

Ele comentou deitando-se ao meu lado, depois de ter feito uma expressão meio emburrada.

- Não necessariamente. Só se a pessoa fosse importante para mim. - falei com sinceridade.

- E é por isso que eu quero saber!

Ele falou e eu fiquei sem graça, muito sem graça.

- Então eu sou importante para você? - não contive um sorriso. Ele voltou à posição anterior.

- Você está sorrindo. - ele falou rindo.

- Estou bêbado! - falei.

- E nem assim é fácil de lidar, você é muito chato! - falou.

- Você também!

- Por que simplesmente não me responde o que eu te perguntei?

Ele perguntou um pouco bravo. Será que... Não, eu não acho. Digo, sei lá, não consigo imaginar o RODRIGO apaixonado por mim.

- Porque eu não consigo!

- E por que você não consegue? - ele perguntou bravo.

- Porque se fosse não seria fácil!

Respondi bravo só depois analisando melhor o que eu tinha falado. Ele sorria para mim. Antes que eu pudesse falar algo ele grudou seus lábios aos meus.

O beijo dele estava mais leve do que o normal. Senti sua mão acariciando-me a face num gesto carinhoso. Eu tremi com aquilo. Minha cabeça girava e eu parecia não entender direito o que acontecia, mas aquele toque suave era tão bom.

Ele afastou seus lábios dos meus e ficou me olhando, sério. Eu ergui-me e voltei a unir nossos lábios. Eu precisava senti-lo de novo. Fiquei sobre meus cotovelos, apenas nossas bocas grudadas. Ele deslizou uma de suas mãos até meu cabelo e fez-me deitar, deitando-se em cima de mim. Senti o peso dele sobre meu corpo. Ele mordia meu pescoço. Estávamos em silêncio.

Mesmo depois de eu ter me declarado, sem querer, para ele, ele continuou o que tínhamos. Será que era uma ‘última noite de sexo’?

CONTINUA…

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 15 estrelas.
Incentive Contosdolukas a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil de ContosdolukasContosdolukasContos: 341Seguidores: 72Seguindo: 32Mensagem Jovem escritor! Meu email para contato ou trocar alguma ideia (contosdelukas@gmail.com)

Comentários

Foto de perfil genérica

Maravilha! Maravilha! Maravilha! Que relação linda! Apaixonante!

0 0