Meu Judoca (Capítulo 11)

Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 1948 palavras
Data: 19/10/2023 19:39:03
Assuntos: Amigo, Gay, Judô, segredo

Chego no treino junto do Téo, Mateus está se aquecendo, mas não vejo Iuri em lugar algum, o treino está perto de começar e ele não é de faltar, acho melhor mandar uma mensagem para ele.

— “Não vai treinar hoje?”

— “ Não vou conseguir.” — Ele responde.

— “Por que? Aconteceu algo, precisa de ajuda?”

— “Meu pai falou que minha mãe vai passar mais tempo fora, estou pensando em falar com ele hoje, mas ainda não sei como puxar o assunto.”

— “Poxa, se quiser posso te ajudar.”

— “Obrigado Beto, mas é algo que tenho que fazer sozinho.”

— “Me liga se precisar”

— “Pode deixar, bom treino.”

Digo ao Téo o que Iuri me falou e entrou no dojo, comprimento a todos incluindo o Mateus, que está especialmente lindo com seu kimono azul aberto mostrando seu peitoral perfeito, o corpo do dele é uma delícia, paro de olhar para evitar de ter uma ereção, acho que ele cortou o cabelo ou trocou seu perfume, não sei o que foi, mas estou particularmente atraído por ele hoje, tenho que escutar o Téo e dar um jeito na minha vida, não posso continuar gostando dos dois.

Vindo como um sinal dos céus vejo Amanda chegar e se sentar para assistir ao treino, a cara do Mateus não me diz muita coisa, espero que eles não tenham voltado, entretanto se eles tiverem voltado isso iria me destruir, pelo menos eu teria como seguir em frente e superar o que sinto por ele, Iuri é a melhor opção para mim, então por que não consigo parar de beijar o Mateus, ou de pensar na gente.

Com Iuri a química, o sexo é surreal, mas com Mateus gosto dos nossos momentos simplis, tipo comer em familia, ver um filme, dormir agarradinho, com ele consigo fazer coisas que nem consigo imaginar Iuri querendo fazer comigo, isso está acabando comigo, mas não vou deixar isso me abalar, não hoje, estou colocando todo o meu foco no treino hoje.

— Finalmente Roberto resolveu vir treinar, muito bem senhor Roberto. — O professor elogia meu desempenho no treino de hoje.

No final do treino fico para a preparação do campeonato que se aproxima, falta menos de um mês, Téo e Mateus estão dando o sangue, pois eles podem ir até para uma competição mais foda — não entendo muito bem — é como se eu estivesse indo para uma competição amadora e eles para o proficional, estou feliz por eles e preocupado com o Iuri, esse lance com os pais dele pode acabar afetando seu rendimento, assim como os meninos ele também compete em uma categoria, mas profissional.

Acho que quando nos dedicamos e focamos no treino ele passa bem mais rápido, mal vi a hora passar e o sensei já está se despedindo da gente, hoje foi proveitoso estou pingando de suor, dei o sangue nesse treino e estou orgulhoso de mim, Téo está que não se contém de felicidade de me ver radiante com um treino de judô, esse besta, ele sai para atender a uma ligação e enquanto espero por ele Mateus acabou de sair do vestiário e vem na minha direção.

— Não vai banhar?

— Vou em casa, não moro tão longe. — Respondi.

— A sim, hoje você foi muito bom, se continuar assim logo vai está competindo em categorias mais sérias.

— Nada, já sou muito velho para ser atleta.

— Velho nada guri. — Ele fala assanhando meu cabelo, bem na hora que Amanda chega.

— Teteu podemos conversar?

— Não tenho nada para falar com você Amanda. — Ele responde com uma voz cansada.

— Já deu disso amor, já provou seu ponto, podemos voltar eu admito estava errada, vou ser uma madrasta melhor. — Posso jurar que ela está quase chorando.

— Aqui não é lugar para isso Amanda, não quero nos expor dessa forma.

— Que forma, você nem me responde mais. — Ela começa a aumentar o tom de voz.

— Amanda. — Ele pede mais uma vez.

— Você está gostando dele agora, a ponto de terminar definitivamente comigo. — Percebo que ela está segurando o choro.

— Amanda, não faça isso por favor.

— RESPONDE MATEUS — Desta vez ela grita atraindo a atenção das pessoas.

— Já chega Amanda, acabou, aceita isso cara. — Ele fala com mais firmeza.

— VOCÊ AINDA VAI VOLTAR RASTEJANDO MATEUS E EU VOU MANDAR VOCÊ SE FUDER SEU VIADINHO DE MERDA. — Téo se aproxima pegando a gente e tirando de perto dela.

Mateus está puto, consigo ver isso nos olhos dele, Téo tenta tranquilizá-lo, ela parece ter dado um tempo e não nos seguiu, menos mau, ainda estou atônito com o que aconteceu, ele parece que realmente não vai voltar com ela, mesmo assim tenho medo, ele é muito avançado e bonito, uma hora ele irá cansar de mim, tenho certeza, não chego nem nos pés da Amanda, ela é muito mais interessante e gata, e mesmo ela não o segurou.

— Desculpa Beto. — Ele fala.

— Pelo que?

— Por você ter presenciado isso, eu já pedi várias vezes para ela não vir aqui, mas quanto mais eu falo mais ela insiste, ela acredita que ainda a volta, mas não ah, não aguento mais as manias controladoras dela. — Eu abraço ele, me parece o certo a se fazer.

Foda que o perfume dele me deixa com tesão na hora e sei que ele sentiu meu pau duro roçando no dele, nossa que vergonha, mas antes que possa refletir sobre meu contrangimento Mateus me beija, ali mesmo na rua perto do seu carro, nosso beijo é quente, porém Téo — quem não lembravamos mais de sua presença — nos interrompe.

— Hum.

— Desculpe. — Falamos juntos.

— Se querem ser discretos, beijar na rua não ajuda. — Téo fala.

— Eu quero assumir seu amigo, só que ele é duro na queda. — Mateus fala olhando para mim, fico sem ter o que responder.

— Faz o seguinte, dorme lá na casa dele Beto, aí vocês podem conversar.

— Já acho que estou incomodando de tanto dormir lá. — Falo.

— Não incomoda nem um pouco, amo quando você dorme comigo. — Mateus fala e não tem como dizer não, ainda mais com ele fazendo essa cara de cachorro que caiu do caminhão da mudança.

Minha mãe lança um comentário de que não durmo mais em casa, mas não se opõem a me deixar dormir fora de novo, pegou uma muda de roupa e as coisas que vou precisar e vou ao encontro do Mateus, na casa dele estou começando a me sentir mais avontade de tanto que estou indo lá esses dias, e a família dele me trata quase como se a gente já namorava, a mãe dele é sempre solicita, o pai dele não interage muito, já a Bel começou a me chamar de cunhado já, quando chego.

— Cunhado não consegue mais dormir sem o Teteu. — A mãe dela rir do comentário.

— Vai deixar o meu genro envergonhado Bel. — Gelei pois foi a primeira vez que fui chamado assim e ainda mais por que foi o pai dele quem disse, não esperava por essa.

— Seu pai tem razão, querido Teteu está pronto a Mel para dormir, você já jantou? — A mãe dele perguntou.

— Ainda não, mas não se preocupe, quando Mateus vir a gente verá algo.

— Olha querendo esperar o Teteu, tá vendo mãe agora meu irmão finalmente achou alguém que gosta dele. — Estou vermelho de vergonha.

Melhor pedir licença e esperar no quarto do Theus, no quarto dele vejo que a porta que leva para o quarto da Mel está aberto e resolvo entrar, vejo ele tocando uma música no violão para ela, fico observando, mas me bate uma vontade de participar, então me aproximo e fico ao lado dele, Mel abre um sorrisão ao me ver, coloco ela no colo e fico balançando ela enquanto seu pai continua a canção de ninar, com o balanço ela se rende e dorme logo, coloco ela de volta na cama dela com o maior cuidado, assim que me viro Mateus beijar na boca, e me abraça, retribuo pois os beijos dele são sempre bem vindos.

Voltamos para o quarto dele e para me provocar ele tira a camisa e a bermuda ficando só de cueca, fico hipnotizado olhando para o corpo dele, Mateus é muito lindo, nunca me canso de observá-lo, mas antes que possa fazer algo Bel entra no quarto sem bater, quase me matando de um infarto.

— Vou pedir um sanduíche vocês querem?

— Você já jantou Isabel? — Perguntou o Theus a repreendendo.

— Estou em fase de crescimento. — Ela fala desconfiada.

— Quem está no seu quarto o pai sabe?

— Me deixa menino chato, cunhado você vai querer eu pago o seu. — Ela disse abrindo um sorriso grande para mim.

— Pode ser, o que você pedir está bom. — Falo segurando a vontade de rir da briga dos irmãos.

— Bel paga o meu também.

— Nem fudendo, para você aprender a ficar quieto. — Ela fala provocando ele.

— Tenho uma filha para criar sua insensivel. — Ele brinca.

— Problema e seu pinto frouxo. — Agora não tem como segurar e estou rindo muito, mas ela continua. — Vou pedir o de sempre para vocês dois.

— Certo. — Ele vai pegar sua carteira e retira um cartão. — Passa o meu e o do Beto no meu.

— Gente eu posso pagar o meu, quanto é esse de sempre? — Falei pegando minha mochila.

— Sessenta reais o combo. — Bel fala com muita naturalidade, por um momento esqueci que eles são ricos.

— Deixa, você é meu convidado, eu pago. — Mateus fala, e sou obrigado a concordar, pois nunca daria sessenta reais num sanduíche.

Ele coloca algo na tv para assistirmos enquanto o lanche não chega, aproveito para ficar agarradinho nele, quando o lanche chega vejo que é um sanduíche gigante, julgo ele porque vai competir, mas o malandro me fala que uma vez na vida não mata, está com ele ali, comendo um sanduíche maior que minha boca, vendo um filme no ar condicionado do quarto dele, é a primeira vez que me sinto bem em dias, estou começando a achar que isso é o que eu estou procurando.

— Mateus, você tem certeza! — Paro de comer e olho para ele.

— Sim, dá em nada não o sensei sabe que como besteira de vez em quando. — Ele pensa que ainda estou falando sobre a comida.

— Não é isso, estou perguntando se você tem certeza sobre isso. — Aponto para nós dois.

— Beto, eu gosto de você muito, o jeito que você trata a Mel, a forma como você ficou amigo de forma instantânea da minha irmão, até meu pai gosta de você.

— Mas e você?

— Eu me sinto o cara mais especial do mundo quando estou com você, nosso sexo é sem igual, quero namorar com você Beto. — Ele fala pegando na minha mão.

— Mas você ficou solteiro agora.

— Não, tipo podemos ter oficializado agora , mas o amor que sentia por ele já acabou faz tempo, Amanda e eu não vínhamos bem a meses, somos muito diferentes.

— Tenho medo, Mateus nunca me entreguei assim para ninguém. — Falo olhando em seus olhos.

— Uma chance é só o que eu te peço.

Penso bem, gosto do Iuri, porém ele nunca vai querer o algo mais e não posso passar minha vida toda esperando por ele, sei que vou sentir falta de transar com ele, entretanto quero bem mais do que só fuder, quero o que Mateus está me oferecendo, se ele gosta de mim como diz que gosta então posso enfrentar a bruxa, posso ter o namorado que sempre quis, Mateus é lindo, gentil e mexe demais comigo.

— Sim, eu quero namorar com você Mateus.

— Ah, Bel!!! Ele disse sim.

— Para de gritar garoto. — Bel entra no quarto com uma alegria radiante, pulando em cima de mim e me agradecendo, estou feliz, parece estranho esse sentimento, mas com certeza é bom, só espero que isso não afete minha amizade com Iuri.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 48 estrelas.
Incentive CanseideserRafa a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil de CanseideserRafaCanseideserRafaContos: 190Seguidores: 161Seguindo: 1Mensagem rafavalentim.autor@gmail.com

Comentários

Foto de perfil genérica

Betheus! Valeu! Finalmente Beto decidiu! Embora ele afirme que só disse sim porque sabe que Iuri nunca vai assumi-lo.

0 0
Foto de perfil de Paulo Taxista MG

Além de início do namoro, nem li os outros capítulos, mais já imagino que lá vem dor de cabeça também.

0 0
Foto de perfil de KyreD

Estou sorrindo de ponta a ponta, to me sentindo ridículo mas pelo menos estou um ridículo feliz(pena q não quanto tempo durará)

0 0
Foto de perfil genérica

Aiii enfim ele disse sim para o Mateus, espero que não venha dor nem sofrimento, não agora pois sei que vai ter

0 0
Foto de perfil de Jota_

Já estou vendo o Iuri se assumindo e aí o cérebro do Beto derrete de tantos conflitos rs

0 0
Foto de perfil genérica

A casa escolha uma renuncia, alguém ganha outro perder. A vida e cheia de surpresas e sensação

0 0