Posto Danúbio

Um conto erótico de Marcelo Foppe
Categoria: Homossexual
Contém 2896 palavras
Data: 25/10/2023 13:09:08
Última revisão: 17/11/2023 11:37:50

A luz do painel da S-10 acende; o combustível está terminando; localizar um posto torna-se imperativo. Em meio às luzes dos carros que ultrapassam, avisto uma placa anunciando “Posto a 500 metros”.

Estou cansado; o dia inteiro foi na lida — vincando mourões ao longo de uma propriedade — só hoje, foram 3.000 metros de área limpa, plantada e cercada.

A distância diminui, reduzo a velocidade para adentrar ao pátio. O estabelecimento é bem estruturado, as bombas são divididas em duas colunas; a primeira de diesel e a segunda, alternadas com etanol, gasolina e GNV; havia um amplo restaurante, lanchonete e até uma pousada, que ficava mais afastada.

Antes de encher o tanque, fui descarregar o meu; sigo ao banheiro; a bunda já estava quadrada de tanto dirigir. O sanitário está limpo; encontro o mictório de inox e me alivio. O barulho da urina ao encontrar o metal não se mistura ao ambiente, pois inúmeras pessoas passam por ali.

Retorno para o carro e dirijo até a bomba de diesel.

O frentista atende:

- Boa noite, completa?

- Sim.

- Certo! Dinheiro ou cartão?

- Cartão!

O encarregado me encara e diz:

- Vou pegar a máquina.

O frentista é um gajo, bem diferente das pessoas que moram no nordeste, olhos claros (meio esverdeados), pele sardenta, cabelos aloirados, grossos e cacheados. Não demora muito, o rapaz chega.

- Crédito ou débito?

- Crédito.

Ele encosta o cartão na máquina e a tarefa está concluída, contudo, repentinamente complementa:

- Se o senhor está em direção à 316, melhor esperar, pois, houve um acidente com duas carretas que espalharam gasolina por toda estrada. Vai demorar. A PRF já disparou no rádio (comunicador).

- Humm… A Polícia Rodoviária tem alguma previsão para normalização?

- Não. Eu, mesmo que tô de saída, vou ter que esperar.

- Putz…

- Acho melhor o senhor encostar na lanchonete ou restaurante para comer, ou se refrescar no banheiro do posto.

- Verdade… Penso.

- Na lida, foi? — O frentista solta sem parar de encarar.

Eu fitando-o retruco:

- Foi! Um banho cairia bem.

Ele estremece. Mais se aproxima para entregar a segunda via do cartão e diz:

- Contorna o posto; estaciona lá, no fundo, tem um portão de alambrado, pode entrar.

- Para quê?

- Lavar seu “carro”, por conta da casa.

Cerro os olhos, apresento um sorriso de canto de boca e arrasto a caminhonete para lá.

Discretamente, vou contornando o prédio que é antigo e destacado dos demais estabelecimentos; avisto uma região que se assemelha uma oficina, mas que, pela correr da noite, provavelmente já estaria fechada desde as 18 horas. O local está um pouco escuro, apenas os astros clareia o espaço com pouca definição.

Não demora muito, o cabra chega fechando o portão de alambrado.

- E aí? (fala com um sorriso amarelo) Vou pegar o balde e a esponja para lavar o veículo.

Na hora abro a porta e fico sentado à espera. O carro estava estacionado em frente ao portão de aço da oficina. Diante da cena, questionando se existia mesmo segunda intenção ou foi coisa da minha cabeça.

Ele retorna; nas mãos, trouxe um balde cheio, esponja e emulsificante de limpeza, no entanto, aquele olhar fixo promovido nas bombas se repete. Ficamos estáticos. Em iniciativa, o gajo vira o boné para trás e mostra maliciosamente os produtos na altura da minha cintura.

- O carro!

Recado dado, recado recebido. Desafivelo o cinto e mostro a verdadeira carreta para lavagem, a qual já está estendida.

O gajo dá dois passos para frente, segura firme o meu pau com a mão direita e diz fitando-me com desejo:

- Pooooora , moço…

Ele deixa o balde, a esponja e agarra-me com voracidade, devorando a minha boca com seladas profundas e macias com os lábios, intercaladas com fabulosos beijos de língua.

As minhas mãos percorriam o seu corpo, agora escondido pelo rigor da farda de brim; era um caminho tortuoso para achar um acesso livre para tocar a sua pele. O empurro sob a porta da pick up e observo que o muro do meu prazer era um macacão.

As suas intimidades, mesmas contidas pela farda, mostravam-se ativas e duras. Com uma das mãos, levando-os os dois braços, imobilizando-o; com a outra, aperto com bastante força no seu queixo, projetando assim um bico, rubro e sardento. Ele cospe em mim. Meu pau lateja. Replico a resposta, bebendo o seu fluido espalhadas em meus lábios e respondo com uma escarrada, dentro da sua boca, a qual mastiga e engole tudo.

A voracidade fica cada vez maior, o meu cheiro de animal suado, contamina a pele do gajo; retribuímos em banhos felinos que refrescam a chama das nossas intenções. Localizo a fenda do uniforme; inicio o desabotoar do macacão, que se acomoda em seu corpo firme e esguio.

Ele possui pelos abundantes e dourados. Imerso o rosto sob a profusão de fios, solvendo-os, a procurar do bico do seu peito, o qual foi esculpido com o trabalho árduo no posto; localizo-o, é vermelho alaranjado; olho para ele enquanto o mamo, como um filho nutrido do leite materno. Ele me observa, contorcendo-se e franzindo a testa e os olhos como resposta a minha luxuriosa investida. Com a outra mão, investigo cada perímetro do seu peito e deslizo até o ombro, permitindo assim tombar a outra parte do macacão, o qual se fixa na cintura. Observo que existe um cordão interno que auxilia a postura da veste, com os dentes, vou desatando o nó; livrando a percepção do seu objeto fálico contra o meu queixo.

Naquele adorno de prazer, o seu umbigo me convida; contorno todo a região com os lábios fechados, ao passo que a minha respiração — aquecida e pesada — sensibiliza-o; em momento certo, projeto a língua na sua cavidade adnominal e profunda, fazendo dela um lago. O gajo, segura-me por trás da cabeça, afogando-me sob o seu ventre. Consigo baixar o que lhe cobre.

Agora em uma visão quase angelical, o macacão tomba ao chão; ele está apenas com meias cinzas, sapatos de EPI e uma cueca — curta — azul-claro de algodão. O mastro já responde pela sede da libido.

O gajo empurra-me sob o seu sexo; afasto-me um pouco, apoio às mãos sob as hastes da roupa íntima e vou revelando, paulatinamente, cada ponto dos seus segredos. Os pelos são ruivos e as sardas estendem-se inclusive até as intimidades.

Sou magnetizado pela visão e não me limito, adentro de cara sob a mata virgem, que exala leve aroma adocicado.

A medida que o aprofundo revela-se — bastante clara — a cabeça rosada, era uma verdadeira harmonia. Sob impulso seguros, sinto o cheiro daquela parte, encarando-a degustando todo o corpo cavernoso. O escroto, também peludo — com plumagem idêntica cor; a virilha, também farta, em que pese suada, tinha um cheiro especial em face da colônia barata. Tudo aquilo era um prato para ser saboreado, especialmente entre o caminho do que ele carrega até a ponta do morango.

Com uma das mãos ele segura a minha cabeça e com a outra, pincela lateralmente o mastro na minha barba; olhando-o, alimento-me de igual modo a lactação outrora feita em seu dorso. O puto fazia dos meus lábios, buceta.

Enquanto se delicia, os meus dedos trilhavam em direção a outros destinos; as nádegas era loira e repletas, o que indicava que o impoluto também seguiria tal etiqueta.

Retiro-o dentro de mim, com a mão esquerda tenho o cuidado de mantê-lo esguio; abro as suas penas e concentro em saborear tudo que circunvizinha às suas intimidades. Ele se desequilibra e emite um sonoro:

- Hummmm… ca-ra-lho.

Levanto os bagos, iniciando a degustação de cada um; desço até a sua fenda primal, momento que ele venda os olhos com braço e recolhe-se em espasmos, diante de tal reflexo, pouco a pouco, profundo mais e mais, no afã de alcançar “a gruta”. A localizo.

Em contra falta, invisto em driblar aquela natural resistência sob a direção do paladar e o olfato. Inebriante o olor da região, de quem usa na sua forma original, inclusive, com vestígios da assepsia; especializando ainda mais o momento.

Ele, embevecido, tira a veste por completo, vira de costas, empina-se, cruza os braços sob o capô do carro, abaixa a cabeça e projeta o quadril para trás, desvelando, assim, o universo escondido.

Diante da diferença da altura, uma das minhas mãos acomodava quase por completo as suas nádegas; comparo, adepto, observo, contudo, a cena de demais para os meus súbitos desejos, então levanto e o espalmo com ímpeto.

- iiiiixxxxxssss, hummm… Ele balbucia em resposta.

Os dedos ficam tatuados em suas nádegas, abaixo as calças e a minha a cueca para encontrá-lo ao averso.

O gajo esfrega-se como um gato com o lado esquerdo do rosto sob minha barba. Tudo nele responde aos meus estímulos, contorce-se para aguçar o atrito entre o meu tórax sob as suas costas; as nádegas ascendem e descendem em busca do encaixe perfeito. Estamos em um movimento tão constante e prazeroso que o atrito dos nossos pelos estão carregados a ponto de nossas extremidades produzirem eletricidade estática; o meu falo saliva copiosamente no afã de atravessar o seu universo sideral.

Visando captar-lhe, driblo as suas resistências como uma sonda que explora o mar; o gajo empurra-me com os fundos e inclina-se para captar, com as mãos, um pouco da água do balde, lançando-se sob o pescoço e umedecendo o campo dos seus escapes.

O ranço acende como incenso e o meu instrumento hasteia-se com mais precisão, em face da dispersão e intensidade do aroma. Ele sabe que a reticência natural impede de atravessar o seu corpo, mas, tal ato excita-o a ponto de derramar — como uma torneira entreaberta — o fluido pré-seminal (ele se banha com o que o espaça); diante da cena, apanho com uma das mãos o viscoso líquido e lubrifico as suas costas, o rosto e as nádegas, permitindo resvalar-se sob si.

Naquela faina, ajoelho e observo a luminosidade natural dos seus montes, abro as suas bandas; aprecio o cheiro típico, afasto os pelos que escondem o orifício mágico e com a língua, driblo a resistência natural daquela região. A cada investida úmida ele contrai, puxa e expira o ar, com intensidade, visando atrair o meu destino, afundo a face; apoio às duas mãos e criou um vácuo que faz expelir o seu anus.

- Aaaaaaahhhhhmmmm. O Gajo não se contém mordendo o braço para não alardar.

- Porra, Macho… Porra… Faz assim não… Tira as minhas forças. Fala fraco e ofegante,

Eu, fito-o com um olhar malicioso, acompanhado de um sorriso aberto.

Pego a esponja e o sabão para carro, unifico-os produzindo uma espuma vasta a qual cubro o seu corpo; a aspersa faz com que a vermelhidão da pele ascenda ineditamente; com a mão livre, inclino o seu pescoço a ponto de tombar a cabeça para perto do ombro, instigado, projeto os meus lábios de formas a não tocar a pele - apenas o hálito quente - o qual o faz arrepiar; enquanto isso, ensaboo-me, visando assim, que todo o meu corpo promovesse - em reflexo - a limpeza do seu. Viro-o de frente, despejo sob o meu instrumento o sabão - o qual o deixa bastante escorregadio - iniciou o movimento de fricção contra a sua barriga, nos membros de encontram enquanto nós bebemos. Aprovei que a porta estava aberta, sento no carro e o coloco com as pernas flexionadas sob a minha cintura, como um alazão e ele o cavaleiro. O meu pau transpassa pelos seus pelos, agora amaciados pela água, estamos frente a frente com a possibilidade de beijá-lo enquanto a meu membro encontra-se com os então lábios inferiores, forçando um possível e latente domínio. O Gajo, em excitação, relaxa a pélvis e a projeta para trás, no intuito de buscar outros estímulos, especialmente para sentir o eletrizante toque das mucosas, contudo, naquele momento, é em vão… Ficamos nessa brincadeira de cai e não cai, enquanto galopava sobre mim, a visão é esplêndida; por impulso, esmurro o tórax rígido, a marca do meu punho fica gravada. Ele, com uma das mãos, faz a cabeça da minha pica roçar com a beira da sua entrada e com a outra, enforca-me, aponto da minha cabeça inclinar; reagindo, replico a investida na sua costela e acidentalmente, adentro e sai rapidamente do seu corpo.

Ele solta um grunhido de quem sentiu dor, contudo, diz:

- Quero sentir você…

Ele tira da bota os preservativos, pega um, rompe o envelope com o dente e me entrega. Falo para ele, que no Porta luvas, atrás do papel higiênico, tem gel; o Gajo pega e passa no cu. Sem pestanejar ele levanta um pouco para ultrapassar o meu membro expondo-o para que fosse possível que eu me vestisse, contudo, o mesmo não se contém e fica roçando a cabeça na sua entrada.

Pego o meu mastro, calço o preservativo, o Gajo tira um pouco do lubrificante e insere-se; e com as pontas dos dedos lubrifica rapidamente o meu instrumento.

- Digo, espera!

- Por que, o que foi?

- Sai do carro.

- Ele fica sem entender e broxa um pouco.

- Desembarco do carro rapidamente e retiro a lona da carroceria.

O medo transformou-se em estímulo. Abro o colchonete que deixo para descansar, coloco umas madeiras no assoalho, para estabilizar o piso da carroceria, estendo-o, autorizando assim, que o amante engatinhasse, expondo todo o objeto de prazer.

Enquanto estava na posição — inclinando o corpo para se acomoda ao chão — puxo-o pelo cabelo, pincelo na sua porta vermelha e laranja, inserido moderadamente.

- Iiiiiissssshhhhhhhh. Ele sussurra, quase chiando, e responde com veemência;

- AAAAAAA, vai!

Repito o mesmo movimentado, agora, com uma boa escarrada. O cuzinho era praticamente virgem, quando penetro a cavidade comprime muito e pulsa, corriscando cada centímetro do meu mastro. Ele tinha várias resistências, era possível sentir o rompimento da entrada, no meio, a escorregada até o canal do reto; a quentura da dos restos ainda frescos; uma delícia… Ele lembra das éguas que comia com os peões nas lidas.

Gradualmente vou ganhando, afastando as suas carnes, ele contrai e empurra o corpo contra o meu, permitindo assim o encaixe perfeito.

- É grosso (ele constata).

O gajo está de quarto, contudo, não está com as mãos espalmadas ao chão e sim apoiadas nas laterais da carroceria; à medida que vou empurrando ele posiciona uma das mãos na frente do vidro divisor, mantendo assim em equilíbrio.

A movimentação dos nossos corpos faz com que o carro balance (é um pouco desconfortável, mas, também, excitante).

O rapaz é muito apertado e quente. Visando melhorar a penetração, inclino mais o meu corpo sob o seu e empurro a sua cabeça sob o colchão, colo os seus dois braços para trás segurando-os como rédeas em um alazão.

- Pá, pa, pa, pa. O som das nádegas encontrando as minhas coxas, a minha mão levemente estendida toca carinhosamente a polpa da sua bunda.

No afã de beijá-lo, inverto-o, tombando-o em nu frontal; a posição aviária ascende os seus membros para exposição dos seus escapes e a cópula; nova umidade bucal se faz necessária para amaciar a rigidez da pelugem íntima.

Similar a um infante, ele me fita com o rosto levemente inclinado e com os olhos entreabertos; está ofegante, contudo, à disposição encontra-se inalterada.

- Vem… (fala com a voz, matuta, grave e rouca). Convida levantando o escroto e baixando a mata para facilitar a penetração.

Com a recepção feita e o caminho já desbravado, em cócoras, acoplo-me ao fecho, o qual tinha se transmutado de um ponto para um traço verticalizado.

A medida que atravesso as suas entranhas, sinto que o corpo tenta me expulsar e comunicando-se comigo através dos aromas reflexos dos nossos empenhos. Diante da situação, retiro-me e aproveito para saborear toda a maciez e sensibilidade daquela região, como segundo lábio, beijo, solvo, penetro, língua, permitido assim, que gradualmente, a natureza reestruture-se.

Uma vez já posicionado, castigo-o deslizando a espada em sua cavidade, a qual, como um peixe, tenta alimentar-se, mas sem sucesso.

Alucinado, o gajo localiza o detergente veicular, lança sob o corpo, umedece com o próprio suor e aplica no estandarte, promovendo assim, uma longa e prazerosa punheta.

A visão era eroticamente estimulante; inverto-o e com um só ato invado o seu interior; permitindo assim, que ele intensifica o novel rubor da sua pele, a qual foi forjada por atrito e gozo.

Acoplado, o frenesi do coito silencia o ambiente, a lua é única testemunha da nossa volúpia, nem mesmo os morcegos que - vez ou outra, cruzam o espaço - conseguem romper o foco dos amantes. Só a suspensão do carro e esponja que “originalmente” fora portada para uma assepsia veicular, testemunham a oclusão sideral e latente de dois semelhantes.

Alguns suspiros separam o esporro… Em absoluto eclipse, os cúmplices eclodem no ápice estímulo do prazer, o Gajo jorra em erupção láctea toda tensão sexual contida - de não se sabe quando - por quase 1 minutos.

Eu, vencido pelo natural, almejo adentra ao máximo para derramar em seu óculo parte de mim, como em um presente absoluto; conectado, tombo sob o seu peito, lambuzando-me com tudo que o escapou e sendo acolhido em seu colo; divido consigo, as ondas naturais da nossa respiração até equalizar os batimentos cardíacos em um só.

Ficamos ali, recepcionando um ao outro, por mais de 10 minutos, mas o orgânico sobrepõe às vontades; os termômetros retrocederam a ponto de ceifar a conjuntura carnal, antes imposta. Deito ao seu lado; estendo o braço, permitindo assim um acolhimento íntimo; trago-o ao meu peito em reconforto.

Fitamos o ébano do céu e tivemos a certeza que ganhamos um presente das estrelas.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 13 estrelas.
Incentive Marcelo Foppe a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil de Jota_

Poooorra moço digo eu! Tesão demais, cara. Seu jeito descritivo é uma delícia

1 0