AMOR NO PARAÍSO - CAP 1: ENCONTROS

Da série AMOR NO PARAÍSO
Um conto erótico de Escrevo Amor
Categoria: Gay
Contém 2808 palavras
Data: 25/09/2023 03:10:38

Oi, gente! Cá estou eu de novo. Mais uma história de romance gay com muitas cenas fofas e preciosas. Espero que vocês estejam acompanhando. Por favor, apoie o meu trabalho comentando, curtindo e compartilhando essa e outras histórias minhas. Segue a sinopse e o primeiro capítulo:

AMOR NO PARAÍSO

"Amor no Paraíso" é uma envolvente história que mergulha nas vidas de dois homens de mundos diferentes, cujos destinos se cruzam no cenário deslumbrante de Búzios, no Rio de Janeiro.

César Trajano é um empresário de sucesso, proprietário do luxuoso Hotel Trajano, conhecido por sua ambição incansável e dedicação ao trabalho. Sua vida parece perfeita, mas por trás da fachada impecável, ele anseia por algo mais do que simplesmente o sucesso nos negócios.

Hugo Martins, por outro lado, é um camareiro talentoso do Hotel Trajano. Nas horas vagas, ele é um skatista apaixonado, deslizando pelas ruas de Búzios em busca de adrenalina e liberdade. Apesar de suas habilidades e paixão, Hugo luta para escapar das limitações de sua vida atual e almeja uma chance de uma vida melhor.

Quando o destino coloca César e Hugo frente a frente, o que começa como um encontro casual se transforma em uma conexão profunda e surpreendente. À medida que compartilham suas esperanças, sonhos e desafios, eles descobrem um amor que transcende as barreiras sociais e as expectativas.

"Amor no Paraíso" é uma história cativante sobre a busca pelo amor verdadeiro, pela autenticidade e pela coragem de seguir o coração. Em meio às paisagens deslumbrantes de Búzios, César e Hugo encontram não apenas o paraíso, mas também um amor que desafia todas as convenções. Esta é uma narrativa emocionante de como duas almas aparentemente opostas podem encontrar harmonia e felicidade em um lugar onde o amor floresce.

CAPÍTULO 1 - ENCONTROS

No fim da Avenida Paulista está o glorioso Hotel Trajano, um dos mais tradicionais de São Paulo. À primeira vista, o hotel chama a atenção com sua fachada majestosa, cercada por jardins exuberantes e paredes de vidros coloridos, que são a sensação do Instagram. Os quartos são elegantemente decorados, com móveis que fazem uma mistura do passado e futuro. Cada aposento tem sua própria aura especial, desde a suíte de luxo com uma lareira aconchegante, até o quarto com vista para o jardim, onde florescem lindas flores.

O empreendimento existe há mais de 100 anos e foi criado pelo excelentíssimo Sr. Eduardo Trajano, que passou todos os negócios da família para os filhos Henrique, Joana e Carlos. Atualmente, o CEO da franquia de Hotéis é o empresário César Trajano, que é filho de Joana. Na família, o jovem foi o único que nasceu com a veia empreendedora e se mostrou um ótimo administrador.

Através de suas ideias inovadores, e por vezes malucas, César elevou o nome da família a um novo patamar, inclusive, ele figurou em diversas revistas e rankings dos jovens mais ricos do mundo. Porém, o que tem de habilidade empreendedora, ele perde no amor. César é gay assumido, mas os seus relacionamentos sempre estampavam os jornais e sites de fofocas.

Apesar de tudo, César ama a vida agitada que possui, principalmente, quando vê o suor do seu trabalho dar resultados para a família e, claro, os seus funcionários. Atualmente, são nove hotéis em São Paulo e dois no Rio de Janeiro, ou seja, é preciso ter equilíbrio para lidar com tantos perrengues. Por esse motivo, César leva uma vida regrada e cheia de regras, isso o tornou uma pessoa mais séria e reserva, ainda mais quando o seu nome sai em todos os lugares.

Naquela segunda-feira chuvosa, por exemplo, César aproveitou para treinar, afinal, os seus músculos não se definirão sozinhos. Após uma sessão de esteira e levantamento de peso, ele se preparou para a primeira reunião do dia. Ele conseguiu um bate-papo com a equipe do Ministério do Turismo. César buscava obter a terceira estrela do Hotel Trajano e entregaria para o Ministério a classificação atual que o hotel havia conseguido com os seus clientes.

No seu escritório, o empresário tinha acesso a vários televisores que mostravam alguns dados importantes dos 11 hotéis. Um dos artigos de decoração do local era uma foto do seu avô Eduardo Trajano, o quadro se tornou uma espécie de altar e um lugar de consolo.

— Hoje é o grande dia, vovó. Tudo aponta que vou conseguir mais uma estrela para o nosso hotel. — disse César, conversando com a fotografia, algo que era normal ali. — Em breve, vou conversar com a equipe do desfile da Jackeline Mansour. Eles querem alugar um dos nossos salões para fazer o lançamento de uma coleção de verão e vou sugerir a nossa nova unidade em Búzios para sediar o evento. Isso é maravilhoso, né?

— Bom dia, Sr. Trajano. — desejou Jéssica, a secretária de César, que entrou na sala segurando um tablet. — A equipe do Ministério do Turismo já está na call. Vou enviar o link para o senhor. — ela avisou, antes de sair.

Reunião maravilhosa. Não havia outra forma de expressar a conversa com os membros do Ministério do Turismo. Eles enviaram uma equipe para analisar todas as melhorias do Hotel Trajado da Avenida Paulista, também conhecido como Hotel Sede. César avisou as boas novas no grupo da família, mas apenas a sua mãe respondeu com um emoji de confetes.

Muito longe dali, em Búzios, os funcionários do Hotel se preparavam para os últimos dias de treinamento. A unidade de Búzios seria o novo desafio de César. Ainda não havia nenhum empreendimento na praia e a família achou uma boa ideia para futuros investimentos. Eles mandaram uma equipe para escolher o local ideal e levou sete meses para tudo ficar pronto.

Agora, César passaria uma temporada em Búzios para organizar tudo. A ideia era juntar um desfile de moda junto com a cerimônia de inauguração do empreendimento. Naquela tarde, os últimos funcionários foram selecionados. Quem chegou no seu horário foi o camareiro, Hugo Assunção, que completava dois meses de treinamento. Ele recebeu um bilhete escrito por César, mas logo percebeu que era uma cópia da cópia da cópia, já que sua melhor amiga René havia recebido a mesma mensagem dois meses atrás, quando também completou seu treinamento de recepcionista. Era uma carta padrão dizendo que o funcionário passou em todas as etapas e trabalharia no Hotel.

Na opinião de Hugo, os funcionários do hotel são uma mistura intrigante de personagens peculiares. O porteiro da manhã estava sempre sorridente. A sua supervisora, de olhar penetrante, parecia conhecer os segredos de todos. E o misterioso proprietário, que nunca tinha sido visto, despertava curiosidade e especulações.

— Nem acredito que passamos neste período de teste. — Hugo desabafou com a sua melhor amiga, que havia conseguido uma vaga no hotel como atendente.

— Sim. Eu imagino o que acontece com quem não passa no teste? Eles recebem uma carta? — questionou René, uma moça ruiva e baixinha.

— Bom dia, pessoal! — exclamou a supervisora Adelaide, uma mulher negra e gordinha. — É o seguinte, hoje temos um dia cheio no hotel. Temos um grupo de arquitetos que vão finalizar os últimos detalhes do quarto. A equipe de limpeza, por favor, fique de olho. Não quero nada fora do lugar. Meninas da recepção, lembrem de organizar os panfletos com as informações do bar e restaurante, eu não quero nenhum fora do lugar. — ela olhou em um tablet, algo que era padrão no hotel. — E parabéns aos funcionários que completaram o período de teste. Não se esqueçam de passar no RH para entregar a carteira de trabalho de vocês. É isso, pessoal. Fiquem com os ouvidos ligados no rádio, por favor. Tenham um ótimo dia de trabalho.

Nos primeiros dias, os funcionários eram testados em suas áreas. Por exemplo, René, uma das recepcionistas, recebia vários testes em inglês e espanhol, línguas que ela dominava. Já Hugo teria aulas com pessoas especialistas em organização e limpeza. Eles também receberam as fardas, que eram diferentes das outras unidades do Hotel Trajano. O uniforme foi projetado para combinar funcionalidade e profissionalismo, afinal, o Rio de Janeiro não era um lugar frio.

Hugo experimentou a farda e adorou. A blusa azul de mangas curtas e com a logomarca do hotel deixava o seu corpo respirar, o tecido era dos deuses. De acordo com a supervisora Adelaide, a ideia era transmitir uma imagem de limpeza e profissionalismo. A calça era do mesmo tecido da camisa, um material leve e flexível, para permitir praticidade na hora de realizar a arrumação de quartos.

— Eu gostei mais da sua farda, Hugo. — disse René, mostrando o look para Hugo. Diferente do amigo, René estava usando um terninho preto, saia e salto alto.

— Qual é. Cê vai ficar o tempo todo sentada e no ar-condicionado. Eu vou ter que correr de um lugar para o outro. Cê tá ganhando! — afirmou Hugo, que mostrou um broche com o seu nome. — Olha, Hugo Martins. — tirando uma selfie.

— Pelos menos, nós estamos empregados. — disse René, enquanto guardava as roupas em um armário. — Bem, eu tenho panfletos para organizar. Você vai sair às 20h, né?

— Sim. Hoje tem aquela competição de Skate. Prometi pra galera que ia aparecer. — informou Hugo, tendo dificuldades para colocar o broche na farda.

— Amigo, temos que ser rápidos. A festa da Fernanda é às 22h. — René o ajudou e foi cuidar de suas tarefas.

Em São Paulo, a equipe de César preparava os últimos detalhes para sua viagem para Búzios. O empresário ficaria inicialmente quase um mês, mas o cronograma poderia mudar caso fosse necessário novas intervenções na estrutura do hotel. Ele verificou as bagagens e os documentos que levaria para analisar no avião.

Diferente de outras viagens, César ficaria hospedado no próprio hotel. Ele nunca tinha feito isso antes e achou uma boa ideia para se entrosar com os funcionários, além de testar a qualidade do atendimento que eles vão oferecer para os hóspedes de Búzios.

Para o desespero de Adelaide, a supervisora do departamento de hospedagem, que engloba os mordomos, governantas, camareiros, chefe de recepção e recepcionista, uma falha no som estava interferindo na música do elevador. Uma equipe especializada foi chamada para tentar solucionar o programa, mas um acidente na estrada estava dificultando a vida de todos.

Por causa disso, todo o sistema de som estava desligado. Algo que deixava o hotel sem personalidade, isso nas palavras de Adelaide. Já Hugo gostava de trabalhar ouvindo um sonzinho, apesar do seu estilo ser mais voltado para o RAP. Certa vez, enquanto colocava os cobertores em uma cama, o sistema de som passou a tocar Calcinha Preta. Hugo aproveitou que estava sozinho e dançou para animar um pouco.

— Hugo, o chefe está chegando hoje, por favor, organize a Suíte Presidencial. — pediu Adelaide entregando um papel com algumas regras. — Siga essas instruções. O chefe é meticuloso. Essa vai ser a tua prova de fogo, por favor.

— Pode deixar, Dona Adelaide. O chefe vai se surpreender com o atendimento do Hotel Trajano Búzios. — afirmou Hugo, dando uma rápida olhada no papel, antes de seguir para a suíte.

****

1 - Limpar vidros do quarto com lenço umedecido fragrância Lavanda;

2 - Deixar um frasco de álcool em gel em cima da mesa de cabeceira;

3 - Pedir da equipe de alimentos cápsulas de café expresso Caramelo, Ristretto e Índia Karnataka;

4 - Colocar canetas pretas na mesa do escritório e tirar todas as azuis;

5 - Trocar a fronha do travesseiro, deixei novas fronhas azuis em cima da cama;

6 - Colocar três vasos de plantas próximo à janela;

7 - Deixar a passadeira a vapor à vista;

8 - Reveja toda a limpeza do quarto antes de sair;

9 - Sem dancinhas do Tik Tok.

Bom Trabalho

*****

— Bolado, a tia é vidente. — pensou, enquanto pegava o carrinho com produtos e seguia para a suíte.

Do céu, César preparava alguns documentos que usaria para apresentar aos investidores de Búzios. Já passava na televisão, rádio e internet, comerciais falando sobre o empreendimento. O marketing era muito importante para chamar futuros clientes, principalmente, aqueles que já conheciam a excelência dos serviços da Rede Trajano de Hotéis.

Voar de helicóptero já não era mais um problema para o empresário. Infelizmente, por causa da demanda, ele não conseguia observar os belos cenários em que passava. Afinal, os prédios deram lugar a um mar azul e infinito.

— Senhor, chegamos em 10 minutos. — avisou um dos pilotos através do sistema de som do helicóptero.

— Ok. Obrigado. — César respirou fundo, fechou o notebook e então se deslumbrou com o cenário paradisíaco de Búzios. — Uau.

Ao pousar no heliporto do hotel, César foi recebido por Eliezer, o diretor executivo do Hotel Trajano Búzios. Ele era o braço direito e esquerdo do empresário na ilha. Inclusive, Eliezer começou a trabalhar na sede de São Paulo e ganhou a promoção tão esperada.

Através do rádio, Adelaide avisou para Hugo sobre a chegada do chefe. Ele olhou a lista e não resistiu em fazer uma dancinha para comemorar o trabalho perfeito. Com pressa, Hugo pegou o carrinho e seguiu para o corredor. Já César era bombardeado de informações sobre as últimas atualizações do Hotel. Ele aprovou todas as mudanças sugeridas por Eliezer, que incluía a produção de uma ponte de madeira da área da piscina.

— Tá quente aqui, né? — perguntou César, abrindo o terno e respirando fundo.

— Acho melhor o senhor trocar suas roupas. Não estamos mais em São Paulo. O calor de Búzios pode ser cruel. — avisou Eliezer, que estava vestido mais à vontade do que estaria se trabalhasse em São Paulo. — Inclusive, a farda da nossa equipe foi idealizada em cima do calor que faz aqui.

— Entendi, Eliezer. O hotel está ficando perfeito. Hoje temos uma reunião com a equipe do desfile. Estamos quase fechando o negócio. Te mandei por email alguns documentos sobre essa parceria. Fique a par. — pediu César, antes de se dirigir para o hotel e ficar agradecido pela criação do ar-condicionado.

Até a decoração do Hotel Trajano Búzios era diferenciada. Uma equipe de arquitetura foi chamada para criar um projeto do zero. Eles fizeram um excelente trabalho já que criaram uma atmosfera acolhedora e relaxante com elementos que remetem ao ambiente praiano. César andou até a mesa das recepcionistas e aprovou a farda.

— Boa tarde, Sr. Trajano. — cumprimentou René, que tentou passar uma tranquilidade que não existia. Era a primeira vez que conhecia o dono do hotel.

— Is it okay if I speak in English? (Tudo bem se eu falar em inglês?) — perguntou César, que quase pegou René desprevenida, mas a funcionária havia recebido uma dica de Eliezer, algo que salvou o seu dia.

— Of course, Mr. Trajano. Your room is 233. The view is beautiful. Please enjoy your stay at Hotel Trajano. And you can contact us by phone for any queries you may have. (Claro, Sr. Trajano. Your room is 233, which is on the fifth floor. A vista é linda. Por favor, aproveite a estadia no Hotel Trajano. E você pode entrar em contato com a gente pelo telefone para tirar qualquer dúvida.) — indicou René, entregando o cartão do quarto para César, que agradeceu em português.

— O senhor pode acessar a suíte pelo elevador. É o quinto andar. — indicou René, apontando para o elevador, que estava atrás de César. — Mais uma vez, tenha uma ótima estadia no Hotel Trajano, senhor.

— Eu que agradeço. Tenha um bom dia, senhorita René. — agradeceu César, antes de ir para o elevador.

Às vezes, na vida tudo é um encontro. Basta um encontro para mudar tudo dentro da gente. Após limpar o quinto quarto do dia, Hugo se dirigiu para a recepção, pois havia uma demanda a ser cumprida. Ele observou um belo homem entrando no elevador. Por algum motivo, o seu coração começou a bater mais forte, porém, o seu corpo gelou quando o homem virou. Sem reação, Hugo ficou parado.

— Caramba, que gato. — pensou Hugo olhando para César, quase hipnotizado pela beleza dele.

— Quinto andar. — pensou César, apertando o botão e olhando para frente e se deparando com Hugo, que o observava.

César não gostava de manter contato visual com as pessoas, mas por algum motivo o rapaz a sua frente o atraía. Hugo usava a farda azul do hotel e isso acendeu uma luz vermelha no coração de César, mas a atração foi inevitável. Para os dois, a situação durou horas. Eles pegaram cada detalhe um do outro.

Os olhos azuis de César brilharam como diamantes ao notarem as covinhas no rosto de Hugo. Já Hugo ficou encantado com o rosto de César, ele nunca viu um homem tão elegante em toda a sua existência. Infelizmente, o sino do elevador tocou e a porta se fechou para ambos.

— O que foi isso? — se questionou Hugo, respirando fundo e olhando para o elevador.

— Quem é esse rapaz? — quis saber César, afrouxando a gravata e tendo uma visão do rosto de Hugo. — Ele é lindoE aí, gostou? Por favoriznho, comente, compartilhe e de notas. O próximo capíulo vai sair nesta terça-feira (26), às 20h.

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Comentários

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A curiosidade matou o gato, não resisti e vim ler o primeiro capítulo embora já tenha dito que só leio seus contos quando estão completos para não ficar tenso com a ansiedade. Como sempre muito bom, imagino o restante, não esperava nada menos do que acabei de ler, obrigado e forte abraço do seu fã carioca de Araruama, vizinho de Búzios.

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Belíssimo início ! Aguardarei a sequência e enviarei minha melhor nota . . .

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Como sempre maravilhoso. Continua logo.

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