Cuckold: aceitei que minha esposa se envolvesse com outros homens (12ª parte)

Um conto erótico de Lael
Categoria: Heterossexual
Contém 2568 palavras
Data: 13/09/2023 12:05:04

Embaixo da submetralhadora estavam, de fato, alguns papéis. Os três ficaram imediatamente pálidos e muito nervosos, o jovem advogado chegou a mexer na gravata e olhou para a porta umas três vezes, talvez ensaiando fugir, enquanto Samanta e o pai ficaram paralisados olhando para a arma. Adamastor tratou de cortar o clima:

-Oh, me desculpem, é que junto com meus documentos, carrego essa belezinha aqui que eu chamo de minha menina. Não gosto de armas, mas com a violência que anda esse mundo e os desaforos (aumentando o tom de voz) que pessoas sa-fa-das só nos fazem passar, é bom ter uma cospe fogo dessas, porém não se importem com ela, o que quero mesmo mostrar é esse documento, onde numa linguagem mais jurídica explicita melhor o que o David acabou de dizer. Consideramos justo, tendo em vista tudo o que a Samanta fez, ela sair sem um mísero níquel do casamento. Mas ainda tem um outro documento aqui que explicarei já, já.

Nenhum dos três tinha coragem de falar, só se mexiam e murmuravam, até que Samanta resolveu ser mais corajosa que o advogado e o pai que a acompanhavam.

-Nem pensar que sairei do casamento sem receber nada, pelo menos metade da casa. –Provavelmente por medo, ela já começava a ceder, mas metade da bela casa ainda era muita grana para a safada.

-Nem um centavo, mas se quiser ir à Justiça, oficialmente você terá metade, mas a pergunta é: será que você conseguirá usufruir depois? – Perguntei.

Os três me olharam assustados, e mesmo com medo e engolindo seco, o pai perguntou:

-Então, a jogada aqui é essa ou ela aceita sair sem nada ou você irá mandar fazer algo?

Adamastor o cortou:

-Não foi bem isso que meu cliente disse, é que coisas estranhas acontecem todos os dias, veja só, há poucos dias, o amigo de trabalho e de outras coisinhas mais da sua filha, como é o nome dele mesmo, David?

-Esteban.

-Isso, Esteban, parece nome de galã de novela mexicana dos anos 80. Imaginem só vocês, um louco total cruzou com ele na rua e o espancou à toa. O chefe dele e da Samanta, que por acaso é meu amigo, disse que o coitado tá tomando sopa de canudinho, tá com o rosto cheio pontos, roxo, roxo, roxo, vai ter que fazer plástica no nariz, está bem descompensado para não dizer outra palavra mais deselegante. O que queremos dizer é isso, do nada surge um maluco ou um bandido e já viu, né? Eu acho que se você assinar esse documento abrindo mão de tudo, Samanta, será como se estivesse ganhando uma proteção extra contra esse tipo de acidente que seu amigo sofreu, entendeu, filhinha?

Adamastor mexeu novamente na pasta e chegou a levantar a sua submetralhadora apontando-a discretamente para os três, depois puxou outro papel.

Aflitos e vendo que a situação era intimidadora, os três pediram um tempo para conversar e os deixamos. O advogado estava tão nervoso que a todo momento passava um lenço na testa para limpar o suor, o pai parecia ter jogado a toalha e gesticulava como quem diz “Deixa tudo para lá e vamos embora”, apenas Samanta parecia não querer aceitar. Após um tempo, eles voltaram e o advogado disse, sem nem conseguir levantar os olhos:

-A minha cliente aceita abrir mão de tudo, mas espera que depois desse enorme esforço, não haja nenhuma represália a ela ou aos pais.

Novamente, bancando o ator, Adamastor se mostrou surpreso:

-Represália? De maneira nenhuma! Somos todos de paz e cada um que siga a sua vida. Mas agora que chegamos a um acordo justo e aproveitando que ela está aqui, vou representar o meu outro cliente que era patrão dela, o dono da agência, Samanta.

Samanta demonstrou surpresa, mas isso era a segunda parte do meu plano:

-O que o Pércio tem a ver com isso?

-Bem, ocorreu uma coisa chata, ele descobriu que você pediu uma verba extra diretamente para um dos clientes e esse dinheiro nunca foi para a agência.

Samanta explodiu:

-Mas isso é uma puta de uma mentira! Nunca mexi com dinheiro de cliente, isso não é acertado comigo! Só pode ser uma confusão.

-Veja bem, o cliente confirmou que te deu o dinheiro em espécie e o Pércio disse que só ficou sabendo disso depois, ele agora quer te processar e exigir uma indenização, o que seria um valor pesado, mas falei com meu amigo Pércio e mesmo irritado, o homem está disposto a fazer um acordo.

-Eu não fiz nada de errado! Ele que vá a Justiça!

-A minha filha não é ladra! – Esbravejou o pai.

-Tem certeza, filhinha? Será a palavra de um importante cliente do ramo alimentício e mais a do Pércio contra a sua, se perder, estamos falando de uma quantia substancialmente alta, sem contar a parte criminal. –Indagou Adamastor.

Samanta viu que eu sorria largamente diante daquele teatro todo de Adamastor e gritou me apontando o dedo indicador:

-Foi ele!!!! Foi ele!!!! O David armou isso para me ferrar ainda mais.

-Uma mulher que tem coragem de fazer o que fez com o marido, seria bem capaz de roubar do local em que trabalha, deixa o acordo para lá e manda o Pércio tocar o processo. –Respondi.

-Bem, uma pena, Samanta, o acordo era até bom, te livraria de tantos problemas na Justiça.

Enquanto Adamastor fingia guardar o documento, Samanta pensou e já se desmanchando na cadeira disse:

-Eu sei que tudo é armação de vocês para se vingarem, mas me diga o que tenho que fazer?

-Bem, o Pércio está disposto a não ir à Justiça se você assinar um documento fazendo um acordo, onde não receberá nada pela demissão e, mais importante, não irá procurar emprego em nenhuma agência, digamos de classe A, B ou C, pois ele não quer ver o teu nome no mesmo segmento que o dele. Digamos que é justo, não?

Samanta ficou em choque, sairia do casamento sem nada, perderia o emprego e não poderia nem procurar mais trabalho em sua área. Novamente, passou a sapatear, chorou, se descabelou, esmurrou a mesa. Num dado momento, ouvi seu pai dizendo baixo:

-É melhor fazer o que esses dois bandidos querem e sair viva dessa história, aceita que perdeu essa e depois você recomeça fazendo outra coisa.

Em meio às lágrimas, Samanta tomou uma água e após respirar, acabou aceitando assinar os dois contratos. O da separação realmente era real e depois seria consolidado durante o divórcio, o segundo era apenas uma armação que apesar de contar com o aval de Pércio, não teria validade nenhuma, mas o medo de morrer faz a agente aceitar tudo e foi o que ocorreu, debaixo de muito choro.

Quando eles se preparavam para sair, com a imagem da derrota estampada, eu disse:

-Ainda tem mais uma coisa.

-Mais um documento? – Questionou o pai.

-Não, é a respeito dos honorários do meu advogado. Quero que a Samanta pague. São dez mil reais (a título de explicação, 10 mil em 2001 hoje seriam pelo menos 30 mil).

-Dez mil? Está brincando com a minha cara! – Disse Samanta.

Adamastor resolveu lançar os seus dotes de ator novamente e com voz sofrida, olhos fechados e mãozinha no peito, falou alto:

-Eu preciso levar o leitinho para as crianças, vocês acham que meus serviços não valem dez mil? –Disse com uma carinha desolada.

-O seu cliente é o David, cobre dele! – Disse Samanta.

-Mas como foi você que fez toda canalhice, exijo que pague ou...

Samanta se desesperou:

-Eu nem tenho 10 mil na minha conta, se tivesse ficado com o carro, ainda podia vender.

O pai intercedeu e disse baixo, mas num tom que consegui ouvir:

-Veja quanto você tem no banco e eu completo o resto. Vamos sair logo daqui, tô com um mau pressentimento, não quero acabar sequestrado e morto a mando desses dois.

Finalmente, eles aceitaram transferir o dinheiro na hora. Samanta tinha 6 mil e o pai completou com os outros 4. Antes de saírem, minha futura ex-esposa fez uma cena, se jogou no chão de joelhos e começou a chorar compulsivamente. A conta de suas traições e patifarias como me drogar para me chifrar dentro de nossa casa tinha chegado e era alta demais. Acabou sendo erguida com muito custo pelo pai e por seu advogado.

Após encerrarmos o encontro, Adamastor e eu rimos, ele insistiu para que fôssemos para uma farrinha, mas eu não estava com cabeça e voltei para o hotel. A vingança tinha sido espetacular, porém me sentia mal e nem era dor de cotovelo por causa de Samanta, estranhamente depois que descobri a puta que ela era, não sofri por terminar, mas sim, por descobrir que anos da minha vida foram uma grande farsa.

Ainda tinha que acertar as contas com o meu primo e, certamente, ele me pagaria caro, mas não dava para largar tudo imediatamente e ir para Brasília, eu já estava sem trabalhar há dias, por isso, decidi retomar os negócios e bolar com calma uma forma de atingi-lo.

Após toda essa tempestade e minha vingança, Sylvia voltou a ficar cada vez mais presente em meus pensamentos, demorei longamente para perceber que tinha me apaixonado e o motivo não era pelas cafajestadas de Samanta, eu percebi antes numa tarde na mansão de Adamastor, ali, tive certeza de que a amava, mas tudo estava confuso e logo veio toda a confusão.

Eu precisava estar perto dela, falar com ela, mas como se Sylvia e Mário estavam em outro país? No auge do meu desespero, decidi procurar sua mãe que estava tomando conta da loja principal no shopping mais famoso de São Paulo.

O doutor Adamastor não havia mentido, a mulher no alto dos seus 50 anos, botava muitas de 30 e poucos no chinelo, Sylvia tinha puxado a sua beleza. Após a funcionária ir chama-la, me apresentei, meio sem jeito e ela respondeu me olhando bem séria:

-Eu sei quem é você!

-Sabe?

Ela falou baixo:

-O famoso David, o pai da criança e o homem que deu um giro de 360º na vida da Sylvia.

-Preciso muito falar com a senhora, quer dizer, você, quero enviar um recado a Sylvia.

-Tudo bem, mas aqui não, vamos lá nos fundos.

Contei grande parte da minha história, disse que descobri que amava Sylvia tarde demais, porém queria que ela soubesse e que se ainda sentisse algo por mim que repensasse a decisão de continuar com o Mário, pois eu tinha me separado. Num dado momento, talvez pelo estresse dos últimos dias, me emocionei e chorei:

-Quero fazer a Sylvia feliz, me lembro do dia que ela contou sobre a gravidez e fez um monte de planos sobre ficarmos juntos e eu a decepcionei, se eu pudesse voltar no tempo...

A elegante coroa se espantou ao me ver chorando e deve ter acreditado que havia verdade em minha palavras, tanto que acabou me dizendo algo animador:

-Olha, não sei se a Sylvia quer ficar com você, mas há duas coisas que ocorreram e você ainda não sabe; uma é que ela e o Mário se separaram; e a outra, é que ela está no Brasil, mais precisamente em Petrópolis, na casa dos avós.

Insisti muito e a mãe de Sylvia aceitou me dar o endereço, garanti que seria uma conversa amistosa. Na sexta, no começo da noite, fui para o Rio de Janeiro e no outro dia cedo para Petrópolis.

A família de Sylvia era realmente rica, pois a casa imponente chamava atenção de quem passava. Uma empregada me atendeu e disse que era para eu esperar. A demora foi tanta que achei que não seria atendido, mas finalmente, ela apareceu e a primeira coisa que notei foi sua barriga que aos 5 meses já estava bem saliente. Entretanto, minha linda suíça-brasileira continuava fantástica, com seu jeito meigo e havia engordado muito pouco.

Foi uma conversa difícil, apesar de manter o mesmo tom doce de voz, Sylvia não acreditava que eu a amava.

-Você está se sentindo responsável pela criança, tendo uma atitude inconsciente que lembra homens de outros tempos que se casavam porque tinha feito “mal” a uma moça, mas aquiete seus pensamentos, David, você não me deve nada, não tem responsabilidade nenhuma.

-Não se trata do nosso filho! Quantas vezes terei que explicar isso, apesar de tardiamente descobri que te amo, só fiquei confuso, pois após tantos com Samanta, achei que ainda gostava dela também. Tenta entender meu lado. Mas agora estou me separando dela, podemos ficar juntos, se preferir, no começo, nem ficamos morando na mesma casa, mas pelo menos nos vendo como namorados e cuidando dos preparativos para a chegada do menino ou menina.

-Por que você se separou da Samanta? Contou a ela que me amava?

-Não, foi assim, descobri que Samanta me traiu com vários homens, inclusive na minha cama e até me dopou uma vez para eu dormir e ela poder transar com meu primo, mas não quero falar daquela praga, uma hora explico isso melhor, só posso dizer que ela está fora da minha vida.

Sylvia ficou chocada com o pouco que contei, mas teve mais certeza de que eu não a amava:

-Essa é mais um prova de que você quer ficar comigo não porque me ama, mas porque descobriu as sujeiras da Samanta, eu serei o prêmio de consolação.

-Não diga uma bobagem dessas, Sylvia, logo você que é uma das pessoas mais cultas com quem já conversei, já expliquei, estava tudo confuso antes mesmo de eu saber das traições da minha ex.

A conversa prosseguiu, mas Sylvia estava magoada e acabou cedendo só em um ponto:

-Olha, David, se você faz questão mesmo de ser o pai, não privarei nem você nem nosso filho desse contato, a gente pode ser amigos, em breve, voltarei para São Paulo e será sempre bem-vindo à minha casa para visitar a criança.

Fiquei chateado, mas era mais do que esperava até pouco tempo atrás. Antes de me despedir, ela disse:

-Não quer saber o sexo do bebê?

-Claro!

-Você é do tipo machão que acha que o primeiro tem que ser um menino?

-Isso é bobeira! Menino, menina vou amar do mesmo jeito.

-Ah, que bom ouvir isso, mas não é menina, é um meninão.

Foi uma sensação muito diferente e mágica e ri como um tolo. Sylvia perguntou se eu queria tocar sua barriga.

-Ainda não está tão grande porque estou no 5º mês, mas daqui para frente, vai virar uma bola.

Eu a acariciei e senti seu suave perfume, queria beijá-la, mas acho que já era tarde, Sylvia estava em outra vibe.

Voltei para São Paulo e não querendo mais morar na casa em que ocorreram as traições e o quebra-quebra, decidi vende-la. Adamastor, ainda decepcionado com a atitude do safado do Olavo, insistiu para que eu fosse morar no Guarujá, pois como resolvia quase todos os problemas pelo telefone, poderia montar um home office e tocar tudo de lá, mas creio que ele queria companhia. Acabei fechando negócio numa casa na mesma rua que a dele, um condomínio de alto padrão no bairro Iporanga.

Antes de mobiliar minha nova casa, conversei com Adamastor, já tinha um plano para pegar meu primo justamente em seu ponto mais fraco, mas necessitaria de alguns reforços em Brasília. Os dias de calmaria dele como funcionário público federal ganhando uma boa grana, estavam chegando ao fim.

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Foto de perfil de Lael Lael Contos: 240Seguidores: 731Seguindo: 11Mensagem Devido a correria, não tenho conseguido escrever na mesma frequência. Peço desculpas aos que acompanham meus contos.

Comentários

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À Samanta não queria ser puta ? 🤔...então que arrume um emprego no puteiro kkkkkkkkk ou então que caia nas mãos do Esteban outra vez...kkkkkkkkkkk

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...rs...com o sempre, irretocável esta história...rs...👁

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Alguém pode dizer que é muita sacanagem fazer o primo perder um bom emprego público...

Mas sacanagem maior foi esse primo comer a mulher do cara, em sua casa, sua cama, depois de drogarem o sujeito. PQP...

3 🌟🌟🌟 é pouco.

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Muito bom! Como sempre Lael!!⭐️⭐️⭐️

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Lael simplesmente demais amigo sem palavras nota mil parabéns

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perfeito como sempre, difícil como sempre imaginar os futuros acontecimentos das tuas estorias

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Pode até ser que no final Adamastor faça algo para ferrar com o David, apesar de não achar que ele faça isso, mas por enquanto rachei o bico de tanto rir das coisas presepadas de Adamastor! Kkkkk excelente como sempre Lael!

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⭐⭐⭐

👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼

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Kkkkkkkkkkk

👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼

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Mas vc não presenteou com seu beijo, na sua postagem de ontem!😢

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