O preço da vingança (Capítulo XIX)

Um conto erótico de Leandro Gomes
Categoria: Homossexual
Contém 2945 palavras
Data: 03/09/2023 20:25:08

Quando saiu da caverna onde foi torturado pelo bruxo Sébastien, Pièrre se teletransportou para porão de sua mansão, agora cheia de teias de aranha, poeira e sujeira. Em um canto escuro do chão, ele se deitou, agarrado à sua adaga junto ao peito. Para não ser pego pelos vampiros, ele se teletransportou para outros lugares, não ficando em um lugar só. Nesse meio-tempo, ele teve uma visão com Kieza, em que ela o ensinou que a adaga tinha o poder de o tornar indetectável por qualquer outra magia existente. Ele usou esse poder, e isso lhe foi vital para não ser encontrado por Marcel, que agora o queria morto. Ao amanhecer, ele tomou um banho e vestiu uma calça preta e uma camisa azul claro. Em seguida, colocou um chapéu, tentando se disfarçar e, utilizando do teletransporte, entrou em uma casa para achar comida.

Saindo dali, ele andou pela cidade o mais discretamente que conseguiu para à procura de Jean e Anthony, indo à casa de ambos, mas não encontrou nenhuma pista deles. À tarde, foi até o lugar onde ficava seu jornal. Andando pelas salas destruídas pelo fogo, ele lembrava de como era feliz trabalhando naquele jornal. Em um canto da sala onde ficavam as máquinas, ele encontrou uma cadeira e uma mesa que não foram queimadas pelo incêndio. Ele se sentou na cadeira, recostou na mesa e começou a chorar copiosamente. Acabou adormecendo.

Durante o sono, ele começou a ter uma visão em que ele estava sentado em um banco na praça do centro de Paris. O dia estava lindo, as árvores frondosas e cheias de flores, pássaros voavam e cantavam, como em um dia de primavera. Havia muitas pessoas ali; porém, pareciam preocupadas. Dentre as pessoas, ele viu Jean e o chamou. Jean o ouviu e correu ao seu encontro. De repente, toda a beleza do ambiente foi desaparecendo, dando lugar a uma paisagem sombria. E então, viu vultos se aproximando e tocando em algumas daquelas pessoas, as quais começaram a atacar as outras. Com o corre-corre, ele não conseguia mais ver Jean. Pièrre despertou aterrorizado e sem ar. Quando recuperou o fôlego, saiu dali sentindo-se fraco e com muita dor de cabeça.

Já passava das 20:00h quando ele saiu do prédio em ruínas e, ao chegar na praça, notou uma aglomeração de pessoas fazendo barulho. Ele se aproximou cautelosamente e viu que a multidão estava fazendo uma manifestação em frente à prefeitura. A população estava revoltada com as coisas que vinham acontecendo na cidade e queriam uma resposta das autoridades. Um dos manifestantes o reconheceu.

- Senhor, Montagne! Que bom tê-lo por aqui! Junte-se a nós, por favor. Precisamos ser ouvidos.

- O que está acontecendo aqui?

O homem lhe explicou o motivo de estarem ali, e pediu que ele os ajudasse pois, como era dono de um jornal de prestígio, tinha influência na política. Quando pensou em responder, Pièrre sentiu uma presença forte de vampiros, e ao olhar em volta, notou que havia vários ali, inclusive passando-se por manifestantes.

- Meu amigo. Quem está à frente da manifestação?

- É o sr. Benedict Fourton, o vereador. Ele está ali em cima do banco.

Pièrre olhou na direção que o homem indicou e viu o vereador gritatando e as pessoas repetindo o que ele gritava.

- Meu Deus! Senhor Pièrre Montagne! Está aqui para nos ajudar a manifestar?

- Boa noite, sr. Fourton! Na verdade não. Eu queria te alertar sobre algo.

- Sim, pode dizer. - O homem respondeu gritando, para ser ouvido.

- Sr. Fourton, essas pessoas… Essas pessoas estão correndo um sério perigo… - Pièrre tentava falar, mas o barulho era grande. - Há pessoas infiltradas no meio da multidão… prontas para atacar.

- Do que está falando, sr. Montagne? Não estou entendendo.

- VENHA COMIGO! - Pièrre gritou a ele e gesticulou, indicando para sairem dali.

O vereador o seguiu e se afastaram um pouco da multidão. Pièrre notou alguns olhares na direção dele e do vereador.

- O que estava dizendo, Sr. Montagne?

- Sr. Fourton, o que vou dizer parece absurdo, mas é verdade. Você precisa tirar essas pessoas daqui. Algo muito ruim está para acontecer.

O homem olhava para Pièrre com certa estranheza e incredulidade.

- O que exatamente, sr. Montagne?

- Não sei como explicar. Só encerre essa manifestação.

- O senhor está do lado deles, sr. Montagne?

- Não, sr. Fourton! O que quero dizer é que “eles” prepararam uma armadilha. Por favor, confie em mim, sr. Fourton. Há alguns deles no meio dos manifestantes, só esperando algum sinal para atacarem.

- O que você está falando não faz o menor sentido, Sr. Montagne. O senhor está bem? Acho que o incêndio do seu jornal o deixou abalado emocionalmente.

Pièrre ponderou por um segundo se deveria contar a verdade, e decidiu fazê-lo.

- Sr. Fourton. O que está acontecendo em Paris é porque vampiros existem e estão tomando conta da cidade através das autoridades.

- Ah sim, os vampiros! - disse ele com desdém. - O senhor também acredita nessas asneiras. Logo o senhor, um homem de prestígio nessa cidade, dono do jornal de maior credibilidade em Paris, agora falando insanidades!!

- Por favor, acredite em mim! Eu tenho como provar.

- Me desculpe, sr. Montagne, mas tenho que voltar para a manifestação. Francamente! Me fez perder minutos valiosos.

Benedict Fourton deu as cosas e saiu depressa em direção à multidão, vez ou outra olhando para Pièrre. Pièrre o observou retornar ao lugar onde estava antes.

- Parisienses, peço a atenção de todos. Estamos aqui para exigir apenas o que é nosso direito como cidadãos trabalhadores que pagam seus impostos… Estamos aqui pacificamente queremos ser ouvidos…

Enquanto Benedict discursava, a porta da prefeitura se abriu, e de lá saiu o prefeito, e caminhou em direção ao vereador.

- Sr. prefeito?! O senhor estava lá dentro? - perguntou ele confuso.

Sem lhe responder, o prefeito gesticula para que ele desça do banco e então toma seu lugar. Ao vê-lo, a multidão fez silêncio.

- Cidadãos parisienses, hoje é um grande dia para todos nós. Um dia em que exercemos a nossa cidadania de forma pacífica, apenas requerendo os nossos direitos. Eu estava agora mesmo com outras autoridades discutindo sobre assuntos que dizem respeito a todos nós, o povo parisiense. Além das autoridades políticas, o sr. Marcel Bordeaux, que tem sido de grande influência em Paris, está junto nessa causa, trazendo ideias bastante inovadoras e progressistas. Na verdade, desde que aqui chegou, temos discutido muitas questões para que a nossa cidade seja uma referência para a França, não apenas como capital, mas como um modelo a ser seguido. No entanto, para que isso aconteça, atitudes drásticas precisam ser tomadas, e é isso que tem acontecido na cidade…

Ao ouvir isso, Benedict ficou confuso, pois percebeu que o prefeito e Marcel estavam por trás dos acontecimentos na cidade. Outros manifestantes também perceberam que o prefeito os enganou, fingindo-se estar do lado do povo, e começaram a vaiarPorém, meus amigos… Calma! Por favor, tenham calma! Peço a atenção de todos aqui.

O prefeito tentou continuar o discurso, mas o povo gritava e vaiva ainda mais alto. De longe, Pièrre notou dois homens cochichando atrás da multidão, e sentiu que eram vampiros. Um deles abriu a bolsa que carregava e tirou uma garrafa contendo algum líquido inflamável e um papel no gargalo. Pièrre segurou a adaga na cintura e começou a andar rápido em direção a eles, mas antes que chegasse perto, o homem colocou fogo no papel e jogou a garrafa, que explodiu próximo das pessoas. As pessoas começaram a correr, atropelando uns aos outros. Outras explosões aconteceram, ferindo muitos. O prefeito, assustado, desceu do banco e correu em direção à prefeitura. Porém, Marcel o impediu à porta.

- Fique aqui prefeito, e veja o progresso acontecer!

Pièrre tentou ajudar algumas pessoas que se feriram com as explosões, mas não podia fazer muita coisa além de tirar os feridos do meio do corre-corre. Enquanto ele socorria uma mulher, um vampiro se aproximou de um homem ensanguentado. Pièrre puxou sua adaga e, quando o vampiro abria a boca para morder o homem, ele o matou pelas costas. Outros vampiros viram a cena e vieram atrás de Pièrre. Sem muito o que fazer, Pièrre entrou na multidão que ainda corria alvoroçada, e conseguiu se esquivar deles. Um dos vampiros foi até Frédéric e contou que o viu.

- O que estão esperando? Achem aquele desgraçado!! - Frédéric respondeu e saiu com eles à procura de Pièrre.

Saindo da multidão, Pièrre voltou para o prédio destruído no jornal e lá se escondeu. No entanto, Frédéric o viu entrando lá e o seguiu. Pièrre correu até onde ficavam os banheiros e ao entrar, Frédéric já o esperava. Ele tentou sair, mas outros quatro vampiros o cercaram na entrada. Frédéric deu um salto para pegá-lo, mas ele empunhou a adaga para se teletransportar. Porém, o poder da adaga estava fraco, e assim, não funcionou naquele momento.

- Ora, ora! Seu brinquedinho não funciona mais?

- Ela ainda funciona muito bem para destruir vampiros.

- Mas para isso, você precisaria se aproximar e me ferir com ela. - E dirigindo-se aos vampiros - O que estão esperando, peguem-no!

Os vampiros se aproximaram enquanto Pièrre apontava a adaga para eles. Frédéric, em um movimento brusco, agarrou-o por trás, imobilizando e cravando as unhas em seu braço. Quando estava prestes a perder forças nas mãos, Pièrre tentou mais uma vez se teletransportar e, desta vez, conseguiu. A adaga estava perdendo seu poder de teletransporte, o qual fez Pièrre ser levado apenas para fora do prédio. Ele correu sem rumo, apenas tentando não ser visto pelos vampiros, até encontrar um local seguro afastado da praça. Ele ficou ali observando a confusão de longe, enquanto uma forte chuva começava a cair. Por causa da chuva, o restante dos manifestantes foi deixando o local aos poucos, correndo para todos os lados. Raios cortavam o céu parisiense, seguidos de fortes trovões. Pièrre procurou um lugar para se esconder enquanto pensava no que fazer.

Frédéric saiu do prédio e começou a procurá-lo. Ele já estava conseguindo, quando recebeu o chamado urgente de Marcel - Paul Cartier estava chegando à porta dos fundos da prefeitura, que dava para uma clareira na mata, com Jean e Anthony. Com ordem de Marcel, Frédéric ficou à espreita, escondido.

- Preparem-se, todo vocês!! Paul Cartier e seus aliados estão lá fora. Hoje vamos destruir aquele maldito!

Os vampiros saíram da prefeitura em direção aos três. Mas enquanto se aproximaram, Paul convocou seus aliados que vieram em questão de segundos.

- Paul, o que faz aqui? Você está infringindo o nosso acordo territorial.

- Você já quebrou o nosso acordo há muito tempo, Marcel. E eu vim aqui para colocar um fim na sua loucura.

- Desista, Paul! Você não pode me destruir. Somos irmãos e você ainda guarda esse resquício de humanidade.

- Você está certo sobre a última parte, mas sabe que eu sou mais poderoso do que você.

- Sua humanidade é sua fraqueza, Paul, e isso eu não tenho!

- Por que você não admite meu poder e se rende?

- NUNCA!

- Então você me obriga a fazer com você o que fiz com os outros que se colocaram no meu caminho!

Paul deu um salto e caiu frente a frente com Marcel e os dois começaram uma batalha usando seus poderes. Os vampiros aliados de cada lado começaram também a lutar. Marcel se teletransportou para detrás de Paul, mas este antecipou seu movimento e virou-se no mesmo instante, golpeando-o e arremessando-o ao chão. Marcel levantou-se rapidamente e partiu para o contra-ataque, invocando os poderes dos espíritos contra Paul, que precisou usar muito poder para se defender dos ataques.

Frédéric, ainda escondido, observou que Jean estava sobressaindo em relação aos vampiros que o atacavam, e então decidiu entrar no confronto. Por ser bem mais forte, começou a subjugá-lo, fazendo-o enfraquecer-se. Anthony tentou ajudar Jean, mas Frédéric era um exímio lutador e bastante poderoso, e lutou contra os dois sem muita dificuldade. Lyana Richards viu a dificuldade de Jean e Anthony em lutar contra Frédéric, e tentava chegar perto para ajudá-los. Antes que ela pudesse fazer isso, Frédéric feriu Anthony gravemente no peito, arremessando-o a uma certa distância. Ele caiu no chão bastante fraco e ensanguentado. Em seguida, Frédéric partiu para atacar Jean, que já estava ficando exausto. Lyana matou os vampiros com quem lutava e correu para ajudar Jean Roche, mas outro vampiro, também forte, se colocou em sua frente para impedí-la, e começaram uma luta travada. Enquanto usava toda sua força para se manter de pé diante dos ataques de seu irmão, potencializados pelos poderes dos espíritos, Paul Cartier reconheceu que o tinha subestimado.

Pièrre havia se escondido em um beco próximo da praça da prefeitura. Tendo notado que não havia senão algumas pessoas correndo na rua, ele resolveu ir para a igreja incendiada. Ele entrou e tentou encontrar algum crucifixo ou qualquer outro objeto sagrado com o qual pudesse se proteger, mas não encontrou. Em seguida, tentou utilizar os poderes da adaga, mas agora ela parecia dar pequenos choques. De repente, ele teve uma visão, mas dessa vez foi em tempo real e ele pode ver os vampiros lutando entre si. No meio deles, viu Paul Cartier em uma luta acirrada contra seu meio-irmão. Viu também seu amado Jean Roche, quase perdendo as forças contra Frédéric, e e seu grande amigo Anthony ferido e tentando escapar dos ataques de outros vampiros. Desesperado, Pièrre se levantou e correu para ajudá-los de alguma forma, mas ao chegar à porta da igreja, parou e entendeu que não poderia fazer nada com sua própria força, e então tomou uma decisão. Ele respirou fundo e gritou, gritou com toda sua alma: PAUL CARTIER, EU MEU RENDO A VOCÊ! No mesmo instante, Paul o ouviu, não com os ouvidos, mas com sua própria alma, e no mesmo instante se teletransportou até Pièrre. Marcel, sem saber para onde ele tinha ido, ficou transtornado.

- Desgraçado! Covarde! Sabia que não era assim tão poderoso! Frédéric, acabe com todos!!

Furioso, Marcel saiu para lutar com Lyana Richards.

Na igreja, sentado no chão e encostado na porta fechada, Pièrre chorava desesperado, já pensando em sair dali novamente, quando viu Paul Cartier. O vampiro ruivo estava de pé à frente do altar, de braços abertos.

- Venha para mim, Pièrre Montagne! Eu aguardava ansiosamente por esse momento.

Pièrre se levantou e foi até ele, com os olhos cheios de lágrimas, a roupa molhada, e a adaga na mão. Ao se aproximar, Paul estendeu a mão, e ele entregou a adaga. Paul a jogou em cima da mesa empoeirada atrás de si, e então tocou no rosto de Pièrre e limpou suas lágrimas e o beijou. Pièrre recuou por um instante, e então se entregou de fato, beijando-o de volta. Um beijo ardente, cheio de desejo - e de alívio, por finalmente se render a esse chamado de longa data. Paul o olhou nos olhos e conseguiu penetrar-lhe nos pensamentos, nos sentimentos e em todo seu ser.

Com a urgência do momento, Paul apenas abaixou a calça de Pièrre até os joelhos e o virou de costas; depois abriu os botões de sua calça e colocou seu pau para fora. Em seguida, cuspiu na mão e passou no orifício do sr. Montagne, massageando-o ao redor. Já muito excitado, Paul o penetrou de uma vez, mas anestesiado pela dominação e hipnose do vampiro, ele permaneceu em silêncio, apenas recebendo a tora rosada abrir-lhe as pregas.

Paul o abraçou por trás e, com uma das mãos, segurou o pau de Pièrre que estava tão duro quanto o seu, e deu estocadas fortes. O barulho da pélvis do vampiro contra as nádegas fartas do jovem Montagne ecoava naquele lugar. Do lado de fora, a chuva continuava forte com raios que iluminavam seus corpos ardentes de tesão. Em cinco minutos, Paul já sentia a aproximação do gozo e se preparou: seus olhos ficaram vermelhos como fogo e suas presas cresceram pontiagudas; seus sentidos ficaram ainda mais aguçados, permitindo-o ouvir o sangue de Pièrre circulando pela aorta e o coração acelerado bater no peito. E enquanto sua rola jorrava esperma dentro de Montagne, ele cravou os dentes em seu pescoço e sugou o sangue que tanto almejava. Agora, ele e Pièrre eram de fato um só.

Quando sentiu que Pièrre perdia as forças, Paul mordeu seu próprio pulso e lhe deu para beber do seu sangue. Com voracidade, Pièrre sugou o sangue do vampiro e tão logo o líquido entrou em seu corpo, ele começou a sentir dentro de si como que algo o corroendo e queimando. Paul, pelo contrário, era tomado de um poder ainda maior em forma de névoas escuras que circulavam em volta de si e enfim entraram dentro dele.

Pièrre agonizava no chão, de frente ao altar, se contorcendo, com os olhos arregalados; seu rosto mostrava um imenso pavor enquanto olhava para os vitrais nas janelas e para as imagens de santos cobertas de teias de aranha, vez ou outra iluminados pelos relâmpagos, como que tentando pedir o socorro deles. Porém, não houve ajuda. Ele estava com a sua camisa de linho azul suja de sangue. O homem urrava de dor, enquanto passava as mãos pelos braços e peito, como se algo estivesse queimando por dentro de suas veias, artérias e vasos sanguíneos. Paul o deixou agonizando no chão e foi para trás do altar, onde encontrou uma garrafa de vinho que permaneceu intacta no incêndio. Depois se sentou na cadeira vermelha empoeirada atrás da mesa do altar, e com um sorriso sarcástico, enquanto saboreava uma taça do vinho, disse:

"Finalmente, você é meu!"

Após minutos de intensa agonia, o poder em névoa que envolveu Paul Cartier, saiu dele e entrou em Pièrre, completando a união deles.

Fim do décimo nono capítulo.

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