A Joia Mais Rara #8

Um conto erótico de Carla
Categoria: Lésbicas
Contém 1728 palavras
Data: 22/08/2023 18:21:54
Última revisão: 24/02/2024 20:25:33

Eu não sabia o que fazer vendo ela se aproximar. Travei totalmente. Ela vinha se aproximando devagar e não me olhava nos olhos. Com certeza ela estava com medo e tinha razão para isso. Era só eu chamar os guardas e ela sairia dali presa. Eu só saí do meu transe quando Bruno tocou no meu braço e falou; É ela, ainda quer que eu a atenda? Eu respirei fundo e disse que tudo bem. Eu a atenderia.

Ela se aproximou do balcão e eu fui até ela. Ela levantou o rosto me olhou e com um sorriso amarelo disse.

Mulher: Oi.

Carla: Oi. Boa tarde. Em que posso ajudar?

Mulher: Primeiro queria saber se está tudo bem com você?

Carla: Está tudo bem sim. Pode ficar tranquila.

Senti que sua feição mudou. Já vi um pequeno sorriso brotar nos seus lábios.

Mulher: Que bom. Fico muito feliz com isso. Mas então você poderia me dizer se aquele anel ainda está disponível?

Carla: Está sim. Ainda continua aqui e já foi avaliado. Está pronto para ser vendido a algum tempo. Porém ele está no cofre de segurança.

Mulher: Que bom que ele ainda está aqui. Quero muito comprar ele. Você poderia me falar o preço dele?

Carla: Sim. Ele vai te custar xxxxx. Infelizmente o preço ficou acima do que eu previ. Mas se você quiser mesmo assim posso buscá-lo. Já que você já o viu, acho que não preciso lhe mostrar as fotos.

Mulher: Realmente o preço ficou acima, mas tudo bem. Vou querer mesmo assim. Ele vale cada centavo.

Carla: Realmente ele vale. Sua namorada e futura noiva com certeza vai amar o anel.

Mulher: Então isso eu já não sei. Teve alguns problemas durante esse tempo. Fiz umas besteiras e não sei se ela vai aceitar o anel. Vou comprar e rezar para que eu possa conversar com calma com ela. Quero explicar tudo que aconteceu. Talvez assim ela o aceite.

Quando ela falou isso ela me olhou bem no fundo dos olhos daquela maneira que só ela sabe. Eu estava meio em dúvida no que ela queria dizer com aquilo. Será que ela está dizendo que quer falar comigo? Se explicar ou estou entendendo errado?

Carla: Eu no lugar dela ouviria o que você tem a dizer.

Não sei porque eu disse aquilo. Saiu meio que no automático. Antes dela falar mais alguma coisa eu virei as costas e disse que já voltava com o anel.

Subi as pequenas escadas que dava no escritório do meu patrão. Julia já estava de volta. Falei com ela e passei o número do código da joia que eu queria. Eu sabia de cor o código daquele anel pois eu achava ele muito perfeito.

Julia foi até o escritório. Enquanto esperava eu fiquei pensando o quanto ela estava se arriscando vindo aqui. Será que era por mim? Mas ele ainda estava com a namorada. Ou será que eu entendi bem e a intenção dela é me dar esse anel? Não, ela não se arriscaria tanto por mim. A gente mal se conhece.

Julia saiu do escritório com a caixinha nas mãos e me entregou. Eu agradeci e voltei para onde a mulher estava. Quando ela me viu segurando a caixinha abriu um sorriso lindo. Eu quase flutuei até ela só para ver aquele sorriso de mais perto.

Carla: Aqui está o anel.

Ela pegou a caixinha e admirou o anel. Me olhou e disse.

Mulher: Será que ele vai servir no dedo dela?

Carla: Olha eu não sei, mas se não servir você pode trazer aqui para gente aumentar ou diminuir ele. Como é um anel caro a gente dá garantia. Se for um ajuste simples, fazemos de graça.

Mulher: Ah que bom. Fico feliz com isso, mas acho que vai servir. Desculpe a pergunta, mas você já colocou ele no seu dedo?

Carla: Na verdade, sim. Quando o vi pela primeira vez, eu fiquei encantada e claro que coloquei ele para ver como ficava.

Mulher: E ele serviu bem em você?

Carla: Sim. Minha mão é bem comum, então a maioria serve já que são quase todos da largura padrão para anéis femininos.

Mulher: Então se minha namorada aceitar vai servir. As mãos delas são idênticas às suas.

Ela falou aquilo e me deu um sorriso. De novo não sabia o que pensar. Mas sinceramente estava meio que ficando óbvio que eu era a pessoa que ela queria dar o anel ou ela estava brincando com minha cara.

Carla: Que bom. Mas se não servir já sabe, é só trazer aqui.

Mulher: Combinado, mas agora tenho certeza absoluta que vai servir.

Carla: Vou embrulhar e colocar ele em uma embalagem bem bonita para você enquanto você paga no caixa, tudo bem?

Mulher: Olha eu queria saber se não tem como vocês entregarem ele pra mim. É que ainda tenho um monte de coisas para comprar e alguns lugares para ir. Eu estou com medo de ficar andando com uma joia assim comigo.

Carla: A gente entrega sim. Só que só depois das dezesseis horas. É que tem que ter certos cuidados para fazer esse tipo de entrega.

Mulher: Para mim está perfeito. Só vou estar em casa depois das dezesseis mesmo.

Carla: Então tudo bem.

Mulher: Vou no caixa pagar e já volto para pegar o anel e te passar o endereço.

Carla: Pode deixar o endereço com a moça do caixa mesmo.

Mulher: Se você não se importar, prefiro deixar com você. Pode ser?

Carla: sem problemas. Pode ser então.

Ela foi pagar o anel, eu fiquei ali olhando aquele monumento de mulher que até esqueci de ir embrulhar o anel, Mas como era pra entregar eu teria tempo.

Logo que ela voltou me pediu um papel e uma caneta. Eu busquei e ela escreveu seu endereço. Eu perguntei se não tinha como ela passar o número dela, mas ela disse que no momento estava sem número de telefone. Eu disse que tudo bem, mas que ela teria que estar na casa para receber a entrega porque se ela não tivesse não teria como a gente entrar em contato. Ela disse que com certeza estaria lá.

Carla: Ah só mais uma coisa. Você não colocou seu nome.

Mulher: Tenho mesmo que colocar meu nome?

Carla: Sim. Temos que ter seu nome para não entregar para a pessoa errada. E na entrega você vai precisar assinar. Olha pode ficar tranquila. Você não corre perigo.

Mulher: Bom então tudo bem. Se você disse eu acredito. Confio em você.

Ela pegou o papel novamente e assinou seu nome e me entregou.

Carla: Bonito nome Hanna.

Hanna: Obrigado Carla. O seu também é bonito como a Dona.

Quase morri ao ouvir aquilo. Era gostoso aquele tom de paquera que rolava entre a gente. Eu sorria igual a uma adolescente.

Carla: Obrigado. Não sabia que você sabia meu nome.

Hanna: Eu descobri na primeira vez que te olhei. Está no seu crachá. 🤭

Carla: Claro. Como sou idiota. Me desculpe.

Hanna: Tudo bem. Mesmo se não tivesse eu daria um jeito de descobrir.

Eu provavelmente fiquei vermelha igual a um tomate. Primeiro pela vergonha que passei e depois pelo que ela disse.

Hanna: Olha eu tenho que ir infelizmente. Ainda tenho umas coisas para comprar. Vou viajar no sábado e tenho que comprar umas coisas.

Carla: Ah claro. Tudo bem. Aqui já ficou tudo pronto. Pode ir tranquila que entre as 16 e 18 horas sua entrega chega nas suas mãos.

Hanna: Muito obrigado por tudo. Foi bom te rever antes de ir.

Carla: Também gostei de te rever. Espero que volte quando retornar de viagem.

Hanna: A viagem é só de ida. Não vou retornar. Por isso vim comprar o anel. Se minha pretendente não aparecer até sábado para a gente conversar e eu explicar o porquê das besteiras que fiz, não vou ter outra chance. Vou perdê-la para sempre e realmente não quero isso.

Ela falou aquilo me olhando nos olhos novamente. E eu percebi uma tristeza no seu olhar. Na verdade eu também fiquei triste com aquela notícia. Ela iria embora para sempre.

Hanna: Bom, vou indo, se cuida Carla.

Ela falou aquilo e de novo veio me dar um beijo no rosto. Eu fui ao seu encontro. De novo ela tocou o canto dos seus lábios nos meus e falou no meu ouvido.

Hanna: Espero que tenha me entendido linda! Por favor apareça!

Ela não esperou eu responder. Virou as costas e saiu em direção a saída. De novo eu fiquei ali paralisada olhando ela sair.

Voltei a realidade com o Bruno pegando no meu braço e falando.

Bruno: E aí vai rolar alguma coisa?

Carla: Han... Como assim rolar alguma coisa?

Bruno: Não sou cego. Vi os sorrisos entre vocês. Ela está caidinha por você e você por ela. Já que agora você está solteira pode rolar.

Carla: Eu estou mas ela não. Ela acabou de comprar um anel de noivado para a namorada. Não vou me meter no meio das duas. Jamais faria isso.

Bruno: Eu não ligo, não sou ciumento. 😂 Mas te entendo e conhecendo você o pouco que conheço sei que não vai se envolver com alguém comprometido jamais.

Eu só ri e fui tomar uma água. Eu não ia falar pro Bruno o que aconteceu. Achei melhor deixar claro que eu não queria nada com ela, mas eu queria e muito. Porém eu não sabia se teria coragem de ir procurá-la. Mas por via das dúvidas eu tirei uma foto do papel com meu celular antes de entregar para Julia.

Voltei e a Mariana que fica no caixa me chamou. Fui até ela. Ela disse que eu tinha dado muita sorte porque a mulher que tinha comprado o anel pagou em dinheiro e deixou uma boa gorjeta para mim. E que me entregaria no final do expediente assim que fechasse o caixa. Eu agradeci e disse que foi muita sorte mesmo. Que agradeceria a mulher se a encontrasse novamente.

Quando o expediente acabou eu realmente vi que ela tinha deixado uma boa gorjeta. Fui para casa direto. Não fui à academia esse dia. Eu precisava pensar. Ir ou não ir ver ela. Eu tinha até sábado para resolver. Ou melhor, eu tinha até sexta à noite porque ela não disse o horário que iria no sábado.

E agora o que eu faço!?!

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Continua.

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