A Joia Mais Rara #6

Um conto erótico de Carla
Categoria: Lésbicas
Contém 1609 palavras
Data: 21/08/2023 18:27:17
Última revisão: 24/02/2024 15:58:16

Contei tudo com cada detalhe que lembrei para os detetives. Desde a hora que cheguei até a hora que fui levada até a cantina. Não escondi nada deles a não ser o que aconteceu ali naquele cômodo e sobre a mulher que eu reconheci. Falei o mesmo que eu tinha dito a policial feminina que veio falar comigo. Que fui levada por um dos ladrões como refém para ele verificar os cômodos no fundo da loja. Quando cheguei no cômodo que me acharam senti uma falta de ar e minhas vistas ficaram escuras. Depois só lembrava de acordar ali sozinha e com medo de fazer algo eu fiquei quietinha ali até ouvir a polícia do lado de fora.

Eu não sei se fiz o certo, mas resolvi proteger aquela mulher que me protegeu. Tudo bem que ela agiu errado comigo e é uma bandida, mas no fim das contas ela não me machucou. Foi carinhosa comigo e eu gostei de cada momento que vivi ali com ela. Então resolvi não contar sobre ela.

Me fizeram um monte de perguntas e eu respondi todas. Eles me agradeceram. pediram para eu assinar um documento validando que meu depoimento foi feito de livre e espontânea vontade.

Me falaram que eu estava liberada para ir para minha casa e se precisasse de mais alguma coisa entrariam em contato. Disse também que eu estava proibida de sair da cidade até terminar a investigação.

Eu perguntei o quanto tempo iria durar isso já que no meio do ano eu queria ir ver minhas mães no Brasil. Eles me falaram que provavelmente até lá o caso já estaria resolvido. Que isso era porque normalmente um assalto desse tem ajuda de algum funcionário ou ex-funcionário. Mas que era para eu ficar tranquila porque a polícia já tinha pegado um dos ladrões e 6 estavam mortos.

Quando eu ouvi aquilo eu realmente me assustei. Será que ela morreu ou está presa? Senti minhas pernas perderem um pouco das forças. Mas eu não podia demonstrar isso, então respirei fundo e bebi um pouco de água que tinham trazido para mim durante meu depoimento. Perguntei se eu podia ir e disseram que sim.

Saí dali com a cabeça a mil. Era muita coisa acontecendo de uma vez na minha vida.

Voltei para a cantina. Me despedi dos amigos que ainda estavam lá e saí dali direto pro meu apartamento. Já cheguei e liguei a TV pra ver se tinha alguma notícia sobre o assalto. Foi fácil achar uma reportagem falando sobre isso. A notícia era que a joalheria tinha sido assaltada e que 6 bandidos tinham sido mortos. Quatro em um acidente durante uma perseguição e dois em uma troca de tiros com a polícia. Um estava preso. Todos eram estrangeiros. Quatro eram espanhóis e três italianos.

Na reportagem também dizia que provavelmente os bandidos tinham se assustado e saíram sem levar quase nada da joalheria. Apenas poucas joias foram roubadas e já tinham sido recuperadas pela polícia.

Aquela mulher com certeza não era italiana nem espanhola e na reportagem não falaram sobre nenhuma mulher. Então com certeza ela provavelmente estava viva e tinha conseguido escapar.

Fui tomar um banho mas meu celular tocou. Era Rodrigo. Provavelmente desesperado me procurando. Atendi e ele realmente estava muito preocupado porque viu a notícia na TV. Eu acalmei ele dizendo que eu estava bem e já estava em casa. Ele ficou mais aliviado mas falou até em voltar antes de terminar o trabalho. Eu disse que não precisava e que não tinha acontecido nada de mal comigo. Que ele poderia terminar o trabalho antes de voltar e ele aceitou.

Eu realmente não queria ele ali comigo. Eu estava com saudades dele e muita, mas eu precisava de tempo para pensar depois de tudo que houve.

Antes de ir pro banho mandei uma msg pra minha mãe Raquel. Ela provavelmente ia ficar sabendo rápido do assalto já que tinha amigos aqui e sempre via as notícias do seu país na TV ou na net.

Avisei para ela que a joalheria foi assaltada, mas que eu estava bem e em casa. Pedi para ela avisar minha mãe Cleusa. Que se caso ela ficasse sabendo do assalto, para não se preocupar. Disse que a noite ligaria para elas para explicar melhor, mas que realmente nada tinha me acontecido.

Fui pro banho e fiquei ali pensando em tudo. No que eu deveria fazer. Contar tudo ao Rodrigo? Esconder dele e seguir com nossas vidas? Terminar com ele? E se eu contasse ele iria continuar comigo Era muita coisa para pensar. Muitas dúvidas.

E ainda por cima tinha aquela mulher, porque a protegi? Porque fiquei com medo dela ter morrido? Porque fiquei tão aliviada ao saber que provavelmente ela escapou?

Maldita hora que ela entrou naquela loja e na minha vida. Só nos encontramos duas vezes e em uma nem a vi. Mesmo assim já transei com ela e ela simplesmente não sai dos meus pensamentos.

Fiquei ali com a água caindo sobre minha cabeça. Comecei a lembrar de nós duas ali naquele cômodo e não deu outra. Logo eu já estava com três fudendo minha menina e gemendo igual uma louca de tanto tesão. Tive dois orgasmos ali debaixo do chuveiro pensando na nossa transa. Saí e fui descansar. Mais uma vez me senti culpada depois que terminei. Na verdade, minha mente estava uma confusão e eu precisava resolver isso antes que eu ficasse louca.

Fiquei ali deitada pensando na bagunça que minha vida se tornou. Quando deu 19 horas eu fiz uma chamada de vídeo para conversar com minhas mães.

Estavam as duas em casa então eu já fui contando tudo o que tinha acontecido. Tido mesmo, não omiti nenhum detalhe. As duas ficaram chocadas com tudo que ouviram, mas não me interromperam em nenhum momento até eu terminar. Quando terminei, implorei por ajuda. Eu precisava dos conselhos delas.

Cleusa: Filha, eu falo por mim. Eu realmente não sei o que dizer. Não vou te julgar porque nunca faria isso com você, mas sei de uma coisa. Você tem que pedir um tempo ao Rodrigo ou terminar esse noivado porque vai por mim, esse relacionamento já era. Você não vai conseguir levar isso pra frente. Pelo menos não agora com essa confusão de sentimentos que você está. Se você continuar com ele você vai machucar ele e se machucar. Isso eu acho que você tem que fazer.

Raquel: Eu acho que você tem que entregar essa mulher para polícia. Não gostei nem um pouco do que ela fez. E acho que você deve contar tudo pro Rodrigo e talvez ele te perdoe. Vocês podem até reatar no futuro, mas continuar com ele acho que você não deve. Não no momento.

Carla: Mas eu amo o Rodrigo. Não quero ficar sem ele.

Cleusa: Tem certeza que ama mesmo Quantas vezes você lembra dele durante o dia? Quantas vezes lembra dessa mulher depois que a conheceu? Você pode estar confusa com seus sentimentos. Mas pra mim está claro que você pode até amar o Rodrigo, mas como amigo. Você está totalmente apaixonada por essa mulher. Só você não percebeu isso ainda.

Raquel: Concordo plenamente.

Carla: Sinceramente para mim não está claro assim. Na verdade está tudo confuso, mas vocês têm razão. Acho mesmo que preciso terminar com o Rodrigo. Mas entregar a mulher não dá, não consigo. E também se eu mudar meu depoimento vai dar muito problema para mim. Se eu contar pro Rodrigo sobre ela com certeza ele mesmo liga para polícia e conta tudo.

Raquel: Não concordo com você. Talvez por eu estar com muita raiva pelo que ela fez. Mas te entendo e essa decisão é só sua filha.

Cleusa: Olha esfria a cabeça. Você tem tempo sem o Rodrigo aí. Usa esse tempo para refletir sobre tudo aí você decide o que vai fazer.

Carla: Eu vou fazer isso.

Cleusa: Sei que Raquel vai ficar brava comigo pelo que vou dizer, mas eu acho que essa mulher gosta de você e lembra do que eu falei? Se ela gosta, ela vai te procurar e acho que logo ela aparece de novo.

Raquel: Não vou brigar com você. Na verdade, eu acho isso também.

Carla: Eu discordo. Ela não vai arriscar voltar aqui não. Ela tem muito a perder. Provavelmente ela nem está no país mais nesse momento.

Ficamos ali conversando mais um pouco. Falar com elas me acalma. Eu tenho sorte demais das mães que tenho. Além de mães amorosas, são minhas melhores amigas.

Logo que encerrei a chamada, Rodrigo ligou. Era quase 22 horas. Eu não atendi. Fingi que não vi e fui tentar dormir. Amanhã digo que estava cansada e dormi cedo.

Preciso pôr a cabeça no lugar e resolver o que fazer. Mas acho que minhas mães têm razão. Continuar com Rodrigo agora é um erro.

No outro dia acordei cedo. Mandei uma mensagem pro Rodrigo dizendo que tinha dormido cedo e por isso não atendi. Ele me ligou e dessa vez atendi ele. Conversamos um pouco. Eu não estava muito confortável de falar com ele Quando ele foi se despedir falou que me amava, eu só falei um eu também e desliguei.

Eu ia ficar o dia todo em casa. Meu patrão já tinha avisado que a joalheria só ia poder abrir na terça ou quarta da outra semana. Ele teria que mandar arrumar algumas coisas que foram quebradas e reforçar o sistema de segurança. Assim que estivesse pronto ele iria avisar.

Aqueles dias ali sem nada para fazer ia ser um tédio. Porém ia ser bom para eu pensar com calma no que fazer quando Rodrigo voltasse.

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Continua.

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Comentários

Foto de perfil de JESSICA ALVES

A será do próximo por favor só mais um

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Foto de perfil de Forrest_gump

Já tem mais um aí pra ler e vou tentar postar outro hoje ainda 🤭

Obrigado pelo comentário!

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