Minhas Duas Metades #11

Um conto erótico de Ju
Categoria: Lésbicas
Contém 1525 palavras
Data: 30/08/2023 18:27:18
Última revisão: 27/12/2023 01:02:31

Depois de um tempo deitada pensando na mensagem que minha mãe mandou e mudou um pouco do meu humor eu resolvi ir tomar um banho e esfriar a cabeça, coloquei uma roupa leve e fui pra lanchonete ver se me distraia um pouco

Logo que cheguei vi May com sua namorada e suas amigas, dessa vez a patricinha estava, mas nem me viu entrar, fui para o balcão, peguei um refri e me sentei, logo Estefânia me viu e falou algo com May, as duas vieram até onde eu estava, me cumprimentaram e perguntaram se eu estava bem, eu disse que sim e ficamos ali de papo

Caiu uma msg no meu celular, achei que era minha mãe mas era Rebeca dizendo que estava indo buscar Clara que pediu uma carona e as duas iam para lanchonete, nem respondi e fiquei conversando com com as meninas, não demorou muito e Rebeca e Clara chegaram, depois de apresentar Clara as meninas ficamos de papo

Estefânia falou algo no ouvido de May que deu um sorriso, Rebeca já foi logo perguntando o que era e May disse que não era nada não e que ia voltar para mesa delas

Antes se sair Estefânia olhou em nós três uma por uma e falou

Estefânia: acho que vocês três estão com alergia com alguma coisa, e provavelmente a alergia afeta mais a região do pescoço kkkkk

Rebeca: que nada, ataca o corpo todo kkkkkkkkk

Estefânia e May saíram rindo e Clara caiu na gargalhada junto com Rebeca e eu de novo queria achar um buraco pra enfiar a cabeça kkkkk

Depois da crise de riso eu e as duas resolvemos sentar em uma mesa, peguei dois refri para elas e nós sentamos, estávamos conversando quando vejo alguém do outro lado da rua acenando com as mãos me chamando, vi que era minha mãe, falei com as meninas que já voltava e fui até ela

Assim que cheguei ela já olhou direto no meu pescoço e com certeza viu as marcas

Ju: Oie mãe

Mãe: Oie filha, pelo jeito ainda está com sua namoradinha

Ju: não mãe, eu não estou e se veio aqui falar disso é melhor voltar

Mãe: desculpa, é que não entendo isso

Ju: não precisa entender, só respeitar da mesma forma que sempre respeitei suas escolhas mesmo não gostando

Mãe: Já entendi, não vou falar nada, só quero te perguntar uma coisa

Ju: pode perguntar mãe

Mãe: Você arrumou algum problema com o Gabriel ontem?

Ju: não, nem ontem e nem nunca, ele que sempre fez de tudo pra arrumar problema comigo depois que eu não quis nada com ele

Mãe: Como assim?

O Gabriel sempre te respeitou

Ju: As vezes eu não sei se a senhora é boba ou se faz de boba, o Gabriel tentou me comer dentro da sua casa mas eu nunca quis nada com ele, por causa disso ele passou a infernizar minha vida, mas eu ignorava para não arrumar problemas, e também eu sabia que se eu falasse algo a errada era eu porque o pai dele sempre defendia ele, até entendo porque é o filho dele, eu era só a filha da mulher que ele casou, o que eu nunca entendi foi que a senhora via tudo e nunca falava nada, a senhora nunca me defendeu.

Mas tudo bem, vocês já me expulsaram de casa mesmo, então que se dane

Mãe: filha não é bem assim não

Ju: Claro que é mãe, me fala uma vez que você ficou do meu lado?

Mesmo eu sendo uma filha que nunca te deu trabalho, sempre ajudei com as tarefas de casa, sempre estudei, nunca te dei dor de cabeça alguma, mas mesmo assim eu fui jogada pra rua e você não fez nada, a senhora nunca fez..

Minha mãe abaixou a cabeça, não tinha muito o que ela falar, eu já estava com os olhos cheios de lágrimas, mas respirei fundo, e disse

Ju: Bom mas voltando ao Gabriel, eu o vi ontem quando cheguei em uma festa que uma amiga minha organizou em uma boate, ele estava com uma galera fumando maconha, eu fingi que não vi e saí de perto, lá dentro depois de muito tempo fui procurar uma amiga minha que tinha ido no banheiro, vi o Gabriel e dois amigos cercando ela, ela tentando sair do meio deles mas eles não deixava, eu fui ajudar, empurrei o Gabriel e falei para ele deixar minha amiga em paz, ele falou um monte de merda para mim, minha amiga me pegou pelo braço e a gente ia sair, ele me segurou, eu tentei sair e xinguei ele aí vi que além de bêbado ele estava drogado e não era só de maconha não, ele ia me agredir mas dei um chute no saco dele e ele me soltou, os seguranças e minha amiga dona da festa chegou e ele foi levado pra fora, é isso que aconteceu

Mãe: eu não acredito nisso

Ju: Claro que não acredita, você lógico que vai ficar do lado dele, mas sinceramente tanto faz, eu já esperava por isso

Mãe: Calma filha, não é isso...

É que ele sempre foi um bom garoto

Ju: não mãe, ele nunca foi um bom garoto, mas você é seu marido nunca viram isso, ou fingia que não via, olha eu não devia nem falar isso mas se tem dúvida a garota que ele cercou na festa ontem está ali na lanchonete, a que organizou a festa também e mais no mínimo três pessoas que estavam lá, se não acredita em mim pode ir lá perguntar elas

Mãe: não vou não, talvez você tenha razão

Ju: um talvez já é alguma coisa

Mãe: o Gabriel chegou em casa bastante alterado, o pai dele foi falar com ele e quase que os dois brigam de soco, eu quase não consigo separar os dois, ele estava muito estranho, com os olhos vidrados, nem parecia o Gabriel que eu conheço, bom depois disso ele foi pro quarto, quebrou um monte de coisa lá e ficava xingando o pai e você, por isso eu e o pai dele queria saber se você tinha feito algo com ele

Ju: Eu mãe? O que vocês acham que eu poderia ter feito pra deixar ele assim?

Pergunta idiota a minha, claro que pensaram que o problema era eu mas não o santinho do Gabriel, incrível isso

Mãe: não foi isso não?

Ju: então o que foi?

Porque achou que eu tinha feito algo?

Mãe: é que você foi por esse caminho ruim

Ju: mãe eu sou a mesma pessoa de sempre, eu sempre fui no meu canto, nunca me meti com coisa errada, você me deu educação, pelo menos isso você me deu, me ensinou a respeitar os outros, a ser honesta

Eu só te contei a minha opção sexual mas eu já sei disso a muitos anos, eu não virei uma pessoa ruim por ser lésbica, eu levanto cedo todo dia, trabalho o dia todo, não faço nada de errado, eu só não estou estudando porque não posso pagar, eu sou a mesma pessoa, a única coisa que mudou é que agora a senhora sabe que gosto de mulheres, só isso mudou

Mãe: eu sinto muito, eu não vim aqui pra brigar

Ju: eu sei, a senhora veio porque se preocupou com o Gabriel, se não fosse por isso a senhora nunca estaria aqui, bom já te contei, agora pode ir mãe...

Mãe: é que você mora com o seu tio

Ju: Verdade, um homem honesto, trabalhador e que estendeu a mão para mim enquanto você me deixou ser jogada na rua, se não fosse ele provavelmente uma hora dessa eu estaria morta ou morando na rua...

Ah mais uma coisa, o Gabriel pode ter se tornado um viciado e precisa de tratamento, se ainda não se tornou não vai demorar a se tornar um, então toma cuidado porque se ele não sair disso vai começar a vender o que tem, roubar as coisas dos outros e dentro de casa, vai se tornar agressivo, então toma cuidado, apesar de tudo eu amo a senhora mãe e não quero que nada de ruim aconteça com você

Falei isso e virei as costas e saí, ela não disse nada e eu voltei para onde as meninas estavam, pedi para elas irem comigo até meu quarto, quando entramos eu abracei Rebeca e desabei no choro

Não sei quanto tempo fiquei ali chorando mas foi um bom tempo, Rebeca só me fazia carinho e não perguntou nada, quando me acalmei um pouco pedi para elas sentatem na minha cama, fui no banheiro e lavei o rosto, voltei e expliquei para elas o que tinha acontecido, e pedi desculpas a Clara pela situação mas ela disse que estava tudo bem

Conversamos um pouco e eu já até sorria de novo, aí Clara teve a ideia da gente ir no shopping ver um filme e depois comer algo por lá, eu e Rebeca topamos e partimos para o shopping

Como é bom ter pessoas boas ao nosso lado nessas situações, as duas foram uns amores comigo graças a Deus

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Continua...

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Comentários

Foto de perfil de Paulo Taxista MG

Uma pena a mãe da Ju só foi atrás pra vê se ela tinha feito alguma coisa com o traste do Gabriel, é ela devia ter entrado é ter ouvido as meninas lá dentro da lanchonete, mais preferiu ficar do lado do preconceito e do cara, se não abrir olho vai ser tarde.

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